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terça-feira, 8 de abril de 2014

CIÊNCIA DA PSICOLOGIA



 INTRODUÇÃO
O termo “psi”, bastante utilizado pelas pessoas, muitas vezes pode ser permeado de confusão quanto aos significados, principalmente quando se refere aos profissionais indicados por este termo: psiquiatra, psicólogo ou psicanalista.
O psiquiatra é um profissional da medicina que após ter concluído sua formação, opta pela especialização em psiquiatria. Esta é realizada em 2 ou 3 anos e abrange estudos em neurologia, psicofarmacologia e treinamento específico para diferentes modalidades de atendimento, tendo por objetivo tratar as doenças mentais. Ele é apto a prescrever medicamentos, habilidade não designada ao psicólogo. Em alguns casos, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico devem ser aliados.
O psicólogo tem formação superior em psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. O curso tem duração de 4 anos para o bacharelado e licenciatura e 5 anos para obtenção do título de psicólogo. No decorrer do curso a teoria é complementada por estágios supervisionados que habilitam o psicólogo a realizar psicodiagnóstico, psicoterapia, orientação, entre outras. Pode atuar no campo da psicologia clínica, escolar, social, do trabalho, entre outras.
O profissional pode optar por um curso de formação em uma abordagem teórica, como a gestalt-terapia, a psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental.
O psicanalista é o profissional que possui uma formação em psicanálise, método terapêutico criado pelo médico austríaco Sigmund Freud, que consiste na interpretação dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de uma pessoa, baseada nas associações livres e na transferência. Segundo a instituição formadora, o psicanalista pode ter formação em diferentes áreas de ensino superior.

ORIGEM DA PALAVRA
A palavra psicologia é de origem grega ("psique" = alma e "logos" = estudo, razão)
Psicologia é uma ciência que estuda o comportamento humano e animal e os processo mentais (razão, sentimentos, pensamentos, atitudes). O corpo e a mente são estudados pela psicologia de forma integrada e não separadamente.

CONCEITO
A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais do individuo.
A Psicologia é ciência que gera uma prática profissional. Enquanto ciência tem por objetivo explicar como o ser humano pode conhecer e interpretar a si mesmo e como pode interpretar e conhecer o mundo em que vive (aí incluídas a interação dos indivíduos entre si, a interação com a natureza, com os objetos e com os sistemas sociais, econômicos e políticos dos quais façam parte). Enquanto prática profissional, a psicologia coloca o conhecimento por ela acumulado a serviço de indivíduos e instituições.
É uma ciência que tem como objeto de estudo os seres vivos que estabelecem trocas simbólicas com o meio ambiente. Está relacionada às ciências humanas (filosofia, teoria do conhecimento) e biológicas (biologia, neurofisiologia, psicofarmacologia) e apresenta elementos comuns às ciências sociais (sociologia, antropologia) e exatas (ergonomia, psicofísica).
Decorre daí a diversidade das abordagens e áreas de estudo na psicologia, bem como o grau de interdisciplinariedade e convergência dos seus temas. As pesquisas no Instituto de Psicologia abrangem desde o nível molecular, na psicofarmacologia, ou biofísico, na psicofisiologia, ao epistemológico, na epistemologia genética, ao subjetivo, na interpretação dos sonhos e motivações inconscientes, mantendo-se como fio condutor o interesse pelo comportamento e pela experiência do indivíduo.

QUEM SOU EU?
A abordagem inicia-se com uma série de questões relacionadas com o indivíduo e sua relação com o que o cerca, considerando essas questões muito mais antigas que a própria escrita. seja Acredito que a pergunta mais conflitante tendo em vista ser uma pergunta de difícil resposta considerando a pluralidade dos indivíduos que compõem uma sociedade e considerando que todo indivíduo é influenciado por esta sociedade em vários aspectos. Embora as respostas sejam diferentes em lugares e épocas, essa preocupação de relacionamento do homem com outro homem e lugar é sempre presente.
Se no passado estas questões surgiam o tempo todo, no mundo moderno elas se tornaram mais constantes e generalizadas, fazendo com que problemas existentes somente em determinados momentos da vida do indivíduo, se generalize por toda sua vida.
Essas inquietações, aliada ao fato de que nem sempre é possível externá-las, acaba por gerar distúrbios emocionais que acabam refletindo no organismo do individuo.
A Psicologia tentar solucionar estes distúrbios emocionais que geram sintomas no organismo do individuo, através da tentativa de compreender o homem como um todo e seu relacionamento com o outro.
A princípio, a partir de conceitos oriundos da Grécia antiga, a Psicologia era uma ciência que estudava a alma, e durante séculos foi assim que ela existiu. René Descartes rompe com esse conceito e teorizava que havia uma distinção entre corpo e mente. Para ele “a realidade consistia em duas áreas distintas: o domínio físico do material e o reino imaterial da mente”.

