SAÚDE PREVENTIVA PARA HOMENS
SUMÁRIO
A-CONCEITO DE SAÚDE
B-CONCEITO DE PREVENÇÃO EM SAÚDE
C-PREVENÇÃO PRIMORDIAL
D-EXAMES PREVENTIVOS PARA HOMENS
E-OS PROBLEMAS DE SAÚDE MAIS COMUNS ENTRE OS HOMENS
ASSIM NOS DIZ O SENHOR JESUS CRISTO:
"O
ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir;
Eu vim para
que todos tenham vida, e a tenham com abundância." (João 10:10).
"E
Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que estão sãos,
mas, sim, os que estão enfermos;
Eu não vim
chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento." (Lucas
5:31,32).
A-CONCEITO DE SAÚDE PELA OMS
A Organização
Mundial de Saúde (OMS) define a saúde como "um estado de completo
bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e
enfermidades".
Os exames
preventivos tornam os homens mais saudáveis ajudando a identificar doenças
antes de se agravarem, o que facilita o tratamento e a cura, além de indicarem
uma possível tendência de doença para que o paciente possa se proteger antes da
doença se manifestar, como no caso da hipertensão, do colesterol alto ou mesmo
do diabetes por exemplo.
B-CONCEITO DE PREVENÇÃO EM SAÚDE
Leavell & Clark
(1976) descrevem a prevenção como uma ação antecipada, baseada no conhecimento
da história natural da doença, a fim de tornar improvável o progresso
posterior, apresentando três níveis de prevenção.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Objetivos
Evitar fatores de
risco, determinantes ou causas de doenças;
Procedimento: atividades
dirigidas a indivíduos, grupos ou população total saudável;
Consequências: diminuição
da incidência da doença, diminuição do risco médio de ocorrência da doença na
população;
Exemplo: Vigilância
sanitária da água, vacinação, planejamento familiar e educação para prevenção de
infecções de infecções de transmissão
Fazer exames
preventivos de rotina fazem parte da medicina preventiva básica e é uma postura
ativa em relação à saúde. Em geral, os exames são simples e seguros e podem
ajudar a diagnosticar muitas doenças antes de suas complicações, tornando os
homens mais saudáveis.
São os fatores
biológicos que tornam as mulheres e os homens vulneráveis a determinadas
doenças em graus e gravidade diferentes e em diferentes períodos das suas
vidas.
Realizada no período
de pré-patogênese, sendo que o conceito de promoção da saúde aparece como um
dos níveis da prevenção primária definidos como medidas destinadas a
desenvolver uma saúde ótima. Um segundo nível de prevenção primária seria a
proteção específica contra agentes patológicos ou pelo estabelecimento de
barreiras contra os agentes do meio ambiente. Este nível de prevenção está
ligado a todas as ações que visam diminuir a incidência de uma doença na
população, ou seja, desenvolvimento de ações que impeçam a ocorrência de determinada
patologia na população. Inclui-se aqui a promoção à saúde e à proteção
específica. Alguns dos exemplos são: vacinação, tratamento de água para consumo
humano, uso de preservativos, mudanças nos hábitos de vida (incentivo a uma boa
alimentação, realização de exercícios físicos).
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
A fase da prevenção
secundária também se apresenta em dois níveis, o primeiro diagnóstico e
tratamento precoce e o segundo limitação da invalidez. Visa um diagnóstico
imediato e um tratamento para evitar a prevalência da doença no indivíduo.
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
Por fim, a prevenção
terciária diz respeito a ações de reabilitação, caracteriza-se por ações que
tem como objetivo a reabilitação do indivíduo e redução de sua incapacidade.
C-PREVENÇÃO PRIMORDIAL
Objetivos
Evitar a emergência
e estabelecer padrões de vida (sociais, econômicos e culturais) que aumentem o
risco de desenvolver doenças;
Procedimento: ações
dirigidas às populações ou grupos selecionados saudáveis;
Consequências: efeitos
múltiplos nas várias doenças e impacto na saúde pública;
Exemplos: legislação
sobre álcool, políticas antitabagismo e programas do exercício regular.
D-EXAMES PREVENTIVOS PARA HOMENS
Estes exames
preventivos estão indicados para serem feitos por homens saudáveis entre os 30
e os 50 anos.
Verificar a relação
entre o peso e a altura, assim como a tensão arterial são exames preventivos
simples que devem ser feitos com regularidade. Assim como carteirinha de
vacinação deve estar em dia, tendo especial atenção com o prazo de validade da vacina
do tétano.
O clínico geral é o
médico indicado para orientar o homem e fazer os pedidos de exame para
check-ups de saúde. Ele também está habilitado para indicar o melhor
especialista a consultar com base nos resultados dos exames.
O médico irá
personalizar os pedidos de exames e decidir os intervalos em que os exames
preventivos deverão ser repetidos baseado nos resultados apresentados.
E-EXAMES PREVENTIVOS QUE TODOS OS HOMENS PRECISAM
FAZER
1-EXAME OFTALMOLÓGICO
Deve ser realizado
logo na infância. Se for detectado algum problema de vista, a visita ao
oftalmologista deve ser a cada 2 anos. Homens abaixo de 50 anos que não tenham
problema de vista devem fazer exames a cada 4 anos. Homens com hipertensão
arterial, diabetes ou história familiar de problemas oculares devem ir ao
oftalmologista uma vez por ano para rastrear glaucoma, catarata e degeneração
macular.
2-EXAME ODONTOLÓGICO
Deve ser feito
anualmente desde a infância. O check-up anual no dentista é essencial para
rastrear cáries e realizar a limpeza de tártaro que também deve ser feita
anualmente. Homens fumantes podem procurar o dentista ainda com menos intervalo
de tempo, para checar a saúde da gengiva e da língua.
3-EXAME DE SANGUE
HEMOGRAMA COMPLETO(Função
renal, função hepática, marcadores tumorais, parasitologia, infectiologia,
colesterol, glicemias).
Deve ser feito desde a infância até a
velhice, num intervalo de 1 ano a 1 ano e meio. Nele são medidos itens
importantes, como a glicose, o colesterol, a tireoide, e qualquer outro
nutriente presente no sangue que necessite ser observado.
4-COLONOSCOPIA (QUANDO INDICADA PELO MÉDICO)
Deve ser feito a partir dos 50 anos para
a detecção de lesões cancerígenas e pólipos. Se tudo estiver normal, deve ser
repetido após 3 anos.
Colonoscopia é um
exame que permite a visualização direta do interior do reto, cólon e parte do íleo
terminal através de um tubo flexível introduzido pelo ânus, contendo em sua
extremidade uma minicâmera de TV que transmite imagens coloridas, podendo ser
fotografadas ou gravadas em vídeo.
O paciente é
posicionado em uma maca, deitado sobre o seu lado esquerdo. Depois de leve sedação,
às vezes procedida por um anestesista, o interior do cólon é acessado através
do tubo flexível introduzido pelo ânus. Para isso, o cólon deve estar limpo de
fezes e resíduos alimentares, o que exige um preparo prévio que consiste em uma
dieta líquida nas 24 horas que antecedem o exame, bem como no uso de laxativos e
de um produto chamado Manitol, conforme orientação médica. Em raros casos, esse
preparo envolve uma lavagem intestinal. O aparelho é introduzido lenta,
suavemente e de maneira progressiva no interior do cólon, permitindo o exame
cuidadoso da mucosa. Durante o procedimento, pequenas quantidades de ar são
injetadas dentro do intestino para melhorar a visualização, o que pode causar cólicas
após o procedimento.
Alguns medicamentos
que o paciente esteja tomando podem ser continuados normalmente, enquanto
outros devem ser suspensos 48 a 72 horas antes do início do exame. Quaisquer
condições especiais de saúde devem ser informadas ao médico.
Geralmente o exame é
realizado em regime ambulatorial, sem necessidade de internação, durando de 20
a 30 minutos. Além de seu potencial diagnóstico direto, a colonoscopia também
permite realizar biópsias da mucosa, corrigir pequenos sangramentos e retirar
eventuais pólipos intestinais. O exame é inócuo (não causa danos) e não
ocasiona dor. Geralmente é aplicada uma sedação ligeira para deixar o paciente
mais calmo e colaborativo.
Em crianças muito
pequenas (geralmente abaixo de quatro anos), pode ser necessária uma anestesia geral
superficial.
O paciente deve ir
ao exame acompanhado pois os sedativos que tomará podem deixá-lo sonolento
mesmo após o exame. Ele não deve dirigir ou voltar a trabalhar logo após o
exame.
A COLONOSCOPIA É SOLICITADA
A colonoscopia devia
se constituir num exame preventivo a ser realizado periodicamente (mas não
muito frequentemente) por todas as pessoas acima dos 50 anos, idade em que
estão mais sujeitas ao câncer e aos pólipos intestinais. Ela permite a
avaliação da mucosa do intestino grosso (onde em geral o câncer intestinal
começa) e do calibre da luz dessa porção intestinal. Permite também a coleta de
material para biópsia, a realização de retirada de pólipos, a descompressão de volvo
intestinal e a hemostasia de sangramentos. Pode ainda ser realizada para diagnóstico
e acompanhamento de tumores, para o diagnóstico de doença inflamatória e
esclarecimento de outras patologias intestinais.
É INDICADO EM GERAL, NOS SEGUINTES CASOS
-Dor abdominal de
origem desconhecida;
-Sangramentos retais
não precisados;
-Diarreia ou constipação
crônica não esclarecida;
-Suspeita de neoplasias,
de diverticulose ou de hemorragia digestiva baixa;
-Rastreamento de cânceres,
de pólipos e de doenças inflamatórias intestinais.
Pólipos são lesões
na superfície interna do tubo digestivo, que crescem em direção ao seu lúmen.
Quando se localizam no cólon ou no reto, são conhecidos com pólipos
colorretais. Você pode ter mais de um tipo de pólipo, e eles podem ser planos
ou elevados, benignos ou cancerosos.
Apesar do pólipo
colorretal ser um indicador de câncer de cólon, isso nem sempre acontece. Ou
seja, nem todo mundo que tem pólipos irá desenvolver câncer. No entanto, a
remoção dos pólipos potencialmente cancerosos (adenomas) reduz o seu risco de
desenvolver câncer no cólon ou no reto.
Além de outras
condições menos comuns, a juízo médico.
RISCOS E AS CONTRAINDICAÇÕES DESSE EXAME
Quase todo
procedimento médico envolve riscos.
A colonoscopia realizada
por um profissional experiente torna rara a possibilidade de riscos. A
combinação da experiência do profissional com a modernização dos equipamentos
faz da colonoscopia um procedimento simples e seguro. As raras complicações se
referem à possibilidade de sangramentos ou perfurações intestinais devido mais
às condições das paredes intestinais do paciente do que ao exame em si.
AS
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS DA COLONOSCOPIA
SUSPEITA DE ABDOME
AGUDO.
Abdômen agudo é um
termo que os médicos utilizam para designar um grave quadro clínico que
constitui uma emergência, muitas vezes cirúrgica, de origem muito variada. São
numerosas e diversas as possíveis causas desta grave situação, caracterizada
pelo aparecimento brusco de uma dor intensa e persistente, acompanhada
geralmente de vômitos, rigidez da parede abdominal e aumento da temperatura.
Na realidade, ao
falar de abdômen agudo não se está a fazer referência propriamente a uma
doença, mas sim ao diagnóstico inicial de um quadro potencialmente muito
perigoso que requer um exame médico de emergência para determinar a sua origem
e levar a cabo o tratamento oportuno. Existem ocasiões em que se pode
determinar a origem, a sua causa, através de um exame físico e certos exames
complementares, como análises ao sangue ou radiografias ao abdômen. Mas isso
não é o mais comum: na maior parte dos casos, é preciso levar a cabo uma intervenção
cirúrgica exploratória para descobrir o motivo dos incômodos agudos e, se
corresponder, solucionar de imediato a doença de base.
SUSPEITA DE DIVERTICULITE
AGUDA
Diverticulite é uma
inflamação caracterizada principalmente por bolsas e quistos pequenos e
salientes da parede interna do intestino (divertículos) que ficam inflamados ou
infectados.
Os divertículos,
apesar de poderem ser formados em qualquer parte do trato digestivo, como o
esôfago, o estômago e o intestino delgado, são mais comumente encontrados no
intestino grosso.
A presença de
divertículos no corpo é bastante comum, principalmente após os 40 anos de
idade. A presença de divertículos no trato digestivo é chamada de
diverticulose. Eles são inofensivos, a não ser que desencadeiem algum problema
de saúde, como é o caso da diverticulite. Do contrário, uma pessoa pode
apresentar diverticulose e nunca saber disso.
SUSPEITA DE MEGACÓLON
TÓXICO
O megacólon tóxico é
uma complicação intestinal aguda que pode ocorrer principalmente nos portadores
de retocolite ulcerativa e, com menos frequência, nos portadores de doença de
Crohn. A chance de desenvolver é cerca de 2,5% dos pacientes e a incidência
entre os que já foram hospitalizados vai de 6 a 17%.
O megacólon tóxico é
uma emergência médica potencialmente fatal que exige rápida e progressiva
monitorização e intervenção médico-cirúrgica. A agudização grave precisa de
atenção imediata e possivelmente hospitalização. Define-se como agudização
grave a presença de 6 ou mais episódios de diarreia por dia e evidências de
sinais de toxicidade sistêmicas demonstrados por febre, taquicardia, anemia ou
elevação da velocidade de sedimentação.
CONTRAINDICAÇÕES
RELATIVAS DESTE EXAME
INFARTO RECENTE DO MIOCÁRDIO
O infarto do
miocárdio é consequência da obstrução de uma artéria coronária por um coágulo
de sangue sobre a placa de gordura que estava em sua parede, impossibilitando
assim, que uma quantidade suficiente de sangue chegue até aquela área do
músculo cardíaco. Esta porção do músculo cardíaco sofre um processo de morte
celular e necrose, podendo levar à morte súbita ou à insuficiência cardíaca que
acarreta limitações físicas até a recuperação do quadro clínico.
No Brasil, segundo
estimativa do Ministério da Saúde, ocorrem cerca de 300 mil infartos por ano,
provocando cerca de 80 mil mortes anualmente. Muitas mortes ou sequelas
irreversíveis poderiam ser evitadas, se o infartado recebesse os primeiros
socorros de maneira adequada e tivesse a sua artéria coronária desobstruída por
medicamentos (trombolíticos) ou através da angioplastia coronária o mais rápido
possível. Esta última é altamente efetiva e se caracteriza pela desobstrução
mecânica através de cateteres.
FATORES DE RISCO
Dentre os fatores de
risco que podem levar uma pessoa ao infarto estão o diabetes, o tabagismo, a
hipertensão arterial, histórico familiar de problemas coronarianos, alto índice
de colesterol, sedentarismo, obesidade, ansiedade e o estresse emocional.
