A Psicoterapia e muito do
aconselhamento cristão são baseados em necessidades. As necessidades de
autoestima, de amor, de aceitação e de importância tendem a dominar.
Acredita-se que se essas necessidades forem satisfeitas, as pessoas serão
felizes, gentis e morais; se não forem satisfeitas, as pessoas serão
miseráveis, odiosas e imorais. A Escritura ensina que é Deus, e não nós, quem
muda os nossos desejos e que a verdadeira felicidade só pode ser encontrada
através do desejo por Deus e de viver uma vida que lhe agrada. Se as pessoas
almejam a autoestima, amor e significado, elas vão ser felizes se receberem o
que querem e miseráveis se não, mas uma coisa é certa: elas continuarão
focalizando-se em si mesmas em ambos os casos. Por outro lado, se as pessoas
desejarem a Deus, o Seu reino, Sua sabedoria e a glória da ressurreição, elas
serão realmente satisfeitas, alegres, obedientes e boas servas de Deus.
Embora Psicoterapeutas seculares
tentem ajudar o paciente a encontrar dentro de si mesmo o poder para satisfazer
suas próprias necessidades, para a maioria dos Psicólogos cristãos, o Senhor Jesus
Cristo é quem tem o poder para cuidar das necessidades e das feridas do
psiquismo. O paciente é apenas convidado a perceber o quanto é amado por Deus,
e a cruz demonstra apenas como ele é precioso para Deus, aumentando assim a sua
autoestima e satisfazendo a sua necessidade de ser amado. Na Bíblia, portanto, o
Senhor Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus crucificado no lugar dos pecadores. O
amor de Deus realmente acaba com a busca incessante da autoestima. Ele produz,
em vez disso, uma grande e grata estima pelo Filho de Deus, o Cordeiro digno de
louvor, o qual nos amou e deu a Sua vida por nós. O amor de Deus não atende às
nossas luxúrias de ser amado como somos. Ao invés, Deus nos ama apesar de quem
realmente somos e nos ensina a amar a Ele e ao próximo (1 João 4:7-5:3)
A psicologia secular, a qual se
baseia principalmente nos ensinamentos de Sigmund Freud, Carl Jung e Carl
Rogers, não se encaixa com o aconselhamento bíblico. Também não se encaixa o
que é chamado de "aconselhamento cristão", uma vez que aconselhamento
"cristão" tem a psicologia secular, e não a Bíblia, como a sua base.
Isto não quer dizer que alguém que se chama de cristão não seja também um
conselheiro bíblico, mas muitas vezes conselheiros cristãos usam a psicologia
secular como o seu modo de ação.
A psicologia é definida como uma disciplina
acadêmica que envolve o estudo científico dos processos mentais e de
comportamento, bem como a aplicação desse conhecimento, para as várias esferas
da atividade humana. A psicologia é humanista por natureza. O Humanismo afirma
o valor e a dignidade de todos os povos com base na capacidade de determinar
certo e errado através das qualidades humanas universais, especialmente a racionalidade.
O Humanismo rejeita a fé que não se baseia na razão, mas se baseia no
supernatural e na Bíblia. Portanto, a psicologia é a maneira do homem de tentar
compreender e reparar o seu lado espiritual sem qualquer referência ou
reconhecimento do espiritual. A Bíblia declara que a humanidade teve um início
diferente do que qualquer outra coisa criada. O homem foi feito à imagem de
Deus e Deus soprou no homem (e só no homem) o fôlego da vida, transformando-o
em uma alma viva (Gênesis 1:26; 2:7). Na sua essência, a Bíblia trata da
espiritualidade do homem, da sua queda em pecado no Jardim do Éden às
consequências que se seguiram, particularmente no que diz respeito à sua
relação com Deus. É o resultado da queda – o pecado- que nos separa de Deus e
que exige um Redentor para restaurar essa relação.
A psicologia secular, por outro
lado, baseia-se na ideia de que o homem é basicamente bom e a resposta para
seus problemas reside dentro de si. Com a ajuda do Psicoterapeuta, e muitas
vezes do conselheiro cristão, o paciente se aprofunda no labirinto da sua
própria mente e emoções e "lida com todos eles" a fim de sair do
outro lado de uma forma mais saudável por ter descoberto a causa das suas
dificuldades. A Bíblia, no entanto, pinta um quadro muito diferente da condição
do homem. Ele está "mortos nos vossos delitos e pecados" (Efésios
2:1) e seu coração é "enganoso mais do que todas as coisas" (Jeremias
17:9). Ele é a vítima do que é chamado de "depravação total" (Romanos
3:10-23). Mergulhar em uma mente que está à procura da saúde mental é um
exercício de futilidade muito semelhante a tentar encontrar uma rosa crescendo
no fundo de uma fossa.