O PSICÓLOGO E SEU TRABALHO
O psicólogo (profissional da área de psicologia) busca compreender o comportamento e o pensamento das pessoas que possuem algum tipo de problema ou distúrbio psicológico. Para tanto, este profissional utiliza métodos  e processos comparativos e analíticos. O objetivo final é a saúde mental do indivíduo para que este possa ter uma boa qualidade de vida. A resolução dos problemas psicológicos significa uma situação melhor de relacionamento com a sociedade, família e consigo mesmo (com seus pensamentos, desejos e sentimentos).
O bacharel em Psicologia pode atuar em atividades de pesquisa e magistério superior, necessitando, para tanto, realizar estudos de pós-graduação. O licenciado dedica-se ao ensino de nível médio.
A área de atuação do psicólogo estende-se a hospitais, ambulatórios, centros e postos de saúde, consultórios, creches, escolas, associações comunitárias, empresas, sindicatos, fundações, juizados de menores e da família, penitenciárias, associações profissionais e esportivas, clínicas especializadas, núcleos rurais e comunitários etc.
A noção do ser humano está constantemente sendo transformada e por conta disso, é muito importante compreender o comportamento humano. Nos dias de hoje há conflitos de todos os tamanhos e ordens e a noção de ser humano se transforma a cada dia, o que efetivamente gera mais conflitos. Isso ocorre em função de mudanças culturais, acesso às informações com uma grande facilidade, crises que envolvem o mundo inteiro, tal como as crises do capitalismo entre outros fatores. A busca por uma identidade em um mundo que não é plenamente verdadeiro é extremamente difícil. Aliado a isso, a vida humana é desvalorizada e os bens materiais são valorizados, algumas vezes mais que a vida humana, gerando frustrações e ansiedades além do que conseguimos lidar.
Para tentar auxiliar o homem nesses conflitos geradores de doenças, a Psicologia, beneficiando da evolução de outras ciências, compreendeu melhor até onde o comportamento depende da herança genética e o quanto o homem é dependente do que absorve da sociedade, com valores já definidos e para os quais ele tem que se ajustar.
Há pouco consenso quando se fala em Psicologia e sobre a resolução das questões a que ela se propõe. Muitas premissas diferentes, gerando resultados diferentes. Falta acordo quanto a metodologia e não existe nomenclaturas comuns. Questiona-se a quem ela serve, quem é o normal, quem pode pagar por seus serviços, se ela deve servir ao individuo ou ao sistema. Essas definições ajudarão a entender quem é o patológico e quem não é.

ATUAÇÃO INTEGRADA
A psicologia atua, muitas vezes, integrada a outras áreas como, por exemplo, medicina, pedagogia, sociologia e antropologia.
Os quatro Departamentos (Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade; Psicologia Clínica; Psicologia Experimental e Psicologia Social do Trabalho) deste Instituto expressam essa diversidade e aquela convergência e buscam, de vários modos, a explicação do sujeito psicológico.

ESCOLAS DA PSICOLOGIA
Existes várias escolas de pensamentos (sistemas) na área de psicologia. Cada uma delas possui seus próprios métodos e processos de atuação. As principais são: Behaviorismo, Funcionalismo, Estruturalismo, Gestalt, Psicanálise, Humanismo, Psicologia Analítica e Psicologia Transpessoal.

ESPECIALIZAÇÕES
Existem várias especializações na área de psicologia: Psicologia do trabalho, Psicologia Clínica, Psicologia Comparada, Psicopatologia, Psicologia Forense, Psicologia Integral, Psicopedagogia, Psicologia Esportiva, Psicologia Social, Psicologia Corporal, Sexologia, entre outras.

DIA DO PSICÓLOGO
No dia 27 de agosto comemora-se o dia do psicólogo.

HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
A psicologia ocidental surgiu entre os gregos, no período anterior a era cristã.
Psicologia entre os Gregos (primórdios)
Os filósofos pré-socráticos preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através da percepção.
Sócrates: Se preocupava com Limite que separa o homem dos animais (razão). Esta teoria postulava que, a razão permitia ao homem sobrepor-se aos instintos que seria a base da irracionalidade. Com Sócrates a psicologia na antiguidade ganhou consistência.
Platão: Procurou definir um “lugar” para a razão no nosso próprio corpo, e este lugar seria a cabeça, onde, portanto se encontraria a “alma” do homem. A medula seria o elemento de ligação da alma com o corpo. Este elemento de ligação era necessário porque Platão idealizava a alma separada do corpo, ou seja, quando alguém morria,o corpo desaparecia, mas a alma ficava livre para ocupar o outro corpo.
Aristóteles: Postulava que tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta possui a sua “alma”. Desta forma, os vegetais, os animais, e o homem teriam alma. Estudou as diferenças entre razão, percepção e sensação (“DA ANIMA”).
Obs: Portanto, 2.300 anos antes do advento da Psicologia científica os Gregos já haviam formulado duas “Teorias”: platônica, que postulava a imortalidade da alma e a concebia separada do corpo, aristotélica, que afirmava a mortalidade da alma e a sua relação de pertencimento ao corpo.

