O termo “psi”, bastante utilizado
pelas pessoas, muitas vezes pode ser permeado de confusão quanto aos
significados, principalmente quando se refere aos profissionais indicados por
este termo: psiquiatra, psicólogo ou psicanalista.
O psiquiatra é um profissional da
medicina que após ter concluído sua formação, opta pela especialização em
psiquiatria. Esta é realizada em 2 ou 3 anos e abrange estudos em neurologia,
psicofarmacologia e treinamento específico para diferentes modalidades de
atendimento, tendo por objetivo tratar as doenças mentais. Ele é apto a
prescrever medicamentos, habilidade não designada ao psicólogo. Em alguns
casos, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico devem ser aliados.
O psicólogo tem formação superior
em psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos,
pensamentos, razão) e o comportamento humano. O curso tem duração de 4 anos
para o bacharelado e licenciatura e 5 anos para obtenção do título de
psicólogo. No decorrer do curso a teoria é complementada por estágios
supervisionados que habilitam o psicólogo a realizar psicodiagnóstico,
psicoterapia, orientação, entre outras. Pode atuar no campo da psicologia
clínica, escolar, social, do trabalho, entre outras.
O profissional pode optar por um
curso de formação em uma abordagem teórica, como a gestalt-terapia, a
psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental.
O psicanalista é o profissional
que possui uma formação em psicanálise, método terapêutico criado pelo médico
austríaco Sigmund Freud, que consiste na interpretação dos conteúdos
inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de uma pessoa, baseada
nas associações livres e na transferência. Segundo a instituição formadora, o
psicanalista pode ter formação em diferentes áreas de ensino superior.
ORIGEM DA PALAVRA
A palavra psicologia é de origem
grega ("psique" = alma e "logos" = estudo, razão)
Psicologia é uma ciência que
estuda o comportamento humano e animal e os processo mentais (razão,
sentimentos, pensamentos, atitudes). O corpo e a mente são estudados pela
psicologia de forma integrada e não separadamente.
CONCEITO
A Psicologia é a ciência que
estuda o comportamento e os processos mentais do individuo.
A Psicologia é ciência que gera
uma prática profissional. Enquanto ciência tem por objetivo explicar como o ser
humano pode conhecer e interpretar a si mesmo e como pode interpretar e
conhecer o mundo em que vive (aí incluídas a interação dos indivíduos entre si,
a interação com a natureza, com os objetos e com os sistemas sociais,
econômicos e políticos dos quais façam parte). Enquanto prática profissional, a
psicologia coloca o conhecimento por ela acumulado a serviço de indivíduos e
instituições.
É uma ciência que tem como objeto
de estudo os seres vivos que estabelecem trocas simbólicas com o meio ambiente.
Está relacionada às ciências humanas (filosofia, teoria do conhecimento) e
biológicas (biologia, neurofisiologia, psicofarmacologia) e apresenta elementos
comuns às ciências sociais (sociologia, antropologia) e exatas (ergonomia,
psicofísica).
Decorre daí a diversidade das
abordagens e áreas de estudo na psicologia, bem como o grau de
interdisciplinariedade e convergência dos seus temas. As pesquisas no Instituto
de Psicologia abrangem desde o nível molecular, na psicofarmacologia, ou
biofísico, na psicofisiologia, ao epistemológico, na epistemologia genética, ao
subjetivo, na interpretação dos sonhos e motivações inconscientes, mantendo-se
como fio condutor o interesse pelo comportamento e pela experiência do
indivíduo.
QUEM SOU EU?
A abordagem inicia-se com uma
série de questões relacionadas com o indivíduo e sua relação com o que o cerca,
considerando essas questões muito mais antigas que a própria escrita. seja
Acredito que a pergunta mais conflitante tendo em vista ser uma pergunta de
difícil resposta considerando a pluralidade dos indivíduos que compõem uma
sociedade e considerando que todo indivíduo é influenciado por esta sociedade
em vários aspectos. Embora as respostas sejam diferentes em lugares e épocas,
essa preocupação de relacionamento do homem com outro homem e lugar é sempre
presente.
Se no passado estas questões
surgiam o tempo todo, no mundo moderno elas se tornaram mais constantes e
generalizadas, fazendo com que problemas existentes somente em determinados
momentos da vida do indivíduo, se generalize por toda sua vida.
Essas inquietações, aliada ao
fato de que nem sempre é possível externá-las, acaba por gerar distúrbios
emocionais que acabam refletindo no organismo do individuo.
A Psicologia tentar solucionar
estes distúrbios emocionais que geram sintomas no organismo do individuo,
através da tentativa de compreender o homem como um todo e seu relacionamento
com o outro.
A princípio, a partir de
conceitos oriundos da Grécia antiga, a Psicologia era uma ciência que estudava
a alma, e durante séculos foi assim que ela existiu. René Descartes rompe com
esse conceito e teorizava que havia uma distinção entre corpo e mente. Para ele
“a realidade consistia em duas áreas distintas: o domínio físico do material e o
reino imaterial da mente”.