O homem foi criado inocente, mas
pecou contra Deus. Esse pecado mudou o primeiro homem, Adão, e todos os que
vieram depois dele. O resultado foi morte física e espiritual (Gênesis 2:17, 5:
5; Romanos 5:12, Efésios 2:1). A resposta para os problemas espirituais do
homem é nascer de novo, quer dizer, estar espiritualmente vivo (João 3:3, 6-7;
1 Pedro 1:23). O homem nasce de novo ao confiar em Jesus Cristo. Confiar em
Jesus significa compreender que Ele é único Filho de Deus e o Deus Filho (João
3:16, João 1:1-3). Significa entender e acreditar que Jesus pagou pelos nossos
pecados quando morreu na cruz, e que Deus demonstrou ter aceitado Cristo como
um sacrifício por nós ao ressuscitar Jesus dentre os mortos (Romanos 4:24-25).
Os conselheiros bíblicos, ao
contrário de Psicoterapeutas e muitos "conselheiros cristãos",
enxergam a Bíblia, e só a Bíblia, como a fonte de uma abordagem abrangente e
detalhada para compreender e aconselhar pessoas (2 Timóteo 3:15-17; 2 Pedro
1:4). O aconselhamento bíblico tem como objetivo deixar com que Deus fale por
Si mesmo através da Sua Palavra, assim como aprender a manejar a Palavra da
Verdade corretamente (2 Timóteo 2:15). Esse tipo de aconselhamento segue a Bíblia
e procura ministrar o amor do Deus verdadeiro e vivo, amor este que lida com o
pecado e produz obediência.
Quando uma pessoa pecaminosa
procura por um Psicólogo secular ou um conselheiro cristão a fim de satisfazer
suas necessidades ou para alcançar felicidade, autoestima e satisfação, ela vai
inevitavelmente sair desse aconselhamento se sentindo vazia. Jesus disse que
temos que morrer para nós mesmos e nascer de novo. Quando nos aproximamos dEle,
devemos ter a intenção de colocar de lado a velha natureza, não só consertá-la,
e de nos vestir da nova natureza, a natureza que vive para Cristo e que procura
servir a Ele e a outras pessoas por amor ao que Ele fez. Os conselheiros
verdadeiramente bíblicos procuram ajudar os seus clientes a fazer justamente
isso. Eles seguem a Bíblia e visualizam o aconselhamento como uma atividade
pastoral cujo objetivo não é a autoestima, mas a santificação, quer dizer,
crescimento em piedade e em viver à semelhança de Cristo.
A PSICOLOGIA E SEUS ESTUDOS
A Psicologia é a ciência que
estuda a mente e o comportamento humano em toda a sua amplitude. Em linhas
gerais a Psicologia é uma ciência que visa compreender as emoções, a forma de pensar
e o comportamento do ser humano. Embora existam diversas áreas e linhas de
atuação, a Psicologia busca o conhecimento e o desenvolvimento humano
individualmente ou em grupo.
Embora a Psicologia científica
tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que ela encontra campo para um
rápido crescimento, resultado do grande avanço econômico que colocou os Estados
Unidos na vanguarda do sistema capitalista. É ali que surgem as primeiras
abordagens ou escolas em Psicologia, as quais deram origem às inúmeras teorias
que existem atualmente.
Essas abordagens são: O Funcionalismo,
de William James (1842-1910). O Estruturalismo, de Edward Titchner (1867-1927)
e o Associacionismo, de Edward L. Thorndike (1874-1949).
O FUNCIONALISMO
O funcionalismo é considerado
como a primeira sistematização genuinamente americana de conhecimentos em Psicologia.
Uma sociedade que exigia o pragmatismo para seu desenvolvimento econômico acaba
por exigir dos cientistas americanos o mesmo espírito. Desse modo, para a
escola funcionalista de W. James importa responder “o que fazem os homens” e
“por que o fazem”. Para responder a isto, W. James elege a consciência como o
centro de suas preocupações e busca a compreensão de seu funcionamento, na
medida em que o homem a usa para adapta-se ao meio.
O ESTRUTURALISMO
O Estruturalismo está preocupado
com a compreensão do mesmo fenômeno que o Funcionalismo: a consciência. Seus
aspectos estruturais, isto é,os estados elementares da consciência como
estruturas do sistema nervoso central.Esta escola foi inaugurada por Wundt, mas
foi Titchener, seguidor de Wundt, quem usou o termo estruturalismo pela
primeira vez,no sentido de diferencia-la do funcionalismo.O método de
observação de Titchen, assim como o de Wundt, é o introspeccionismo, e os
conhecimentos psicológicos produzidos são eminentemente experimentais, isto
é,produzidos a parti do laboratório.
O ASSOCIACIONISMO
O principal representante do
Associacionismo é Edward L. Thorndike, e sua importância está em ter sido o
formulador de uma primeira teoria de aprendizagem na Psicologia. Sua produção
de conhecimento pautava-se por uma visão de utilidade deste conhecimento, muito
mais do que por questões filosóficas que perpassam a Psicologia.
O termo associacionismo
origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por um processo de
associação das ideias das mais simples às mais complexas, a pessoa precisaria
primeiro aprender as ideias mais simples, que estariam associadas àquele
conteúdo.
