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quinta-feira, 29 de maio de 2014

O BEHAVIORISMO, A PSICOLOGIA DO COMPORTAMENTO


CONCEITO
O Behaviorismo, também conhecido como comportamentalismo, é uma área da Psicologia, que tem o comportamento como objeto de estudo.
O Behaviorismo surgiu como oposição ao funcionalismo e estruturalismo, e é uma das três principais correntes da Psicologia, juntamente com a Psicologia da forma (Gestalt) e Psicologia analítica (Psicanálise).
Esta palavra tem origem no termo behavior, que em inglês significa comportamento ou conduta.
Em 1913, foi publicado um artigo com o nome “Psicologia: como os behavioristas a veem” da autoria do psicólogo estadunidense John Watson (reconhecido como pai do Behaviorismo Metodológico). Mais tarde, em 1914, na obra de 1914 intitulada Behavior, Watson abordou mais uma vez o conceito de Psicologia do comportamento. Watson se baseou em teorias e noções de vários pensadores e autores como Descartes, Pavlov, Loeb e Comte.
O Behaviorismo contempla o comportamento como uma forma funcional e reacional de organismos vivos. Esta corrente psicológica não aceita qualquer relação com o transcendental, com a introspecção e aspectos filosóficos, mas pretende estudar comportamentos objetivos que podem ser observados.
De acordo com Watson, o estudo do meio que envolve um indivíduo possibilita a previsão e o controle do comportamento humano.
O BEHAVIORISMO RADICAL DE SKINNER
O Behaviorismo radical, conceito proposto pelo psicólogo americano Burrhus Frederic Skinner, era oposto ao Behaviorismo de Watson. Segundo Skinner, o Behaviorismo radical é a filosofia da ciência do comportamento humano, onde o meio ambiente era o responsável pelo comportamento humano. Esta vertente do Behaviorismo teve grande popularidade no Brasil e nos Estados Unidos
Skinner era claramente contra a utilização de elementos não observáveis para explicar a conduta humana. Assim, os aspectos cognitivos não são considerados, porque o ser humano é visto como um ser homogêneo, e não como um ser que é composto pelo corpo e mente.
O Behaviorismo radical contempla os estímulos dados aos indivíduos pelo meio ambiente. De acordo com Skinner, esses meios eram conhecidos como punição, reforço positivo e reforço negativo.
A INFLUÊNCIA DO BEHAVIORISMO NA EDUCAÇÃO
No âmbito da educação, o Behaviorismo remete para uma alteração do comportamento dos elementos envolvidos no processo de aprendizagem, sendo que essa mudança nos professores e alunos poderia melhorar a aprendizagem. Para Watson, a educação é um importante elemento capaz de transformar a conduta de indivíduos.
Além disso, Watson acreditava que com os estímulos específicos, era possível "transformar" e "moldar" o comportamento de uma criança, para que ela pudesse exercer qualquer profissão por ele escolhida.
 A teoria também é conhecida por comportamentalismo, teoria comportamental, análise experimental do comportamento, análise do comportamento, etc. O Behaviorismo surgiu como uma proposta para a Psicologia, para tomar como seu objeto de estudo o comportamento, pois este é visível  e, portanto, passível de observação por uma ciência positivista. É a parte da Psicologia que vai dizer que o meio determina o sujeito. A sua meta é a previsão e controle do comportamento.
O termo "Behaviorismo" foi utilizado inicialmente em 1913 em um artigo denominado “Psicologia: como os behavioristas a veem” por John B. Watson. O Behaviorismo nasceu como uma reação ao mentalismo, ao introspeccionismo e à Psicanálise, que tentavam lidar com o funcionamento interior e não observável da mente.
J. B. Watson (1878-1958) é considerado o autor do Behaviorismo, mas é necessário dizer que Watson foi, na verdade, o porta-voz dessa abordagem, devendo ser lembrado que antes de Watson, dois pesquisadores deram os primeiros passos dessa abordagem: o americano E. L. Thorndike (1874-1949) e o russo Ivan Pavlov (1849-1936).
Na Idade Média, a igreja explicava a ação e o comportamento do homem pela posse de uma alma. Depois, os cientistas o faziam pela existência de uma mente. As faculdades ou capacidades da alma causavam e explicavam o comportamento do homem. Os objetos e eventos criavam ideias em suas mentes e essas ideias geravam seu comportamento. Veja que ambas são posições essencialmente dualistas: o homem é concebido como tendo duas naturezas, uma divina e uma material, ou uma mental e uma física, como preferir. Além disso, note a circularidade do argumento: ao mesmo tempo em que essa alma ou mente causavam e explicavam o comportamento, esse comportamento era a única evidência desta alma ou desta mente.
Ao mesmo tempo em que os psicólogos tentavam fazer da Psicologia uma ciência objetiva, a teoria da evolução estava tendo um efeito profundo sobre a Psicologia ao definir os seres humanos não mais como entes separados das outras coisas vivas, dando a todas as espécies a mesma história evolutiva. Presumia-se assim, que poderia também se ver a origem de nossos traços mentais em outras espécies, mesmo que de forma mais simples e rudimentar. Por conta disso, no final do século XIX e início do século XX, alguns psicólogos passaram a conduzir experimentos com animais.
Watson é conhecido como o pai do Behaviorismo Metodológico ou Clássico, que crê ser possível prever e controlar toda a conduta humana, com base no estudo do meio em que o indivíduo vive e nas teorias de Pavlov sobre o condicionamento, a conhecida experiência com o cachorro, que saliva ao ver comida, mas também ao mínimo sinal, som ou gesto que lembre a chegada de sua refeição. Mas nem toda conduta individual pode ser detectada seguindo-se esse modelo teórico, daí a geração de outras teses.
Comportamento é o observável e, por definição, observável pelo outro, isto é, externamente observável. Comportamento, para ser objeto de estudo do behaviorista, deve ocorrer afetando os sentidos do outro, deve poder ser contado e medido pelo outro. O sentido de "Behaviorismo" foi sendo modificado com o correr do tempo e hoje já não se entende o comportamento como uma ação isolada do sujeito, mas uma interação entre o ambiente (onde o "fazer" acontece) e o sujeito (aquele que "faz"), passando o "Behaviorismo" a se dedicar ao estudo das interações entre o sujeito e o ambiente, e as ações desse sujeito (suas respostas) e o ambiente (os estímulos). Por exemplo, a aprendizagem é descrita como uma mudança no comportamento observável, devido à alteração da força com que a resposta está associada a estímulos externos ou estímulos internos no corpo. Aprendizagem = Condicionamento. Se quisermos que uma pessoa aprenda um comportamento, devemos condicioná-la a uma aprendizagem.
A palavra "estímulo" veio de Pavlov (outra influência sofrida por Watson e os behavioristas da época e da qual também Skinner não conseguiu se livrar) e referia-se à troca de energia entre o ambiente e o organismo, quanto à operação realizada pelo experimentador em seu laboratório, uma parte ou mudança em parte do mundo físico que causava uma mudança no organismo ou parte do organismo, a resposta. Essa mudança observável no organismo biológico seria o comportamento. Comportamento = Estímulo + Resposta. A manipulação experimental por excelência seria a reprodução desse modelo, a operação "S -> R".
S = o estímulo do ambiente (estímulos).
R = resposta ou o comportamento do indivíduo como resultado de uma estimulação.

SKINNER E O COMPORTAMENTO OPERANTE
Após Watson, o mais importante behaviorista foi B. F. Skinner.