O PSICÓLOGO E SEU TRABALHO
O psicólogo (profissional da área
de psicologia) busca compreender o comportamento e o pensamento das pessoas que
possuem algum tipo de problema ou distúrbio psicológico. Para tanto, este profissional
utiliza métodos e processos comparativos e analíticos. O objetivo final é
a saúde mental do indivíduo para que este possa ter uma boa qualidade de vida.
A resolução dos problemas psicológicos significa uma situação melhor de
relacionamento com a sociedade, família e consigo mesmo (com seus pensamentos,
desejos e sentimentos).
O bacharel em Psicologia pode
atuar em atividades de pesquisa e magistério superior, necessitando, para
tanto, realizar estudos de pós-graduação. O licenciado dedica-se ao ensino de
nível médio.
A área de atuação do psicólogo
estende-se a hospitais, ambulatórios, centros e postos de saúde, consultórios,
creches, escolas, associações comunitárias, empresas, sindicatos, fundações,
juizados de menores e da família, penitenciárias, associações profissionais e
esportivas, clínicas especializadas, núcleos rurais e comunitários etc.
A noção do ser humano está
constantemente sendo transformada e por conta disso, é muito importante
compreender o comportamento humano. Nos dias de hoje há conflitos de todos os
tamanhos e ordens e a noção de ser humano se transforma a cada dia, o que
efetivamente gera mais conflitos. Isso ocorre em função de mudanças culturais,
acesso às informações com uma grande facilidade, crises que envolvem o mundo
inteiro, tal como as crises do capitalismo entre outros fatores. A busca por
uma identidade em um mundo que não é plenamente verdadeiro é extremamente
difícil. Aliado a isso, a vida humana é desvalorizada e os bens materiais são
valorizados, algumas vezes mais que a vida humana, gerando frustrações e
ansiedades além do que conseguimos lidar.
Para tentar auxiliar o homem
nesses conflitos geradores de doenças, a Psicologia, beneficiando da evolução
de outras ciências, compreendeu melhor até onde o comportamento depende da
herança genética e o quanto o homem é dependente do que absorve da sociedade,
com valores já definidos e para os quais ele tem que se ajustar.
Há pouco consenso quando se fala
em Psicologia e sobre a resolução das questões a que ela se propõe. Muitas
premissas diferentes, gerando resultados diferentes. Falta acordo quanto a
metodologia e não existe nomenclaturas comuns. Questiona-se a quem ela serve,
quem é o normal, quem pode pagar por seus serviços, se ela deve servir ao
individuo ou ao sistema. Essas definições ajudarão a entender quem é o
patológico e quem não é.
ATUAÇÃO INTEGRADA
A psicologia atua, muitas vezes,
integrada a outras áreas como, por exemplo, medicina, pedagogia, sociologia e
antropologia.
Os quatro Departamentos
(Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade; Psicologia
Clínica; Psicologia Experimental e Psicologia Social do Trabalho) deste
Instituto expressam essa diversidade e aquela convergência e buscam, de vários
modos, a explicação do sujeito psicológico.
ESCOLAS DA PSICOLOGIA
Existes várias escolas de
pensamentos (sistemas) na área de psicologia. Cada uma delas possui seus
próprios métodos e processos de atuação. As principais são: Behaviorismo,
Funcionalismo, Estruturalismo, Gestalt, Psicanálise, Humanismo, Psicologia
Analítica e Psicologia Transpessoal.
ESPECIALIZAÇÕES
Existem várias especializações na
área de psicologia: Psicologia do trabalho, Psicologia Clínica, Psicologia
Comparada, Psicopatologia, Psicologia Forense, Psicologia Integral,
Psicopedagogia, Psicologia Esportiva, Psicologia Social, Psicologia Corporal,
Sexologia, entre outras.
DIA DO PSICÓLOGO
No dia 27 de agosto comemora-se o
dia do psicólogo.
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
A psicologia ocidental surgiu
entre os gregos, no período anterior a era cristã.
Psicologia entre os Gregos
(primórdios)
Os filósofos pré-socráticos
preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através da percepção.
Sócrates: Se preocupava com
Limite que separa o homem dos animais (razão). Esta teoria postulava que, a
razão permitia ao homem sobrepor-se aos instintos que seria a base da
irracionalidade. Com Sócrates a psicologia na antiguidade ganhou consistência.
Platão: Procurou definir um
“lugar” para a razão no nosso próprio corpo, e este lugar seria a cabeça, onde,
portanto se encontraria a “alma” do homem. A medula seria o elemento de ligação
da alma com o corpo. Este elemento de ligação era necessário porque Platão
idealizava a alma separada do corpo, ou seja, quando alguém morria,o corpo
desaparecia, mas a alma ficava livre para ocupar o outro corpo.
Aristóteles: Postulava que tudo
aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta possui a sua “alma”. Desta forma,
os vegetais, os animais, e o homem teriam alma. Estudou as diferenças entre
razão, percepção e sensação (“DA ANIMA”).