A PSICOLOGIA NO IMPÉRIO ROMANO E NA IDADE MÉDIA
Uma das principais características desse período é o aparecimento e desenvolvimento do cristianismo (uma força religiosa que passa a força política dominante). Assim sendo a psicologia nesse período é relacioná-la ao conhecimento religioso, já que, ao lado do poder econômico e político, a igreja católica também monopolizava o saber e, conseqüentemente o estudo do psiquismo. Dois grandes filósofos representaram esse período: Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.
Santo Agostinho, inspirado em Platão também fazia uma cisão entre alma e corpo, acrescentando que a alma era além da sede da razão também a prova de uma manifestação divina no homem.
São Tomás de Aquino viveu num período que prenunciava a ruptura da Igreja Católica, e o aparecimento de protestantismo, uma época que preparava a transição para o capitalismo, com a revolução francesa e a revolução industrial na Inglaterra. Buscou em Aristóteles a distinção entre essência e existência, postulando que o homem, na sua essência, busca a perfeição através da sua existência; sendo que essa busca do homem pela perfeição só seria possível pela busca de Deus.
Psicologia no Renascimento: Renascimento marca o início de uma época de transformações radicais no mundo europeu. A transição para o capitalismo começa uma nova forma de organização da vida econômica e social. A Racionalidade do homem apareceu como a grande possibilidade de construção de conhecimentos, propiciando o início da sistematização do conhecimento científico.
Copérnico - o planeta não é o centro do universo
Galileu estuda a queda dos corpos - surge à física moderna. Sistematização do conhecimento científico.
Descartes - separação entre mente e corpo. Origem da psicologia científica.