Skinner criou, na década de 40, o Behaviorismo Radical, como uma proposta filosófica sobre o comportamento do homem. Ele foi radicalmente contra causas internas, ou seja, mentais, para explicar a conduta humana e negou também a realidade e a atuação dos elementos cognitivos, opondo-se à concepção de Watson, que só não estendia seus estudos aos fenômenos mentais pelas limitações da metodologia, não por eles serem irreais. Em resumo, ele acredita que o indivíduo é um ser único, homogêneo, não um todo constituído de corpo e mente. Enquanto a principal preocupação dos outros eram os métodos das ciências naturais, a de Skinner era a explicação científica definindo como prioridade para a ciência do comportamento, o desenvolvimento de termos e conceitos que permitissem explicações verdadeiramente científicas. A expressão utilizada pelo próprio Skinner em 1945 tem como linha de estudo a formulação do "comportamento operante".
O condicionamento operante explica os comportamentos aprendidos durante a ontogenia do organismo. A diferença fundamental entre o condicionamento clássico e condicionamento operante é que o segundo pressupõe um ser ativo no seu ambiente.
Com uma experiência, ele condicionou o animal para ele obter algo desejado. Depois ele “descondicionou” o animal. Nos humanos vemos essa experiência, por exemplo, nas viagens: ao chegar numa cidade você procura um local para comer. Se der tudo certo, você sempre, ao voltar na cidade, irá comer naquele mesmo local. Nas publicidades nós vemos muito isso: ao vender o produto te dão algo que traga felicidade (Como viagens, festas, prêmios etc), assim o consumidor ficará condicionado a comprar sempre daquela marca para poder reviver aquela felicidade, aquela satisfação.

A ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA
Apesar do Behaviorismo não ocupar mais um espaço mais predominante na Psicologia, ainda tem sido um tanto influente nesta esfera. Os críticos dizem que o Behaviorismo simplifica demasiado o comportamento humano e que vê o ser humano como um autômato ao invés de uma criatura com vontade e metas. O desenvolvimento das Neurociências, que ajuda a compreender melhor, hoje, o que ocorre na mente humana em seus processos internos, aliado à perda de prestígio dos estímulos como causas para a conduta humana, e somado às críticas de estudiosos renomados como Noam Chomsky, o qual alega que esta teoria não é suficiente para explicar fenômenos da linguagem e da aprendizagem, leva o Behaviorismo a perder espaço entre as teorias psicológicas dominantes.
Quando lidamos com seres humanos dotados de vontade livre, nossa predição e controle falham. O homem tem liberdade de escolha.
Independente do que os críticos dizem, a abordagem comportamentalista exerceu uma forte influência na Psicologia aplicada, principalmente nos Estados Unidos, levando ao estudo de problemas reais relativos a comportamento. E uma vez que aprendizagem é uma forma de mudança de comportamento, o procedimento de modificação de comportamento desenvolvido pelos comportamentalistas foi útil a muitos professores.
Esta linha de pensamento conduz a uma tese sobre o sistema de aprendizagem, apoiada sobre mapas cognitivos, interações, estímulo, estímulos gerados nos mecanismos cerebrais. Assim, para cada grupo de estímulos o indivíduo produz um comportamento diferente e, de certa forma, previsível. Tolman, ao contrário de Watson, vale-se dos processos mentais em suas pesquisas, reestruturando a linha mentalista através da simbologia comportamental. Ele via também no comportamento uma intencionalidade, um objetivo a ser alcançado, com traços de uma intensa persistência na perseguição desta meta. Por estas características presentes em sua teoria, este autor é considerado, portanto, um precursor da Psicologia Cognitiva.
Skinner criou, na década de 40, o Behaviorismo Radical, como uma proposta filosófica sobre o comportamento do homem. Ele foi radicalmente contra causas internas, ou seja, mentais, para explicar a conduta humana e negou também a realidade e a atuação dos elementos cognitivos, opondo-se à concepção de Watson, que só não estendia seus estudos aos fenômenos mentais pelas limitações da metodologia, não por eles serem irreais. Skinner recusa-se igualmente a crer na existência das variáveis mediacionais de Tolman. Em resumo, ele acredita que o indivíduo é um ser único, homogêneo, não um todo constituído de corpo e mente.
O Behaviorismo filosófico é uma teoria que se preocupa com o sentido dos pensamentos e das concepções, baseado na ideia de que estado mental e tendências de comportamento são equivalentes, melhor dizendo, as exposições dos modos de ser da mente humana é semelhante às descrições de padrões comportamentais. Esta linha teórica analisa as condições intencionais da mente, seguindo os princípios de Ryle e Wittgenstein.

O COMPORTAMENTO E A EDUCAÇÃO
John Broadus Watson (1878-1958) nasceu na Carolina do sul, é considerado o primeiro e mais sistemático dos behavioristas. Ele afirma em um de seus postulados que existe uma resposta imediata para qualquer tipo de estímulo, do mesmo modo para qualquer resposta existe um estímulo. A partir desse e de outros postulados ele aplicou as teorias de estímulo e respostas em crianças pequenas, tentando determinar tipos e diversidades de comportamentos congênitos, que pudessem ser identificados e supostamente herdados. Além disso, este fez estudos sobre o condicionamento pelo medo (condicionamento clássico) e a sua eliminação.
A relação do Behaviorismo com a educação consiste na modificação do comportamento tanto do professor como do aluno melhorando a aprendizagem. Watson era categórico ao considerar que a transformação do indivíduo por meio da educação era possível.
"Dêem-me uma dúzia de crianças sadias, bem constituídas e a espécie de mundo que preciso para as educar, e eu garanto que, tomando qualquer uma delas, ao acaso, prepará-la-eí para se tornar um especialista que eu selecione: um médico, um comerciante, um advogado e, sim, até um pedinte ou ladrão, independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências, aptidões, assim como da profissão e da raça dos seus antepassados.” (WATSON)
Um dos tipos de aprendizagem do Behaviorismo é o condicionamento clássico, que é um processo de aprendizagem em que um estímulo neutro quando repetido com um estímulo eficaz produz uma resposta que anteriormente não existia, ou seja, ocorre um processo de associação.
Ivan Pavlov (1849-1936) um fisiologista russo foi quem desenvolveu os princípios básicos do condicionamento clássico através de experimentos com cães, onde ele observou que esses ao verem a comida começavam a salivar, a partir disso ele começou a tocar uma campainha (estímulo neutro) junto com a entrega da comida, depois de várias repetições do experimento o cão começa a salivar quando a campainha toca mesmo sem ver a comida. A comida inicialmente é um estímulo não condicionado e a salivação é uma resposta não-condicionada, já com o término dos experimentos a salivação se torna uma resposta condicionada enquanto que a campainha passa a ser um estímulo condicionado.
O outro tipo de aprendizagem é o condicionamento operante, que é um processo em que respostas são aprendidas pelo indivíduo porque ele opera ou afeta o ambiente, ou seja, ele é condicionado pela suas ações no meio em que vive.
B.F. Skinner (1904-1990) um psicólogo americano foi quem estabeleceu os princípios básicos desse condicionamento utilizando em seus experimentos ratos e pombos, que segundo ele podiam ter seus princípios aplicados a humanos. O reforço é entendido como qualquer ocorrência, situação que aumenta a intensidade de um comportamento, ele é visto também como uma consequência do comportamento e se não estiver presente até o seu final por um determinado tempo acarretará na sua extinção.
Existem dois tipos de reforços, o reforço positivo é um estímulo favorável que ocorre após um comportamento desejado, como por exemplo, dar comida ao cachorro depois que ele correu para pegar a bola e trouxe de volta. O reforço negativo é a remoção de algo desfavorável, um evento aversivo, depois de um comportamento, por exemplo, permitir que uma criança assista ao desenho depois que ela parar de fazer má-criação. Existe ainda o reforço intermitente, que é aquele que reforça uma resposta de maneira não tão contínua.