TABAGISMO
Há cerca de 1,2
bilhão de fumantes no mundo.
No país são 30,6
milhões.
5 milhões de pessoas
morrem por ano por doenças causadas pelo cigarro, sendo 80 mil no Brasil.
1/4 dos fumantes
experimenta o primeiro cigarro antes dos dez anos.
Dos seis tipos de
câncer que podem provocar mortes no Brasil, metade deles (pulmão, colo de útero
e esôfago) tem o cigarro como um dos fatores de riscos.
COLESTEROL
As altas taxas de
colesterol são um problema que atinge 40% da população brasileira, segundo o
Ministério da Saúde, sendo que os estados da Região Sul têm a população com a
maior prevalência do problema (24%).
O colesterol é um
álcool que se encontra dissolvido nas gorduras de origem animal, não estando
presente nos vegetais. Sua presença em nosso organismo, importante para o
crescimento de nossas células e hormônios decorre de sua produção pelo fígado
(70%) e de sua entrada pela alimentação rica em gorduras de origem animal.
Classificado como
HDL, LDL e VLDL, segundo sua densidade, o colesterol ruim é o LDL, que em
excesso e no decorrer do tempo, acumula-se nas paredes dos vasos, provocando a
aterosclerose, deteriorando as artérias reduzindo ou impedindo o fluxo de
sangue levando à angina e ao infarto. Já o HDL tem a função de transportar o
colesterol dos tecidos para o fígado, por isso ficou conhecido o bom
colesterol.
EMBOLIA PULMONAR RECENTE
A embolia pulmonar é
causada pela obstrução das artérias dos pulmões por coágulos (trombos ou
êmbolos) que, na maior parte das vezes, se formam nas veias profundas das
pernas ou da pélvis e são liberados na circulação sanguínea. Apesar de mais
raros, também existem casos de embolias gordurosas provocadas por traumas ou
fraturas, de embolias aéreas (bolhas de ar) e de líquido amniótico.
A gravidade do
quadro está diretamente correlacionada com o tamanho do êmbolo. Os maiores
podem interromper completamente a circulação pulmonar. Essa condição pode ser
mortal.
NEUTROPENIA SIGNIFICATIVA
Neutropenia é o
nível muito baixo dos neutrófilos, um tipo de glóbulo branco, que ajuda no
combate das infecções destruindo bactérias e fungos. Pacientes com neutropenia
tem um risco aumentado de desenvolver infecções graves. A neutropenia ocorre em
cerca da metade dos pacientes em quimioterapia e é comum em pacientes com
leucemia.
Neutropenia existe
quando a contagem de neutrófilos maduros (soma dos bastonetes e segmentados) é
inferior a 1500/mm3. O paciente neutropênico está mais predisposto a adquirir
infecção, seja por bactérias ou por fungos. Existem três classificações de
gravidade da neutropenia, baseado na contagem absoluta de neutrófilos, e o
risco de infecção é maior quanto menor for a contagem de neutrófilos:
-Neutropenia leve
(1000 < neutrófilos <1500) - mínimo risco de infecção.
-Neutropenia
moderada (500 < neutrófilos <1000) - moderado risco de infecção.
-Neutropenia grave
(neutrófilos <500) - alto risco de infecção.
TERCEIRO TRIMESTRE DA GRAVIDEZ
ANEURISMA DA AORTA
Um aneurisma da
aorta torácica é uma área dilatada na parte superior da aorta, a maior artéria
do corpo humano, que é responsável por transportar o sangue rico em oxigênio
para as demais partes do organismo.
ESPLENOMEGALIA
A esplenomegalia,
também denominada megalosplenia, consiste no aumento do volume do baço, que
normalmente pesa 150 g e tem até 13 cm de comprimento em seu maior eixo.
O exame deve ser
adiado para uma ocasião mais propícia em pacientes que estejam sofrendo algum
tipo de coagulopatia ou que estejam tomando anticoagulantes.
5-EXAME DA PRÓSTATA
EXAME PREVENTIVO PARA
O CÂNCER DE PRÓSTATA
A partir dos 40 anos
deve ser feito anualmente. Homens negros e com história familiar de doença de
próstata devem começar os exames antes dos 40.
O exame de próstata
inclui o toque retal e o exame de sangue PSA, que devem ser avaliados em
conjunto, anualmente, a partir dos 45 anos de idade, especialmente quando há
histórico familiar de câncer de próstata.
Se o médico
encontrar alguma alteração ao realizar estes exames, poderá indicar uma
ultrassonografia da região e depois, se achar conveniente, realizar uma biópsia
da próstata, retirando um pedacinho e enviando para análise laboratorial.
Se for confirmada
alguma alteração na próstata, o médico poderá esclarecer ao indivíduo em
relação as opções de tratamento para o câncer de próstata que incluem a
retirada da próstata através de uma cirurgia chamada prostatectomia,
radioterapia e/ou quimioterapia, dependendo da gravidade da doença. É
importante ainda informar que estes tratamentos podem ter como efeito colateral
a impotência sexual e a incontinência urinária, mas não realizar o tratamento é
potencialmente fatal.
O PSA (ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO)
Antígeno Prostático
Específico é um exame que serve para diagnosticar alterações na próstata como
Prostatite, Câncer de próstata e:
-Hipertrofia
prostática benigna;
-Retenção de urina aguda;
-Biópsia prostática
por agulha e
-Ressecção transuretral
da próstata.
Uma alteração nos
valores de PSA no sangue não determina se o indivíduo está com câncer de
próstata ou não pois a cada 10 indivíduos com câncer de próstata, 4 apresentam
valores de PSA normais. Para ter certeza do diagnóstico de câncer prostático o
exame do toque retal e a biópsia da próstata são os mais indicados.
O EXAME DE PRÓSTATA SEM TOQUE RETAL
Consiste na
realização de um exame de sangue chamado PSA, que poderá ser acompanhado de uma
ultrassonografia pélvica.
Para o exame de PSA
basta a retirada de uma pequena quantidade de sangue para análise laboratorial.
A ULTRASSONOGRAFIA PÉLVICA
É necessário tomar
de cerca de 10 copos de água para que a bexiga fique cheia o suficiente para
permitir a visualização da próstata. este exame dura cerca de 10 minutos e pode
identificar anormalidades na próstata, garantindo um diagnóstico rápido e
preciso.
PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE PRÓSTATA
O médico urologista
ou o proctologista poderá indicar o TOQUE RETAL, pois este exame permite também
a biópsia da próstata que consegue detectar com mais facilidade este tipo de
câncer.
O exame de próstata
é indicado para todos os homens com idade a partir de 40 ou 45 anos, a depender
de história familiar positiva.
6-EXAME PARA CÂNCER DE TESTÍCULO
A partir dos 15 anos
o próprio homem pode ser autoexaminar. Isso significa que ele deve estar atento
a alterações e crescimentos anormais dos testículos. Caso surjam caroços ou
veias protuberantes deve-se procurar um urologista. Mesmo sem problemas
aparentes este médico deve ser consultado a cada três anos.
7-AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial é
a pressão exercida pelo sangue dentro dos vasos sanguíneos, com a força
proveniente dos batimentos cardíacos. Quanto mais sangue for bombeado do
coração por minuto, maior será esse valor, que tem dois números: um máximo, ou
sistólico, e um mínimo, ou diastólico. O primeiro se refere à força de
bombeamento do coração e o segundo, à pressão dos vasos sanguíneos periféricos
(braços, pernas e abdome).
A pressão não é fixa
e pode variar instantaneamente, dependendo do estado da pessoa no momento (se
está em repouso, em atividade, nervosa ou falando alto, por exemplo). O valor é
considerado normal quando o máximo atinge até 120 mmHg ou, popularmente, 12, e
o mínimo fica na faixa de 80 mmHg, ou 8. É a almejada pressão 12/8.
A hipertensão é o
mais comum fator de risco para doenças cardiovasculares e AVC (derrame
cerebral). A pressão alta também é responsável por outros problemas graves,
como a insuficiência renal crônica, aneurismas e lesões nos vasos sanguíneos do
olhos. Como se não bastassem todas as possíveis complicações, a hipertensão
ainda tem um outro problema: é uma doença silenciosa que não provoca sintomas
na maioria dos casos.
Portanto, a única
forma se saber se alguém se é hipertenso é através da aferição da pressão
arterial.
Uma das causas da
hipertensão arterial é um aumento excessivo do volume de sangue dentro dos
vasos sanguíneos. Esse excesso costuma ocorrer quando o organismo retém muito
sal e água. Porém, a maioria dos pacientes hipertensos não têm excesso de
líquidos no organismo, pelo menos não o suficiente para ultrapassar a
capacidade de dilatação dos vasos. O que ocorre é uma falha na capacidade de
autorregulação. As artérias ficam sempre mais comprimidas que o necessário para
a pressão arterial fique normal.
A origem da perda da
capacidade de autorregular a pressão arterial, que dá origem à hipertensão, é
um processo complexo e ainda não bem esclarecido. Ele envolve fatores
genéticos, quantidade de sal (sódio) no organismo, capacidade dos rins de
lidarem com o volume de água corporal, produção de hormônios que agem
diretamente sobre a parede dos vasos sanguíneos e a própria saúde das artérias,
que precisam estar capazes de se contrair e dilatar adequadamente.
Quanto menor for a
capacidade dos vasos se autorregularem conforme o volume de sangue presente,
maior é o risco do paciente desenvolver hipertensão arterial. Os casos mais
graves costumam ser aqueles no qual o paciente tem um real excesso de volume e
seus vasos são incapazes de dilatar para comportar o aumento da pressão sobre
suas paredes.
O coração bombeia o
sangue através dos seus batimentos. Quando o coração se contrai, ele expulsa o
sangue do seu interior em direção aos vasos. Quando ele relaxa, volta-se a
encher de sangue. Esse alternância de contração e relaxamento ocorre, em média,
de 60 a 100 vezes por minuto. O coração enche e esvazia, enche e esvazia.
A pressão sob as
paredes das artérias é pulsátil, ou seja, aumenta na fase de contração do
coração e diminui na fase de relaxamento.
A contração do
músculo cardíaco é chamada de sístole. Portanto, a pressão sistólica é aquela
que ocorre durante a sístole. O relaxamento do músculo cardíaco é chamado de
diástole, logo, pressão diastólica é aquela que ocorre durante a diástole. A
pressão arterial atinge o seu maior valor durante a sístole e o menor durante a
diástole. Por isso, elas também são chamadas de pressão máxima e pressão mínima.
A aferição da
pressão arterial é descrita sob a unidade milímetros de mercúrio (mmHg). Logo,
se o paciente tem uma pressão arterial de 120/90 mmHg, isso significa que a
pressão máxima sobre a parede da artéria, que ocorre durante a sístole, é de 120
mmHg e a pressão mínima, que ocorre durante a diástole, é de 80 mmHg.
O público leigo
costuma chamar de 12/8 (12 por 8), mas, na verdade, a forma correta é 120/80
(120 por 80), pois este é o valor da pressão em milímetros de mercúrio.
OS VALORES NORMAIS DA PRESSÃO ARTERIAL
As nossas artérias
foram programadas para trabalhar dentro de certos valores de pressão. Quando as
artérias são submetidas de forma prolongada a níveis pressóricos muito
elevados, o excesso de tensão sobre suas paredes começa a provocar graves
lesões. Pequenas fissuras na parede podem surgir, facilitando o rompimento de
pequenos vasos e a formação de placas de cálcio nas artérias de maior calibre.
Essas placas, além de diminuir a própria elasticidade da artéria, também reduz
o calibre interno favorecendo a oclusão da circulação por trombos, evento
chamado de trombose. Além das lesões nos vasos sanguíneos, a pressão arterial
excessiva também aumenta o trabalho do coração, que precisa bombear o sangue
contra uma resistência maior. Após anos de trabalho excessivo, o coração começa
a dilatar, levando à insuficiência cardíaca.
A pressão arterial
normal é, portanto, aquela na qual as artérias não ficam sob estresse e o
coração não fica sobrecarregado. Atualmente, os níveis de pressão arterial para
adultos, idosos e adolescentes são divididos da seguinte forma:
PRESSÃO ARTERIAL NORMAL
Pacientes com
pressão sistólica menor que 120 mmHg e pressão diastólica menor que 80 mmHg.
PRÉ-HIPERTENSÃO
Pacientes com
pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg ou pressão diastólica entre 80 e 89
mmHg.
HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1
Pacientes com
pressão sistólica entre 140 e 159 mmHg ou pressão diastólica entre 90 e 99
mmHg.
HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2
Pacientes com
pressão sistólica acima de 160 mmHg ou pressão diastólica acima de 100 mmHg.
CRISE HIPERTENSIVA
Pacientes com
pressão sistólica acima de 180 mmHg ou pressão diastólica acima de 110 mmHg.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
O coração é um órgão
composto basicamente por músculos, sendo responsável pelo bombeamento de sangue
para todos os tecidos. Podemos dizer que o coração é o motor do nosso corpo.
O coração humano tem
4 câmaras: os ventrículo esquerdo e direito, e os átrios esquerdo e direito. Os
ventrículos são as cavidades maiores e mais musculosas, sendo as mais
importantes no bombeamento do sangue para o corpo.
Para entender o que
é a insuficiência cardíaca, é preciso primeiro saber como funciona o coração.
Os tecidos recebem o
sangue de onde retiram o oxigênio. O sangue agora pobre em oxigênio volta para
o coração pelas veias, chega no lado direito do coração, entra no átrio
direito, depois no ventrículo direito e é finalmente bombeado para o pulmão. No
pulmão o sangue volta a ficar rico em oxigênio. Esse sangue reoxigenado vai
para o lado esquerdo do coração, cai primeiro no átrio e depois no ventrículo
esquerdo, de onde será bombeado de volta para os tecidos , reiniciando o ciclo.
Portanto, o coração
direito é responsável pelo retorno do sangue para os pulmões e coração esquerdo
pelo bombeamento de sangue para os tecidos.
A insuficiência
cardíaca ocorre quando o coração não consegue mais desempenhar uma ou ambas
funções eficientemente. A insuficiência cardíaca pode então ser do coração
esquerdo, direito ou de ambos. Os sintomas variam de acordo com a câmara do
coração acometida.
O coração é composto
basicamente de músculos. A principal causa de insuficiência cardíaca é a
isquemia cardíaca ou o infarto do miocárdio. Infarto significa morte tecidual,
que no caso do coração se refere a parte do músculo cardíaco. Logo, quanto mais
extenso for o infarto, mais músculo morrerá, consequentemente, mais fraco fica
o coração. Se o infarto necrosar uma grande área, o paciente morre por falência
da bomba cardíaca.
