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terça-feira, 18 de março de 2014
sexta-feira, 14 de março de 2014
terça-feira, 11 de março de 2014
A CURA INTERIOR
A
Cura Interior é o um processo de cura do nosso ser em profundidade, no homem
interior: da mente, emoções, lembranças e sonhos desagradáveis. É o processo
pelo qual, por meio da oração, somos libertos de sentimentos de ressentimento,
rejeição, autopiedade, depressão, culpa, medo, tristeza, ódio, complexo de
inferioridade, auto condenação e senso de desvalor, etc. Em Romanos 12.2, lemos
o seguinte: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos
pela renovação da vossa mente..."
A cura interior é a renovação de nossa
mente.
Quando
nos convertemos o nosso espírito é vivificado pelo Espírito Santo do Senhor
Deus e é curado da culpa do pecado. Este é o maior milagre de Deus em nosso
ser. Estamos assim livres para ter comunhão com Deus, mas na nossa alma ficaram
feridas, lembranças, traumas, do tempo que vivíamos na vida de pecado.
Nós
não somos o que gostaríamos de ser. Durante este estudo descobriremos várias
verdades em nossa vida que precisam ser encaradas e enfrentadas. O Espírito
Santo é o Espírito da verdade, ele nos revela quem nós realmente somos.
ÁREAS DA ALMA HUMANA
-Mente: Sede da alma, intelecto, pensamentos,
raciocínios, memória.
-Vontade: Instrumento para tomar decisões.
Poder para escolher.
-Emoções: Instrumento para expressar nossos
sentimentos, gostos, simpatias, alegrias, tristezas, amor, ódio, etc.
A vida abundante que o Senhor Jesus ofereceu aos seus seguidores tem sido o objetivo dos mais dedicados cristãos em todas as épocas. Esta prometida abundância tem sido usualmente entendida como harmonia interna e liberdade espiritual, mais do que abundância material, por razões óbvias. A busca por tal liberdade interior tem aparecido sob os mais diversos nomes.
O fenômeno conhecido como cura interior tem dois objetivos. O seu objetivo primário e espiritual é estender o senhorio e poder de cura de Cristo ao nosso passado, afetando mesmo a nossa experiência antes da conversão. O objetivo secundário e psicológico é, portanto nos libertar de qualquer cativeiro emocional e psicológico que a nossa experiência passada possa ter produzido. Os teóricos da cura interior defendem que os bloqueios emocionais e os padrões habituais de comportamento (com os seus frutos negativos de frustração, derrota e fraca autoimagem) nos impedem de atingir a vida abundante que o Senhor Jesus prometeu. Portanto, eles concluem que, um esforço especial deve ser feito para curar estas feridas interiores, de forma que possamos ser libertos das diversas coisas que podem constringir e empobrecer as nossas vidas. Em resumo, o objetivo geral da cura interior pode ser descrito como uma espécie de santificação retroativa. O propósito geral da cura interior é claramente de natureza psíquica e espiritual. Desta forma, ele defende que a cura das memórias normalmente ocorra num aconselhamento de base individual, ou em pequenos grupos. Considera-se essencial que os dons do Espírito Santo estejam em operação, particularmente os dons de discernimento e cura. Ao indivíduo que está buscando sua cura será pedido que reviva seu passado através da imaginação. Isto geralmente envolve um retorno ao ponto-problema, um encontro traumático ou assustador que moldou a autoimagem e o comportamento da pessoa e também porque este ponto se alojou em camadas profundas de sua psique. Na medida em que o “paciente” imaginativamente recria o ponto-problema, com toda sua intensidade emocional, eles dizem ao paciente para imaginar que Jesus está lá (naquela situação). Presume-se que a presença imaginativa de Jesus traga Seu amor e poder de cura para relacionamentos perturbados com os pais e companheiros, os quais são muito poderosos para que o indivíduo dê conta dos mesmos sozinhos. O que devemos fazer com estes fundamentos, teorias e técnicas que os acompanham? Na verdade, o que devemos fazer com os ministros e ministérios da cura interior? A época em que vivemos, com sua orientação voltada para o experiencial, tende a gerar um entusiasmo desqualificado por experiências de cura interior dentro de alguns setores da comunidade cristã. Infelizmente, esta mesma tendência tem efeito oposto em outros cristãos, que vêem como muito suspeitas tais experiências e a fascinação acrítica despertada por elas. Na maioria dos casos, não existe uma única resposta simples. A época em que vivemos é caracterizada pela crescente complexidade da vida em todos os níveis: econômico, material, moral e intelectual. Na medida em que novas e antigas ideias se proliferam, elas influenciam o pensamento cristão de várias formas. Algumas têm mais validade que outras; muitas são completamente inaceitáveis. Nós devemos estar preparados para encarar conceitos não familiares e pacientemente e em oração desvendar tanto as suas fontes bem como a suas implicações. Este processo pode ser frustrante e cansativo, mas sua necessidade é cada vez mais crescente. Dentro disto, nós podemos comentar que a cura interior é um fenômeno complexo e altamente variável. Não é possível nem endossá-la, nem condená-la cegamente. É possível, entretanto, identificar e avaliar aqueles elementos que influenciam as teorias e as terapias dos que praticam a cura interior. Nossa vida interior é uma parte crítica de nossa identidade pessoal, e portanto a necessidade para a cura das emoções e memórias sempre fez parte da nossa condição humana.