O castigo (punição) que é uma consequência do comportamento, tanto pode ocorrer pela apresentação de um estímulo desagradável quanto pela retirada de um estímulo agradável, por exemplo, o menino desobediente fica sem assistir televisão ou então apanha para aprender a obedecer.
Modelação é o reforço dos eventos que mais se aproximam do comportamento desejado, por exemplo, se uma pessoa quer treinar um cão para que ele toque uma campainha, o dono precisa reforçar com um alimento toda vez que ele se aproxima da mesma, exigindo que o cachorro se aproxime cada vez mais até que ele a toque.
A eficiência no ensino pode ser melhorada, segundo Skinner, através da organização dos conteúdos em unidades simples compostas por pequenos tópicos ensinados passo a passo. O progresso do aluno se dá por avaliações objetivas contendo uma única alternativa. Se o aluno deve aprender mais sobre aquele assunto deve-se introduzir pequenos textos que contenham algo sobre o assunto com informações incorretas e outras corretas. O comportamento desejado leva o aluno para a próxima unidade, assim, recebe um reforçador. Se não, ele retorna a unidade. Esse método possibilita o aluno estudar praticamente sozinho em seu ritmo de aprendizagem. A garantia de assimilação e fixação se dá pelo fornecimento de estímulos reforçadores.
Para Skinner, as escolas perdem muito tempo no ensino de conteúdos que poderiam ser ministrados de forma mais rápida e eficiente. Uma forma de favorecer esse modo de ensino seria a elaboração de aulas com conhecimentos simples, sem grandes divagações exigindo do aluno resposta objetivas sobre os assuntos abordados.
Os professores, pais e mães por mais que não percebam utilizam princípios behavioristas na educação. A utilização de reforços como notas por participação, comportamento, atividades feitas e entregues em prazo pré-estabelecido, lazer em troca das atividades domésticas realizadas, entre outras, são baseadas nas abordagens comportamentalista do ensino.
Algumas atitudes punitivas com intenção de diminuir determinados comportamentos incompatíveis com a sala de aula podem reforçar o comportamento. Isso mostra que o professor deve levar em consideração a história de cada um dos alunos ou da turma. Assim, o professor pode modificar suas próprias atitudes melhorando os processos de aprendizagem.
Albert Bandura (1925...) nasceu em uma pequena cidade do Canadá, onde desenvolveu seus estudos sobre aprendizagem a partir do condicionamento operante de Skinner. A partir de observações ele percebeu que o reforço não precisava ser obrigatoriamente ofertado ao indivíduo que emitiu uma resposta, ou seja, um reforço que é recebido por um determinado indivíduo pode ter um efeito sobre os demais sujeitos que vão passar a imitá-lo, com o objetivo de igualmente receberem o mesmo reforço, esses reforços foram denominados de vicariantes. Os reforços vicariantes, portanto, ao agirem sobre o indivíduo de forma separada, estendem o poder da sua ação a todos os outros, esse tipo de condicionamento social encontra-se muito presente em sala de aula.

APLICAÇÃO DO BEHAVORISMO EM CLASSE
Segundo a teoria do Behaviorismo, a combinação entre as formas de medir o desempenho dos alunos e outros fatores presentes no ambiente determinam a forma como se dá o processo de aprendizado. Os professores podem usar esta teoria em sala de aula para treinar os alunos a exibirem comportamentos positivos e para ensiná-los quando não estão se comportando de forma adequada.
DEIXE CLARO OS OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Os alunos tendem a não levar tarefas a sério quando não entendem seu propósito. Dê a um aluno uma lista de resultados observáveis e mensuráveis, para que ele possa entender o objetivo da lição que você quer ensinar e da tarefa que lhe foi dada. Se ele entender o que deve aprender ao final de cada lição, d cada semestre ou mesmo de um ano letivo, as chances de que ele preste atenção e seja um aluno aplicado serão maiores. Ele saberá que seu desempenho será avaliado e não desejará ter resultados ruins.
MOSTRE UMA ATITUDE POSITIVA
Se você for mal educado com seus alunos, eventualmente eles associarão sua aula com o desrespeito. Isso fará com que alguns alunos hesitem em ir para a aula e fiquem muito ansiosos enquanto estiverem em sala. Em vez de focar em aprender e escutar o que está sendo ensinando, eles vão concentrar seus esforços em não fazer nada que possa gerar gritos como resposta. Evite esse tipo de situação cumprimentando seus alunos com um sorriso ao entrarem na sala. Faça com que o horário de aula comece da forma certa, tranquilizando os alunos e permitindo que eles se concentrem no que você está ensinando.
DIFERENCIE A IMPORTÂNCIA DAS TAREFAS
As tarefas que você dá aos seus alunos não possuem igual importância. Você pode querer que o aluno concentre mais esforços em escrever uma pesquisa do que estudando para um teste semanal. Deixe que seus alunos saibam a importância dessas tarefas, dando pesos diferentes de acordo com sua significatividade. Por exemplo, as pesquisas podem ter peso de 25% da nota final, enquanto os testes semanais pesarão apenas 10% do total. Isso ajuda os alunos a administrarem melhor o tempo, sabendo qual tarefa exigirá mais dedicação.
REFORCE COMPORTAMENTOS
Use reforços positivos para elogiar um aluno por fazer algo certo. Por exemplo, se levantar a mão e responder a uma pergunta corretamente, dê ao aluno um adesivo. Reforços negativos também devem ser usados para punir um comportamento ruim. Por exemplo, se o aluno não estiver preparado para a aula, desconte pontos de participação. Sempre informe aos alunos de que seus comportamentos estão sendo elogiados ou reprimidos, para que possam aprender o que é ou não aceitável.

O BEHAVIORISMO E A PSICANÁLISE
Dentre as várias abordagens possíveis na Psicologia, com concepções de homem e mundo diferentes, duas delas, talvez as mais comuns no Brasil, são o Behaviorismo Radical do americano Skinner (1904-1990), e a Psicanálise iniciada por Freud (1856-1939). O Behaviorismo nos parece a mais fácil, a mais ajustada aos moldes da sociedade e que cai como uma luva ao que as pessoas querem: diagnósticos e soluções rápidas. Sem, contudo, deixar de ter seus pontos que nos agradam.
É possível que Skinner se alegrasse em pensar uma sociedade onde os governantes teriam como braços direito um psicólogo responsável para pensar em práticas culturais. Os psicólogos seriam capazes de gerir contingências que possibilitassem o “bem” da cultura; Skinner falava em sobrevivência da cultura. Isto algo bem ao estilo dos americanos.
Entre os vários assuntos abordados, um deles, objetivo de estudo em grande número de pesquisas nessa área, é a tal das habilidades sociais. Isto é uma forma de você adaptar o sujeito à sociedade. É uma técnica muito eficaz, digamos, pelo menos para o sujeito comum que não se aventurou muito nos terrenos explosivos da filosofia.
Uma das formas usada até pelo próprio Skinner, na qual é manjada entre as disputas psicanalíticas e behavioristas, as piadas que fazem entre eles, é aquela que ironiza os conceitos de ego, superego e id que Freud usa como elementos reguladores dos comportamentos. Os três elementos não passam de conceitos criados para criar um possível sistema teórico-conceitual, ainda mais para Freud onde o “real” jamais pode ser atingível!