Outra causa comum de
insuficiência cardíaca é a hipertensão não tratada.
Quando o paciente
apresenta uma pressão arterial elevada, o coração precisa fazer mais força para
vencer essa resistência e distribuir o sangue pelo corpo. Como todo músculo
quando exposto a um estresse, a parede dos ventrículos começa a crescer e ficar
mais forte. É a hipertrofia cardíaca. O que parece algo bom, na verdade é a
fase precoce de uma insuficiência cardíaca. A hipertrofia do coração que ocorre
na hipertensão é diferente daquela que ocorre nos atletas que possuem o coração
mais forte.
Se a hipertensão não
for tratada, o coração continua a sofrer até o ponto em que não consegue mais
se hipertrofiar. Imaginem um elástico que você puxa o tempo todo. Uma hora ele
acaba por perder sua elasticidade e fica frouxo. É mais ou menos isso que
ocorre com o coração. Depois de muito tempo sofrendo estresse o músculo
cardíaco começa a se estirar e o coração fica dilatado.
Temos nesse momento
um músculo que tem pouca capacidade de contração e um coração que já não
consegue bombear o sangue adequadamente. O órgão se torna grande e
insuficiente.
Como quem manda o
sangue para o corpo é o ventrículo esquerdo, ele é quem mais sofre com as
pressões arteriais elevadas. Quando realizamos um ecocardiograma o primeiro
sinal de sofrimento cardíaco pela hipertensão é a hipertrofia do ventrículo
esquerdo ou insuficiência cardíaca diastólica. Essa é a fase da insuficiência
cardíaca que ainda tem cura se tratada.
Outra causa comum de
insuficiência cardíaca são as doenças das válvulas do coração. Sempre que uma
válvula cardíaca apresenta alguma alteração, seja congênita, ou adquirida
durante a vida (endocardite, febre reumática, calcificação das válvulas, etc.),
o coração começa a ter dificuldades em bombear o sangue, iniciando-se o
processo de dilatação semelhante ao da hipertensão.
Antes dos 50 anos a
pressão arterial deve ser checada a cada 2 anos. Homens fumantes, obesos, que
tenham mais de 50 anos ou que tenham casos de hipertensão na família, devem
checar a pressão arterial anualmente. A hipertensão deve ser tratada o quanto
antes para afastar os riscos de derrame e infarto.
8-EXAME DA CURVA GLICÊMICA
O resultado pode ser
entregue no mesmo dia após 2, 3 ou 4 horas da última análise.
Para que serve o
exame da curva glicêmica
O exame da curva
glicêmica serve para diagnosticar a diabetes mellitos tipo 2 ou a diabetes
gestacional.
Como é feito o exame
da curva glicêmica
O exame da curva
glicêmica é feito da seguinte forma: inicialmente, é feita a coleta de sangue
em jejum. Depois é dado ao paciente um vidro com conteúdo açucarado, que deve
ser bebido imediatamente. Após 1, 2 e 3 horas é feita a retirada de uma pequena
quantidade de sangue, que é então avaliada em laboratório.
Recomenda-se que o
exame seja feito em jejum de 8 horas. E, durante o exame, não se deve comer,
nem beber nada, sendo necessário ainda ficar de repouso, sentado relaxadamente.
VALORES DE REFERÊNCIA PARA A CURVA GLICÊMICA
Os valores de
referência da curva glicêmica após 2 horas são:
NORMAL: INFERIOR a
140 mg/dl;
TOLERÂNCIA DIMINUÍDA
À GLICOSE: ENTRE 140 e 199 mg/dl;
DIABETES: IGUAL OU
SUPERIOR a 200 mg/dl.
E-OS PROBLEMAS DE SAÚDE MAIS COMUNS ENTRE OS HOMENS
1-HIPERTROFIA DA PRÓSTATA (AUMENTO DO TAMANHO DA
PRÓSTATA)
A próstata é uma
glândula reprodutiva masculina que produz o fluido que, junto com os
espermatozoides, constitui o sêmen.
Uma próstata
aumentada significa que essa glândula cresceu. O aumento da próstata acontece
em quase todos os homens, conforme eles envelhecem. À medida que a glândula
cresce, ela pressiona a uretra e causa problemas ao urinar e na bexiga também.
O aumento da
próstata é frequentemente chamado de hiperplasia prostática benigna (HPB) ou
hipertrofia prostática benigna. Não é um câncer e não aumenta o risco de câncer
de próstata.
A causa exata do aumento da próstata
ainda é desconhecida. Fatores relacionados ao envelhecimento e aos próprios
testículos podem desempenhar um papel no crescimento dessa glândula.
O aumento do tamanho
da próstata, chamado de hiperplasia
benigna - tem início durante a quarta década de vida e pode acometer até 80%
dos homens com 50 anos ou mais, segundo dados da Sociedade Brasileira de
Urologia. Essa alteração faz parte do processo natural de envelhecimento
humano, mas alguns homens podem ter complicações se a próstata começa a pressionar
a uretra, canal responsável por excretar a urina, gerando problemas durante a
micção.
Quando esse
crescimento exagerado não é tratado, a bexiga precisa fazer uma força maior do
que está acostumada para expulsar a urina.
Com o tempo, podem
surgir divertículos, ou seja, pequenas alterações no tecido epitelial da bexiga
que podem causar dor e problemas urinários e ainda dificultar o funcionamento
dos rins.
SINTOMAS
-Urgência para
urinar.
Se a uretra ficar
muito pressionada pela próstata, a bexiga,um órgão composto em sua maior parte
por músculo, precisará fazer uma força maior para eliminar a urina.
Como resultado, ela
acaba ficando hipertrofiada e, com isso, a chance de haver contrações
involuntárias, que causam uma vontade intensa de urinar, é maior.
-Jato fraco.
No início, a bexiga
até consegue vencer a resistência sem maiores problemas, mas, depois de fazer
tanto esforço, ela perde a força e o jato de urina passa a ser fraco.
Em estágios mais
avançados, alguns homens sentem que precisam até fazer força com a parte
inferior da barriga para eliminar a urina.
-Dificuldade em
começar a urinar.
Um dos principais
sintomas de alterações na próstata é a dificuldade de iniciar a micção.
Isso acontece porque
a musculatura da bexiga está muito cansada de se esforçar para vencer a
obstrução da uretra. Fique atento a esse sinal, que já indica obstrução
avançada.
-Gotejamento.
Se após a micção
pingarem muitas gotas de urina, manchando a roupa íntima, pode ser mais um sinal
de hiperplasia da próstata. O gotejamento é um reflexo da dificuldade em
esvaziar rapidamente a bexiga. Como a bexiga não consegue eliminar toda a
urina, acaba ficando um resquício na uretra, que é eliminado aos poucos.
-Urinar vezes
durante a noite.
Se você levanta para
urinar várias vezes durante a noite, é bom consultar um profissional.
Quando sobra um
volume considerável de urina na bexiga, essa quantidade, somada ao volume que
fica na uretra, faz com que a parte sensorial da bexiga se manifeste com
contrações que levam o homem a levantar para urinar. Essa necessidade de urinar
toda hora pode gerar cansaço no dia seguinte.
-Diminuição do
esperma.
O aumento da
próstata pode alterar a quantidade do esperma ejaculado.
Isso acontece porque
a próstata mais volumosa apresenta fibrose com maior frequência.
O tecido com fibrose
será incapaz de produzir o esperma como antes, diminuindo a quantidade de
sêmen.
Outro fator que
também influencia essa redução do esperma é a menor liberação de hormônios
masculinos, processo que faz parte do envelhecimento normal.
-Infecção urinária.
O aumento da
próstata pode deixar uma boa quantidade de urina represada na bexiga,
tornando-a o ambiente ideal para a proliferação de bactérias.
Essa urina residual
pode gerar infecção urinária quando atinge o volume de 100 ml.
Aumento da glândula
da próstata tende a agravar-se gradualmente ao longo do tempo. Sintomas de
próstata aumentada incluem:
Fluxo urinário fraco;
Dificuldade para
urinar;
Retenção urinária;
Interromper o fluxo
da urina quando já tiver iniciado;
Necessidade frequente
ou urgente de urinar;
Aumento da
frequência de urinar à noite (noctúria);
Necessidade de fazer
esforço para urinar;
Não conseguir
esvaziar completamente a bexiga.
O tamanho de sua
próstata, por maior que seja, não é um indicativo de que, necessariamente, seus
sintomas serão piores. Alguns homens com próstatas ligeiramente aumentadas
podem apresentar sintomas significativos, enquanto que outros homens com
próstatas muito aumentadas têm sintomas urinários pequenos.
Em alguns homens, os
sintomas eventualmente estabilizam e podem até melhorar com o tempo.
DIAGNÓSTICO
Depois de esboçar o
histórico médico completo do paciente, o médico realizará o exame retal digital
para examinar a próstata. O exame físico muitas vezes basta para fazer o
diagnóstico. Os seguintes exames, no entanto, também podem ser realizados:
-Taxa de fluxo de
urina;
-Exame de resíduo
urinário para saber quanta urina permanece na bexiga depois de urinar;
-Exames de fluxo de
pressão para medir a pressão na bexiga conforme urina;
-Exame de urina para
verificar se há presença sangue ou infecção urinária;
-Cultura de urina
para verificar se há infecção;
Exame de PSA
(Antígeno Prostático Específico) para detectar câncer de próstata;
-Cistoscopia.
Além disso, você
pode ser questionada a respeito da gravidade dos sintomas e o impacto deles em
sua vida diária. A pontuação pode ser comparada com registros anteriores para
determinar se a doença está sendo agravada ou não.
TRATAMENTO DE PRÓSTATA AUMENTADA
A escolha do
tratamento se baseia na gravidade dos sintomas, na dimensão do impacto em sua
vida diária e na presença de qualquer outra eventual doença. As opções de
tratamento abrangem "espera vigilante", mudanças no estilo de vida,
medicação e, se necessário, cirurgia.
Se você tiver 60 anos
ou mais, terá maior probabilidade de apresentar os sintomas. Entretanto, muitos
homens com a próstata aumentada têm somente sintomas brandos. As medidas de
autocuidado são geralmente suficientes para fazer você se sentir melhor.
Agora, se você tem
próstata aumentada, deve fazer um exame anual para monitorar a progressão de
seus sintomas e determinar se são necessárias alterações no tratamento ou não.
MEDICAMENTOS
Os bloqueadores alfa
1 são um tipo de medicamento usado para tratar a pressão arterial alta. Esses
medicamentos relaxam os músculos da próstata e do colo da bexiga, o que
facilita na hora de urinar. A maioria das pessoas tratadas com medicamentos
bloqueadores alfa 1 percebem melhora dos sintomas.
A finasterida e a
dutasterida diminuem os níveis dos hormônios produzidos pela próstata e o
tamanho da glândula prostática, aumentam a taxa do fluxo de urina e diminuem os
sintomas. O paciente pode levar de três a seis meses para notar uma grande
melhora em seus sintomas. Os potenciais efeitos colaterais relacionados ao uso
da finasterida e da dutasterida incluem diminuição do desejo sexual e
impotência.
Podem ser prescritos
antibióticos para tratar a prostatite crônica (inflamação da próstata), que
pode eventualmente acompanhar a próstata aumentada.
2-ANDROPAUSA (DIMINUIÇÃO DO HORMÔNIO MASCULINO)
Algumas doenças e o
próprio envelhecimento mimetizam os sinais da andropausa. A deficiência de
testosterona se manifesta clinicamente por múltiplos sintomas, desde os sexuais
até os menos específicos, que se refletem na queda do desempenho físico e
mental e em problemas neuropsiquiátricos (como depressão, ansiedade,
irritabilidade e dificuldade de concentração). Os sintomas não específicos da
andropausa raramente são reconhecidos como decorrentes de deficiência
androgênica, sendo, assim, atribuídos ao estresse causado pelo trabalho ou a
dificuldades do cotidiano.
Eventualmente,
alguns homens com deficiência de androgênios apresentam sintomas não
específicos da andropausa, como ondas de calor, suores e sensação de frio e
palpitações.
Tais sintomas
prejudicam a vida sexual, provocando a redução do desejo (libido) e da
capacidade de ereção. Entre tantos sinais e sintomas da andropausa, um dos
maiores é a ausência de ereções espontâneas pela manhã.
Como a produção de
espermatozoides é controlada pela testosterona, a infertilidade também pode ser
um dos sinais e sintomas da andropausa.
Conforme o grau de
deficiência da testosterona, pode haver também variação dos sinais e sintomas
da andropausa, como mudanças do padrão masculino de pelos (crescimento reduzido
da barba e diminuição de pelos).
Entre outros sinais
e sintomas da andropausa, pode ocorrer perda de massa muscular, o que induz à
redução da força muscular e à tendência de aumento da distribuição de gordura,
com acúmulo no abdômen.
Se os sinais e
sintomas da andropausa não forem tratados, pode haver agravamento do quadro, como
osteopenia.
A osteopenia é uma
situação caracterizada pela diminuição da massa óssea, onde os ossos tornam-se
mais frágeis, e se não for rapidamente tratada, pode evoluir para osteoporose.
E em alguns casos
evolui para osteoporose (diminuição da densidade mineral óssea), levando ao
aumento do risco de fraturas. Esse fato pode agravar-se com a redução
concomitante da massa muscular. O cuidado deve ser maior entre os homens que
apresentam outros fatores de risco de osteoporose.
A testosterona ainda
estimula a produção de glóbulos vermelhos (hemácias), portanto, a anemia pode,
em alguns homens, ser um dos sintomas de andropausa.
Nem todos os homens
com deficiência de testosterona apresentam, ao mesmo tempo, os sinais e
sintomas de andropausa descritos acima. O quadro normalmente evolui de maneira
lenta e progressiva e se acentua de acordo com o grau de deficiência e com o
tempo de permanência dos baixos níveis de androgênios.
SINTOMAS DEFICIÊNCIA DE TESTOSTERONA NO INÍCIO DA
PUBERDADE
Algumas alterações
provocadas por deficiência de testosterona na puberdade podem assemelhar-se às
da fase adulta. Se o início dos sintomas dessa deficiência incidir na
adolescência, a formação das características sexuais secundárias masculinas não
ocorre ou ocorre com atraso (a voz não se modifica, a barba não cresce nem
surgem pelos no corpo e na região pubiana). Os testículos continuam infantis e pequenos
e o pênis não se desenvolve.
A testosterona
também é responsável pela finalização do desenvolvimento longitudinal dos ossos
longos, fechando as placas de crescimento. Nas crianças com défict de
testosterona, por problemas genéticos ou adquiridos e não tratados, os efeitos
da deficiência de testosterona podem levar a alterações da proporção corporal,
causando a desproporção do segmento inferior em relação ao superior, assim como
o alongamento excessivo de pernas e braços.