Obs: Portanto, 2.300 anos antes
do advento da Psicologia científica os Gregos já haviam formulado duas
“Teorias”: platônica, que postulava a imortalidade da alma e a concebia
separada do corpo, aristotélica, que afirmava a mortalidade da alma e a sua
relação de pertencimento ao corpo.
A PSICOLOGIA NO IMPÉRIO ROMANO E
NA IDADE MÉDIA
Uma das principais
características desse período é o aparecimento e desenvolvimento do
cristianismo (uma força religiosa que passa a força política dominante). Assim
sendo a psicologia nesse período é relacioná-la ao conhecimento religioso, já
que, ao lado do poder econômico e político, a igreja católica também
monopolizava o saber e, conseqüentemente o estudo do psiquismo. Dois grandes
filósofos representaram esse período: Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.
Santo Agostinho, inspirado em
Platão também fazia uma cisão entre alma e corpo, acrescentando que a alma era
além da sede da razão também a prova de uma manifestação divina no homem.
São Tomás de Aquino viveu num
período que prenunciava a ruptura da Igreja Católica, e o aparecimento de
protestantismo, uma época que preparava a transição para o capitalismo, com a
revolução francesa e a revolução industrial na Inglaterra. Buscou em
Aristóteles a distinção entre essência e existência, postulando que o homem, na
sua essência, busca a perfeição através da sua existência; sendo que essa busca
do homem pela perfeição só seria possível pela busca de Deus.
Psicologia no Renascimento:
Renascimento marca o início de uma época de transformações radicais no mundo
europeu. A transição para o capitalismo começa uma nova forma de organização da
vida econômica e social. A Racionalidade do homem apareceu como a grande
possibilidade de construção de conhecimentos, propiciando o início da
sistematização do conhecimento científico.
Copérnico - o planeta não é o
centro do universo
Galileu estuda a queda dos corpos
- surge à física moderna. Sistematização do conhecimento científico.
Descartes - separação entre mente
e corpo. Origem da psicologia científica.
A ORIGEM DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
Na Sociedade Feudal: Modo de
produção voltado para a subsistência, sendo a terra a principal fonte de
produção. Hierarquia rígida estabelecida, não havendo mobilidade social:-
relação senhor x servo. Autoridade tinha crédito da verdade.
Capitalismo: mundo em movimento,
produzir mais, novas matérias-primas, contratou o trabalho de muitos que se
tornam consumidores das mercadorias produzidas Homem se torna livre capaz de
construir seu futuro; conhecimento torna-se independente da fé.
Século 19: A psicologia passa a
ser estudada pela fisiologia e pela Neurofisiologia. O capitalismo trouxe consigo
também “a máquina”. Todo o universo passou a ser pensado como uma máquina, isto
é, podemos conhecer o seu funcionamento, a sua regularidade.
A psicologia científica: A
psicologia moderna nasceu na Alemanha no final do século 19, na universidade de
Leipzig, com Wundt, Weber , Fechner, e o inglês Edward B. Tichner, e o
americano William James. Seu status de ciência é obtido à medida que se
“liberta” da Filosofia, e desta forma sob os novos padrões de produção de
conhecimento, passam a: 1)definir seu objeto de estudo ( o comportamento, a
vida psíquica, a consciência); 2)delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o
de outras àreas de conhecimento, como a Filosofia e a Fisiologia; 3)formular
métodos de estudo deste objeto; 4)formular teorias enquanto um corpo
consistente de conhecimentos na área.
Funcionalismo (W.James): Para o
Funcionalismo o que importa responder: “o que fazem os homens” e “porque o
fazem”. E para responder isto, W. James elege a consciência como o centro de
suas preocupações e busca a compreensão de seu funcionamento, na medida em que
o homem a “usa” para adaptar-se ao meio.
Estruturalismo (W.James e
Titchner): Uso do laboratório para estudar a consciência, aspectos estruturais,
os estados elementares da consciência como estruturas do sistema nervoso
central.
Associacionismo (Edward L.T.):
formulou a primeira teoria de aprendizagem na Psicologia. Formulou a Lei do
Efeito, que viria a ser de grande utilidade para a Psicologia
Comportamentalista. De acordo com essa lei, todo comportamento de um organismo
vivo tende a se repetir, se nós recompensarmos o organismo assim que este
emitir o comportamento. Por outro lado, o comportamento tenderá a não
acontecer, se o organismo for castigado após sua ocorrência. E, pela Lei do
Efeito, o organismo irá associar essas situações com outras semelhantes.
As principais teorias da
psicologia no século 20:
Behaviorismo ou Teoria S-R -
Nasce com Watson, nos Estados Unidos e tornou-se importante por ter definido o
fato psicológico de modo concreto, a partir da noção de comportamento.
Gestalt- Nasce na Europa e,
postula a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade.
Psicanálise- Nasce com Freud, na
Áustria, a partir da prática médica, recupera para a Psicologia a importância
da afetividade e postula o inconsciente como objeto de estudo, quebrando a
tradição da Psicologia como a ciência da consciência e da razão.
