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sábado, 19 de abril de 2014

A DIFERENÇA ENTRE PSIQUIATRA, PSICÓLOGO E PSICANALISTA


Estes três diferentes tipos de profissionais trabalham com a saúde mental da sociedade humana.
A proposta deste texto é oferecer um entendimento didático e rápido a respeito das principais diferenças entre os trabalhos do Psiquiatra, do Psicólogo e do Psicanalista. Ao contrário do que se imagina, nem sempre as fronteiras que separam os trabalhos desses profissionais são tão claras e ocorrem muitas confusões na hora de estabelecer essas distinções.
Psicólogos e Psiquiatras
Um bom começo é abrir o dicionário. O dicionário Houaiss define a Psiquiatria como ramo da medicina que se ocupa do diagnóstico, da terapia medicamentosa e da Psicoterapia de pacientes que apresentam problemas mentais e a Psicologia como ciência que trata dos estados e processos mentais, do comportamento do ser humano e de suas interações com um ambiente físico e social.
A Psiquiatria então é uma especialidade da medicina que trabalha de várias maneiras: com o diagnóstico, com o tratamento medicamentoso e com a Psicoterapia. Portanto, afirmar que Psiquiatra é um médico que receita remédios seria uma definição reducionista. O Psicólogo não é um especialista, mas alguém graduado em Psicologia (e devidamente registrado em seu Conselho) que pode seguir várias áreas ou especialidades, entre as quais a Psicologia clínica. Na Psicologia clínica, o Psicólogo também trabalha com diagnóstico, muitas vezes através de uma avaliação psicodiagnóstica, e com Psicoterapia.
Bem, temos aí diagnóstico e Psicoterapia como atividades em que atuam Psicólogos e Psiquiatras. Muitos médicos, inclusive, formularam teorias psicológicas e, por isso, a atividade de Psicoterapia pode ser exercida por médicos e Psicólogos sem restrições (desde que ambos tenham o registro profissional). Só cabe lembrar que a prescrição de medicamentos é uma atividade exclusiva dos médicos e o uso de testes psicológicos, exclusiva dos Psicólogos.
Psicanalistas
O Houaiss diz que Psicanalista é: que ou aquele que é especializado em Psicanálise (diz-se de médico ou Psicólogo) e numa outra definição que ou aquele que trata pelo método da Psicanálise (diz-se de Terapeuta). A primeira definição me parece equivocada e, por isso, vamos fazer nela uma pequena emenda.
Os Psicanalistas merecem um espaço à parte porque não precisam ter uma graduação específica. Podem ser formados em qualquer curso superior, mas precisam cumprir certas exigências: fazer um curso de alguns anos numa instituição psicanalítica, se submeter à análise com um didata da instituição e recorrer a supervisão de casos clínicos.
Assim como os Psicólogos, os Psicanalistas não podem prescrever medicamentos, a menos que sejam médicos. Por causa da sua origem, existem muitos médicos no mundo inteiro que atuam como Psicanalistas. A Psicanálise demanda um número maior de sessões por semana, normalmente três; já na Psicoterapia, em praticamente todas as abordagens é estabelecida uma sessão semanal. Muitas vezes, a Psicanálise é realizada sem contato visual entre analista e paciente e com o uso de divã, como fazia Freud.

CONCLUSÃO
A Classificação Brasileira de Ocupações, CBO, do Ministério do Trabaho e Emprego, descreve os seguintes códigos para descrever os respectivos profissionais:
2515-50, PSICANALISTA, 2515-10, PSICÓLOGO CLÍNICO e 2231-53, MÉDICO PSIQUIATRA.
Nem sempre é fácil estabelecer uma fronteira nítida entre os três profissionais porque com frequência eles mesclam suas formações, de maneira a acumular atividades. Por exemplo, um Psiquiatra Psicanalista, um Psicólogo Psicanalista ou um Psiquiatra Psicoterapeuta. Assim sendo, existem Psicanalistas que prescrevem medicamentos, pois são médicos, e outros que não o fazem. Da mesma forma, existem Psicoterapeutas que receitam remédios e outros não.
Não existe um profissional da área de saúde que seja mais importante que outro. Cada um tem a sua importância no tratamento de uma enfermidade mental.
Pesquisa realizada pelo Dr. Josué Campos Macedo