DEFICIÊNCIA DE
TESTOSTERONA AINDA NO ÚTERO
A produção
insuficiente de testosterona no período fetal dá lugar ao crescimento
inadequado dos órgãos sexuais (como micropênis ou pênis ausente) e, em alguns
casos, ocorre o desenvolvimento do fenótipo feminino, embora o feto seja
geneticamente masculino (XY).
3-VARICOCELE
Varicocele é a
dilatação das veias presentes dentro do escroto, a bolsa de pele solta abaixo
do pênis que detém os testículos. Essa condição também é conhecida como varizes
do testículo ou varizes do escroto, pois a dilatação das veias é muito parecida
com a que acontece nas pernas, no caso das famosas varizes.
4-ORQUIEPIDIDIMITE
A orquiepididimite é
um processo inflamatório que envolve os testículos (orquite) e o epidídimo
(epididimite).
O epidídimo é um
pequeno ducto que coleta e armazena os espermatozóides produzidos dentro dos
testiculos.
A inflamação pode
ser causada por bactérias ou vírus, como no caso da caxumba que é a forma mais
comum de se desenvolver a orquite ou a epididimite, mas também podem ser
consequência de doenças como a gonorreia e a clamídia. Agentes bacterianos
causadores de infecções urinárias como a Escherichia Coli também podem iniciar
o processo inflamatório assim como traumatismos.
SINTOMAS DA ORQUIEPIDIDIMITE
Ocorre um aumento
volumétrico doloroso de um ou ambos testículos que tem início com dor
localizada que aumenta com os dias, apresentando sinais inflamatórios locais
como calor e rubor (vermelhidão), podendo na evolução até descamar a pele.
TRATAMENTO PARA ORQUIEPIDIDIMITE
Nos processos inflamatórios,
utiliza-se medicação para aliviar os sintomas e uso de suporte escrotal
recorrendo à sunga atlética para que o aumento de peso pelo edema não piore
ainda mais a dor pela ação da gravidade.
Nos casos
infecciosos, além do tratamento dos sintomas, é necessário tentar
identificar o foco inicial da infecção e nos casos mais graves e não atendidos
a tempo, há possibilidade formação de abscesso.
5-FIMOSE
Fimose é a
dificuldade ou até impossibilidade de expor a glande, ou cabeça do pênis,
porque o prepúcio (prega de pele que envolve a glande) estreita a passagem.
Nos primeiros meses
de vida, existe uma aderência natural do prepúcio à glande. Porém, até os três
anos, essa aderência desaparece na grande maioria dos meninos.
CAUSAS
As principais causas
da fimose são assaduras e cicatrizes que retraem a pele, deixando o anel do
prepúcio mais estreito. Falta de higiene peniana adequada pode ser responsável
pela incidência de inflamações ou infecções que estreitam a abertura do
prepúcio.
PREVENÇÃO
Higiene local é a
melhor maneira de prevenir a fimose e evitar as postites (infecção ou
inflamação do prepúcio).
Exercícios ou
massagens para arregaçar o prepúcio devem ser evitados, pois além de causar
dor, podem provocar sangramentos e, como consequência, a formação de cicatrizes
que reduzem o orifício por onde deveria passar a glande.
TRATAMENTO
Não ocorrendo
naturalmente o descolamento do prepúcio na primeira infância, o tratamento da
fimose é cirúrgico e visa a facilitar a higiene do pênis, a diminuir o risco de
bálano-postites (infecções do prepúcio e da glande), a corrigir a parafimose
(estrangulamento da glande pelo prepúcio) e a permitir relações sexuais mais
confortáveis na vida adulta.
O procedimento
cirúrgico (postectomia ou circuncisão) consiste na retirada do prepúcio. O
ideal é que ele seja realizado entre 7 e 10 anos. A criança sai no mesmo dia do
hospital e, em cerca de 4 dias, pode retomar as atividades normais. Os
exercícios físicos, porém, devem ser evitados durante três semanas
aproximadamente.
RECOMENDAÇÕES
-Não force a pele da
glande, nem faça massagens para aumentar a abertura do prepúcio. Isso pode
provocar microtraumatismos e, posteriormente, cicatrizes que reduzem o diâmetro
do anel prepucial;
-Procure realizar a
higiene do pênis com atenção e cuidado;
-Trate as assaduras
que por ventura ocorram na glande e no prepúcio para evitar infecções e
cicatrizes;
-Leve seu filho ao
médico, ao primeiro sinal de inflamação ou infecção na cabeça do pênis e/ou na
pele que a recobre;
-Não adie a
realização da cirurgia de fimose. Aceite-a com naturalidade e procure tranquilizar
seu filho caso ela lhe seja indicada.
6-INFERTILIDADE MASCULINA
A infertilidade
masculina pode ser ocasionada por meio de uma doença única, porém é muito comum
encontramos diferentes fatores que, quando associados, levam a uma importante
redução do potencial fértil. O exame físico da bolsa testicular e o espermograma são
essenciais para que o Médico Especialista em Reprodução Humana possa avaliar
corretamente o potencial reprodutivo masculino.
A varicocele, doença
que acomete os vasos testiculares e, diagnosticada por meio do exame físico, é
a principal causa de redução do potencial fértil dos homens, responsável por
até 40% dos casos de infertilidade masculina primária.
Uma pequena parcela
dos homens inférteis, ao fazer o exame de espermograma, depara-se com a
ausência de espermatozoides (azoospermia) no ejaculado. Nesses casos, devem-se
avaliar tanto as doenças que impedem a saída de espermatozoides (fibrose
cística, por exemplo), quanto as situações que interfiram na própria produção
pelo testículo, como alterações genéticas, testículos criptorquídicos, ou seja,
aqueles que permanecem fora da bolsa testicular e disfunções hormonais.
Além da presença de
doenças especificamente relacionadas à fertilidade, é importante ressaltar que
os hábitos de vida, pouco saudáveis, também afetam negativamente a produção de
espermatozoides, tais como: tabagismo, o uso de drogas recreativas (maconha,
cocaína), o uso de anabolizantes (testosterona), exercícios físicos em excesso,
obesidade, exposição a produtos tóxicos e à poluição, estresse e má nutrição.
O impacto da idade
do homem na fertilidade masculina tem sido bastante pesquisado nos últimos
anos. Estudos recentes mostram que não é apenas a idade materna que influencia
no potencial de gravidez do casal. Quanto maior a idade paterna maiores são as
chances de ocorrerem alterações na produção e na qualidade dos espermatozoides.
Isso pode trazer inúmeras consequências, como: i) dificuldade na formação de um
embrião, ii) maior risco de perda precoce da gestação, iii) um maior risco de
síndromes genéticas e de outras doenças.
7-CERTOS TIPOS DE CÂNCER (PULMÃO, CÓLON, PRÓSTATA,
LEUCEMIA E RETO)
Tumores, também
chamados de neoplasmas, ou neoplasias, são alterações celulares que provocam o
aumento anormal dos tecidos corporais envolvidos.
O câncer pode ser
definido como uma alteração celular, uma célula do organismo passa a se
replicar de maneira desordenada e descontrolada dando origem a uma neoplasia
(popularmente conhecida como tumor).
Tumor é um termo
genérico que indica um aumento anormal de uma parte ou da totalidade de um
tecido. Neoplasia é o processo patológico que resulta no desenvolvimento de um
neoplasma, isto é, o crescimento anormal, incontrolado e progressivo de tecido,
mediante proliferação celular. Na verdade as palavras tumor e neoplasia são
sinônimas.
Tanto o tumor quanto
a neoplasia podem ser benignos ou malignos. Quando uma neoplasia ou tumor é
maligno, é que é chamado câncer.
No organismo,
verificam-se formas de crescimento celular controladas e não controladas. A
hiperplasia e a displasia são exemplos de crescimento controlado, enquanto que
as neoplasias correspondem às formas de crescimento não controladas e são
denominadas, na prática, de tumores.
COMO SURGE O CÂNCER
As células do corpo
se renovam constantemente. Por fatores hereditários ou adquiridos, por exemplo,
como alimentação inadequada e cigarro, algumas células sofrem mutações. Em um
sistema saudável elas são eliminadas pelo sistema imunológico.
Quando não são
eliminadas pelo sistema imunológico, as células mutantes se reproduzem de forma
descontrolada e desordenada.
O câncer cresce em
progressão geométrica, ou seja, de forma acelerada, “alimentado” por nutrientes
e oxigênio transportados pelos vasos sanguíneos.
BENIGNO: Tem células
que crescem lentamente e semelhante às do tecido normal. Na maioria dos casos pode
ser totalmente removido (e o paciente curado) por meio de cirurgia.
São considerados
benignos quando são bem delimitados, de crescimento lento; e também não
reincidem após sua remoção, e nem se espalham.
Tumores benignos são
constituídos por células bem semelhantes às que os originaram. Isso não
acontece no caso dos tumores malignos, uma vez que infiltram outros tecidos e
possuem alto índice de duplicação celular. Esse fato permite com que alguns
cânceres possuam a capacidade de produzir antígenos. Tal característica pode
ser muito útil para o diagnóstico, inclusive precoce, dessas neoplasias;
evitando procedimentos invasivos visando este fim. Cânceres também podem
apresentar algumas áreas com necrose, ou mesmo hemorragias, e de graus
variáveis.
Quanto à
nomenclatura, tumores benignos possuem o sufixo “oma”, que segue um prefixo
referente ao seu tecido originário. Exemplo: lipoma, tumor benigno do tecido
adiposo.
MALIGNO: As células
multiplicam-se rapidamente e têm a capacidade de “invadir” estruturas próximas
ao local de origem. A cura neste tipo de tumor depende do diagnóstico precoce e
do tratamento adotado.
Já os malignos
infiltram as células adjacentes, têm crescimento rápido, e podem reincidir e se
espalhar pelo organismo, atacando outros órgãos, por via linfática ou
sanguínea: são as metástases. Nesse último caso, tais tumores também são
chamados de câncer.
No caso dos
malignos, sua classificação dependerá da origem embrionária do tecido
primeiramente acometido. Exemplos: carcinomas, tumores malignos formados a
partir de tecidos de revestimento; e sarcomas, tumores malignos formados a
partir de tecidos conjuntivos ou mesenquimais. Vale lembrar que existem
exceções.
É a proliferação
descontrolada de células anormais do organismo. As células normais do corpo
vivem, se dividem e morrem de forma controlada. As células cancerosas são
diferentes, não obedecem a esses controles e se dividem sem parar. Além disso,
não morrem como as células normais e continuam a se proliferar e a produzir
mais células anormais.
Essa divisão
descontrolada das células é provocada por danos no DNA, o material genético
presente em todas as nossas células e que comanda todas as suas atividades,
inclusive as ordens para a célula se dividir. Na maior parte das vezes, o
próprio DNA detecta e conserta seus erros. Nas células cancerosas, porém, o
mecanismo de reparo não funciona. Esses defeitos no mecanismo de reparo podem
ser herdados e estão na origem dos cânceres hereditários. Na maioria dos casos,
porém, o DNA se altera por causa da exposição a fatores ambientais, entre eles,
o fumo, sol, alguns vírus e alimentação.
As células
cancerosas geralmente formam um tumor, uma massa de células com crescimento
anormal. Existem exceções, como as leucemias, em que as células doentes estão
presentes no sangue e percorrem o corpo todo. Frequentemente, as células
cancerosas se desprendem do tumor, viajam para outra parte do corpo onde passam
a crescer e a substituir o tecido sadio, num processo chamado metástase.
Nem todos os tumores
são cancerosos. Os chamados tumores benignos não têm a capacidade de se
espalhar para outras partes do corpo, mas merecem atenção e podem exigir
tratamento, dependendo do local onde aparecem.
Diferentes tipos de
câncer têm comportamentos diferentes, exigem tratamentos diferentes até mesmo
quando se trata de câncer do mesmo órgão. Há cânceres de próstata extremamente
agressivos, de progressão rápida e outros menos agressivos, de desenvolvimento
lento. Por isso, o tratamento é específico para cada caso.
O câncer é a segunda
causa de morte nos Estados Unidos e está entre as três primeiras no Brasil. A
cada ano, 8 milhões de pessoas em todo o planeta recebem o diagnóstico de
câncer. De forma geral, uma em cada três mulheres e um em cada dois homens tem,
teve ou terá câncer. Quanto mais cedo a doença é detectada, maiores as chances
de sobrevivência.
As causas dos
tumores podem ser biológicas, como alterações genéticas ou hormonais, ou mesmo
infecções; químicas, como o cigarro; e físicas, como exposição a radiações. O
tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico. No caso de tumores malignos, há
também a quimioterapia e a radioterapia como medidas efetivas para contemplar
este objetivo.
8-PROBLEMAS CARDIOVASCULARES
As doenças cardiovasculares
são um conjunto de problemas que atingem o coração e os vasos sanguíneos,
afetando, geralmente, mais homens do que mulheres, em idades acima dos 50 anos.
TIPOS DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Pode se considerar 2
tipos de doenças cardiovasculares: aquelas que apresentam sintomas, como angina
ou arritmias cardíacas e aquelas como aterosclerose ou hipertensão, que em
geral não apresentam sintomas. Estes, por serem silenciosos, são motivos para
que o indivíduo procure o cardiologista regularmente, principalmente para quem
já tem histórico familiar de doenças no coração.
AS DOENÇAS DO
CORAÇÃO MAIS COMUNS
-Hipertensão;
-Infarto agudo do
miocárdio;
-Angina do peito;
-Doenças nas
válvulas cardíacas;
-Doenças cardíacas
congênitas;
-Endocardite;
-Arritmias
cardíacas;
-Miocardite;
-Tumores no coração.
As doenças
cardiovasculares em idosos são mais comuns e podem ser resultado dos maus
hábitos de vida, como má alimentação, tabagismo ou sedentarismo. O tratamento
das doenças cardiovasculares em idosos deve ser indicado pelo cardiologista e
tem como objetivo, prevenir o agravamento do problema.
Os sintomas das
doenças cardiovasculares são variáveis e estão normalmente associados ao tipo
de doença que o indivíduo tem. Normalmente, os sintomas só começam a aparecer em
fases em que a doença já está instalada, dificultando a sua prevenção. Alguns
sintomas podem ser: dificuldade em respirar, dor no peito, desmaio, alterações
no ritmo cardíaco.
PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES
A prevenção das
doenças cardiovasculares é o
melhor modo de
evitar o aparecimento destas doenças. Algumas orientações para prevenir as doenças
cardiovasculares:
-Deixar de fumar;
-Controle da pressão
arterial, dos níveis de açúcar e da gordura no sangue;
-Alimentação
saudável, evitando gorduras e comendo mais verduras, frutas e cereais;
-Prática de
exercício físico regularmente;
Evitar consumo de
bebidas alcoólicas;
-Reduzir o peso.