Sigmund Freud: Freud ousou
colocar os “processos misteriosos” do psiquismo, suas “regiões obscuras”, isto
é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do homem, como
problemas científicos. A investigação sistemática desses problemas levou Freud
à criação da Psicanálise.
A primeira teoria sobre a
estrutura do aparelho psíquico: Em 1900, Freud apresenta a primeira teoria
sobre a estrutura e o funcionamento da personalidade. Essa teoria refere-se à
existência de três sistemas ou instâncias psíquicas: inconsciente,
pré-consciente e consciente.
• O inconsciente exprime o
“conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência”. É
constituído por conteúdos reprimidos, que não têm acesso aos sistemas
pré-consciente/consciente, pela ação de censuras internas. Estes conteúdos
podem ter sido conscientes, em algum momento, e ter sido reprimidos, isto é,
“foram” para o inconsciente, ou podem ser genuinamente inconscientes. O
inconsciente é um sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias de
funcionamento. Por exemplo, é atemporal, não existem as noções de passado e
presente.
• O pré-consciente refere-se ao
sistema onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis à consciência. É aquilo
que não está na consciência, neste momento, e no momento seguinte pode estar.
• O consciente é o sistema do
aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior e
as do mundo interior. Na consciência, destaca-se o fenômeno da percepção,
principalmente a percepção do mundo exterior, a atenção, o raciocínio.
A descoberta da sexualidade infantil:
Os principais aspectos destas descobertas são:
• A função sexual existe desde o
princípio da vida, logo após o nascimento, e não só a partir da
puberdade como afirmavam as
idéias dominantes.
• O período de desenvolvimento da
sexualidade é longo e complexo até chegar à sexualidade adulta, onde as funções
de reprodução e de obtenção do prazer podem estar associadas, tanto no homem
como na mulher. Esta afirmação contrariava as idéias predominantes de “que o
sexo estava associado, exclusivamente, à reprodução.
• A libido, nas palavras de
Freud, é “a energia dos instintos sexuais e só deles.
Segunda Teoria do aparelho
psíquico: O id constitui o reservatório da energia psíquica, é onde
se “localizam” as pulsões: a de
vida e a de morte. É regido pelo princípio do prazer.
O ego é o sistema que estabelece
o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as
“ordens” do superego. É regido pelo princípio da realidade, que com o princípio
do prazer, rege o funcionamento psíquico. É um regulador, na medida em que
altera o princípio do prazer para buscar a satisfação considerando as condições
objetivas da realidade. As funções básicas do ego são: percepção, memória,
sentimentos, pensamento.
O superego origina-se com o
complexo de Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da
autoridade. A moral, os ideais são funções do superego. O conteúdo do superego
refere-se a exigências sociais e
culturais.
Complexo de Édipo: verifica-se
quando a criança atinge o período sexual fálico na segunda infância e dá-se
então conta da diferença de sexos, tendendo a fixar a sua atenção libidinosa
nas pessoas do sexo oposto no ambiente familiar.
Mecanismo de Defesa: São
processos realizados pelo ego e são inconscientes, isto é, ocorrem independentemente
da vontade do indivíduo.
Recalque: o indivíduo “não vê”,
“não ouve” o que ocorre. Existe a supressão de uma parte da realidade. Este
aspecto que não é percebido pelo indivíduo.
Formação reativa: o ego procura
afastar o desejo que vai em determinada direção, e, para isto, o indivíduo
adota uma atitude oposta a este desejo.
Regressão: o indivíduo retorna a
etapas anteriores de seu desenvolvimento; é uma passagem para modos de
expressão mais primitivos.
Projeção: é uma confluência de
distorções do mundo externo e interno. O indivíduo localiza (projeta) algo de
si no mundo externo e não percebe aquilo que foi projetado como algo seu que
considera indesejável.
Racionalização: o indivíduo
constrói uma argumentação intelectualmente convincente e aceitável, que
justifica os estados “deformados” da consciência. Isto é, uma defesa que
justifica as outras.
CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE
Enquanto a psicologia abrange uma
série de vertentes e subáreas, a psicanálise pode ser entendida como um único
método terapêutico. Criada pelo médico austríaco Sigmund Freud, a psicanálise
tem como objeto principal de estudo o inconsciente de uma pessoa. Tal
inconsciente se manifesta através de palavras, criações imaginárias e ações do
indivíduo, e podem ser interpretadas pelo psicanalista
através de associação com teorias e outras expressões. Um fato interessante é
que o psicanalista
não precisa ser necessariamente formado em psicologia, pois a psicanálise é um
curso oferecido a qualquer pessoa que tenha uma formação de ensino superior.
A Psicanálise tem por finalidade
realizar um trabalho investigativo do autoconhecimento, que possibilita lidar
com o sofrimento, criar mecanismos de superação das dificuldades, dos conflitos
e dos submetimentos em direção a uma produção humana mais autônoma, criativa e
gratificante de cada indivíduo, dos grupos, das instituições.