Thorndike formulou a Lei do
Efeito, que seria de grande utilidade para a Psicologia comportamentalista. De
acordo com essa lei, todo comportamento de um organismo vivo (um homem, um
pombo, um rato etc.) tende a se repetir, se nós recompensarmos (efeito) o
organismo assim que este emitir o comportamento. Por outro lado, o
comportamento tenderá a não acontece, se o organismo for castigado (efeito)
após sua ocorrência. E, pela Lei do Efeito o organismo ira associar essas
situações com outras semelhantes. Por exemplo, se ao apertarmos um dos botões
do rádio, formos “premiados” com a música,em outras oportunidades apertaremos o
mesmo botão,bem como generalizaremos essa aprendizagem para outros
aparelhos,como toca-discos,gravadores etc.
AS PRINCIPAIS TEORIAS DA PSICOLOGIA NO SÉCULO 20
A Psicologia enquanto um ramo da
filosofia estudava a alma. A Psicologia cientifica nasce quando,de acordo com
padrões de ciência do século 19, Wundt preconiza a Psicologia “sem alma”. O
conhecimento tido como cientifico passa então a ser aquele produzido em
laboratórios, com uso de instrumentos de observação e medição. Se antes a Psicologia
estava subordinada à Filosofia, a partir daquele século ela passa a ligar-se a
especialidades da Medicina, que assumira, antes da Psicologia, o método de
investigação das ciências naturais como critério rigoroso de construção do
conhecimento.
Essa Psicologia científica, que
se constituiu de três escolas, Associacionismo, Estruturalismo e Funcionalismo,
foi substituída, no século 20, por novas teorias.
As três mais importantes
tendências teóricas da Psicologia neste século são consideradas por inúmeros autores
como sendo o Behaviorismo ou teoria (S-R) (do inglês Stimuli-Respond, Estimulo-Resposta)
, a Gestalt e a Psicanálise.
O BEHAVIORISMO
O Behaviorismo, que nasce com
Watson e tem desenvolvimento grande nos Estados Unidos, em função de suas
aplicações práticas, tornou-se importante por ter definido o fato psicológico,
de certo modo concreto, a parti da noção de comportamento (behavior).
O comportamento deveria ser
estudado como função de certas variáveis do meio. Certos estímulos levam o
organismo a dar determinadas respostas e isso ocorre porque os organismos se
ajustam aos seus ambientes por meio de equipamentos hereditários e pela
formação de hábitos, Watson buscava a construção de uma Psicologia sem alma e
sem mente, livre de conceitos mentalistas e de métodos subjetivos, e que
tivesse a capacidade de prever e controlar.
Apesar de colocar o
“comportamento” como objetivo da Psicologia, o Behaviorismo foi, desde Watson,
modificando o sentido desse termo. Hoje, não se entende comportamento como uma
ação isolada de um sujeito, mas, sim, como uma interação entre aquilo que o
sujeito faz e o ambiente onde o seu “fazer” acontece, Portanto, o Behaviorismo
dedica-se ao estudo das interações entre o individuo (suas respostas) e o
ambiente (as estimulações).
Os Psicólogos desta abordagem
chegaram aos termos “resposta” e “estimulo” para se referirem àquilo que o
organismo faz e às variáveis ambientais que interagem com o sujeito.
O mais importante dos
behavioristas que sucedem Watson é B. F. Skinner (1904-1990) .
O Behaviorismo de Skinner tem
influenciado muitos Psicólogos americanos e de vários países onde a Psicologia
americana tem grande penetração, como o Brasil. Esta linha de estudo ficou
conhecida por Behaviorismo radical, termo cunhado pelo próprio Skinner, em
1945, para designar uma filosofia da ciência do comportamento (que ele se
propôs defender) por meio da analise experimental do comportamento.
A base da corrente skinneriana
está na formulação do comportamento operante. Para desenvolver este
conceito, retrocederemos um pouco na historia do Behaviorismo, introduzindo as
noções de comportamento reflexo ou respondente, para então chegarmos ao
comportamento operante.
O comportamento de reflexo ou
respondente é o que usualmente chamamos de “não-voluntário” e inclui as
respostas que são eliciadas (“produzidas”) por estímulo antecedentes do
ambiente. Como exemplo, podemos citar a contração das pupilas quando uma luz
forte incide sobre os olhos, a salivação provocada por uma gota de limão
colocada na ponta da língua, o arrepio na pele quando um ar frio nos atinge, as
famosas “lágrimas de cebola” etc.
Esses comportamentos reflexos ou
respondentes são interações estímulo-resposta (ambiente-sujeito)
incondicionadas, nas quais certos eventos ambientais confiavelmente eliciam
certas respostas do organismo que independem de “aprendizagem”. Mas interações
desse tipo também podem ser provocadas por estímulos que, originalmente, não
eliciavam respostas em determinado organismo. Quando tais estímulos são temporalmente
pareados com estímulos eliciadores podem, em certas condições, eliciar
respostas semelhantes às destes. A essas novas interações chamamos também de reflexos,
que agora são condicionados devido a uma história de pareamento, o qual levou o
organismo a responder a estímulos que antes não respondia. Para deixar isso
mais claro, vamos a um exemplo: suponha que, numa sala aquecida, sua mão
direita seja mergulhada numa vasilha de água gelada. A temperatura da mão cairá
rapidamente devido ao encolhimento ou constrição dos vasos sangüíneos,
caracterizando o acompanhamento de uma modificação semelhante, e mais
facilmente mensurável, na mão esquerda, onde a constrição vascular também será
induzida. Suponha, agora, que a sua mão direita seja mergulhada na água gelada
um certo número de vezes, em intervalos de três ou quatro minutos, e que você
ouça uma campainha pouco antes de cada imersão. Lá pelo vigésimo paramento do
som da campainha com a água fria, a mudança de temperatura nas mãos poderá ser
eliciada apenas pelo som, isto é, sem necessidade de imergir uma das mãos.