Nos casos em que as
doenças cardiovasculares estão já em fase avançada, pode ser necessário o uso de
medicamentos como diuréticos, agentes betabloqueadores, anticoagulantes ou estatinas
para reduzir o risco de lesões no organismo.
Quando na presença
de sinais ou sintomas característicos de doenças cardiovasculares, o paciente
deve consultar o seu médico cardiologista para realizar exames médicos complementares
que permitam fazer o diagnóstico e evitar lesões mais graves para o indivíduo.
Para prevenir as
doenças cardíacas, recomenda-se uma alimentação saudável com pouco sal, açúcar
e também pouca gordura, além da prática regular de exercícios físicos. Quem não
tem tempo livre, deve fazer escolhas acertadas, como evitar o elevador e subir
de escadas, não usar o controle remoto e levantar para mudar o canal de TV e
outras atitudes que façam o corpo se esforçar mais e gastar mais energia.
CAUSAS DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES
As causas das
doenças cardiovasculares são as mais diversas, mas podem estar relacionadas com
o estilo de vida do indivíduo e a sua alimentação.
-Idade: indivíduos
com mais de 50 anos têm maior risco de ter doença cardiovascular;
-Sexo: os homens
normalmente são mais acometidos por problemas cardiovasculares;
-História familiar
de doenças cardiovasculares;
-Tabaco;
-Colesterol alto;
-Hipertensão;
-Obesidade;
-Vida sedentária;
-Diabetes;
-Anticoncepcionais
orais;
-Maus hábitos
alimentares;
-Estresse.
SINAIS E SINTOMAS
-Falta de ar, no
repouso ou no esforço;
-Dor no peito,
devido à má circulação sanguínea no local;
Cansaço fácil;
Desmaio;
Palpitações ou
taquicardia;
Tosse seca
persistente;
-Hipertensão
arterial (Pressão alta);
-Cor azulada nas
pontas dos dedos ou unhas;
-Tonturas;
-Má circulação nas
pernas
-Impotência sexual;
-Inchaço nos
tornozelos;
Os indivíduos com
maior propensão para desenvolverem as doenças do coração são: os sedentários,
os obesos, os indivíduos com colesterol alto, os diabéticos e os com histórico
de doença cardíaca na família. Estes devem ter uma atenção especial à sua
saúde, evitando o sobrepeso e a má alimentação, que são fatores de risco para o
desenvolvimento das doenças cardíacas.
A maioria das doenças
cardíacas não surge de repente. Elas vão se desenvolvendo ao longo dos anos,
muitas vezes sem apresentar nenhum sintoma. Algumas, só são descobertas quando
o indivíduo submete-se a exames, como um simples eletrocardiograma (ECG) ou um teste
de esforço, por exemplo.
INFARTO DO MIOCÁRDIO
O infarto do
miocárdio é consequência da obstrução de uma artéria coronária por um coágulo
de sangue sobre a placa de gordura que estava em sua parede, impossibilitando
assim, que uma quantidade suficiente de sangue chegue até aquela área do
músculo cardíaco. Esta porção do músculo cardíaco sofre um processo de morte
celular e necrose, podendo levar à morte súbita ou à insuficiência cardíaca que
acarreta limitações físicas até a recuperação do quadro clínico.
No Brasil, segundo
estimativa do Ministério da Saúde, ocorrem cerca de 300 mil infartos por ano,
provocando cerca de 80 mil mortes anualmente. Muitas mortes ou sequelas
irreversíveis poderiam ser evitadas, se o infartado recebesse os primeiros
socorros de maneira adequada e tivesse a sua artéria coronária desobstruída por
medicamentos (trombolíticos) ou através da angioplastia coronária o mais rápido
possível. Esta última é altamente efetiva e se caracteriza pela desobstrução
mecânica através de cateteres.
FATORES DE RISCO
Dentre os fatores de
risco que podem levar uma pessoa ao infarto estão o diabetes, o tabagismo, a
hipertensão arterial, histórico familiar de problemas coronarianos, alto índice
de colesterol, sedentarismo, obesidade, ansiedade e o estresse emocional.
TABAGISMO
Há cerca de 1,2
bilhão de fumantes no mundo.
No país são 30,6
milhões.
5 milhões de pessoas
morrem por ano por doenças causadas pelo cigarro, sendo 80 mil no Brasil.
1/4 dos fumantes
experimenta o primeiro cigarro antes dos dez anos.
Dos seis tipos de
câncer que podem provocar mortes no Brasil, metade deles (pulmão, colo de útero
e esôfago) tem o cigarro como um dos fatores de riscos.
COLESTEROL ALTO
As altas taxas de
colesterol são um problema que atinge 40% da população brasileira, segundo o
Ministério da Saúde, sendo que os estados da Região Sul têm a população com a
maior prevalência do problema (24%).
O colesterol é um
álcool que se encontra dissolvido nas gorduras de origem animal, não estando
presente nos vegetais. Sua presença em nosso organismo, importante para o
crescimento de nossas células e hormônios decorre de sua produção pelo fígado
(70%) e de sua entrada pela alimentação rica em gorduras de origem animal.
Classificado como
HDL, LDL e VLDL, segundo sua densidade, o colesterol ruim é o LDL, que em excesso
e no decorrer do tempo, acumula-se nas paredes dos vasos, provocando a
aterosclerose, deteriorando as artérias reduzindo ou impedindo o fluxo de
sangue levando à angina e ao infarto. Já o HDL tem a função de transportar o
colesterol dos tecidos para o fígado, por isso ficou conhecido o bom
colesterol.
AVC (ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL)
O acidente vascular
cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, pode ser de dois
tipos:
a) ACIDENTE VASCULAR ISQUÊMICO
Falta de circulação
numa área do cérebro provocada por obstrução de uma ou mais artérias por
ateromas, trombose ou embolia.
Ocorre, em geral, em
pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial,
problemas vasculares e fumantes.
-Perda repentina da força muscular e/ou
da visão;
-Dormência na face, braço ou perna;
-Dificuldade de comunicação oral (fala
arrastada) e de compreensão;
-Tonturas;
-Formigamento num dos lados do corpo;
-Alterações da memória.
Algumas vezes, esses sintomas podem ser
transitórios – ataque isquêmico transitório (AIT). Nem por isso deixam de
exigir cuidados médicos imediatos.
b) ACIDENTE VASCULAR HEMORRÁGICO
Sangramento cerebral
provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo, em virtude de
hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos. Pode
ocorrer em pessoas mais jovens e a evolução é mais grave.
Sintomas do AVC
-Dor de cabeça repentina;
-Edema cerebral;
-Aumento da pressão intracraniana;
-Náuseas e vômitos;
-Déficits neurológicos semelhantes aos
provocados pelo acidente vascular isquêmico.
FATORES
DE RISCO
Os fatores de risco para AVC são os
mesmos que provocam ataques cardíacos:
-Hipertensão arterial;
-Colesterol elevado;
-Fumo;
-Diabetes;
-Histórico familiar;
-Ingestão de álcool;
-Vida sedentária;
-Excesso de peso;
-Estresse.
TRATAMENTO
Acidente vascular
cerebral é uma EMERGÊNCIA MÉDICA. O paciente deve ser encaminhado imediatamente
para atendimento hospitalar. Trombolíticos e anticoagulantes podem diminuir a
extensão dos danos. A cirurgia pode ser indicada para retirar o coágulo ou
êmbolo (endarterectomia), aliviar a pressão cerebral ou revascularizar veias ou
artérias comprometidas.
Infelizmente,
células cerebrais não se regeneram nem há tratamento que possa recuperá-las. No
entanto, existem recursos terapêuticos capazes de ajudar a restaurar funções,
movimentos e fala. Quanto antes forem aplicados, melhores serão os resultados.
PREVENÇÃO
-Controle a pressão
arterial e o nível de açúcar no sangue. Hipertensos e diabéticos exigem
tratamento e precisam de acompanhamento médico permanente. Pessoas com pressão
e glicemia normais raramente têm derrames;
-Procure manter
abaixo de 200 o índice do colesterol total. Às vezes, só se consegue esse
equilíbrio com medicamentos. Não os tome nem deixe de tomá-los por conta
própria. Ouça sempre a orientação de um médico;
-Adote uma dieta
equilibrada, reduzindo a quantidade de açúcar, gordura, sal e bebidas
alcoólicas;
-Não fume. Está
provado que o cigarro é um fator de alto risco para acidentes vasculares;
-Estabeleça um
programa regular de exercícios físicos. Faça caminhadas de 30 minutos
diariamente;
-Informe seu médico
se em sua família houver casos doenças cardíacas e neurológicas como o AVC;
-Procure distrair-se
para reduzir o nível de estresse. Encontre os amigos, participe de atividades
culturais, comunitárias, etc.
9- DIABETES MELLITUS
A diabetes mellitus
é uma doença caracterizada pelo excesso de açúcar no sangue, devido à atuação
ineficaz da insulina, que é o hormônio responsável por baixar a glicemia no
sangue.
O paciente com
diabetes mellitus tem de fazer o teste de glicemia para saber o valor de açúcar
no sangue que não deve ser superior a 126 mg/dL em jejum e, o tratamento inclui
o uso de remédios, como antidiabéticos orais ou insulina, prática de exercício
físico e alimentação adequada.
TIPOS DE DIABETES MELLITUS
Existem diversos
tipos de diabetes mellitus, a diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e a diabetes
gestacional e, as suas diferenças incluem:
DIABETES MELLITUS TIPO 1
É uma doença
crônica, pois não tem cura e ocorre porque o pâncreas produz pouca ou nenhuma
insulina, sendo geralmente frequente na infância ou na adolescência. Veja mais
sobre a Diabetes tipo 1 em: Diabetes tipo 1;
DIABETES MELLITUS TIPO 2
Resulta
frequentemente de maus hábitos alimentares e sedentarismo e é mais frequente
nos adultos e idosos. Neste tipo de diabetes, o pâncreas produz insulina em
quantidades insuficientes ou as células do organismo são resistentes à insulina
e, por isso, o valor de glicemia permanece superior ao normal. Saiba mais sobre
a Diabetes tipo 2 em: Diabetes tipo 2.
DIABETES GESTACIONAL
Caracteriza-se pelo
excesso de açúcar no sangue durante a gravidez, provocado pelas alterações
hormonais, porém, geralmente desaparece depois do parto.
Além destes tipos de
diabetes, existe também a DIABETES INSIPIDUS que não está relacionada com a
diabetes mellitus, pois é causada pelo mau funcionamento do hormônio
antidiurético e ocorre frequentemente devido a insuficiência renal.
SINTOMAS DA DIABETES MELLITUS
-Vontade de urinar
muito e muitas vezes;
-Sensação de sede
constante;
-Fome excessiva;
-Perda de peso;
-Visão turva;
-Fraqueza e cansaço.
FATORES DE RISCO
Existem fatores que
aumentam o risco de uma pessoa desenvolver diabetes mellitus, como ter idade
superior a 45 anos, obesidade, hipertensão, colesterol elevado ou historial
familiar de diabetes, por exemplo. Estes indivíduos devem estar especialmente
atentos aos sintomas da diabetes e todos os anos consultar um clínico geral
para despistar a doença.
VALORES DE REFERÊNCIA DA DIABETES MELLITUS
Os valores de
referência da diabetes mellitus são identificados através do teste de glicemia,
que é quando o paciente faz a picada no dedo, sendo que em jejum o paciente
deve ter até 126 mg/dL e a qualquer hora do dia inferior a 200mg/dL.
Além disso, quando o
paciente com diabetes mellitus faz o exame da hemoglobina glicosilada deve ter
como valor de referência inferior a 5,7%.
10-EJACULAÇÃO PRECOCE
A ejaculação precoce
ocorre quando um homem tem um orgasmo mais cedo do que o esperado durante a
relação sexual. Se isso acontecer uma ou outra vez, não há motivo para
preocupação. Mas se esse for um problema recorrente, é importante procurar um
médico.
Se for o seu caso,
não se preocupe: ejaculação precoce é um problema relativamente comum.
Estimativas mostram que um em cada três homens apresentam essa condição.
CAUSAS
A causa exata da
ejaculação precoce ainda é desconhecida, mas os médicos acreditam que fatores
psicológicos e biológicos estejam envolvidos nos motivos que levam à ocorrência
desse problema.
FATORES PSICOLÓGICOS
Disfunção erétil;
-Ansiedade;
-Problemas de
relacionamento;
-O uso de alguns
medicamentos, como psicotrópicos, pode causar ejaculação precoce.
FATORES BIOLÓGICOS
-Níveis hormonais
acima do normal
-Níveis de neurotransmissores
acima do normal
-Atividade anormal
do sistema ejaculatório
-Distúrbios da
tireoide
-Inflamação ou
infecção na próstata e na uretra
-Fatores genéticos
-Danos no sistema
nervoso causados por experiências traumáticas ou cirurgias.
FATORES DE RISCO
Alguns fatores podem
facilitar a ocorrência de ejaculação precoce, veja:
-Disfunção erétil:
problemas em ter ou manter uma ereção, bem como o medo de perder uma ereção,
podem levar o homem a ejacular antes do tempo
-Estresse:
instabilidade emocional ou mental limitam a habilidade de concentração e
relaxamento, podendo levar à ocorrência desse problema.
-Problemas de saúde,
como doenças cardíacas, podem aumentar a ansiedade durante a relação sexual e
causar a ejaculação precoce.
SINTOMAS
-O primeiro sintoma
de ejaculação precoce é quando a ejaculação acontece antes do esperado. No
entanto, esse problema pode acontecer em qualquer situação sexual, inclusive
durante a masturbação.
Os médicos costumam
classificar a ejaculação precoce em duas categorias: primária e secundária.
EJUCULAÇÃO PRECOCE PRIMÁRIA
A ejaculação precoce
primária é caracterizada por problemas identificados durante toda a vida do
paciente.
-Dificuldade de
segurar uma ereção com menos de um minuto de penetração
-Inabilidade de
retardar a ereção durante o ato sexual
-Estresse,
frustração e o ato de evitar intimidade sexual com o parceiro.
EJACULAÇÃO PRECOCE SECUNDÁRIA
Já na ejaculação
precoce secundária, o homem manifesta exatamente os mesmos sintomas da
ejaculação primária, com a diferença de que os sintomas nem sempre fizeram
parte de sua vida sexual. Homens que apresentam esse tipo de ejaculação precoce
mantinham relações sexuais satisfatórias no passado e manifestaram o problema
por algum motivo.
Há quanto tempo você
apresenta ejaculação precoce?
Esse é um problema
recorrente desde o início de sua vida sexual ou apareceu de repente?