Agressividade: é um impulso que
pode voltar-se para fora (heteroagressão) ou para dentro do próprio indivíduo (auto-agressão);
esta ligada a ação, ela nem sempre será uma ação verbal ou física sobre o
mundo, ou seja, uma pessoa tida como “bonzinho” pode manifestar sua
agressividade pela omissão de
ajuda.
Violência: é o uso desejado da
agressividade, com fins destrutivos: este desejo pode ser voluntário
(intencional), racional (premeditado), consciente ou involuntário, irracional (por
ódio de alguém, o individuo desconta a raiva em outra pessoa) e inconsciente.
Descartes acreditava também, que
em alguns momentos as atividades humanas eram decorrentes da interação da mente
e do físico. Entre essas atividades havia a sensação, a imaginação e o
instinto.
Por volta do séc. XVII/XIX, duas
formas de pensar foram estabelecidas: o Empirismo Inglês, que acreditava que
todo o conhecimento se baseava nas sensações, e o Racionalismo Alemão, que
acreditava que a mente teria o poder de gerar idéias, independentemente da
estimulação sensorial. Todo o conhecimento se basearia desta forma, na razão, e
a percepção seria um processo seletivo.
Com campo próprio de estudo, a
Psicologia se preocupa com o Homem. Segundo Lauro de Oliveira Lima a Psicologia
individual pode ser considerada como “Microssociologia”. Para ele, “não é
possível observar o ser humano senão através de momentos nos quais se encontra
em interação”. Nesse caso, os fenômenos psicológicos são sempre estruturais e
estruturantes, pois uma relação humana, sendo circular, tende a criar uma
estrutura. Desta forma a Psicologia invade as fronteiras da sociologia. Sendo o
indivíduo um organismo em ação, o campo da Biologia também está presente nos
estudos da Psicologia.
A psicologia estuda comportamento
humano e animal. O estudo do comportamento do animal irracional oferece bases
importantes para a compreensão do comportamento humano, porém não se pode
ignorar que as reações do ser humano e de qualquer ser irracional são
totalmente diferentes tendo em vista que o homem é peculiar em suas
manifestações com o meio e com outro individuo. Em síntese, a Psicologia é o
estudo do comportamento e especificamente no trabalho da autora, trata-se do
estudo do comportamento humano.
O campo da Psicologia é extenso e
tenta responder várias questões. A psicologia, através do estudo científico do
comportamento quer alcançar três objetivos: a descrição, a predição e o
controle do comportamento. A descrição é a etapa do estudo científico do
comportamento que se refere à necessidade de tornar claras as condições nas
quais o fenômeno ocorre, sem qualquer significado. A predição é a etapa do
estudo científico do comportamento em que o estudante do fenômeno é capaz de
prever o que acontecerá a cada passo de seu estudo. O Exemplo disso é quando se
condiciona um rato de laboratório a receber alimento toda vez que pressiona uma
determinada alavanca. O controle do comportamento é a etapa do estudo
científico do comportamento onde o objetivo é controlar ou manipular o comportamento
do indivíduo. Um exemplo muito comum dessa etapa se dá quando uma determinada
propaganda induz um comportamento diferente por parte do povo que a assiste.
O HOMEM, UM SER ESPECIAL
Além de ser difícil estudar o
homem, a ignorância que temos de nós mesmos é muito grande. A convivência do
homem com o outro homem e não a sua capacidade de raciocínio é que o faz diferente
dos animais irracionais. Nesse relacionamento com outros homens, mesmo de mesma
espécie, mas de comportamento diferente, o homem tem a possibilidade de,
interagindo com o semelhante, crescer ou adoecer, conforme for a sua visão do
mundo e de si mesmo. Um exemplo da dependência do ser humano que não ocorre
entre os animais irracionais é a capacidade de prover seu próprio alimento. O homem,
por não ser provido de instinto, como os animais irracionais terá que, ao longo
de sua existência aprender tudo, para sua própria sobrevivência. Ao contrário
dos animais irracionais, ele deverá aprender até mesmo a se alimentar no seio
de sua mãe. Após este aprendizado, ele deverá aprender como comer comida sólida
e assim por toda sua vida. Esse aprendizado ocorrerá de acordo com a vivência
comportamental e cultural do individuo. Por conta disso, há lugares em que se
comem determinados tipos de comidas que são abomináveis em outros. Alguns comem
de garfo e faca, outros de rachi e outros com o uso direto das mãos.
Não seria possível ao pensar ou
fazer cultura sem a linguagem. Somente o homem consegue falar e utilizar-se dos
símbolos para externar o que precisa. Presente e passado podem ser ligados e
futuro pode ser antecipado através da linguagem. A capacidade de pensar,
lembrar, elaborar, organizar, abstrair, prever, julgar, planejar, idealizar,
está diretamente relacionada com a linguagem. Sem linguagem não haveria
interação social e os processos de troca onde ocorre aprendizado teriam que ser
vivenciados repetidas vezes. A nossa visão de mundo está também ligada a
linguagem.