A ORIGEM DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
Na Sociedade Feudal: Modo de produção voltado para a subsistência, sendo a terra a principal fonte de produção. Hierarquia rígida estabelecida, não havendo mobilidade social:- relação senhor x servo. Autoridade tinha crédito da verdade.
Capitalismo: mundo em movimento, produzir mais, novas matérias-primas, contratou o trabalho de muitos que se tornam consumidores das mercadorias produzidas Homem se torna livre capaz de construir seu futuro; conhecimento torna-se independente da fé.
Século 19: A psicologia passa a ser estudada pela fisiologia e pela Neurofisiologia. O capitalismo trouxe consigo também “a máquina”. Todo o universo passou a ser pensado como uma máquina, isto é, podemos conhecer o seu funcionamento, a sua regularidade.
A psicologia científica: A psicologia moderna nasceu na Alemanha no final do século 19, na universidade de Leipzig, com Wundt, Weber , Fechner, e o inglês Edward B. Tichner, e o americano William James. Seu status de ciência é obtido à medida que se “liberta” da Filosofia, e desta forma sob os novos padrões de produção de conhecimento, passam a: 1)definir seu objeto de estudo ( o comportamento, a vida psíquica, a consciência); 2)delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras àreas de conhecimento, como a Filosofia e a Fisiologia; 3)formular métodos de estudo deste objeto; 4)formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na área.
Funcionalismo (W.James): Para o Funcionalismo o que importa responder: “o que fazem os homens” e “porque o fazem”. E para responder isto, W. James elege a consciência como o centro de suas preocupações e busca a compreensão de seu funcionamento, na medida em que o homem a “usa” para adaptar-se ao meio.
Estruturalismo (W.James e Titchner): Uso do laboratório para estudar a consciência, aspectos estruturais, os estados elementares da consciência como estruturas do sistema nervoso central.
Associacionismo (Edward L.T.): formulou a primeira teoria de aprendizagem na Psicologia. Formulou a Lei do Efeito, que viria a ser de grande utilidade para a Psicologia Comportamentalista. De acordo com essa lei, todo comportamento de um organismo vivo tende a se repetir, se nós recompensarmos o organismo assim que este emitir o comportamento. Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado após sua ocorrência. E, pela Lei do Efeito, o organismo irá associar essas situações com outras semelhantes.
As principais teorias da psicologia no século 20:
Behaviorismo ou Teoria S-R - Nasce com Watson, nos Estados Unidos e tornou-se importante por ter definido o fato psicológico de modo concreto, a partir da noção de comportamento.
Gestalt- Nasce na Europa e, postula a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade.
Psicanálise- Nasce com Freud, na Áustria, a partir da prática médica, recupera para a Psicologia a importância da afetividade e postula o inconsciente como objeto de estudo, quebrando a tradição da Psicologia como a ciência da consciência e da razão.
Sigmund Freud: Freud ousou colocar os “processos misteriosos” do psiquismo, suas “regiões obscuras”, isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do homem, como problemas científicos. A investigação sistemática desses problemas levou Freud à criação da Psicanálise.
A primeira teoria sobre a estrutura do aparelho psíquico: Em 1900, Freud apresenta a primeira teoria sobre a estrutura e o funcionamento da personalidade. Essa teoria refere-se à existência de três sistemas ou instâncias psíquicas: inconsciente, pré-consciente e consciente.
• O inconsciente exprime o “conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência”. É constituído por conteúdos reprimidos, que não têm acesso aos sistemas pré-consciente/consciente, pela ação de censuras internas. Estes conteúdos podem ter sido conscientes, em algum momento, e ter sido reprimidos, isto é, “foram” para o inconsciente, ou podem ser genuinamente inconscientes. O inconsciente é um sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias de funcionamento. Por exemplo, é atemporal, não existem as noções de passado e presente.
• O pré-consciente refere-se ao sistema onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis à consciência. É aquilo que não está na consciência, neste momento, e no momento seguinte pode estar.
• O consciente é o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior e as do mundo interior. Na consciência, destaca-se o fenômeno da percepção, principalmente a percepção do mundo exterior, a atenção, o raciocínio.
A descoberta da sexualidade infantil: Os principais aspectos destas descobertas são:
• A função sexual existe desde o princípio da vida, logo após o nascimento, e não só a partir da
puberdade como afirmavam as idéias dominantes.
• O período de desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo até chegar à sexualidade adulta, onde as funções de reprodução e de obtenção do prazer podem estar associadas, tanto no homem como na mulher. Esta afirmação contrariava as idéias predominantes de “que o sexo estava associado, exclusivamente, à reprodução.
• A libido, nas palavras de Freud, é “a energia dos instintos sexuais e só deles.
Segunda Teoria do aparelho psíquico: O id constitui o reservatório da energia psíquica, é onde
se “localizam” as pulsões: a de vida e a de morte. É regido pelo princípio do prazer.
O ego é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as “ordens” do superego. É regido pelo princípio da realidade, que com o princípio do prazer, rege o funcionamento psíquico. É um regulador, na medida em que altera o princípio do prazer para buscar a satisfação considerando as condições objetivas da realidade. As funções básicas do ego são: percepção, memória, sentimentos, pensamento.
O superego origina-se com o complexo de Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. A moral, os ideais são funções do superego. O conteúdo do superego
refere-se a exigências sociais e culturais.
Complexo de Édipo: verifica-se quando a criança atinge o período sexual fálico na segunda infância e dá-se então conta da diferença de sexos, tendendo a fixar a sua atenção libidinosa nas pessoas do sexo oposto no ambiente familiar.
Mecanismo de Defesa: São processos realizados pelo ego e são inconscientes, isto é, ocorrem independentemente da vontade do indivíduo.
Recalque: o indivíduo “não vê”, “não ouve” o que ocorre. Existe a supressão de uma parte da realidade. Este aspecto que não é percebido pelo indivíduo.
Formação reativa: o ego procura afastar o desejo que vai em determinada direção, e, para isto, o indivíduo adota uma atitude oposta a este desejo.
Regressão: o indivíduo retorna a etapas anteriores de seu desenvolvimento; é uma passagem para modos de expressão mais primitivos.
Projeção: é uma confluência de distorções do mundo externo e interno. O indivíduo localiza (projeta) algo de si no mundo externo e não percebe aquilo que foi projetado como algo seu que considera indesejável.
Racionalização: o indivíduo constrói uma argumentação intelectualmente convincente e aceitável, que justifica os estados “deformados” da consciência. Isto é, uma defesa que justifica as outras.

CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE
Enquanto a psicologia abrange uma série de vertentes e subáreas, a psicanálise pode ser entendida como um único método terapêutico. Criada pelo médico austríaco Sigmund Freud, a psicanálise tem como objeto principal de estudo o inconsciente de uma pessoa. Tal inconsciente se manifesta através de palavras, criações imaginárias e ações do indivíduo, e podem ser interpretadas pelo psicanalista através de associação com teorias e outras expressões. Um fato interessante é que o psicanalista não precisa ser necessariamente formado em psicologia, pois a psicanálise é um curso oferecido a qualquer pessoa que tenha uma formação de ensino superior.
A Psicanálise tem por finalidade realizar um trabalho investigativo do autoconhecimento, que possibilita lidar com o sofrimento, criar mecanismos de superação das dificuldades, dos conflitos e dos submetimentos em direção a uma produção humana mais autônoma, criativa e gratificante de cada indivíduo, dos grupos, das instituições.
Agressividade: é um impulso que pode voltar-se para fora (heteroagressão) ou para dentro do próprio indivíduo (auto-agressão); esta ligada a ação, ela nem sempre será uma ação verbal ou física sobre o mundo, ou seja, uma pessoa tida como “bonzinho” pode manifestar sua
agressividade pela omissão de ajuda.
Violência: é o uso desejado da agressividade, com fins destrutivos: este desejo pode ser voluntário (intencional), racional (premeditado), consciente ou involuntário, irracional (por ódio de alguém, o individuo desconta a raiva em outra pessoa) e inconsciente.
Descartes acreditava também, que em alguns momentos as atividades humanas eram decorrentes da interação da mente e do físico. Entre essas atividades havia a sensação, a imaginação e o instinto.
Por volta do séc. XVII/XIX, duas formas de pensar foram estabelecidas: o Empirismo Inglês, que acreditava que todo o conhecimento se baseava nas sensações, e o Racionalismo Alemão, que acreditava que a mente teria o poder de gerar idéias, independentemente da estimulação sensorial. Todo o conhecimento se basearia desta forma, na razão, e a percepção seria um processo seletivo.
Com campo próprio de estudo, a Psicologia se preocupa com o Homem. Segundo Lauro de Oliveira Lima a Psicologia individual pode ser considerada como “Microssociologia”. Para ele, “não é possível observar o ser humano senão através de momentos nos quais se encontra em interação”. Nesse caso, os fenômenos psicológicos são sempre estruturais e estruturantes, pois uma relação humana, sendo circular, tende a criar uma estrutura. Desta forma a Psicologia invade as fronteiras da sociologia. Sendo o indivíduo um organismo em ação, o campo da Biologia também está presente nos estudos da Psicologia.
A psicologia estuda comportamento humano e animal. O estudo do comportamento do animal irracional oferece bases importantes para a compreensão do comportamento humano, porém não se pode ignorar que as reações do ser humano e de qualquer ser irracional são totalmente diferentes tendo em vista que o homem é peculiar em suas manifestações com o meio e com outro individuo. Em síntese, a Psicologia é o estudo do comportamento e especificamente no trabalho da autora, trata-se do estudo do comportamento humano.
O campo da Psicologia é extenso e tenta responder várias questões. A psicologia, através do estudo científico do comportamento quer alcançar três objetivos: a descrição, a predição e o controle do comportamento. A descrição é a etapa do estudo científico do comportamento que se refere à necessidade de tornar claras as condições nas quais o fenômeno ocorre, sem qualquer significado. A predição é a etapa do estudo científico do comportamento em que o estudante do fenômeno é capaz de prever o que acontecerá a cada passo de seu estudo. O Exemplo disso é quando se condiciona um rato de laboratório a receber alimento toda vez que pressiona uma determinada alavanca. O controle do comportamento é a etapa do estudo científico do comportamento onde o objetivo é controlar ou manipular o comportamento do indivíduo. Um exemplo muito comum dessa etapa se dá quando uma determinada propaganda induz um comportamento diferente por parte do povo que a assiste.

O HOMEM, UM SER ESPECIAL
Além de ser difícil estudar o homem, a ignorância que temos de nós mesmos é muito grande. A convivência do homem com o outro homem e não a sua capacidade de raciocínio é que o faz diferente dos animais irracionais. Nesse relacionamento com outros homens, mesmo de mesma espécie, mas de comportamento diferente, o homem tem a possibilidade de, interagindo com o semelhante, crescer ou adoecer, conforme for a sua visão do mundo e de si mesmo. Um exemplo da dependência do ser humano que não ocorre entre os animais irracionais é a capacidade de prover seu próprio alimento. O homem, por não ser provido de instinto, como os animais irracionais terá que, ao longo de sua existência aprender tudo, para sua própria sobrevivência. Ao contrário dos animais irracionais, ele deverá aprender até mesmo a se alimentar no seio de sua mãe. Após este aprendizado, ele deverá aprender como comer comida sólida e assim por toda sua vida. Esse aprendizado ocorrerá de acordo com a vivência comportamental e cultural do individuo. Por conta disso, há lugares em que se comem determinados tipos de comidas que são abomináveis em outros. Alguns comem de garfo e faca, outros de rachi e outros com o uso direto das mãos.
Não seria possível ao pensar ou fazer cultura sem a linguagem. Somente o homem consegue falar e utilizar-se dos símbolos para externar o que precisa. Presente e passado podem ser ligados e futuro pode ser antecipado através da linguagem. A capacidade de pensar, lembrar, elaborar, organizar, abstrair, prever, julgar, planejar, idealizar, está diretamente relacionada com a linguagem. Sem linguagem não haveria interação social e os processos de troca onde ocorre aprendizado teriam que ser vivenciados repetidas vezes. A nossa visão de mundo está também ligada a linguagem.
Há vários mecanismos do comportamento que estão relacionados com a necessidade do homem provoca tensões e essa tensão leva o homem a praticar algumas ações visando alguns objetivos. Ao alcançar o objetivo, suas tensões reduzem. As necessidades são tanto no nível físico como no nível subjetivo. Não alcançar os objetivos almejados faz com que o homem se sinta frustrado. As frustrações geralmente se classificam como frustrações por demora, contrariedade e conflito. Mais comum que as outras frustrações, a frustração por demora acaba sendo absorvida com mais facilidade. A frustração por contrariedade ocorre quando há uma interposição, uma barreira entre nós e nosso objetivo. Essa frustração é dolorosa e mais difícil de administrar. A frustração por conflito surge quando há várias exigências e temos que optar por atender só uma. A fonte corriqueira das frustrações é o meio social em que vivemos. É impossível viver sem frustrações e a frustração continuada pode gerar doenças, como úlceras, pressão alta, asmas, entre outras. Os indivíduos podem reagir à frustração de diversas formas. Os mais comuns são: agressão, agressão deslocada, fantasia, regressão, fixação, apatia, esforço intensificado, mudança dos meios e substituição dos objetivos.
Há ainda os mecanismos de defesa do ego: a racionalização dá-se quando tentamos justificar o que fazemos e em que acreditamos; com a compensação as fraquezas são disfarçadas com a exacerbação de características desejáveis; com a projeção culpamos o outro pelas nossas dificuldades. É uma forma de auto-engano; a identificação é a assimilação das qualidades de uma personalidade que possui o desejado; com a fuga, evita-se a situação que provoca a frustração; com a negação a pessoa se nega a enxergar a realidade dolorosa.