Você apresenta
ejaculação precoce quando se masturba?
Você tem problemas
com disfunção erétil?
Que tipos de
medicamentos você toma?
TRATAMENTO DA EJACULAÇÃO PRECOCE
Entre os tratamentos
disponíveis, existem a terapia sexual, o uso de alguns medicamentos e
psicoterapia. Para alguns casos, a combinação desses tratamentos pode funcionar
melhor.
-Terapia sexual.
Neste caso, algumas
medidas simples bastam, como masturbar-se uma ou duas horas antes da relação
sexual para retardar a ereção durante o ato. Evitar a penetração por um tempo e
a descoberta de novas fontes de prazer sexual também pode ser uma saída para
tirar a pressão da penetração.
-Técnica do aperto.
A técnica do aperto
consiste em estimular sexualmente o homem até que ele reconheça que está quase
ejaculando. Nesse momento, aperta-se suavemente a parte final do pênis (onde a
glande se encontra com o eixo) por vários segundos. Pare a estimulação sexual por
cerca de 30 segundos e comece novamente. A pessoa ou o casal pode repetir esse
padrão até que o homem queira ejacular. Na última vez, continue a estimulação
até que o homem atinja finalmente o orgasmo.
-Método “parar e
começar”.
O método “parar e
começar” é praticamente idêntico à técnica do aperto. Esse método consiste em
estimular sexualmente o homem até que ele sinta que está quase atingindo o
orgasmo. Pare a estimulação por cerca de 30 segundos e comece novamente. Repita
esse padrão até que o homem queira ejacular. Na última vez, continue a
estimulação até que o homem atinja o orgasmo.
11-EJACULAÇÃO RETARDADA
Ao contrário da ejaculação
precoce, a retardada ocorre quando o homem demora muito para ejacular durante a
relação sexual - ou até não consegue (problema chamado de anejaculação). No
entanto, a ereção do pênis e desejo sexual existem.
O tempo médio para
que a ejaculação aconteça durante o sexo é em torno de cinco minutos, mas é
possível controlar e prolongar conscientemente esse tempo. No caso da
ejaculação retardada, entretanto, esse atraso não é consciente, o homem quer
chegar ao orgasmo e não consegue, mas o tempo vai variar para cada um tipo de
pessoa.
O problema pode não
trazer malefícios diretos à saúde, mas prejudica a qualidade de vida masculina.
Há um impacto na
autoestima e na autoconfiança, o que pode gerar dificuldades no relacionamento
amoroso.
A disfunção sexual
pode ser temporária, principalmente quando as causas são psicológicas. Ainda
assim, é fundamental conversar com o seu médico para esclarecer e identificar
melhor o problema.
Na maioria das
vezes, a deficiência de ejaculação é causada por fatores psicológicos. Um
determinado problema que cause tensão, estresse ou medo no homem é capaz de
interferir no organismo e prejudicar o orgasmo.
Pode ser desde um
trauma na infância que repercute na idade adulta até o medo de engravidar por
conta da relação sexual.
CAUSAS DA EJACULAÇÃO RETARDADA
-Culpa/ansiedade por
motivos religiosos;
-Medo de engravidar;
-Estresse;
-Traumas na infância
ou fase adulta;
-Tensão durante o
ato sexual por motivos diversos;
-Preferência da
masturbação à relação sexual.
Muitos dos homens
que apresentam ejaculação retardada numa relação sexual, não conseguem ejacular
normalmente ao se masturbar. Há pacientes, principalmente os mais jovens, que
têm preferência por masturbação em vez do ato sexual e não conseguem sentir
prazer suficiente para ejacular durante a relação.
Este comportamento
pode estar muito ligado ao nervosismo e à ansiedade da relação sexual, da
pressão para ter um bom desempenho ou do fato de ter que chegar ao orgasmo
junto com outra pessoa.
Também podem existir
situações em que o homem, sobretudo adolescente, que ainda não teve muita
experiência sexual, está acostumado a se masturbar fazendo uma pressão
excessiva com a mão. Na hora da relação sexual, pode ser que a pressão da
penetração vaginal sobre o pênis seja menor do que a realizada com as mãos,
dificultando o estímulo no homem para chegar ao orgasmo e ejacular.
CAUSAS ORGÂNICAS
Entre as causas
orgânicas mais comuns, está o uso constante de medicamentos antidepressivos.
É comum este tipo de
medicação causar retardo ou mesmo grande dificuldade ejaculatória, explica.
O envelhecimento também
é outro fator influente. Conforme a
idade avança, há uma diminuição da sensibilidade do pênis, afetando a
facilidade de atingir um orgasmo.
FATORES ORGÂNICOS RELACIONADOS
- Uso de álcool e
drogas;
- Diabetes;
- Uso de
antidrepressivos e outros medicamentos específicos;
- Esclerose
múltipla;
- Distúrbios
hormonais;
- Lesões
neurológicas;
- Problemas
decorrentes do envelhecimento.
12-DISFUNÇÃO ERÉTIL
O cérebro tem
integração fundamental com o mecanismo da ereção.
A disfunção erétil
(DE), popularmente conhecida como impotência sexual, é a dificuldade
persistente de obter e/ou manter uma ereção suficiente para permitir uma
atividade sexual adequada, ou seja, que possibilite a penetração vaginal. Não
significa o fato do homem eventualmente “falha na hora H”, mas sim quando o
problema é recorrente.
CAUSAS E INCIDÊNCIA
A DE pode ter origem
psicogênica, orgânica ou mista (psicogênica e orgânica). Independentemente da
causa, basicamente ocorre por um desequilíbrio entre a contração e o
relaxamento da musculatura lisa do corpo cavernoso.
Cerca de 50% dos
homens acima de 40 anos têm alguma queixa em relação às ereções.
Destes, metade
apresentava níveis elevados de HbA1c (fator relacionado ao diabetes) e
colesterol, portanto a DE pode estar ligada a outras patologistas.
SINTOMAS
DA IMPOTÊNCIA SEXUAL
-Dificuldade para manter uma ereção em
25% das relações com a mesma parceira;
-Redução da rigidez e tamanho do órgão
sexual masculino;
Necessidade de mais tempo e concentração
para atingir a ereção;
-Diminuição da quantidade de pelos no
corpo;
-Redução das ereções matinais e
noturnas;
-O clímax é atingido mais rápido e as
vezes sem ereção completa.
FATORES DE RISCO
-Alterações
hormonais;
-Tabagismo;
-Diabetes Mellitus;
-Doenças
cardiovasculares e hipertensão arterial sistêmica;
-Outras doenças
crônicas;
-Medicamentos:
vasodilatadores, anti-hipertensivos, hipoglicemiantes, antidepressivos,
ansiolíticos;
Drogas: maconha,
codeína, cocaína, heroína, metadona;
Alcoolismo;
Cirurgias.
TRATAMENTO
Determinar a origem
da DE é fundamental para direcionar o tratamento, portanto não existe uma
receita única para resolver todos os casos: se você sofre do problema precisa
procurar um urologista para avaliar o seu quadro especificamente, e assim
determinar a melhor forma de tratamento.
Há diferentes formas
de tratamento para a DE, de acordo com a causa e o perfil do paciente,
apresentando resultados animadores. A terapia medicamentosa é a mais utilizada
ao lado da psicológica, mas em determinados casos pode-se utilizar também o
implante de prótese peniana.
13-AIDS
A AIDS/SIDA é uma
doença sexualmente transmissível causada por um vírus chamado HIV (Vírus da
Imunodeficiência Humana) que destrói as defesas do organismo. Por este motivo a
pessoa infectada pelo HIV fica sujeita a adquirir doenças graves que são
chamadas oportunistas.
O vírus da
imunodeficiência humana (VIH), também conhecido por HIV (sigla em inglês para
human imunodeficiency virus), é da família dos retrovírus e o responsável pela
SIDA (AIDS). Esta designação contém pelo menos duas sub-categorias de vírus, o
HIV-1 e o HIV-2. Entre o grupo HIV-1 existe uma grande variedade de subtipos
designados de A a J.
Esses dois subtipos
tem diferenças consideráveis, sendo o HIV-2 mais comum na África Subsaariana e
bem incomum em todo o resto do mundo.
HIV é a abreviação
usada para o vírus humano da imunodeficiência. HIV é o vírus que causa AIDS
(síndrome da imunodeficiência adquirida), uma doença mortal.
O HIV ataca o
sistema imunológico do corpo. Normalmente, o sistema imunológico produz células
de sangue e anticorpos que atacam vírus e bactérias. As células que atacam a
infecção são chamadas linfócitos T. Meses ou anos após a pessoa ser infectada
com HIV, o vírus destrói os linfócitos T.
AIDS, ou Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida, é uma doença infecto-contagiosa causada pelo vírus
HIV (Human Immunodeficiency Virus), que leva à perda progressiva da imunidade.
A doença, na verdade uma síndrome, caracteriza-se por um conjunto de sinais e
sintomas advindos da queda da taxa dos linfócitos CD4, células muito
importantes na defesa imunológica do organismo. Quanto mais a moléstia
progride, mais compromete o sistema imunológico e, consequentemente, a
capacidade de o portador defender-se de infecções.
SINTOMAS
DA AIDS
Na maioria dos
casos, os sintomas iniciais podem ser tão leves que são atribuídos a um mal estar
passageiro. Quando se manifestam mais intensidade, são os mesmos de várias
outras viroses, mas podem variar de acordo com a resposta imunológica de que
cada indivíduo.
Os mais comuns são
febre constante, manchas na pele (sarcoma de Kaposi), calafrios, ínguas, dores
de cabeça, de garganta e dores musculares, que surgem de 2 a 4 semanas após a
pessoa contrair o vírus.
Nas fases mais
avançadas, é comum o aparecimento de doenças oportunistas como tuberculose,
pneumonia, meningite, toxoplasmose, candidíase, etc.
A AIDS não se manifesta da mesma forma
em todas as pessoas. Entretanto, os sintomas iniciais são geralmente
semelhantes e além disso, comuns a várias outras doenças.
São eles:
- Febre constante;
- Emagrecimento muito rápido;
- Cansaço (sem esforço físico);
- Diarréia constante;
- Tosse crônica;
- Suores noturnos;
- Manchas esbranquiçadas na boca;
- Manchas arroxeadas na pele;
- Ínguas em vários pontos;
Com a progressão da doença e com o
comprometimento do sistema imunológico do indivíduo, começam a surgir doenças
oportunistas, tais como: tuberculose, pneumonia, alguns tipos de câncer,
candidíase e infecções do sistema nervoso (toxoplasmose e as meningites, por
exemplo) .
COMO
SE PREVINIR
- Usando sempre camisinha em todas as
relações sexuais
- Exigindo sangue testado nas
transfusões
- Usando agulhas e seringas descartáveis
- Exigindo que todo instrumental medico
ou dentário seja esterilizado.
DIAGNÓSTICO
COMO
SABER SE É PORTADOR DO VÍRUS HIV
Existe um exame de
sangue específico para o diagnóstico da AIDS, chamado teste Elisa. Em média,
ele começa a registrar que a pessoa está infectada 20 dias após o contato de
risco. Se depois de três meses o resultado for negativo, não há mais
necessidade de repetir o exame, porque não houve infecção pelo HIV.
No Centro de
Referência em Treinamento em DST/AIDS é possível realizar um teste laboratorial
mais rápido, cujo resultado sai algumas horas depois da coleta de sangue.
Os testes podem ser
feitos nos postos de saúde de forma gratuita. Por exemplo, existem os CTA (Centros
de Testagem e Aconselhamento) municipais e estaduais, que fazem o teste rápido
com resultados em uma hora.
É possível saber se
uma pessoa é portadora do vírus HIV através da pesquisa direta do vírus no
sangue (exame de carga viral para o HIV) ou pesquisando a presença de
anticorpos que são produzidos quando o vírus infecta uma pessoa (sorologia para
HIV). O período entre a contaminação e o início dos sintomas varia de pessoa a
pessoa, mas, em média, é de cinco a sete anos.
Para saber se uma
pessoa tem o vírus HIV será necessário fazer o exame, porém é muito importante
que esta pessoa seja orientada por um profissional de saúde para tirar todas as
dúvidas que surgem quando o diagnóstico é positivo.
TRANSMISSÃO DO VÍRUS HIV
O vírus HIV
sobrevive em ambiente externo por apenas alguns minutos. Mesmo assim, sua
transmissão depende do contato com as mucosas ou com alguma área ferida do
corpo.
AIDS se transmite
por meio que envolva penetração sexual desprotegida, uso de agulhas ou produtos
sanguíneos infectados. Existe também a possibilidade da transmissão vertical,
ou seja, da mãe infectada para o feto durante a gestação e o parto (AIDS
congênita).
Os pesquisadores sabem
que sexo oral é capaz de transmitir a síndrome. Há, descrição de pessoas que se
infectaram ao engolir esperma.
Após um período
médio de cinco a sete anos em que o paciente está contaminado, começam a surgir
sintomas gerais como perda de peso, febre baixa e suores noturnos.
Após uma relação sem
proteção (preservativo) você deve fazer o exame de HIV assim que possível para
afastar a possibilidade de você ter sido contaminado antes deste contato. Sendo
negativo no momento desta exposição o próximo teste deve ser feito em 30 dias e
repetido em dois meses. A soroconversão ocorre geralmente entre 3 a 12 semanas.
O líquido
lubrificante que surge com o estímulo sexual já é considerado contaminante,
portanto utilizar preservativo desde o início do contato sexual é muito
importante.
A expectativa de
vida, graças aos medicamentos antirretrovirais, aumentou muito e hoje pode
chegar a 30 anos. É esperado que nos próximos anos, com o surgimento de novas
drogas, um portador do vírus HIV irá viver o mesmo tempo que um paciente que
não tem HIV.
O vírus HIV é muito
frágil e não sobrevive fora das células humanas. Portanto, quando sangue,
lágrimas ou suor secam, o risco de transmitir é zero.
O risco de contágio
é maior quanto mais frequente for a exposição e quanto maior for a quantidade
de vírus HIV presente no sangue do soropositivo. Há a possibilidade de não se
contrair o HIV em uma relação, mas o risco, embora pequeno, ainda é real.
Esteja atento e use sempre preservativos.
Embora o risco seja
considerado baixo, a recomendação é para que sempre seja utilizado método de
barreira (camisinha) também durante o sexo oral.
Os casais em que um
é soropositivo e o outro não, são chamados de "casais
sorodiscordantes". Quando estes casais decidem ter filhos, como na
pergunta acima, já é possível procurar na rede pública de saúde do Estado de
São Paulo o Programa de Reprodução Assistida. O programa orientará os casais de
uma forma a reduzir ao máximo o risco de transmissão do vírus HIV através da
técnica de lavagem do esperma. Um destes centros pioneiros é o CRASE, Centro de
Reprodução Assistida em Situações Especiais, da Faculdade de Medicina do ABC.