O comportamento operante abrange
um leque amplo da atividade humana dos comportamentos do bebê de balbuciar, de
agarrar objetos e de olhar os enfeites do berço aos mais sofisticados,
apresentados pelo adulto. Como nos diz Keller, o comportamento operante “inclui
todos os movimentos de um organismo dos quais se possa dizer que, em algum
momento, têm efeito sobre ou fazem algo ao mundo em redor. O comportamento
operante opera sobre o mundo, por assim dizer, quer direta, quer
indiretamente”.
Exemplo de comportamento
operante: escrever uma carta chamar o táxi com um gesto de mão, tocar um
instrumento e etc.
O REFORÇAMENTO
Chamamos de reforço a toda
conseqüência que, seguindo uma resposta, altera a probabilidade futura de
ocorrência dessa resposta.
O reforço pode ser positivo ou
negativo.
O reforço positivo é todo evento
que aumenta a probabilidade futura da resposta que o produz.
O reforço negativo é todo evento
que aumenta a probabilidade futura da resposta que o remove ou atenua.
Entretanto, alguns eventos tendem
a ser reforçados para toda uma espécie, como, por exemplo, água, alimento e
afeto. Esses são denominados reforços primários. Os reforços secundários, ao
contrario, são aqueles que adquiriram a função quando pareados temporalmente
com os primários. Alguns destes reforçadores secundários, quando emparelhados
com muitos outros, tornam-se reforçadores generalizados, como o dinheiro e
a aprovação social.
Outros processos foram sendo
formulados pela Análise Experimental do comportamento. Um deles é o da Extinção.
A extinção é um procedimento no
qual uma resposta deixa abruptamente de ser reforçada. Como conseqüência, a
resposta diminuirá de freqüência e até mesmo poderá deixar de ser emitida. O
tempo necessário para que a resposta deixe de ser emitida dependerá da história
e do valor do reforço envolvido.
A punição é outro procedimento importante
que envolve a consequência à ação de uma resposta quando há apresentação de um
estimulo aversivo ou remoção de um reforçador positivo presente.
Os dados de pesquisas mostram que
a supressão do comportamento punido só é definitiva se a punição for
extremamente intensa, isto porque as razões que levaram à ação que se pune não
são alteradas com a punição. O trânsito é um excelente exemplo. Apesar das
punições aplicadas a motoristas e pedestres na maior parte das infrações
cometidas no trânsito, tais punições não os têm motivado a adotar um
comportamento considerado adequado para o trânsito. Em vez de adotarem novos
comportamentos, tornaram-se especialistas na esquiva e na fuga.
A GESTALT
A Gestalt, que tem seu berço na
Europa, surge como uma negação da fragmentação das ações e processos humanos,
realizada pelas tendências da Psicologia cientifica do século 19, postulando a
necessidade de se compreender o homem como uma totalidade.
A Gestalt é a tendência teórica
mais ligada à Filosofia.
Seus articuladores preocuparam-se
em construir não só uma teoria consistente, mas também uma base metodológica
forte, que garantisse a consistência teórica.
Gestalt é um termo alemão de
difícil tradução. O termo mais próximo em português seria forma ou configuração,
que não é utilizado, por não corresponder exatamente ao seu real significado em
Psicologia.
Max Wertheimer (1880-1943),
Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-1941), baseados nos estudos
psicofísicos que relacionaram a forma e sua percepção, construíram a base de
uma teoria eminentemente psicológica.
Os gestaltistas estavam
preocupados em compreender quais os processos psicológico envolvidos na ilusão
de ótica, quando o estimulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente
da que ele tem na realidade.
A percepção é o ponto de partida
e também um dos temas centrais dessa teoria. Os experimentos com a percepção
levaram os teóricos da Gestalt ao questionamento de um principio implícito na
teoria behaviorista, que há relação de causa e efeito entre o estimulo e a
resposta, porque, para os gestaltistas, entre o estimulo que o meio fornece e a
resposta do individuo, encontra-se o processo de percepção.
O que o individuo percebe são
dados importantes para a compreensão do comportamento humano.
Na visão dos gestaltistas, o
comportamento deveria ser estudado nos seus aspectos mais globais, levando em
consideração as condições que alteram a percepção do estimulo. Para justificar
essa postura, eles se baseavam na teoria do isomorfismo, que supunha uma
unidade do universo, onde a parte está sempre relacionada ao todo.