Há vários mecanismos do
comportamento que estão relacionados com a necessidade do homem provoca tensões
e essa tensão leva o homem a praticar algumas ações visando alguns objetivos.
Ao alcançar o objetivo, suas tensões reduzem. As necessidades são tanto no
nível físico como no nível subjetivo. Não alcançar os objetivos almejados faz com
que o homem se sinta frustrado. As frustrações geralmente se classificam como
frustrações por demora, contrariedade e conflito. Mais comum que as outras
frustrações, a frustração por demora acaba sendo absorvida com mais facilidade.
A frustração por contrariedade ocorre quando há uma interposição, uma barreira
entre nós e nosso objetivo. Essa frustração é dolorosa e mais difícil de
administrar. A frustração por conflito surge quando há várias exigências e
temos que optar por atender só uma. A fonte corriqueira das frustrações é o
meio social em que vivemos. É impossível viver sem frustrações e a frustração
continuada pode gerar doenças, como úlceras, pressão alta, asmas, entre outras.
Os indivíduos podem reagir à frustração de diversas formas. Os mais comuns são:
agressão, agressão deslocada, fantasia, regressão, fixação, apatia, esforço
intensificado, mudança dos meios e substituição dos objetivos.
Há ainda os mecanismos de defesa
do ego: a racionalização dá-se quando tentamos justificar o que fazemos e em
que acreditamos; com a compensação as fraquezas são disfarçadas com a
exacerbação de características desejáveis; com a projeção culpamos o outro
pelas nossas dificuldades. É uma forma de auto-engano; a identificação é a
assimilação das qualidades de uma personalidade que possui o desejado; com a fuga,
evita-se a situação que provoca a frustração; com a negação a pessoa se nega a
enxergar a realidade dolorosa.
PANORAMA ATUAL DA PSICOLOGIA: AS QUATRO FORÇAS
Com o avanço do conhecimento
científico, surgem as escolas de Psicologia: Estruturalismo, Funcionalismo,
Behaviorismo, Gestaltismo e Psicanálise. Neste momento ocorre um rompimento com
o pensamento que criava um dualismo entre a definição da Psicologia como
ciência do psiquismo e uma compreensão dela como ciência moderna.
A Psicologia se divide em dois
grandes sistemas: o fechado e o aberto. O primeiro considera apenas o
desempenho do homem buscando se utilizar do método experimental em laboratório.
Dentro desse sistema está o Behaviorismo ou doutrina E-R (Estímulo-Reação). Os
defensores desse sistema mostram grande resistência ao sistema aberto. A
Psicanálise é tida como intermediária entre os dois sistemas.
O sistema aberto busca por sua
vez uma compreensão do ser humano como algo além de um produto do acaso, ou
seja, como um mero fruto de “acidentes” evolutivos. O ser humano seria
especial, teria um papel de destaque na teia da existência. Esse sistema
procura levar o homem ao crescimento a auto-realização e para isso também
procura ver o homem em sua totalidade social, política e econômica, além da
cósmica. Dentro dela se encontra a chamada psicologia Trans-pessoal e as
teorias de Auto-Realização.
A Psicanálise teorizada por Freud
tem bases nos Filósofos do sec. XIX. Fundamenta-se na teoria do recalcamento
(repressão das necessidades). Para Freud o homem é visto dentro de um contexto
que abrange o plano biopsicossocial e seria impulsionado a satisfazer instintos
tão poderosos que o obrigam a alcançar seu fim por caminhos certos ou
tortuosos. Para ele a personalidade é composta por três grandes sistemas: Id,
ego e superego, que correspondem respectivamente aos componentes biológico,
psicológico e social. O Id é a zona inconsciente com impulsos primários e
conteúdos herdados. O Ego é a zona consciente que concilia o Id com o mundo
externo buscando o relacionamento com o ambiente. É responsável pela combinação
entre a imagem mental e a realidade objetiva. O Superego é a consciência moral,
o censor, a voz da sociedade interiorizada, representa normas, valores, e
exigências, transmitidos à criança e incorporados a sua personalidade.
Para Freud a atividade psíquica é
consciente e inconsciente, sendo a inconsciente a maior parte, sendo uma zona
profunda do nosso psiquismo, pouco ou nada conhecida, para onde lançamos
conteúdos que não queremos no nosso consciente.
Freud entende que é na infância
do indivíduo que é estabelecida a organização da personalidade, sendo nessa
fase que se originam as neuroses e psicoses. As frustrações intensas e os
efeitos educacionais como super proteção, a instabilidade, o controle rígido, a
carência de afeto, levam o indivíduo a angustia, agressividade, revolta,
insegurança, timidez, dependência, irritabilidade, nervosismo, etc. Esses
comportamentos levarão o individuo a ter formas inadequadas de contato com o
ambiente. Conflitos nesse período podem levar mais tarde a desintegração da
personalidade que fica dinâmica, mas no inconsciente.