A rede pública de
saúde oferece uma estrutura voltada para o diagnóstico do HIV. São os CTA
(Centros de Testagem e Aconselhamento) onde é possível realizar o teste rápido
do HIV e tirar todas as dúvidas com uma equipe multidisciplinar, composta de
médicos, enfermeiros, psicólogos, assistente social entre outros.
Se houver contato
das secreções do soropositivo com mucosas genital, anal ou boca, haverá o risco
de contaminação.
O vírus HIV tem duas
características que dificultam sua eliminação do corpo humano. Uma delas é que
ele infecta as células do sistema imunológico, ou seja, as células que deveriam
eliminar o próprio vírus. A outra é que ele também infecta outras células
chamadas “células santuários”, onde os antirretrovirais não são capazes de
atingi-lo.
Em nenhum processo
seletivo ou exame de rotina, quer seja em empresa privada ou pública, é
realizado o teste de HIV. Veja o que estabelece a lei:
Portaria 1.246 /
2010 do Ministério do Trabalho e Emprego, Art. 2º: "Não será permitida, de
forma direta ou indireta, nos exames médicos por ocasião da admissão, mudança
de função, avaliação periódica, retorno, demissão ou outros ligados à relação de
emprego, a testagem do trabalhador quanto ao HIV.
Os medicamentos
antirretrovirais (coquetel) são distribuídos gratuitamente nos ambulatórios
especializados para todos os pacientes portadores do vírus HIV que preenchem os
critérios de início de tratamento, conforme estabelece o Programa Nacional de
DST/AIDS.
TRATAMENTO
Foi só no final de
1995, que o coquetel de medicamentos pode ser prescrito para os portadores do
HIV. A possibilidade de associar várias drogas diferentes, entre elas o AZT,
mudou por completo o panorama do tratamento da AIDS, que deixou de ser uma
moléstia uniformemente fatal para transformar-se em doença crônica passível de
controle. Hoje, desde que adequadamente tratados, os HIV-positivos conseguem
conviver com o vírus por longos períodos, talvez até o fim de uma vida bastante
longa.
As normas
brasileiras e mundiais determinam que não se deve introduzir o coquetel de
medicamentos se as células CD4 estiverem acima de 350. Quando seus valores
estão entre 200 e 350, a decisão de introduzi-lo deve ser tomada caso a caso.
Abaixo de 200, ele é obrigatoriamente indicado para corrigir a deficiência
imunológica.
Dentre os efeitos
colaterais do coquetel, podemos citar a lipodistrofia, isto é, a redistribuição
da gordura pelo corpo. Ela diminui muito no rosto, que fica encovado, nos
membros superiores, inferiores e nas nádegas, deixa as veias muito visíveis e
provoca acúmulo de tecido adiposo no abdômen.
Além de tonturas,
diarreia e enjoos, a toxicidade dos remédios pode provocar danos para o fígado,
para os rins, assim como acentuar o processo de aterosclerose e aumentar o
risco de doenças coronarianas. No entanto, de modo geral, o tratamento é bem
tolerado pelos pacientes.
PREVENÇÃO
O uso do
preservativo nas relações sexuais é a forma mais eficaz de prevenção da AIDS.
Também é imprescindível usar somente seringas descartáveis.
Gestantes devem
obrigatoriamente fazer o teste de HIV durante o pré-natal. Se estiverem
infectadas, é fundamental iniciar logo o tratamento a fim de evitar que o vírus
seja transmitido para o feto. Hoje, é perfeitamente possível para uma mulher
infectada engravidar e dar à luz um bebê livre do vírus.
Use sempre o
preservativo em todas as relações sexuais;
Faça o teste Elisa
ou o teste rápido oferecido pelo Centro de Referência em Treinamento em
DST/AIDS sempre que houver qualquer possibilidade de você ter-se infectado.
Mulheres devem realizá-lo antes de engravidar;
Procure alimentar-se
bem e dormir as horas necessárias;
Não fume nem abuse
de bebidas alcoólicas.
14-DEPRESSÃO
A depressão é um
distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No
sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que
aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o
acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento
adequado.
A depressão é um
transtorno afetivo que produz uma alteração de humor caracterizado por uma
tristeza profunda e sem fim. Atinge centenas de milhões de pessoas no mundo que
resulta em milhares de suicídios por ano. No Brasil, milhões de pessoas estão
depressivas.
A depressão não tem
hora nem lugar para aparecer. Pode surgir em qualquer pessoa independente do
sexo, idade, condição social ou econômica. Segundo a OMS (Organização Mundial
de Saúde) com a evolução dos conflitos atuais, a depressão será a doença mais
comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde,
incluindo câncer e doenças cardíacas.
De acordo com a OMS,
a depressão afeta mais as mulheres (50%) do que os homens.
Contudo, as
consequências da depressão, como a taxa de suicídio e o uso de substâncias
psicoativas são maiores entre os homens.
CAUSAS
A depressão é uma
doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro
do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores
(serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que
transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem
dentro das células nervosas também estão envolvidos.
NOS HOMENS AFETA NO SILÊNCIO
A grande questão é:
por que a depressão afeta silenciosamente mais os homens do que as mulheres?
Uma simples
resposta: orgulho, preconceito e medo de ferir sua masculinidade. Acreditam que
depressão é coisa de mulher. Um homem deprimido nunca está triste, e sim com
insônia, estressado, cansado. Não assume para si sua limitação. O homem
acredita que deve ser o guerreiro e defensor, que jamais deve falhar. Por isso,
aceitar que está triste é uma dura realidade.
Já ouviu aquela
frase “Homem não chora”. Eis a ideologia passando de geração em geração.
O fato é que as
mulheres anunciam seus sintomas, buscam ajuda, conversam com amigas e demais
familiares. São mais sinceras quanto ao seu estado emocional. Já os homens são
mais silenciosos, na deles. Em vez de desabafarem e expressarem suas limitações
preferem fazer uso de bebidas, cigarros, drogas e outras compulsões. Isolam-se.
Um detalhe comum aos
homens depressivos é a ambivalência entre ociosidade e trabalho. Assistem TV
por horas e navegam na web até altas horas da noite. Em contraste a esse ponto,
senão estão ociosos, preferem trabalhar quase que exaustivamente. Como
consequência: desilusão, estresse, ideias suicidas, ansiedade, doenças
cardíacas, diabetes (má alimentação), câncer e entre outras somatizações. Por
essas e outras, é que a depressão masculina é tão delicada.
SINTOMAS
Para levantarmos
hipóteses coerentes, devemos entender então à diferença entre estar deprimido e
depressão. Um período de melancolia pode ser considerado como episódio
depressivo quando cinco dos sintomas persistirem por pelo menos duas semanas.
São eles:
-Humor depressivo ou
irritabilidade, ansiedade e angústia;
-Desânimo, cansaço
fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
-Diminuição ou
incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente
consideradas agradáveis;
-Desinteresse, falta
de motivação e apatia;
-Falta de vontade e
indecisão;
-Sentimentos de
medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;
-Pessimismo, ideias
frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de
sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte;
-A pessoa pode
desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio;
-Interpretação
distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom
"cinzento" para si, os outros e o seu mundo;
-Dificuldade de
concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;
-Diminuição do
desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação
prazerosa habitual) e da libido;
-Perda ou aumento do
apetite e do peso;
-Insônia
(dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono
muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do
horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e
mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo);
-Dores e outros
sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga,
má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos
ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no
peito, entre outros.
TRATAMENTO
O tratamento da
depressão poderá ser medicamentoso, ou pela psicoterapia.
TRATAMENTO COM MEDICAMENTOS
Existem medicamentos
disponíveis, sempre à critério do especialista. Ao contrário do que alguns
temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e
provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece
o paciente.
Há diversos tipos de
remédios usados para tratar a depressão. Esses medicamentos aliviam os sintomas
da depressão ao aumentar o fornecimento de substâncias químicas do cérebro,
chamadas neurotransmissores. Acredita-se que eles melhoram as emoções. De todas
as doenças psiquiátricas, a depressão é aquela que melhor responde ao
tratamento com remédios. De 80% a 90% dos pacientes melhoram ao tomar
medicamentos. Os remédios demoram cerca de duas semanas para começar a fazer
efeito. Também é preciso prestar atenção nos efeitos colaterais e na maneira
como o medicamento é retirado depois que os sintomas desaparecem. Não se pode
parar de tomar as drogas de uma vez. Isso aumenta o risco de recaída.
TRATAMENTO PSICOLÓGICO
A terapia pode
ajudar no tratamento da depressão e até potencializar o efeito dos remédios.
Exercícios
A prática de
atividades físicas traz inúmeros benefícios. Reduz, por exemplo, a ansiedade, o
estresse, a depressão, aumenta a autoestima e melhora o sono.
Além disso,
fortalece o coração, faz o corpo usar melhor o oxigênio, baixa a pressão,
melhora o tônus muscular, reduz a gordura do corpo, faz você ficar esbelto e
saudável. As pesquisas têm apontado que os exercícios são um eficiente, mas
muitas vezes, subutilizado meio de amenizar a depressão. Qualquer que seja o
tipo de atividade física escolhida, ela pode colaborar para melhorar o quadro
depressivo.
Alguns pacientes
precisam de tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou a
vida inteira, para evitar o aparecimento de novos episódios de depressão. A
psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem cura a
depressão.
A técnica auxilia na
reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar a sua compreensão
sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o
impacto provocado pelo estresse.
Não há diferença no
modo de sentir a depressão. Tanto homens quanto mulheres vivenciam de modo
singular seu estado depressivo. Porém, chamar a atenção dos homens é objetivo
desse texto. Homem também chora, sofre e sente. Homem também tem depressão!
Passa por dificuldades, se emociona, lamenta os erros. Homem também tem
depressão.
Você que é homem e
que se identificou com o assunto, procure um especialista, um Terapeuta,
Psicanalista, Psicólogo. Ajude-se. Não espere agravar sua situação.
Agora, você que
percebe em algum amigo ou familiar esses sinais de modo constante, esteja
atento. Converse com ele. Incentive-o a tomar coragem e buscar acompanhamento
profissional. Não permita que ele caminhe sozinho e tome atitudes inesperadas.
Ajude-o com o primeiro passo: a aceitação que precisa de ajuda.
PREVENÇÃO
Alguns tipos de
depressão não podem ser evitados já que algumas teorias científicas indicam que
eles podem ser causados pelo mau funcionamento do cérebro. Mas há boas
evidências de que ela pode ser evitada com bons hábitos de saúde. Uma
alimentação adequada, exercícios, férias, não trabalhar em excesso e guardar um
tempo para fazer as coisas que curte são algumas das coisas que ajudam a deixar
a tristeza de lado.
DEPRESSÃO CLÁSSICA
Um indivíduo em
depressão clássica sente um profundo e constante sentimento de desesperança e
desespero. A depressão clássica é manifestada por uma combinação de sintomas
que interferem na habilidade de trabalhar, estudar, dormir, comer e realizar
atividades antes prazerosas. É comum que episódios de depressão ocorram várias
vezes durante a vida.
A depressão ocorre
em homens e mulheres de qualquer idade. Porém ela acomete mais as mulheres. Há
de duas a três mulheres deprimidas para cada homem. Não se pode ao certo
determinar o motivo disso, mas os médicos avaliam fatores genéticos e
hormonais. Mas também pode ser que a depressão nos homens não seja bem
reportada. Os homens que sofrem de depressão clássica tendem a procurar menos
ajuda do que as mulheres. Os sinais de depressão em homens estão mais
relacionados à irritabilidade, raiva e uso abusivo de drogas e álcool.
FATORES DE RISCO
Dor (perda de uma
pessoa amada, fim de um casamento).
Disputas
interpessoais (conflitos com pessoas queridas, chefes ou abusos sexual, físico
ou emocional).
Mudanças na vida
(mudança de casa, graduação, troca de emprego, aposentadoria).
Déficits
interpessoais (lidar com o isolamento social ou sentimentos de privação).
Nem todo mundo tem
um motivo tem um motivo desses.
DIAGNÓSTICO
Se você está
deprimido ou tem sintomas que duram mais de duas semanas, procure um médico ou
um psiquiatra. Seu médico lhe fará passar por uma avaliação, prestando bastante
atenção ao seu histórico familiar e psiquiátrico. Não há exames específicos
para detectar a depressão. Mas um exame de sangue, por exemplo, pode apontar
doenças com sintomas parecidos com a depressão, como o hipotireoidismo.
DISTIMIA (DEPRESSÃO CRÔNICA)
A distimia, também
chamada de depressão crônica, é a forma menos intensa de depressão, mas seus
sintomas duram por um longo período, inclusive anos. As pessoas que sofrem de
distimia geralmente vivem normalmente, mas parecem estar sempre infelizes. É
comum quem tem distimia também enfrentar a depressão clássica por um período.
Isso é chamado de depressão dupla.
Os sintomas são os
mesmos da depressão clássica.
Tristeza e
pessimismo persistente Sentimento de culpa, desesperança ou que nada vale a
pena Perda de interesse ou prazer por atividades que antes você curtia. Isso
inclui o sexo.Dificuldade de concentração e reclamações de memória fraca.Ganho
ou perda de peso. Fadiga, baixa energia.
Ansiedade, agitação
e irritação.Pensamentos suicidas.
Movimentos e fala
lentos. Dor de cabeça, de estômago e problemas digestivos.
TRATAMENTO
A distimia é uma
doença séria, mas tratável. Algumas pessoas vão reagir bem só com a terapia.
Mas outras irão precisar da medicação.
DEPRESSÃO ATÍPICA
Quem tem esse tipo
de depressão sofre um aumento de apetite e, consequentemente, de peso. A pessoa
tende a dormir muito e a ter alterações de humor ao longo do dia.
DOENÇA MANÍACO-DEPRESSIVA
É um transtorno
bipolar que acomete cerca de 1% da população. Em geral, manifesta seus
primeiros sintomas na adolescência, quando o jovem alterna fases depressivas
com outras de euforia ou irritação. Pode também ter uma redução no número de
horas necessárias de sono, hiperatividade e aumento da autoestima. Ao mesmo
tempo, não consegue realizar tarefas por causa de uma grande desconcentração.
DEPRESSÃO SAZONAL
É aquela depressão
que aparece todo ano, sempre na mesma época. É comum ocorrer no inverno,
quando, além dos sintomas tradicionais da depressão, a pessoa sente uma extrema
falta de energia, um aumento na necessidade de dormir, vontade de comer
carboidratos, aumento do apetite, fome e desejo de ficar sozinho. É mais comum
observá-la em pessoas que vivem em regiões de altas altitudes, onde as
variações climáticas são maiores. Além disso, a luminosidade também pode ter um
papel importante nesse tipo de depressão. Por isso, além dos remédios, o médico
pode receitar mais luzes em sua casa ou escritório.