Quando eu vejo uma parte de um
objeto, ocorre uma tendência à restauração do equilíbrio da forma, garantindo o
entendimento do que estou percebendo.
Esse fenômeno da percepção é
norteado pela busca de fechamento, simetria e regularidade dos pontos que
compõem uma figura (objeto).
A Gestalt encontra nesses
fenômenos da percepção as condições para a compreensão do comportamento humano.
A maneira como percebemos um determinado estimulo irá desencadear nosso
comportamento. Muitas vezes, os nossos comportamentos guardam relação estreita
com os estímulos físicos, e outras, eles são completamente diferentes do
esperado porque “entendemos” o ambiente de uma maneira diferente da sua
realidade. Quantas vezes já nos aconteceu de cumprimentarmos a distância uma
pessoa conhecida e, ao chegarmos mais perto, deparamos com um atônito
desconhecido. Um “erro” de percepção nos levou ao comportamento de cumprimentar
o desconhecido. Ora, ocorre que, no momento em que confundimos a pessoa,
estávamos “de fato” cumprimentando nosso amigo.
Esta pequena confusão demonstra
que a nossa percepção do estímulo (a pessoa desconhecida) naquelas condições
ambientais dadas é mediatizada pela forma como interpretamos o conteúdo
percebido.
A tendência da nossa percepção em
buscar a boa-forma permitirá a relação figura-fundo.
A Psicologia da Gestalt,
diferentemente do associacionismo, vê a aprendizagem com a relação entre o todo
e a parte, onde o todo tem papel fundamental na compreensão do objeto
percebido, enquanto as teorias de S-R (Associacionismo, Behaviorismo) acreditam
que aprendemos estabelecendo relações dos objetos mais simples para os mais
complexos.
Exemplificando, é possível a uma
criança de 3 anos, que não sabe ler, distinguir a logomarca de um
refrigerante,distinguindo a figura (palavra) e o fundo.
Nem sempre as situações vividas
por nós apresentam-se de forma tão clara que permita sua percepção imediata.
Essas situações dificultam o processo de aprendizagem, porque não permitem uma
clara definição da figura-fundo, impedindo a relação parte/todo.
Acontece, às vezes, de estarmos
olhando para uma figura que não tem sentido para nós e, de repente, sem que
tenhamos feito nenhum esforço especial para isso, a relação figura-fundo
elucida-se.
A PSICANÁLISE
A Psicanálise, que nasce com
Freud, na Áustria, a partir da prática médica, recupera para a Psicologia a
importância da afetividade e postula o inconsciente como objeto de estudo, quebrando
a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da razão.
O termo Psicanálise é usado para
se referir a uma teoria, um método de investigação e a uma pratica
profissional. Enquanto teoria caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos
sistematizados sobre o funcionamento da vida, relatando suas descobertas e
formulando leis gerais sobre a estrutura e o funcionamento da psique humana. A Psicanálise,
enquanto método de investigação caracteriza-se pelo método interpretativo, que
busca o significado oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras
ou pelas produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações
livres, os atos falhos. A prática profissional refere-se à forma de tratamento,
a Análise, que busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre através desse autoconhecimento.
Atualmente, o exercício da Psicanálise ocorre de muitas outras formas. Ou seja,
é usada como base para Psicoterapias, aconselhamento, orientação; é aplicada no
trabalho com grupos, instituições. A Psicanálise também é um instrumento
importante para a analise e compreensão de fenômenos sociais relevantes: as
novas formas de sofrimento psíquico, o excesso de individualismo no mundo
contemporâneo, a exacerbação da violência etc.
Em Viena, o contato de Freud com
Josef Breuer, médico e cientista, também foi importante para a continuidade das
investigações. Nesse sentido, o caso de uma paciente de Breuer foi
significativo. Ana O. Apresentava um conjunto de sintomas que fazia sofrer:
paralisia com contratura muscular, inibições e dificuldades de pensamento.
Esses sintomas tiveram origem na época em que ela cuidara do pai enfermo. No
período em que cumprira essa tarefa, ela havia tido pensamentos e afetos que se
referiam a um desejo de que o pai morresse. Estas ideias e sentimentos foram
reprimidos e substituídos pelos sintomas.
Em seu estado de vigília, Ana O.
não era capaz de indicar a origem de seus sintomas, mas, sob o efeito da
hipnose, relatava a origem de cada um deles, que estavam ligados a vivências anteriores
da paciente, relacionadas com o episódio da doença do pai. Com a rememoração
destas cenas e vivências, os sintomas desapareciam. Este desaparecimento não
ocorreria de força “mágica”, mas devido à liberação das reações emotivas associadas
ao evento traumático, a doença do pai, o desejo inconsciente da morte do pai
enfermo.
Breuer denominou método catártico
o tratamento que possibilita a liberação de afetos e emoções ligadas a
acontecimentos traumáticos que não puderam ser expressos na ocasião da vivência
desagradável ou dolorosa. Esta liberação de afetos leva à eliminação dos
sintomas.