A perspectiva da Psicanálise é tão útil pode que ser com a forma tal como explica o comportamento como sendo algo sempre controlado pelas contingências presentes no ambiente e requer-se pensar em 3 níveis de seleção, biológico, social e cultural e assim podemos dizer que toda explicação comportamental está no ambiente.
Qualquer comportamento pode ser explicado entre as várias abordagens de formas diferentes, por vezes, o que é nocivo em uma é benéfico para outra. Resultados também são produzidos em ambas. Torna-se muito mais importante que o psicoterapeuta se relacione com as mais diversas abordagens oferecidas dentro de suas áreas e trabalhar com a que parece melhor para potencializar a superação dos problemas por parte do cliente. Também, inclusive, permutando dois ou mais pontos de vista. Claro que decorrem as questões a se pensar: como saber a abordagem que mais cabe ao cliente e Como usar de pensamentos antagônicos, sem se perder num cenário terapêutico adotando vários pontos de vista.
Muitas dessas questões decorrem da nossa própria cultura, bem como dos pressupostos que formam as teorias, muitos dos quais criados dentro da lógica formal. Ignorando que as coisas possam coexistir ao mesmo tempo, que os antagonismos estão presentes e se completam, ou ainda, podem ser complementares e conflituosos concomitantemente.
Certamente que ninguém poderia conhecer a fundo tantas e tantas coisas, mas aceitar as diversas perspectivas juntas e de alguma forma oferecer aquilo que talvez melhor se dispusesse ao bem-estar do cliente implicaria em uma relação diferente. Aliás, a compreensão de uma dada abordagem tanto mais clara pode ficar conhecendo outras, bem como as críticas mais comuns a que lhe são dirigidas; uma é essencial para a outra.

ENSINO, APRENDIZAGEM E A MUDANÇA DE COMPORTAMENTO
A aprendizagem está vinculada à história do homem, à sua construção e evolução enquanto ser social com capacidade de adaptação a novas situações.
Desde sempre se ensinou e aprendeu, de forma mais ou menos elaborada e organizada, já antes do início deste século existiam explicações para a aprendizagem, mas o seu estudo está intimamente ligado ao desenvolvimento da Psicologia enquanto ciência. Contudo, este estudo não se processou de forma uniforme e concordante.
A aprendizagem tem sido considerada um processo de associação entre uma situação estimuladora e a resposta, como se verifica na teoria conexionista da aprendizagem, ou o ajustamento ou adaptação do indivíduo ao ambiente, conforme a teoria funcionalista.
Ernest Hilgard, Professor e Psiquiatra americano, define a aprendizagem como um processo pelo qual uma atividade tem origem ou é modificada pela reação a uma situação encontrada, desde que as características da mudança de atividade não possam ser explicadas por tendências inatas de respostas, maturação ou estados temporários do organismo, por exemplo, fadiga ou drogas.
Especialistas definem aprendizagem como o resultado da estimulação do ambiente sobre o indivíduo já maduro, que se expressa, diante de uma situação - problema, sob a forma de uma mudança de comportamento em função da experiência.
A aprendizagem envolve o uso e o desenvolvimento de todos os poderes, capacidades e potencialidades do homem, tanto físicas quanto mentais e afetivas. Isto significa que a aprendizagem não pode ser considerada somente um processo de memorização, tampouco que emprega apenas o conjunto das funções mentais ou unicamente os elementos físicos ou emocionais, pois todos estes aspectos são necessários.
Para que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de comportamento e amplie cada vez mais o potencial do educando, é necessário que ele perceba a relação entre o que está aprendendo e a sua vida, ou seja, o sujeito precisa ser capaz de reconhecer as situações em que aplicará o novo conhecimento ou habilidade.
Podem-se citar seis características básicas da aprendizagem:
1. PROCESSO DINÂMICO: nesse processo a aprendizagem só se faz através da atividade do aprendiz, envolvendo a participação total e global do indivíduo.
Ou seja, na escola, o aluno aprende pela participação em atividades, tais como leitura de textos, ouvindo as explicações do professor, pesquisando e interagindo. Assim, a aprendizagem escolar depende não só do conteúdo dos livros, nem só do que o professor ensina, mas muito mais da reação dos alunos.
2. PROCESSO CONTÍNUO: a aprendizagem está sempre presente, desde o início da vida. Por exemplo, ao sugar o seio materno, a criança enfrenta o primeiro problema de aprendizagem: terá que coordenar movimentos de sucção, deglutição e respiração. É um processo de aprendizagem desde a idade escolar, na adolescência, na idade adulta e até em idade mais avançada, na terceira idade.
3. PROCESSO GLOBAL OU COMPÓSITO: o comportamento humano é considerado como global ou compósito, pois inclui sempre aspectos motores, emocionais e ideativos ou mentais. Portanto, a aprendizagem, envolvendo uma mudança de comportamento, terá que exigir a participação total e global do indivíduo, para que todos os aspectos constitutivos de sua personalidade entrem em atividade no ato de aprender, a fim de que seja restabelecido o equilíbrio vital, rompido pelo aparecimento de uma situação problemática.
4. PROCESSO PESSOAL: a aprendizagem é considerada intransferível de um indivíduo para outro: ninguém pode aprender por outrem. Portanto, a maneira de aprender e o próprio ritmo da aprendizagem variam de indivíduo para indivíduo, face ao caráter pessoal da aprendizagem.
5. PROCESSO GRADATIVO: cada aprendizagem se realiza através de operações crescentemente complexas, ou seja, em cada nova situação, envolve maior número de elementos. Então, cada nova aprendizagem acresce novos elementos à experiência anterior.
6. PROCESSO CUMULATIVO: ao analisar o ato de aprender, verifica-se que, além da maturação, a aprendizagem resulta de atividade anterior, ou seja, da experiência individual, onde ninguém aprende senão por si e em si mesmo, pela automodificação.
Desta maneira, a aprendizagem constitui um processo cumulativo, em que a experiência atual aproveita-se das experiências anteriores. E a acumulação das experiências leva à organização de novos padrões de comportamento, que são incorporados pelo sujeito.
Assim, a função fundamental da aprendizagem humana é interiorizar ou incorporar a cultura, para assim fazer parte dela. Fazemo-nos pessoas à medida que personalizamos a cultura. Graças à aprendizagem, incorporamos a cultura que, por sua vez, traz incorporadas novas formas de aprendizagem.
Cada sociedade, cada cultura gera suas próprias formas de aprendizagem, seus meios de aprendizagem. Desse modo, a aprendizagem da cultura acaba por levar a uma determinada cultura de aprendizagem. E as atividades de aprendizagem devem ser entendidas no contexto das demandas sociais que as geram. Além do fato de em diferentes culturas se aprenderem coisas diferentes, as formas ou processos de aprendizagem culturalmente relevantes também variam.
A relação entre o aprendiz e os materiais de aprendizagem está mediada por certas funções ou processos de aprendizagem que se derivam da organização social dessas atividades e das metas impostas pelos instrutores ou professores.
Pode-se afirmar que o aluno precisa elaborar hipóteses e experimentá-las para que se alcance uma aprendizagem significativa.
Fatores e processos afetivos, motivacionais e relacionais são importantes neste momento. Os conhecimentos gerados na história pessoal e educativa têm um papel determinante na expectativa que o aluno tem, da escola e de si mesmo, nas suas motivações e interesses, em seu autoconceito e em sua autoestima. Com isso torna-se fundamental que a intervenção do educador propicie um desenvolvimento em direção a uma aprendizagem significativa, pois se esta for uma experiência de sucesso, o aluno constrói uma representação de si mesmo como alguém capaz.