PANORAMA ATUAL DA PSICOLOGIA: AS QUATRO FORÇAS
Com o avanço do conhecimento científico, surgem as escolas de Psicologia: Estruturalismo, Funcionalismo, Behaviorismo, Gestaltismo e Psicanálise. Neste momento ocorre um rompimento com o pensamento que criava um dualismo entre a definição da Psicologia como ciência do psiquismo e uma compreensão dela como ciência moderna.
A Psicologia se divide em dois grandes sistemas: o fechado e o aberto. O primeiro considera apenas o desempenho do homem buscando se utilizar do método experimental em laboratório. Dentro desse sistema está o Behaviorismo ou doutrina E-R (Estímulo-Reação). Os defensores desse sistema mostram grande resistência ao sistema aberto. A Psicanálise é tida como intermediária entre os dois sistemas.
O sistema aberto busca por sua vez uma compreensão do ser humano como algo além de um produto do acaso, ou seja, como um mero fruto de “acidentes” evolutivos. O ser humano seria especial, teria um papel de destaque na teia da existência. Esse sistema procura levar o homem ao crescimento a auto-realização e para isso também procura ver o homem em sua totalidade social, política e econômica, além da cósmica. Dentro dela se encontra a chamada psicologia Trans-pessoal e as teorias de Auto-Realização.
A Psicanálise teorizada por Freud tem bases nos Filósofos do sec. XIX. Fundamenta-se na teoria do recalcamento (repressão das necessidades). Para Freud o homem é visto dentro de um contexto que abrange o plano biopsicossocial e seria impulsionado a satisfazer instintos tão poderosos que o obrigam a alcançar seu fim por caminhos certos ou tortuosos. Para ele a personalidade é composta por três grandes sistemas: Id, ego e superego, que correspondem respectivamente aos componentes biológico, psicológico e social. O Id é a zona inconsciente com impulsos primários e conteúdos herdados. O Ego é a zona consciente que concilia o Id com o mundo externo buscando o relacionamento com o ambiente. É responsável pela combinação entre a imagem mental e a realidade objetiva. O Superego é a consciência moral, o censor, a voz da sociedade interiorizada, representa normas, valores, e exigências, transmitidos à criança e incorporados a sua personalidade.
Para Freud a atividade psíquica é consciente e inconsciente, sendo a inconsciente a maior parte, sendo uma zona profunda do nosso psiquismo, pouco ou nada conhecida, para onde lançamos conteúdos que não queremos no nosso consciente.
Freud entende que é na infância do indivíduo que é estabelecida a organização da personalidade, sendo nessa fase que se originam as neuroses e psicoses. As frustrações intensas e os efeitos educacionais como super proteção, a instabilidade, o controle rígido, a carência de afeto, levam o indivíduo a angustia, agressividade, revolta, insegurança, timidez, dependência, irritabilidade, nervosismo, etc. Esses comportamentos levarão o individuo a ter formas inadequadas de contato com o ambiente. Conflitos nesse período podem levar mais tarde a desintegração da personalidade que fica dinâmica, mas no inconsciente.
Na infância se adquire os complexos sendo os de importância básica o de Édipo (menino) e o de Eletra (menina), que é a atração pelo genitor do sexo oposto e o ciúme em relação ao outro.
Para Freud qualquer tensão é um recalque ou repressão, que é a mola-mestra da personalidade. O conflito é sempre um choque entre os desejos do Id e a censura. A libido recalcada procura sempre por válvulas de escape: sonhos, arte, cultura, sintomas neuróticos.
O Movimento Humanístico ou Teorias de Auto-Realização valoriza o homem preocupando com o que ele pode vir a ser. As potencialidades humanas são desenvolvidas em condições que podem conduzir o homem a neuroses. Dá ênfase a complexidade e singularidade do homem. O vivenciar ou experienciar é enfatizado, mesmo que pensar, decidir e sentir não sejam processos observáveis. Os estudos humanistas são baseados mais na observação de indivíduos emocionalmente saudáveis do que na de indivíduos perturbados emocionalmente. A auto-realização consiste em fazer de cada escolha uma opção pelo crescimento. A auto-realização é um processo continuo de crescimento, de desenvolvimento das próprias potencialidades, usando a inteligência e habilidades para fazer bem aquilo que queremos fazer.
As Correntes Behavioristas – E-R ou Comportamentistas, teorizadas por Watson e Skinner dão ênfase ao processo de aprendizagem. De acordo com as teorias comportamentistas, é a personalidade é resultado de respostas aprendidas aos estímulos do ambiente. Segundo Dollard e Miller, teóricos desta corrente, os conflitos da primeira infância é resultado do manejo inconsciente dos pais em termos de recompensa e castigo. Skinner acredita que a personalidade não precisa ser explicada em termos de necessidades e motivos.
As teorias de E-R tem base no trabalho de Pavlov e Thorndike. Pavilov teorizou sobre o condicionamento clássico, quando um estímulo neutro é associado a outro estímulo que provoca uma reação forte e incontrolável no sujeito. O estímulo neutro é repetido várias vezes até que somente ele é suficiente para provocar reações no sujeito. Exemplo: campanhinha associada com choque elétrico. O conceito mais conhecido de Thorndike é conhecido como Lei do Efeito que diz que a conexão entre um estímulo e uma resposta é fortificada quando a associação entre eles satisfaz o organismo.
A psicologia Trans-Pessoal surgiu a partir vertentes como os trabalhos de Jung, Einstein, físicos modernos, Filosofia Oriental e as correntes de auto-realização. Movimento novo que trabalha ainda com hipóteses, apresentando poucas conclusões. Está ligado ao estudo empírico-científico das metas.