“aos poucos, foi modificando a
técnica de Breuer: abandonou a hipnose, porque nem todos os pacientes se
prestavam a ser hipnotizados; desenvolveu a técnica de ‘concentração’, na qual
a rememoração sistemática era feita por meio da conversação normal; e por fim,
acatando a sugestão (de uma jovem) anônima, abandonou as perguntas, e com elas
a direção da sessão, para se confiar por completo à fala desordenada do
paciente”
“Qual poderia ser a causa de os
pacientes esquecerem tantos fatos de sua vida interior e exterior?”, perguntava
Freud.
O esquecido era sempre algo
penoso para o individuo, e era exatamente por isso que havia sido esquecido e o
penoso não significava, necessariamente, sempre algo ruim, mas podia se referir
a algo bom que se perdera ou que se fora intensamente desejado. Quando Freud
abandonou as perguntas no trabalho terapêutico com os pacientes e os deixou dar
livre curso às suas ideias, observou que, muitas vezes, eles ficavam
embaraçados, envergonhados com algumas ideias ou imagens que lhes ocorriam. A
esta força psíquica que se opunha a tornar consciente, a revelar um pensamento,
Freud denominou resistência. E chamou de repressão o processo psíquico que visa
encobrir, fazer desaparecer da consciência, uma ideia ou representação
insuportável e dolorosa que está na origem do sintoma. Estes conteúdos
psíquicos “localizam-se” no inconsciente.
Tais descobertas constituíram a
base principal da compreensão das neuroses e impuseram uma modificação do trabalho
terapêutico. Seu objetivo era descobrir as repressões e suprimi-las através de
um juízo que aceitasse ou condenasse definitivamente o excluído pela repressão.
Considerando este novo estado de coisas, dei ao método de investigação e cura
resultante o nome de Psicanálise em substituição ao de catártico.
A primeira teoria sobre a estrutura
do aparelho psíquico: O inconsciente, o pré-consciente e o consciente.
A descoberta da sexualidade
infantil.
A segunda teoria do aparelho
psíquico: O id, o ego e o superego
RELAÇÃO ENTRE A PSICOLOGIA E A TEOLOGIA
O homem esforça-se para encontrar
um sentido para a vida neste mundo. Parte desse esforço é a tentativa de
integração entre a Teologia Cristã e a Psicologia, uma vez que ambas oferecem
grande contribuição para a compreensão da raça humana. Essa proposta considera
que o produto do estudo bíblico e a pesquisa da Psicologia têm igual valor
quanto à visão da realidade. No entanto, tal visão da realidade está em
constante fluxo, devido ao continuo avanço e expansão da teoria e conhecimento
científico.
“Embora vivamos como homens, não
lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são
humanas; ao contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas.
Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de
Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo”. (2ª
Coríntios 10:3-5)
Há três abordagens diferentes em
relação à integração da Psicologia e a Teologia Cristã.
A primeira afirma que a Teologia
Cristã e a Psicologia são essencialmente incompatíveis. Ambas são percebidas como
inimigas mortais.
A segunda abordagem encontra
valor em certos conceitos bíblicos, mas os redefine de forma a remover seu
conteúdo sobrenatural, analisando-os de modo a explicá-los sem seus aspectos
miraculosos e divinos.
A terceira abordagem reconhece
tanto a Psicologia como a Teologia Cristã como legítimas, mas não busca uma
integração entre elas, mantendo-as em compartimentos separados, secular e
sagrado. São reconhecidas como expressando as mesmas verdades, possibilitando o
uso da Psicologia para ilustrar e dar apoio ao ensino teológico.
Alguns cristãos buscam uma
integração entre a Psicologia e a Teologia Cristã, argumentando que toda a
verdade é a verdade do Deus criador de todas as coisas, seja ela encontrada na
revelação bíblica ou na experimentação científica. A tentativa de equalizar a
revelação bíblica e as percepções humanas estimuladas pela criação encontra uma
dificuldade. Enquanto o homem e a natureza são caídos, a revelação das
Escrituras não é. Pelo contrário, sua mensagem é inerrante. Foi introduzida
depois da Queda com o propósito de comunicar o amor de Deus ao homem caído.
Como conseqüência, as
interpretações e conclusões derivadas do estudo dos dados tirados da criação
não podem receber o mesmo status das declarações claras e simples das
Escrituras. A última coisa que queremos é escurecer os ensinos bíblicos
integrando-os às areias movediças das teorias e modelos científicos. Pelo
contrário, o trabalho crucial do cristão é preservar e difundir a fé que “uma
vez por todas foi confiada aos santos” (Judas 1:3)
As Escrituras devem reger nosso
entendimento da pesquisa, da teoria e da prática psicológicas, ainda que uma
possa cooperar com a outra. A Psicologia faz perguntas e oferece dados que
ajudam o entendimento teológico do ser humano, e a Teologia expressa as
verdades divinamente reveladas que oferecem qualidade à visão da humanidade da Psicologia
que, por natureza, está em desenvolvimento constante.
A Escritura é verdade, assim como
os dados que aprendemos da natureza. O homem que lida com ambos, porém, é caído
e falível. Então, sua interpretação tanto da Escritura como da criação não tem
a garantia da certeza. O objetivo da vida humana tornou-se uma busca pela
verdade e um esforço para integrar toda a verdade disponível em um dado momento.