Destacamos as características do conceito de aprendizagem. Mediante os processos de aprendizagem, incorporamos novos conhecimentos, valores e habilidades que são próprias da cultura e da sociedade em que vivemos.
As aprendizagens que incorporamos fazem-nos mudar de condutas, de maneiras de agir, de maneiras de responder. São produto da educação que outros indivíduos, da nossa sociedade, planejaram e organizaram, ou melhor, do contato menos planificado, não tão direto com as pessoas com quem nos relacionamos.
A aprendizagem tem haver com o desenvolvimento do ser humano, desde a sua nascença até ao fim da sua vida. O processo de aprendizagem é evolutivo e que altera o comportamento humano para o bem ou para o mal dependendo do critério que tiver conveniente. Quem não frequentou a escola terá dificuldades em resolver um exercício de matemática. Dizer também que quem muito aprender pode querer ser dono de tudo. A aprendizagem fez com o homem dominasse tudo que o rodeia e aprendeu a odiar o seu próximo. O comportamento humano depende do meio em que vive, porque o meio determinará a sua aprendizagem.
Reconstruir o projeto pedagógico significa assumir o compromisso com a educação como processo, fruto da ação conjunta da dinâmica de aprendizagem significativa, desenvolvendo o pensamento crítico-reflexivo e a formação de valores para novas exigências da cidadania.
Entender o comportamento humano (e mesmo o comportamento animal) é de grande utilidade para a sociedade como um todo e de especial importância para a Psicologia.
Quanto maior o saber da Psicologia sobre o comportamento e a aprendizagem de novos comportamentos, maior a possibilidade de mudança, visando o bem-estar de todos.
Neste texto, vamos apresentar três conceitos da Psicologia comportamental que são muito importantes: 1) o comportamento e condicionamento respondente, 2) o comportamento operante e 3) a modelagem.
A Psicologia comportamental procura estudar e compreender o comportamento. Esta abordagem da Psicologia é chamada Behaviorismo (behavior + ismo; a palavra inglesa behavior significa comportamento).
Neste ponto, podemos nos perguntar: como se dá a aprendizagem de novos comportamentos?
A aprendizagem pode se entendida enquanto uma mudança no comportamento, mudança esta que se mantêm relativamente estável no futuro.
Ou seja, havia uma série comportamentos, e agora encontramos no repertório um novo comportamento, o organismo aprendeu e manteve uma nova possibilidade de alterar o seu meio ambiente.
Pode ser dizer que a aprendizagem dos seres humanos, peculiar e com grande potencial, representa a sua possibilidade de evoluir, e ter sucesso em seu processo evolutivo. É esse potencial de aprendizagem que permite as transformações sociais, culturais e tecnológicas, que levam a espécie humana a modificações importantes em seus meio.
CONDICIONAMENTO RESPONDENTE
O condicionamento respondente é particularmente importante no que diz respeito à sobrevivência do organismo, além da manutenção do seu bom funcionamento, pois possibilita uma aprendizagem rápida e relativamente simples.
Nos seres humanos, o condicionamento respondente permite ao organismo uma adaptação bem sucedida ao ambiente, como por exemplo, temos o caso de uma pessoa que comeu feijoada, que foi consequenciada por mal-estar.
Posteriormente, o leve cheiro de feijoada elicia respostas no organismo de mal-estar, o que lhe permitia se preservar de um possível mal-estar, se comesse aquele prato.
COMPORTAMENTO OPERANTE
O comportamento operante é o comportamento que opera no meio e, portanto, o modifica. É controlado principalmente pelas consequências que ocasiona a resposta do organismo no meio.
A diferença entre o operante e o respondente é que o primeiro produz comportamento original, ou seja, passível de mudança ao serem mudadas as consequências, enquanto que o respondente apenas coloca o comportamento reflexo sob o controle de novos estímulos.
O comportamento operante possui três componentes:
1) O estímulo antecedente
2) A resposta
3) As consequências
Ou seja: o estímulo antecedente, que estabelece ocasião para a resposta que por sua vez produzirá consequências.
A maior parte dos comportamentos dos seres humanos pode ser descrita como comportamentos operantes.
Se há a introdução de uma nova consequência, há mudança na resposta. Ou, ao contrário, se há a retirada de uma determinada consequência, há a probabilidade de que a pessoa não apresente mais a mesma resposta.
Por exemplo, um casal de namorados se ama muito. Um belo dia, por uma série de motivos, ela termina com ele.
No começo, com a ausência dela (estímulo antecedente), ele liga (resposta) para ela (que o atendia quando namoravam).
Como eles terminaram, ela não mais atende suas ligações. O que acontece?
Ele passa a ter, aos poucos, um novo comportamento, o de não ligar para ela.
A MODELAGEM
A modelagem se dá quando uma resposta específica é alcançada com aproximações sucessivas às respostas almejadas. Essas aproximações são semelhantes, embora menos específicas, à resposta final, de modo que ao longo do tempo possibilitam ao organismo atingir aquela resposta última, através do reforçamento positivos daquelas respostas iniciais.
Por meio desse processo que ocorre ao longo de um determinado tempo, o novo operante é produzido e inserido no repertório comportamental do organismo.
Como exemplo de modelagem, temos a aprendizagem de um instrumento musical, o violão. Inicialmente, o professor exige e reforça resposta simples e um pouco erradas, para posteriormente, ao longo do tempo, passar a não reforçar tais respostas, incidindo o reforço apenas nas respostas desejadas, mais específicas e complexas. Do mesmo modo, se dá a aprendizagem da escrita de uma língua, seja ela materna ou estrangeira, assim como a aprendizagem de um esporte, como o futebol.
Aprendizagem é toda mudança de comportamento em resposta a experiências anteriores porque envolve o sujeito como um todo, considerando todos os seus aspectos, sendo eles psicológicos, biológicos e sociais. Se algum desses aspectos estiver em desequilíbrio haverá a dificuldade de aprendizagem.
Segundo Jean Piaget, psicólogo, epistemólogo suíço, a aprendizagem só se dá com a desordem e ordem daquilo que já existe dentro de cada sujeito. É necessário obter contato com o difícil, com o incomodo para desestruturar o já existente e em seguida estruturá-lo novamente, com a pesquisa e também motivações tanto intrínseca como extrínseca para obter a aprendizagem, ressaltando que a motivação intrínseca é mais importante porque o sujeito tem que estar interessado em aprender, sendo que a junção dos dois (intrínseca e extrínseca) formam importantes aliados para a melhor aprendizagem do sujeito.
O processo do conhecimento se dá na interação entre sujeito e objeto, esta interação Piaget chama de assimilação e acomodação.
Assimilação para Piaget é “(...) uma integração a estruturas prévias, que podem permanecer invariáveis ou são mais ou menos modificadas por esta própria integração, mas sem descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem serem destruídas, mas simplesmente acomodando-se à nova situação”. Simplificando, o processo de assimilação é a articulação das ideias já existentes com as que estão sendo aprendidas de forma que adapta o novo conhecimento com as estruturas cognitivas existentes.
Acomodação é toda mudança de comportamento, alteração do sujeito, este só acontece quando o sujeito se transforma, amplia ou muda os seus esquemas. Esquema é a estrutura da ação, ou seja, nós vamos integrando uma determinada coisa com outra coisa que já entramos em contato anteriormente, assim vamos articulando o já conhecido com o que está sendo apresentado, mudando ou ampliando o esquema já existente.
Não há assimilação sem acomodação e vice-versa, mas pode acontecer o predomínio de uma ou de outra, para ocorrer este processo é preciso que o sujeito tenha situações problemas que desafiem sua inteligência.