Na infância se adquire os
complexos sendo os de importância básica o de Édipo (menino) e o de Eletra (menina),
que é a atração pelo genitor do sexo oposto e o ciúme em relação ao outro.
Para Freud qualquer tensão é um
recalque ou repressão, que é a mola-mestra da personalidade. O conflito é
sempre um choque entre os desejos do Id e a censura. A libido recalcada procura
sempre por válvulas de escape: sonhos, arte, cultura, sintomas neuróticos.
O Movimento Humanístico ou
Teorias de Auto-Realização valoriza o homem preocupando com o que ele pode vir
a ser. As potencialidades humanas são desenvolvidas em condições que podem
conduzir o homem a neuroses. Dá ênfase a complexidade e singularidade do homem.
O vivenciar ou experienciar é enfatizado, mesmo que pensar, decidir e sentir
não sejam processos observáveis. Os estudos humanistas são baseados mais na
observação de indivíduos emocionalmente saudáveis do que na de indivíduos
perturbados emocionalmente. A auto-realização consiste em fazer de cada escolha
uma opção pelo crescimento. A auto-realização é um processo continuo de
crescimento, de desenvolvimento das próprias potencialidades, usando a
inteligência e habilidades para fazer bem aquilo que queremos fazer.
As Correntes Behavioristas – E-R
ou Comportamentistas, teorizadas por Watson e Skinner dão ênfase ao processo de
aprendizagem. De acordo com as teorias comportamentistas, é a personalidade é
resultado de respostas aprendidas aos estímulos do ambiente. Segundo Dollard e
Miller, teóricos desta corrente, os conflitos da primeira infância é resultado
do manejo inconsciente dos pais em termos de recompensa e castigo. Skinner
acredita que a personalidade não precisa ser explicada em termos de
necessidades e motivos.
As teorias de E-R tem base no
trabalho de Pavlov e Thorndike. Pavilov teorizou sobre o condicionamento
clássico, quando um estímulo neutro é associado a outro estímulo que provoca
uma reação forte e incontrolável no sujeito. O estímulo neutro é repetido
várias vezes até que somente ele é suficiente para provocar reações no sujeito.
Exemplo: campanhinha associada com choque elétrico. O conceito mais conhecido
de Thorndike é conhecido como Lei do Efeito que diz que a conexão entre um
estímulo e uma resposta é fortificada quando a associação entre eles satisfaz o
organismo.
A psicologia Trans-Pessoal surgiu
a partir vertentes como os trabalhos de Jung, Einstein, físicos modernos,
Filosofia Oriental e as correntes de auto-realização. Movimento novo que
trabalha ainda com hipóteses, apresentando poucas conclusões. Está ligado ao
estudo empírico-científico das metas.
CAMPOS DE ESTUDOS DA PSICOLOGIA
Como aprendemos? Como se dá o
desenvolvimento da criança em diversos aspectos? O que é crise da adolescência?
Que fatores influem no desenvolvimento? O que são emoções? Elas são inatas ou
aprendidas? Por que nos lembramos e nos esquecemos? Como se desenvolve o
pensamento? Qual a ligação entre pensamento e linguagem? Como se da a resolução
de problemas? Qual a influencia do grupo sobre o individuo? Como se desenvolve
a personalidade? Como se da a percepção? Quais são os fatores responsáveis
pelos diversos tipos de retardamento mental? O que motiva o comportamento? Como
explicar as diferenças individuais? Quais as causas dos desvios de
comportamento? Como atuar sobre os desajustamentos? Qual a influencia dos
valores e das atitudes na percepção dos indivíduos?
A IMPORTANCIA DA PSICOTERAPIA
É um processo conduzido por
especialistas no qual o indivíduo amplia a consciência que tem de si mesmo,
aprendendo com seus sintomas e se desenvolvendo como pessoa.
Os seres humanos, desde o seu
nascimento, desenvolvem-se realizando suas potencialidades a medida em que se
descobrem na relação com o outro. Por exemplo, uma criança desenvolve a fala a
medida em que se relaciona com outros seres humanos que já a tenham desenvolvido.
A natureza fornece a
potencialidade, porém essa potencialidade só é realizada a medida que o
indivíduo vai descobrindo suas possibilidades na troca com o outro e se
enriquecendo com suas descobertas.
O outro funciona como um espelho
no qual a pessoa pode se ver. Este é o processo natural de desenvolvimento
humano e o espaço terapêutico é um espaço preparado para facilitar este
movimento.
Psicoterapia, de um modo geral e
simplificado, é todo tratamento no qual uma pessoa capacitada (psicólogo),
utilizando-se de meios psicológicos, auxilia outra a resolver seus problemas.
Esta ajuda é o resultado do empenho do paciente e da influência que o terapeuta
exerce sobre este, valendo-se de intervenções verbais, comunicação não-verbal e
de um ambiente psicoterápico estruturado.