Nossa compreensão da verdade não é completa, mas está em constante avanço. Aqui
lidamos com um dilema: de um lado, temos a compreensão humana, que, marcada
pela queda, não é plena, mas muda o tempo todo. De outro, temos o homem falido
e falível, que busca compreender a verdade, ao mesmo tempo em que a percebe de
forma limitada.
Precisamos de mais conhecimento
que possa ajudar-nos a tratar com os inumeráveis problemas confrontando a
igreja hoje. Precisamos de novas percepções sobre o ensino bíblico e novos
conceitos teóricos para entender melhor a natureza do homem e de seu
funcionamento. E precisamos de uma aplicação crescente de nosso conhecimento
bíblico. A Psicologia e a Teologia podem cooperar para uma reavaliação das
respostas que tem sido dadas a algumas questões antigas. Devemos estar
dispostos a usar o que já sabemos até agora para fundamentar nosso estudo do
ser humano e do dilema humano.
Temos, de um lado, a Escritura
que se afirma a si mesma como suficiente para a instrução do homem na verdade (2
Tm 2:15; 3:16). Do outro lado, a ciência humana que caminha devagar, pois
tratada pelo homem com sua natural ansiedade e conseqüente necessidade de
defesa. Torna-se rígido, fechado ou intolerante, temendo as conseqüências da
abertura. Temos aprendido que é mais seguro restringir nossa consciência. Como
o homem, com tal dificuldade, pode garantir uma compreensão adequada de si
mesmo?
Como Cristãos podemos afirmar uma
sabedoria parcial nisso tudo, mas apenas dentro do contexto de uma estrutura
bíblica fixa e ampla. A Bíblia recomenda-nos cautela e circunspecção. (1Ts
5:21) As Escrituras nos ensinam a não nos conformarmos com este mundo, mas
transformar nosso modo de pensar segundo a mente Daquele que tem autoridade
sobre tudo.
Não temos que validar a revelação
com o conhecimento do mundo, mas trazer o conhecimento do mundo cativo à
revelação: “Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o
conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente
a Cristo”. (2ª Coríntios 10:5). Não temos que nos engajar em uma busca pela
verdade, mas proclamar que temos sido visitados pela verdade (João 1:9, 10) e a
Palavra de Deus é a verdade.
A decisão do cristão deve ser
evitar lealdade a qualquer ciência humana. Não por conta da incerteza perpétua
do homem, mas por que toda ciência, ainda que em processo de descoberta da
verdade, depende de construtos humanos e, portanto, inferior a nós mesmos,
alvos da Graça de Deus. Não podemos tomar as teorias humanas seriamente porque
são em princípio falíveis. A eterna sabedoria nos diz que o criador não se
curva diante da sua criação.
Um modelo bíblico para a Psicologia
A Bíblia, anunciando a Graça de
Deus para o homem, considera-o definitivo. Tão definitivo que Cristo tornou-se
homem e viveu entre nós. Mesmo em sua natureza glorificada pela ressurreição,
pôde ser reconhecido pelos discípulos. Portanto, a ciência não pode ser maior
que nós, pois ela é criação nossa, ainda que limitada, imperfeita. A recusa de
adorar as obras de nossas mãos nos dá liberdade. Nós somos os mestres da
pesquisa e da teoria científicas e elas são apenas instrumentos e ferramentas.
A posição cristã é clara: trazer as imaginações humanas à submissão de Deus e
sua Palavra.
Através de Sua Palavra Deus
providenciou um sistema no qual há tanto estrutura como liberdade. Se crermos
com firmeza em seus claros ensinos, recusando ficarmos impressionados diante
das obras de nossas mãos e de nossas especulações, seremos abençoados e
aproveitaremos uma Psicologia produtiva, porque orientada por Deus. Na
liberdade do Reino de Cristo descobriremos todas as boas e verdadeiras coisas
que Ele tem para nós no domínio da Psicologia. A estrutura de pensamento
providenciada pelo Espírito Santo permite um avanço da ciência porque ela
submete o conhecimento da ciência ao endosso de Deus, que valida ou não nossas
teorias e modelos científicos.
As doutrinas e categorias
bíblicas básicas não podem ser niveladas às teorias e conceitos humanos. Se
fizermos isso teremos um mau Cristianismo e uma má Psicologia. Se mantivermos
firmeza de fé e disposição de submissão a todo conselho bíblico, encontraremos
a liberdade e a estrutura necessária para verdadeira produção científica. Em
Cristo e em Seu Reino, a Palavra de Deus é sempre “sim”. (2ª Coríntios 1: 20).
A ciência humana será sempre talvez e, muito freqüentemente, não.
O ACONSELHAMENTO BÍBLICO
Como o próprio nome diz, visa
aconselhar e orientar indivíduos, casais ou famílias dentro daquilo que é a
Palavra de Deus e com base na situação que estejam vivendo ou enfrentado.