Além dos sintomas da
depressão, a depressão psicótica também inclui algumas características da
psicose, como alucinação e ilusões (pensamentos irracionais e medos).
Os sintomas mais
comuns são:
Ansiedade; Agitação;
Hipocondria; Insônia; Imobilidade física;
Constipação;Dificuldade
intelectual; Psicose.
O tratamento pode
incluir uma internação hospitalar e a constante visitação médica. Uma
combinação de antidepressivos e medicamentos antipsicóticos costumam fazer os
sintomas ficarem mais leves.
NO CASO DAS MULHERES,
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
É uma complexa
mistura de mudanças físicas, emocionais e de comportamento que ocorre após o
parto. Essa depressão é atribuída a alterações químicas, sociais e
psicológicas. Afeta de 50% a 75% das mulheres no período que vai do parto até o
restabelecimento dos órgãos genitais da mulher (puerpério). Cerca de 10% das
mulheres desenvolvem um tipo de depressão mais grave, que se estende por um
longo período pós-parto. E uma a cada um milhão de mulheres tem a psicose
pós-parto, a modalidade mais séria de depressão pós-parto.
Alguns fatores
aumentam o risco de depressão pós-parto:
Ter um histórico de
depressão ou de tensão pré-menstrual
A idade na época da gravidez. Quanto mais nova você for, maiores as chances. Pouco
apoio. Filhos. Quantos mais filhos você tiver, mais chance há de desenvolver a
doença.
Conflitos no
casamento. Dúvidas sobre a gravidez.
Se você está
deprimido e apresenta sintomas por mais de duas semanas, visite um especialista,
Terapeuta, Psicanalista, Psicólogo, e um Psiquiatra. Assim como em outros tipos
de depressão, não existem exames físicos capazes de detectar a distimia. Só um profissional
especialista poderá detectá-la.
15-ESTRESSE
O estresse é um
sintoma muitas vezes indescritível. Ele pode ser caracterizado por sensações de
medo, desconforto, preocupação, irritação, frustração, indignação, nervoso, e
pode ser motivado por diversos motivos distintos. Além disso, muitas vezes, a
causa para o estresse é desconhecida.
CAUSAS
Uma pessoa pode
sentir estresse em alguns momentos importantes de sua vida, motivada,
possivelmente, por ansiedade, apreensão e preocupação, como por exemplo:
Começar em um
emprego novo ou escola nova..Mudar-se para uma casa nova..Casar-se.Ter um filho.Terminar
um relacionamento..Uma doença, seja com você ou com um amigo ou ente querido, é
uma causa comum de estresse. Sentimentos de estresse e ansiedade são comuns em
pessoas que se sentem deprimidas e tristes também.
É importante
determinar a causa do estresse para que ele possa ser controlado efetivamente.
O “National
Institute of Occupational Safety and Health” (NIOSH) relacionou as seguintes
causas possíveis do estresse no trabalho: Ambiente (psicológico) de trabalho. Estilo
de liderança. Relacionamentos interpessoais. Obrigações no trabalho.
Preocupações com a carreia. Condições do ambiente.
Alguns medicamentos
podem provocar ou piorar os sintomas de estresse. Estes podem incluir: Alguns
medicamentos inalados usados para tratar asma.Medicamentos para tireoide
Algumas pílulas
dietéticas. Alguns remédios para resfriado.
Produtos com
cafeína, cocaína, álcool e tabaco também podem provocar ou piorar os sintomas
de estresse e ansiedade.
Quando essas
sensações ocorrem com frequência, a pessoa pode ter um distúrbio de ansiedade.
Outros problemas em que o estresse pode estar presente:
Transtorno obsessivo
compulsivo (TOC)
Síndrome do pânico
Transtorno por
estresse pós-traumático (TEPT).
PREVENÇÃO
Todo estresse só é
negativo quando se torna excessivo. O problema é que na maior parte das
situações do dia-a-dia as pessoas são tomadas por tantas preocupações que o
estresse em excesso tem se tornado um problema comum dos tempos de hoje. Mas
sabia que esse tipo de nervosismo pode ser prevenido com algumas mudanças
simples no seu cotidiano? Pequenos hábitos, como respiração e mudanças no
dia-a-dia ajudam a controlar e evitar o problema. Confira essas e outras orientações
a seguir:
-Alimentar-se de
forma balanceada
-Alimentação muitas
vezes parece ser remédio para todos os problemas, e talvez seja mesmo. No caso
do estresse, ter pratos equilibrados ajuda o organismo de muitas formas. Ter um
consumo adequado de gorduras, carboidratos, proteínas, vitaminas e minerais é
essencial para o bem-estar do organismo. Se o nosso organismo recebe
diariamente esses nutrientes, por meio da alimentação, naturalmente ele irá
funcionar melhor, aumentando a energia e vitalidade que precisamos para
enfrentar os problemas do cotidiano. No entanto, se existe carência ou excesso
de algum elemento, o nosso corpo precisa fazer um esforço para compensar isso,
o que gera mais desgaste. Por outro lado, também há a perda de nutriente
durante o quadro de estresse crônico, que é agravado pelo consumo de itens como
cafeína, açúcar e sal.
-Praticar atividades
físicas. Exercícios têm diversas características que se relacionam com o
relaxamento de quem os pratica. Em primeiro lugar há a liberação de hormônios
que otimizam o funcionamento do corpo. A adrenalina age na redução do estresse,
o cortisol atua como anti-inflamatório, o glucagon aumenta a quantidade de
glicose no fígado, o GH (hormônio do crescimento) transmite bem-estar e a
endorfina produz a sensação de prazer e melhora a qualidade do sono.
-Além disso, existe
um mecanismo que os especialistas chamam de senso de propósito. Quando fazemos
algo com a convicção de que isso está contribuindo para a nossa saúde, damos
para a nossa mente comandos do tipo "isso é bom para mim",
"estou seguindo na direção certa" e "estou cumprindo um propósito",
que vai alimentando a nossa sensação interna de que merecemos algo bom, somos
boas pessoas. Desta forma, a prática de uma atividade física ajuda a mudar um
pouco o foco, saindo daquele problema que ficou incomodando o dia todo e estava
causando estresse.
-Mudar a postura. Ter
uma postura melhor é benéfico também para a mente. E a palavra
"postura" aqui não significa apenas a forma como recebemos as
informações, e sim com a maneira que posicionamos nosso corpo no dia a dia.
Para provar esse ponto, os especialistas costumam sugerir um exercício:
primeiro posicione a cabeça para frente e encolha os ombros, curve as costas
para frente, como se estivesse deprimido, e tente pensar em algo alegre.
Difícil, não é mesmo? Em seguida, espalhe-se na cadeira como em um dia de verão
na praia, e depois tente pensar em uma conta para pagar. Igualmente complicado!
A forma com que usamos o nosso corpo tem um reflexo direto no nosso estado
interno e na nossa capacidade de lidar com os problemas.
-Procure rir mais. Estudos
de 1989 foram os primeiros a demonstrar alguma relação entre o riso e a redução
do estresse, ao perceber que voluntários que assistiam vídeos humorísticos
tinham uma queda maior nos hormônios cortisol e adrenalina, do que os que
assistiam a qualquer vídeo. Depois disso, vários outros estudos confirmaram
esse achado, que o riso reduz os níveis de hormônios e substâncias ligados ao
estresse.
Rir libera
endorfinas, que são hormônios que promovem a sensação de bem-estar; também
ativa a sua resposta ao estresse, aumentando a sua frequência cardíaca e
pressão arterial e criando uma sensação de relaxamento. Por fim, ele também
estimula a circulação e ajuda a relaxar os músculos, o que reduz os sintomas
físicos do estresse.
Além do mais, a
risada tem o dom de mudar a perspectiva de quem está rindo sobre as situações.
Como grande parte do estresse é devido a pensamentos, julgamentos e pressões
internas por resultados que vamos criando no decorrer do dia, rir pode ser uma
boa alternativa para conseguir ver a situação sobre um ponto de vista
diferente.
-Fazer sexo. Sexo
vai além do prazer: os mecanismos hormonais da prática sexual beneficiam o
corpo a lidar com estresse. O contato íntimo produz alterações químicas
cerebrais, melhorando o humor devido à liberação de testosterona, estrogênio,
prolactina, hormônio luteinizante e prostaglandina na corrente sanguínea.
-Dormir melhor. O
estresse prolongado, antes de tudo, funciona como uma agressão ao nosso
organismo. E dormir bem é uma das melhores formas do corpo se recuperar desse
tipo de ataque. Quando você está descansado, tem uma maior clareza de
pensamento e uma habilidade maior para reagir aos estímulos agressores. Pessoas
que ficam longos períodos com privação de sono tendem estar mais desatentas e
com os reflexos lentos. Tanto que pessoas que dormem pouco tendem a ser mais
irritadas e diversos estudos relacionam transtorno de humor com pessoas que
trabalham com turnos trocados.
-Respirar direito. A
respiração está diretamente relacionada com nossas emoções e tem a capacidade
de regulá-las de duas formas: primeiro por um mecanismo fisiológico, já que o
estado de ansiedade nos faz inalar o ar com mais rapidez e de forma mais rasa,
e mudar isso conscientemente ajuda a acalmar, pois o corpo volta ao equilíbrio.
Outro ponto está no fato do indivíduo, ao tornar sua respiração consciente,
traz sua atenção ao momento presente. Com isso o estado de ansiedade tende a
ser minimizado.
-Auto incentivar-se.
Dentro da psicologia existe um termo chamado "Positive talk" (em
livre tradução, algo como fala positiva). O conceito vem do fato de que todas
as pessoas conversam consigo mesmas, mas enquanto algumas sabem fazer isso como
uma forma de alento e carinho, outras não sabem se auto incentivar: a maior
parte das pessoas cultiva pensamentos de injustiça, sofrimento e pesar, além de
fazer julgamentos sobre si mesmo que certamente não faria para os outros. O
problema é que ter esse tipo de pensamento gera um círculo vicioso, que faz com
que a pessoa se vitimize mais e, com isso, fiquem mais propensas a situações de
estresse prolongado.
-Deixar o celular de
lado. Hoje em dia o celular parece parte de nós, mas saiba que ele ajuda (e
muito!) a aumentar o estresse das pessoas. Um estudo publicado no BMC Public
Health em 2011 acompanhou 4156 jovens de 20 a 24 anos de idade por um ano,
relacionando seu uso de celular com problemas de saúde mental, como depressão,
estresse e falta de sono. Foi percebido que aqueles que usam muito seus
telefones tinham incidências mais altas de estresse, principalmente naqueles
que percebiam esse uso como algo estressante. Diversos fatores podem ajudar
nisso. Muitas pessoas acabam continuando conectadas ao trabalho, por exemplo,
por meio de seus celulares, não permitindo que elas tenham tempo de descanso.
Outra questão é o imediatismo desses aparelhos: o uso excessivo do celular, das
redes sociais e aplicativos pode colaborar com o estresse, na medida em que se
torna mais uma obrigação, porque aparece para a outra pessoa a que horas que
você abriu o aplicativo ou conversou pela última vez. Claro que não há
problemas em se usar o celular, desde que seu uso seja equilibrado.
-Buscando ajuda
médica. O estresse é um sentimento normal. Ele pode, inclusive, ajudar uma
pessoa em seu dia a dia, melhorando seu desempenho no trabalho, por exemplo. No
entanto, quando o estresse é muito grande, você pode senti-lo em seu corpo por
meio de algumas reações específicas.
O estresse é algo
que não deve ser negligenciado. Ele é um dos problemas mais frequentes e
duradouros que aflige diariamente desde estrelas do esporte até trabalhadores
de escritório. O estresse pode ser causado por uma variedade de coisas como
lesão, trabalho, casamento ou família.
Escolher ignorar o estresse
pode levar a problemas de saúde físicos e mentais. Estresse também é conhecido
como resposta para lutar. Ao ignorar o estresse é engatilhada a resposta
natural do corpo, causando elevação na taxa de respiração e frequência
cardíaca. Estresse contínuo futuramente pode lesionar o corpo se não for
tratado.
Entender o processo
do estresse é importante para compreender de onde ele está se originando,
sinais para observar, resultados de ignorá-lo, e como aliviá-lo.
Outras
possibilidades que podem causar estresse e devem ser consideradas são: Depressão.
Família. Preocupação com a saúde. Lesão. Atitude negativa.
SINAIS DE ALERTA DE
ESTRESSE
A NIOSH relacionou
os sinais de alerta de estresse mais comuns como os seguintes: Dor de cabeça. Transtornos
no sono. Pavio curto.Estômago irritado.Insatisfação no trabalho. Moral baixa.
CONSEQUÊNCIAS DO
ESTRESSE
O estresse, quando
ignorado, pode levar a problemas físicos e mentais. Anderson e Williams no
artigo “A model of stress and athletic injury: Prediction and prevention”
indicou que o estresse negativo pode resultar em falta de concentração e tensão
muscular, os quais por sua vez podem ocasionar as seguintes lesões e problemas
de saúde:
Doença
cardiovascular. Dor nas costas. Dor no ombro. Contraturas crônicas. Sistema
imunológico enfraquecido. Desordens psicológicas. Doença degenerativa do disco.
É importante reconhecer alguns sinais clínicos que podem ser observados, como: Alterações
nos hábitos de alimentação e/ou sono. Dificuldade de concentração. Falta de
interesse em atividades antes prazerosas. Reação inapropriada a situações de estresse
com reação exageradamente violenta ou, ao contrário, exageradamente passiva. Envolvimento
diminuído em relacionamentos sociais. Histórico de depressão no passado ou
histórico familiar de depressão.
CONTROLE E ALÍVIO DO
ESTRESSE
Depois de encontrar
a causa do estresse é importante achar maneiras positivas de controle e alívio
do estresse.
Algumas recomendações
podem incluir: Exercício físico consistente. Escutar música. Permitir tempo a
si mesmo. Manter equilíbrio na vida. Administrar melhor o tempo.
O estresse é um
problema muito importante, sobre o qual a pessoa deve falar ao invés de
ignorar. Estresse eventualmente começa com algo pequeno e acaba acumulando em
grandes problemas de saúde que impedem a pessoa de trabalhar eficientemente.
Caso tenha estresse, procure identificar a causa e faça algum positivo para o
controlar e aliviar.
Pesquisa realizada pelo Dr. Josué Campos Macedo
Psicanalista e Terapeuta Homeopata
www.amorsaudeevida.blogspot.com.br