ELEMENTOS ESTÃO PRESENTES NA PSICOTERAPIA
Relação paciente-terapeuta: esta
relação é geralmente intensa, emocionalmente carregada, e de confiança no
terapeuta. De um lado está o terapeuta, com sua competência, sua função de
ajudador, seus conhecimentos científicos; do outro lado, o paciente, com seu
sofrimento, suas questões sem respostas, sua dificuldade temporária para
resolver seus problemas e conflitos, sua necessidade de ajuda, sua capacidade
de cooperar com o terapeuta, e uma auto-estima que precisa ser melhorada.
Aceitação e apoio do
paciente: o terapeuta parte sempre do principio de que seu paciente merece
todo respeito e ajuda necessária, apesar dos sintomas e problemas que esteja
apresentando. Esta aceitação incondicional da pessoa provoca por si só uma
melhora na auto-estima.
Oportunidade de expressão de
emoções: durante a terapia o paciente é encorajado a se dar conta e a
expressar seus desejos, impulsos e sentimentos. Essa expressão em um ambiente
de aceitação, além de produzir um alívio, permite que os aspectos vistos como
maus possam ser aceitos e integrados. Reconhecê-los e expressá-los permitem ao
paciente um senso de maior domínio, além da oportunidade de poder escolher
novos caminhos e formas mais saudáveis e funcionais de se comportar ante a vida
e ante as situações conflituosas.
Uma teoria ou explicação
racional: existem diferentes correntes em psicoterapia. Cada corrente oferece
uma explicação racional ou uma teoria sobre as causas dos sintomas ou
comportamentos indesejáveis, e a forma como poderão ser modificadas. Todas as
teorias psicológicas são igualmente válidas e eficazes. São formas diferentes
de se olhar ou estudar um mesmo objeto: o ser humano e seu comportamento
saudável ou patológico.
O QUE A PSICOTERAPIA REALIZA
A psicoterapia provoca uma
mobilização dos sentimentos e seu desbloqueio, reduzindo as resistências e
defesas, deixando o paciente mais sensível às mudanças. Este desbloqueio torna
possível a expressão curadora do material reprimido (pensamentos, sentimentos
negativos), que podem produzir um efeito intenso no momento em que é liberado,
trazendo resultados benéficos ao paciente em longo prazo.
Novas habilidades cognitivas: em
todo processo psicoterápico há uma maior ou menor aquisição e integração de
novas percepções e novos padrões de pensamento e de autoconhecimento. Estes
elementos racionais permitem a pessoa se reorganizar, se integrar e buscar
mudanças; estabelece um novo equilíbrio emocional e o autocontrole, uma vez que
o paciente usa estas novas habilidades intelectuais para avaliar a si mesmo, as
suas convicções, o ambiente que o cerca, seu próprio problema ou dificuldade, e
a melhor estratégia de enfrentamento.
Mudanças no comportamento: na
psicoterapia ocorre sempre algum tipo de aprendizagem sobre o próprio paciente
e sobre a questão que este traz para a terapia. Consequentemente, ocorre uma
modificação de seu comportamento ineficaz ou patológico e maior habilidade para
agir adequadamente frente aos mesmos problemas ou a novos que surgirão. Tanto a
aprendizagem quanto as mudanças são resultado das descobertas e da aplicação
desse conhecimento adquirido ao longo da psicoterapia.
PROCESSO E DURAÇÃO DA PSICOTERAPIA
É importante dizer que a
psicoterapia é um processo geralmente longo. Por processo entende-se que as
mudanças desejadas acontecerão gradativamente, no tempo de cada paciente, de
acordo com os acontecimentos ao longo da terapia. A psicoterapia não promete
solução imediata ao sofrimento. Também porque o processo não é uniforme, ou
seja, podem ocorrer avanços e retrocessos durante o processo.
A evolução do tratamento vai
depender de muitos fatores; da história de vida do paciente, da complexidade da
dificuldade, do envolvimento do paciente com seu tratamento, da capacidade
cognitiva deste para entender-se e entender sua dificuldade (insight). Tudo
isso varia de pessoa para pessoa.
o Terapeuta é um profissional e
por isso cobra pelos seus serviços. Cada profissional tem a liberdade de
estabelecer o preço dos encontros, e isso vai depender dos custos de manutenção
e do valor que cada psicólogo atribui aos seus serviços e das condições
financeiras do paciente para pagar seu tratamento.
A psicoterapia necessita de um
ambiente fixo, acolhedor e confortável ao paciente. Por isso, o tratamento se
faz geralmente em consultórios particulares, ou em salas específicas dentro de
clínicas, postos de saúde ou hospitais. O ambiente é também terapêutico e faz
parte do conjunto de itens do tratamento.
Outro aspecto fundamental diz
respeito aos dias e horários das consultas. Cada paciente tem seu dia e horário
das consultas agendado previamente. Isso permite ao terapeuta e ao cliente se
organizarem. Saber quanto vai pagar, o dia e o horário de sua consulta também
são fatores estruturantes da terapia. Isso oferece segurança, condições de
organização pessoal, necessidade de disciplina e comprometimento do paciente
com seu tratamento