Muitas pessoas procuram a Igreja
quando se encontram em situações de solidão, e desespero. Estas pessoas buscam
como último recurso e ultima opção um apoio, uma palavra amiga, uma oração e
encontram no ministério de aconselhamento pessoas capacitadas espiritualmente e
dentro da palavra, para ajudá-las a saírem do caos para o recomeço, da tristeza
para a alegria, da morte para a vida.
Na Bíblia sagrada temos o
seguinte relato: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8.32).
Sabemos que isso se aplica em um primeiro momento a uma pessoa que reconhece a
Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador; mas será que com essas palavras Jesus
estava implicitamente afirmando que seríamos ou estaríamos livres de todos os
males humanos? Em outras palavras, pode um cristão (seguidor de Cristo) passar
por dificuldades como: solidão, desânimo, dúvidas, tristezas, inveja,
violência, pobreza, doenças, tensões internas e externas, depressões e tantos
outros problemas? E, em caso de o cristão passar por tudo isso, como poderá
obter ajuda e quem poderá ajudá-lo a sair destes problemas?
Em primeiro lugar, o cristão dito
livre significa cristão separado do pecado e do jugo de satanás, ele é livre ou
se torna livre em Cristo. Contudo, o fato de o cristão ser livre não implica e
nem significa dizer que não terá problemas de diversas ordens como físico,
social, psicológico e etc. Jesus mesmo já nos advertiu sobre isso: “no mundo
tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”João 16.33b).
A Bíblia nos revela uma lista de
homens e mulheres ditos cristãos, ou filhos de Deus que passaram por várias
aflições como, por exemplo, podemos citar alguns: Jó, Elias, Eliseu, Jonas,
Paulo, João e muitos outros. Podemos indicar ainda a leitura do capítulo onze
da epístola aos Hebreus que menciona vários heróis da fé que tiveram diversas
dificuldades; leia e medite nos versículos 36, 37, 38 e 39.
Em segundo lugar, quando um
cristão passa por essas situações adversas, entra em ação o desígnio de Deus na
vida de milhares de homens e mulheres que foram chamados para o aconselhamento
cristão. Isto é, Deus capacita homens e mulheres de várias formas para que
estes se tornem bons conselheiros e em momentos de aflições de alguns irmãos na
fé os conselheiros os orientem para que não percam a esperança e abandonem a fé
nem abandonem o próprio Senhor Jesus.
Quantos cristãos na atualidade
estão passando por algumas dessas situações: tristezas ou desamparo pela morte
de um ente querido ou mesmo o provedor do lar, afligidos por doenças terminais,
perda dos bens materiais, desemprego, aposentadoria insuficiente para sua
subsistência, perseguição no trabalho, rejeições, injustiças e etc. E é em tais
situações de crise que aparece alguém enviado dos céus, um conselheiro ou conselheira
que com a ajuda do Conselheiro por excelência, O Espírito Santo, através de
orientações, reflexões, ponderações, contraposições, argumentações, perguntas e
observações diversas leva o cristão que está passando por uma dificuldade
qualquer a parar e pensar e lembrar de algumas palavras como: O choro pode
durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã (Salmos 30.5b). Ou seja, quem
ouve e segue os bons conselhos, aplica em sua vida palavras maravilhosas como:
“O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios
conselhos”; (Provérbio 1.5).
Os resultados, após os bons
conselhos e ao aceite dos mesmos pelos que os ouvem são fantásticos como:
mágoas esquecidas; aplicação do perdão; casamentos restabelecidos; filhos
honrando mais aos pais e vice-versa; cristãos animados em seu trabalho ou em
busca de um com forte esperança em obtê-lo; mulheres sábias, piedosas e
cooperadoras; membros retornando às igrejas; líderes conduzidos de volta à
palavra; enfim, as bênçãos de Deus são alcançadas.
Em momentos difíceis, às vezes
uma palavra, ou melhor, um conselho pode significar a diferença entre vida e
morte, esperança ou desilusão, paz ou guerra, amor ou ódio, atividade ou
passividade, ação ou inércia. E quando o conselheiro recebe esse talento de
Deus, seu ministério é bem sucedido e para a igreja fica a palavra registrada
na Bíblia: “Não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de
conselhos há segurança”. (Provérbios 11.14).
Homens e mulheres de Deus podem
passar por várias dificuldades, contudo os que estiverem em dificuldades, se
buscarem, encontrarão sábios conselhos e se erguerão das cinzas. Porque eu
sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra (Jó
19.25). E ainda:”Levanta o pobre do pó, e desde o monturo exalta o necessitado,
para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de
glória; porque do SENHOR são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o
mundo.” (1 Samuel 2.8).
Aconselhar, não segundo conceitos
próprios, mas sim segundo a Visão Apostólica e sempre guiado pelo Espírito
Santo.
Nem sempre o que foi dado como
solução para um determinado problema ou pessoa, servirá como solução para
outros. Para cada um uma medida, recalcada e sacudida.
Os conselheiros cristãos são
pessoas que ouvem, que entendem, que compreendem, que amam, que oram e que
apresentam soluções e caminhos apontados por Deus, descritos na Bíblia Sagrada
e não apenas pelo raciocínio humano.
Pesquisa
realizada pelo Dr. Josué Campos Macedo