Para Piaget, o desenvolvimento cognitivo é dividido em quatro estágios. O estágio Sensório motor vai aproximadamente entre 0 à 24 meses. Aqui a criança vai percebendo aos pouco o seu meio e age sobre ele, o bebê age puramente através de reflexos, com o tempo ele percebe que certos movimentos e atitudes movem o seu externo, por exemplo, o choro, ela percebe que ao chorar vai vir alguém acudi-la, neste período há várias assimilações e acomodações que criam esquemas de ação. Há algumas características neste estágio: a primeira é o reflexo, na qual ela não se diferencia do mundo exterior; a segunda são as primeiras diferenciações, existe uma coordenação entre mão e boca, uma diferenciação entre pegar e sugar surgem os primeiros sentimentos como a alegria, a tristeza, o prazer e desprazer, que estão ligados a ação; a terceira é a reprodução de eventos interessantes; a quarta é a coordenação de esquemas, ou seja, ela começa a usar um esquema em outras coisas para ver se obtém o mesmo resultado, por exemplo, a criança balança um chocalho e vê que aquilo faz barulho, ao pegar outro objeto ela vai balançar para ver se aquilo também fará barulho; a quinta é a experimentação, invenção de novos meios, a criança passa a inventar novos comportamentos, ações a partir da tentativa e erro, consegue a inteligência quando consegue solucionar problemas; a sexta é a representação, ela começa a ter um sentimento de escolha, o que quer ou não fazer.
O estágio Pré-operatório vai aproximadamente entre 2 à 6 anos. Aqui a criança possui uma capacidade simbólica, uso de símbolos mentais como a linguagem e imagens, nesta fase há uma explosão da linguística, algumas características deste estágio são: primeira, a imitação diferida ou imitação de objetos distantes; segunda, jogo simbólico é também imitativo, a criança não se preocupa se o outro irá entendê-la, ela se preocupa com o seu entendimento, é uma forma de se autoexpressar; terceira, desenho, é a sua forma de deixar uma marca, ela desenha o que quer, sendo ou não real; quarta, imagem mental, as imagens são estáticas, são imagens que representa o interno, algo que já foi passado; quinta, linguagem falada, a criança começa a falar uma palavra como se fosse uma frase, aos pouco ela vai aumentando o seu repertório vocábulo.
Neste estágio há também as características do pensamento infantil, que são: egocentrismo é a incapacidade de se colocar no ponto de vista do outro (por volta dos 4 ou 5 anos), a criança acha que todo mundo pensa como ela, então ela não questiona ninguém, por volta dos 6 ou 7 anos ela começa a ceder as pressões das pessoas que vivem a seu redor, ela começa a se questionar porque gera um conflito, assim ela começa a perceber que cada um pensa de um jeito; raciocínio transformacional é a incapacidade para raciocinar com sucesso sobre transformações, a criança não focaliza a transformação; centração a criança centra alguma coisa limitadamente, não a vê como um todo, ela é incapaz de explorar todos os aspectos, ela leva em consideração a percepção e não o raciocínio. Após os 6 ou 7 anos o pensamento da criança toma uma posição apropriada.
O estágio Operatório concreto vai aproximadamente entre 7 à 11anos. Aqui a criança desenvolve processos de pensamento lógico, não apresenta dificuldades na solução de problemas de conservação e apresenta argumentos corretos para suas respostas, a criança descentra suas percepções e acompanha as transformações, ela também começa a ser mais social saindo da sua fase egocêntrica ao fazer o uso da linguagem, a fala é usada com a intenção de se comunicar, ela percebe que as pessoas podem pensar e chegar a diferentes conclusões, sendo elas diferentes das suas, ela interage mais com as pessoas, quando aparece um conflito ela usa o raciocínio para resolver.
As operações lógicas é a ocorrência mais importante neste estágio porque as ações cognitivas internalizadas permitem que a criança chegue a conclusões lógicas, sendo elas controladas pela atividade cognitiva e não mais pela percepção e construídas a partir das estruturas anteriores como uma função de assimilação e acomodação.
O estágio do Pensamento formal acontece após os 12 anos, a criança ou adolescente começa ter um pensamento hipotético-dedutivo, ou seja, começa a levantar hipóteses e deduzir conclusões. O adolescente usa esquemas aprendidos dos estágios anteriores para fortalecer as hipóteses deste estágio, assim ele vai aprimorando cada vez mais os estágios anteriores. Deste estágio em diante o que ocorre é o aperfeiçoamento dos estágios passados.
Para José Henrique Paim, professor e político brasileiro, o processo de aprendizagem se inscreve na dinâmica da transmissão da cultura, que constitui a definição mais ampla da palavra educação, atribuindo quatro funções interdependentes:
a) Função mantenedora da educação: garante a continuidade da espécie humana por meio da aprendizagem de normas que regem a ação.
b) Função socializadora da educação: através da linguagem, do habitat transforma o indivíduo em sujeito social.
c) Função repressora da educação: um instrumento de controle que tem por objetivo conservar.
d) Função transformadora da educação: transforma o sujeito, de formas peculiares de expressão revolucionária a partir de mobilizações primariamente emotivas advindas das contradições do sistema.
Na tentativa de uma definição da patologia da aprendizagem, ela a define como um sintoma, no sentido de que o não aprender não configura um quadro permanente, mas ingressa em uma constelação peculiar de comportamentos, assim, o seu diagnóstico está constituído pelo seu significado.
A aprendizagem possui dois tipos de condições: as externas, na qual é comum a criança com problema de aprendizagem apresentar algum déficit real do meio devido a confusão dos estímulos, a falta de ritmo ou a velocidade com que são brindados ou a pobreza ou carência dos mesmos e, em seu tratamento, se vê rapidamente favorecida mediante um material discriminado com clareza, fácil de manipular, diretamente associado à instrução de trabalho e de acordo com um ritmo apropriado para cada aquisição e as internas que estão ligadas a três aspectos: o corpo como organismo que favorece ou atrasa os processos cognitivos, sendo mediador da ação; a cognição, ou seja, à presença de estruturas capazes de organizar os estímulos do conhecimento; condições internas que estão ligadas à dinâmica de comportamento.
A aprendizagem será cada vez mais rápida quando o sujeito sentir a necessidade e urgência na compreensão daquilo que está sendo apresentado.
É importante levar em consideração as estruturas cognitivas e a estrutura desejante do sujeito, porque um depende do outro, é necessário que o sujeito tenha desejo, pois este impulsiona o sujeito a querer aprender e este querer faz com que o sujeito tenha uma relação com o objeto de conhecimento. Para ter essa relação o sujeito precisa ter uma organização lógica, que depende dos fatores cognitivos. No lado do objeto de conhecimento ocorre a significação simbólica que depende dos fatores emocionais. Todo sujeito tem a sua modalidade de aprendizagem e os seus meios de construir o próprio conhecimento, e isto depende de cada um para construir o seu saber.
O sujeito constrói esse saber a partir do momento que ele tem uma relação com o conhecimento, com quem oferece e com a sua história. Para que o conhecimento seja assimilado, é preciso que o sujeito seja ativo, transforme e incorpore o seu saber, esquecendo-se de conhecimentos prévios que já não servem mais, é importante também que o ensinante dê significado para este novo conhecimento, despertando o desejo de querer saber do aprendente. O modo como uma pessoa relaciona-se com o conhecimento se repete e muda ao longo de sua vida nas diferentes áreas.
O conhecimento acontece quando alguns esquemas operaram e utilizam diferentes situações de aprendizagem, é um molde relacional e móvel que se transforma com o uso, é a organização do conjunto de aspectos (conscientes, inconscientes e pré-conscientes) da ordem da significação, da lógica, da simbólica, da corporeidade e da estética, tal organização ocorre espontaneamente, isto se chama modalidade de aprendizagem, sendo que o problema de aprendizagem ocorre quando essa modalidade se enrijece, congela.