CAMPOS DE ESTUDOS DA PSICOLOGIA
Como aprendemos? Como se dá o desenvolvimento da criança em diversos aspectos? O que é crise da adolescência? Que fatores influem no desenvolvimento? O que são emoções? Elas são inatas ou aprendidas? Por que nos lembramos e nos esquecemos? Como se desenvolve o pensamento? Qual a ligação entre pensamento e linguagem? Como se da a resolução de problemas? Qual a influencia do grupo sobre o individuo? Como se desenvolve a personalidade? Como se da a percepção? Quais são os fatores responsáveis pelos diversos tipos de retardamento mental? O que motiva o comportamento? Como explicar as diferenças individuais? Quais as causas dos desvios de comportamento? Como atuar sobre os desajustamentos? Qual a influencia dos valores e das atitudes na percepção dos indivíduos?

A IMPORTANCIA DA PSICOTERAPIA
É um processo conduzido por especialistas no qual o indivíduo amplia a consciência que tem de si mesmo, aprendendo com seus sintomas e se desenvolvendo como pessoa.
Os seres humanos, desde o seu nascimento, desenvolvem-se realizando suas potencialidades a medida em que se descobrem na relação com o outro. Por exemplo, uma criança desenvolve a fala a medida em que se relaciona com outros seres humanos que já a tenham desenvolvido.
A natureza fornece a potencialidade, porém essa potencialidade só é realizada a medida que o indivíduo vai descobrindo suas possibilidades na troca com o outro e se enriquecendo com suas descobertas.
O outro funciona como um espelho no qual a pessoa pode se ver. Este é o processo natural de desenvolvimento humano e o espaço terapêutico é um espaço preparado para facilitar este movimento.
Psicoterapia, de um modo geral e simplificado, é todo tratamento no qual uma pessoa capacitada (psicólogo), utilizando-se de meios psicológicos, auxilia outra a resolver seus problemas. Esta ajuda é o resultado do empenho do paciente e da influência que o terapeuta exerce sobre este, valendo-se de intervenções verbais, comunicação não-verbal e de um ambiente psicoterápico estruturado.