Cada pessoa tem uma modalidade singular de aprendizagem, que se organiza a partir dos ensinante (família e escola), considerando a criança como um ser aprendente e que tem capacidade para pensar; do espaço saudável, ou seja, onde seja possível fazer perguntas; das experiências vividas com satisfação em relação ao aprender; do reconhecimento de si mesmo como autor; dos espaços objetivos e subjetivos, onde o jogar seja aceito; de uma possível relação com sujeitos da mesma idade; do modo de circulação do conhecimento nos grupos de pertencimento: família, escola, contexto comunitário.
É importante ressaltar que o sujeito é sempre ativo, é autor do seu conhecimento, ele constrói sua modalidade de aprendizagem e a sua inteligência que marcará uma forma particular de relacionar-se, buscar e construir conhecimentos, um posicionamento de sujeito diante de si mesmo como autor de seu pensamento.
O aprender significa também “perder” algo velho, mas utilizando-o para construir o novo, é o reconhecimento da passagem do tempo, do processo construtivo, o qual remete necessariamente, à autoria. Aprender é historiar-se, pois, sem esse sujeito ativo e autor que significa o mundo, aprendizagem será apenas uma tentativa de cópia.
Para aprender precisamos entender e analisar a relação entre futuro e passado, assim entenderemos todo o processo de aprendizagem, ou seja, o sujeito tem que ser biógrafo de sua história.
O aprender com compreensão é um processo pessoal, que acontece dentro da cabeça de cada um. Esse processo exige que o aprendiz pense por si próprio.
Assim, para a Psicologia Cognitiva, simplesmente receber informações de um professor não é suficiente para que o aluno aprenda com compreensão, porque, nesse caso, a criança fica passiva, não pensa com a própria cabeça.
A Psicologia estudou também quais objetos ou atividades ajudam na aprendizagem. Ela tem mostrado que o pensamento e o aprendizado da criança desenvolvem-se ligados à observação e investigação do mundo. Quanto mais a criança explora as coisas do mundo, mais ela é capaz de relacionar fatos e ideias, tirar conclusões, ou seja, mais ela é capaz de pensar e compreender.
Sabe-se que os princípios psicopedagógicos que estimulam as crianças a aprender, estão interrelacionados e são interdependentes, sendo eles a autoestima, motivação, aprendizagem e disciplina.
No campo afetivo, devemos ajudar as crianças a criar sentimentos positivos em relação a si mesma. Quando a criança se sente útil e segura, o processo de aprendizagem escolar estará garantido. Sendo assim, a afetividade e atenção dos pais são muito importantes.
No campo cognitivo, devemos enriquecer e ampliar o vocabulário da criança. O aprendizado de novas palavras tem como objetivo possibilitar a obtenção de melhores resultados na escola e ajudar a criança a ordenar o pensamento em função do mundo em que vive.
Deve-se ainda, valorizar o desenvolvimento do raciocínio lógico e matemático, da psicomotricidade, e do aspecto sócio-emocional contribuindo adequadamente para que a criança seja ajudada amplamente, onde todas as partes do desenvolvimento são atendidas no momento certo.
O ser humano aprende o tempo todo, e as crianças também, mas não necessariamente aquilo que os pais tentam ensinar-lhes de forma intencional.
O processo ensino-aprendizagem nem sempre é direto, nem tudo que se ensina, se aprende, e às vezes aprendem-se coisas que não se pretendem ensinar.
E nada mais enriquecedor do que propor atividades criativas e desafiadoras que podem acontecer em qualquer lugar, até mesmo na areia da praia.
O lúdico através de jogos, brincadeiras, músicas, e dramatizações é muito motivador, devendo acontecer em casa e na escola, em especial na sala de aula, onde a aprendizagem vira ofício do brincar e a vida escolar um enorme prazer.
É necessário identificar quais atividades são relevantes para modificar o comportamento da criança e despertar o seu interesse, pois montar um quebra-cabeça pode ser gratificante para uma criança, mas pode ser um castigo para outra; o que revela o caráter subjetivo do reforço.
Aprende-se também por meio da observação, por modelos e ações dos outros. A aprendizagem por observação explica também certas tendências agressivas das crianças, os impulsos consumistas induzidos pela publicidade e determinadas condutas consideradas antissociais, entre outras manifestações de comportamento.
É por meio da Experiência, da Observação e da Exploração de seu ambiente, que a criança constrói seu conhecimento, modifica situações, reestrutura seus esquemas de pensamento, interpreta e busca soluções para fatos novos o que favorece e muito, o desenvolvimento intelectual da criança, principalmente, na fase pré-escolar.
Sabe-se que as crianças pensam de maneira diferente dos adultos, que cada criança pensa diferentemente de outra e que o pensamento evolui, passa por estágios e em cada estágio, a criança tem uma maneira especial de compreender e explicar as coisas do mundo.
Concluímos que a aprendizagem é uma mudança de comportamento, assimilações e informações nas quais o sentido de aprender não é impor barreiras e limites para a criatividade e disponibilidade de cada ser. O desenvolvimento de uma boa aprendizagem é a integração de aspectos: afetivo, físico, emocional, social e intelectual do aprendiz, ocasionando uma motivação interna e construindo o conhecimento a todo o momento.

SÍNTESE DIDÁTICA
O Behaviorismo é um termo genérico para agrupar diversas e contraditórias correntes de pensamento na Psicologia que tem como unidade conceitual o comportamento, mesmo que com diferentes concepções sobre o que seja o comportamento.
A palavra inglesa behaviour (RU) ou behavior (EUA) significa comportamento, conduta. Os behavioristas de orientação positivista trabalham com o princípio de que a conduta dos indivíduos é observável, mensurável e controlável similarmente aos fatos e eventos nas ciências naturais e nas exatas.
John Broadus Watson (1878-1958) foi considerado o pai do Behaviorismo metodológico, ao publicar, em 1913, o artigo "Psicologia vista por um Behaviorista", que declarava a Psicologia como um ramo puramente objetivo e experimental das ciências naturais, e que tinha como finalidade prever e controlar o comportamento de todo e qualquer indivíduo. Watson era um defensor da importância do meio na construção e desenvolvimento do indivíduo. Os seus estudos basearam-se no condicionamento clássico, conceito desenvolvido pelo fisiologista russo Ivan Pavlov (1849-1936), que ganhou o Premio Nobel de Medicina pelo seu trabalho sobre a atividade digestiva dos cães. Pavlov descobriu que os cães não salivavam apenas ao ver comida, mas também quando associavam algum som ou gesto à "chegada de comida".
A este fenômeno de associação ele denominou de condicionamento clássico. A partir das descobertas de Pavlov, houve um fortalecimento da investigação empírica da relação entre o organismo e o meio.
O Behaviorismo metodológico e o BEHAVIORISMO metafísico tem as suas raízes nos trabalhos pioneiros de Watson e Pavlov. O Behaviorismo radical foi desenvolvido não como um campo de pesquisa experimental, mas sim uma proposta de filosofia sobre o comportamento humano que utiliza como referência outros filósofos da ciência do século XX, contextualizado por todas das crises de paradigmas vivenciadas pelo pensamento científico até hoje, seu principal autor foi o psicólogo americano Burruhs Skinner (1953), que além de ser representante mais importante do Behaviorismo radical desenvolveu os princípios do condicionamento operante e a sistematização do modelo de seleção por consequências para explicar o comportamento. O condicionamento operante explica que quando após um comportamento ou atitude é seguida a apresentação de um reforço, aquela resposta (ação) tem maior probabilidade de se repetir com a mesma função.