ELEMENTOS ESTÃO PRESENTES NA PSICOTERAPIA
Relação paciente-terapeuta: esta relação é geralmente intensa, emocionalmente carregada, e de confiança no terapeuta. De um lado está o terapeuta, com sua competência, sua função de ajudador, seus conhecimentos científicos; do outro lado, o paciente, com seu sofrimento, suas questões sem respostas, sua dificuldade temporária para resolver seus problemas e conflitos, sua necessidade de ajuda, sua capacidade de cooperar com o terapeuta, e uma auto-estima que precisa ser melhorada.
Aceitação e apoio do paciente: o terapeuta parte sempre do principio de que seu paciente merece todo respeito e ajuda necessária, apesar dos sintomas e problemas que esteja apresentando. Esta aceitação incondicional da pessoa provoca por si só uma melhora na auto-estima.
Oportunidade de expressão de emoções: durante a terapia o paciente é encorajado a se dar conta e a expressar seus desejos, impulsos e sentimentos. Essa expressão em um ambiente de aceitação, além de produzir um alívio, permite que os aspectos vistos como maus possam ser aceitos e integrados. Reconhecê-los e expressá-los permitem ao paciente um senso de maior domínio, além da oportunidade de poder escolher novos caminhos e formas mais saudáveis e funcionais de se comportar ante a vida e ante as situações conflituosas.
Uma teoria ou explicação racional: existem diferentes correntes em psicoterapia. Cada corrente oferece uma explicação racional ou uma teoria sobre as causas dos sintomas ou comportamentos indesejáveis, e a forma como poderão ser modificadas. Todas as teorias psicológicas são igualmente válidas e eficazes. São formas diferentes de se olhar ou estudar um mesmo objeto: o ser humano e seu comportamento saudável ou patológico.

O QUE A PSICOTERAPIA REALIZA
A psicoterapia provoca uma mobilização dos sentimentos e seu desbloqueio, reduzindo as resistências e defesas, deixando o paciente mais sensível às mudanças. Este desbloqueio torna possível a expressão curadora do material reprimido (pensamentos, sentimentos negativos), que podem produzir um efeito intenso no momento em que é liberado, trazendo resultados benéficos ao paciente em longo prazo.
Novas habilidades cognitivas: em todo processo psicoterápico há uma maior ou menor aquisição e integração de novas percepções e novos padrões de pensamento e de autoconhecimento. Estes elementos racionais permitem a pessoa se reorganizar, se integrar e buscar mudanças; estabelece um novo equilíbrio emocional e o autocontrole, uma vez que o paciente usa estas novas habilidades intelectuais para avaliar a si mesmo, as suas convicções, o ambiente que o cerca, seu próprio problema ou dificuldade, e a melhor estratégia de enfrentamento.
Mudanças no comportamento: na psicoterapia ocorre sempre algum tipo de aprendizagem sobre o próprio paciente e sobre a questão que este traz para a terapia. Consequentemente, ocorre uma modificação de seu comportamento ineficaz ou patológico e maior habilidade para agir adequadamente frente aos mesmos problemas ou a novos que surgirão. Tanto a aprendizagem quanto as mudanças são resultado das descobertas e da aplicação desse conhecimento adquirido ao longo da psicoterapia.

PROCESSO E DURAÇÃO DA PSICOTERAPIA
É importante dizer que a psicoterapia é um processo geralmente longo. Por processo entende-se que as mudanças desejadas acontecerão gradativamente, no tempo de cada paciente, de acordo com os acontecimentos ao longo da terapia. A psicoterapia não promete solução imediata ao sofrimento. Também porque o processo não é uniforme, ou seja, podem ocorrer avanços e retrocessos durante o processo.
A evolução do tratamento vai depender de muitos fatores; da história de vida do paciente, da complexidade da dificuldade, do envolvimento do paciente com seu tratamento, da capacidade cognitiva deste para entender-se e entender sua dificuldade (insight). Tudo isso varia de pessoa para pessoa.
o Terapeuta é um profissional e por isso cobra pelos seus serviços. Cada profissional tem a liberdade de estabelecer o preço dos encontros, e isso vai depender dos custos de manutenção e do valor que cada psicólogo atribui aos seus serviços e das condições financeiras do paciente para pagar seu tratamento.
A psicoterapia necessita de um ambiente fixo, acolhedor e confortável ao paciente. Por isso, o tratamento se faz geralmente em consultórios particulares, ou em salas específicas dentro de clínicas, postos de saúde ou hospitais. O ambiente é também terapêutico e faz parte do conjunto de itens do tratamento.
Outro aspecto fundamental diz respeito aos dias e horários das consultas. Cada paciente tem seu dia e horário das consultas agendado previamente. Isso permite ao terapeuta e ao cliente se organizarem. Saber quanto vai pagar, o dia e o horário de sua consulta também são fatores estruturantes da terapia. Isso oferece segurança, condições de organização pessoal, necessidade de disciplina e comprometimento do paciente com seu tratamento