TIPOS DE BEHAVIORISMO
METODOLÓGICO
Consiste na teoria explicativa do comportamento publicamente observável da Psicologia, a qual postula que a esta deve ocupar-se do comportamento animal (humano e não humano) apenas quando for possível uma observação pública para obter uma mensuração, ao invés de ocupar-se dos estados mentais que possam gerar ou influenciar tais comportamentos. Assim o Behaviorismo metodológico acredita na existência da mente, mas a ignora em suas explicações sobre o comportamento. Para o Behaviorismo metodológico os estados mentais não se classificam como objetos de estudo empírico. Seus postulados foram formulados predominantemente pelo psicólogo americano John Watson.
Em oposição ao Behaviorismo metodológico foi proposto o Behaviorismo radical, desenvolvido por Burrhus F. Skinner: Conceitos; Condicionamento operante; Condicionamento clássico;
Reflexo condicionado; Reforço positivo; Reforço negativo.
BEHAVIORISMO RADICAL
O Behaviorismo Radical consiste numa filosofia da Psicologia, o qual se propõe a explicar o comportamento animal (humano e não humano) com base no modelo de seleção por consequências e nos princípios do comportamento postulados pela Análise Experimental do Comportamento (AEC). O nome que mais fortemente está associado a esta linha do Behaviorismo é o de Burrhus Frederic Skinner.
FILOSÓFICO
O Behaviorismo filosófico consiste na teoria analítica que trata do sentido e da semântica das estruturas de pensamento e dos conceitos. Defende que a ideia de estado mental, ou disposição mental, é na verdade a ideia de disposição comportamental ou tendências comportamentais. Nesta concepção, são analisados os estados mentais intencionais e representativos. Esta linha de pensamento fundamenta-se basicamente nos postulados de Ryle e Wittgenstein.
BEHAVIORISTAS NOTÁVEIS
Burrhus Frederic Skinner (EUA)
C. Lloyd Morgan (Reino Unido)
Edward C. Tolman (EUA)
J.R. Kantor (EUA)
John Broadus Watson (EUA)
Joseph Wolpe (South African)
Albert Bandura (Aprendizagem por observação).
Segundo essa concepção a aprendizagem ocorre através de contingências, surgimentos ao acaso, de estímulos e respostas dos organismos, onde o comportamento é observado como uma resposta às experiências (estímulos, ações) que pode ser preconcebido. Nesse sentido para os teóricos dessa linha de pensamento o meio em que as pessoas vivem exerce influência sobre o comportamento, no qual tanto animais quanto seres humanos aprendem sobre o mundo de forma semelhante reagindo às situações e características ambientais, que podem ser-lhes favoráveis ou não. Dessa forma, os behavioristas tentam identificar através das condições ambientais se um determinado comportamento vai ou não se repetir.
Os principais teóricos behavioristas são: John Broadus Watson, Ivan Pavlov, B.F. Skinner e Albert Brandura.
O Behaviorismo é uma técnica de terapia e abordagem da pessoa baseada no comportamento. Essa tendência surgiu com John Watson em 1912 começando assim o período conhecido como o do Behaviorismo clássico que durou, mais ou menos, até 1930.
A partir desse ano até 1940 surgiu o Neo-Behaviorismo, mais minucioso experimentalmente e baseado na teoria do comportamento adaptado de Pavlov. Um dos neo-behavioristas mais importante foi Skinner.
Pavlov descreveu o processo do condicionamento clássico o qual consiste na substituição de estímulos: "Um estímulo, antes neutro, adquire o poder de eliciar a resposta que originalmente era eliciada por outro estímulo". Skinner chama o experimento pavloviano de condicionamento do tipo S e o seu de tipo R.
No primeiro tipo as respostas são eliciadas (respondentes) e no segundo, emitidas (operantes). O reforço no condicionamento operante é dado após a resposta exigida, quando aparece a resposta condicionada. A ação do organismo produz o agente que reforça. Portanto, o condicionamento do tipo S diz respeito a respostas do sistema nervoso autônomo e o do tipo R ao comportamento motor (músculos estriados).
Tipos de Reforços: a) Reforço Positivo: é aquele que apresentado a uma situação favorece o surgimento da resposta operante. Água e alimento, por exemplo.
b) Reforço Negativo: é um estímulo que, removido, fortalece a probabilidade de uma resposta operante. Choque elétrico, calor ou frio intenso, barulho etc.
c) De Intervalo: é o reforço intermitente apresentado em intervalos fixos de tempo (de 5 em 5 minutos, por exemplo).
d) De Razão: o reforço é apresentado em intervalos de tempo padrão, após um número x de respostas.
No experimento do rato na caixa, um pedaço de queijo reforça a pressão da barra. Ele só aparece quando o rato pressionar a barra e se for suspenso, dar-se-á a extinção do operante. O rato também pode discriminar: só recebe alimento quando a barra é pressionada e uma lâmpada acende; quando pressiona no escuro, não. Por discriminação, só pressionará com a lâmpada acesa.
A teoria de Skinner teve pronta aceitação porque na prática o reforço é dado justamente pela ação do indivíduo. O pai só elogia o filho quando este dá a resposta esperada; o filho, fazendo o desejado pelo pai recebe o prêmio, a recompensa ou reforço positivo. E vai aprendendo a buscar o incentivo positivo com diferentes tipos de comportamento.
Uma série de ações operantes pode ser estabelecida, com reforços primários e secundários (alimentos e palavras, por exemplo), formando encadeamentos. Através de sucessivas aproximações é possível obter-se uma sequencia desejada.
Para o Behaviorismo, o organismo se parece com um responding (um ser respondente) às condições (estímulos), produto de processos ambientais e internos. O objeto da Psicologia tinha sido até então a alma, ou a consciência, a mente.
A personalidade para o behaviorista é um conjunto, um sistema de hábitos condicionados através de reforços positivos e negativos. A maior importância é dada aos fatores ambientais e a hereditariedade é relegada para segundo plano.
Para o Behaviorismo ou Neo-Behaviorismo o ser humano é produto do ambiente e essa afirmação é valida no sentido bem radical.
Podemos resumir a posição de Skinner nas seguintes declarações: Quando ocorrer uma reação, reforce-a e o sujeito tenderá a reagir de novo da mesma maneira. Negue o reforço ou castigue o sujeito e a reação tenderá a desaparecer.
O reforço operante é um meio extremamente possante para "modelar a personalidade". Skinner e outros o usaram em grande número de problemas práticos, incluindo aprendizagem programada e o tratamento de distúrbios comportamentais.
O Behaviorismo é aplicado todos os dias por todos os indivíduos. São as formas comportamentais de cada um. São as respostas dadas pelos indivíduos através dos estímulos. Desde do adestramento de um animal, a um marketing de um refrigerante ou de qualquer outro produto, nas relações entre pessoas, seja em uma empresa ou em qualquer outro tipo de instituição sempre haverá a aplicação do Behaviorismo. Na resposta da ação de uma mulher sedutora ou de um homem sedutor, nos relacionamentos de um casal ou de uma família ele sempre estará presente. Desde a educação, à Psicologia Clínica, o Behaviorismo é importante, nos ajudando a compreender o homem, o mundo e suas relações. Para uma liderança, seja de qual for a área, é de suma importância compreender o Behaviorismo. Enfim, não há como viver sem a aplicação desta avaliação comportamental.
Pesquisa realizada pelo Dr. Josué Campos Macedo