A PSICOLOGIA DA PESSOA INTEGRAL
Há comunhão entre Psicologia e o Cristianismo?
Esta questão, em seu sentido mais amplo, escapa do objetivo da nossa aula.
Entretanto, o assunto é pertinente, desde que muito da “cura interior” está
baseada em visão secular de como a nossa personalidade é formada e
influenciada. Muitos elementos da psicologia secular, entretanto, são mais
ambíguos; alguns são frontalmente contrários ao pensamento bíblico. Sigmund
Freud é a maior fonte de tendência a se enfatizar o trauma infantil. Carl Jung
foi seu aluno e colega que se envolveu superficialmente com ocultismo. Sua
abordagem sistemática à compreensão da natureza da mente inconsciente se tornou
influente nos anos 60 e 70. Muito dos conceitos de Jung têm sido empregados num
modelo “carismático” por pessoas como John Sanford e Morton Kelsey. Portanto,
Freud e Jung (para não mencionar outros) indiretamente ajudaram a delinear
muitas das pressuposições do movimento de cura interior. Além do mais, algumas
das técnicas utilizadas para resgatar memórias têm sido tomadas de empréstimos
de terapias seculares. “Alguns praticantes da cura interior não somente têm
adotado um submodelo da natureza humana; eles têm permitido que os próprios
modelos se tornem parâmetros de interpretação da Bíblia.”
Cada
dia que passa se nota mais e mais o aparecimento de pessoas que manifestam
fortes desequilíbrios emocionais. Este tipo de desequilíbrios fazem sobressair
a existência de uma extrema baixa autoestima e falta de motivação pessoal na
forma como vivem os seus relacionamentos e a sua vida de um modo geral. A cura
interior, passa por uma cura emocional e resulta de uma auto consciencialização
de quais as vivências negativas do passado que condicionam a pessoa a uma vida
plena de paz, amor, alegria e realização, pelo poder do Espírito de Deus.
Para
que seja possível a cura interior e cura emocional é muito importante haver uma
clara noção sobre o que significa a inteligência emocional, para que haja uma aprendizagem
profunda e um autorreconhecimento sobre as emoções e suas causas para que seja
possível uma cura interior e libertação emocional pelo nosso Deus.
A
forte ação do Espírito de Deus em nosso ser traz a libertação de padrões
recorrentes com origem em vivências dolorosas ajudam a cura interior e a cura
emocional
Esta
cura interior e respectiva cura emocional, passa pela libertação de padrões
negativos recorrentes que se manifestam de formas inesperadas que limitam muito
a vida da pessoa. Estes bloqueios são ativados por situações, palavras,
comportamentos que funcionam como gatilhos, interruptores que despertam vivências
passadas muito dolorosas que podem paralisar a pessoa através de medos e
fobias. Esta cura interior terá consequências positivas na vida da pessoa e
resultará em mudanças muito significativas na automotivação e autoestima.
Para
que seja possível iniciar uma cura interior e uma cura emocional, é necessário
que saibamos identificar os mecanismos do subconsciente que ativam os padrões
negativos. A seguir apresentamos algumas das feridas emocionais, para que possa
haver uma identificação através da auto-observação. Só com a consciência destes
bloqueios e mecanismos do subconsciente é possível proceder à cura interior e à
cura emocional.
Identificar as feridas emocionais para ajudar a
cura interior e a cura emocional
A
primeira coisa que precisamos fazer é identificar o problema, e entender a
enorme necessidade de cura interior. Abaixo está uma lista comum de sintomas
comuns a procurar em alguém que tem uma ferida emocional:
Crueza interna- Muitas vezes há uma sensação de
crueza interior e dor que parece persistir e difícil de libertar.
-Irritabilidade – facilidade em irritar-se
excessivamente com os outros, mesmo que a situação não justifique.
-Pouca ou nenhuma tolerância - Ter pouca ou
nenhuma tolerância com os outros.
-Sentimentos negativos – Sentimentos de raiva,
ódio, ressentimento, etc, parecem emergir facilmente e às vezes sem motivo
aparente.
-Excessivamente sensível a algum acontecimento
do passado - Se houver situações no
passado que levam a pessoa a tornar-se muito sensível ou irritada, ou mesmo
levá-lo exaltar-se, então é provável revele uma profunda ferida emocional
ligada com essa situação ou a memória .
-Dificuldade em perdoar – A dificuldade de
perdoar impossibilita uma pessoa de amar. Uma pessoa que tenha dificuldade em
se perdoar a si e aos outros é uma pessoa estagnada, não se permite libertar
dos pesos da vida e assume nas suas costas pesos de atitudes que não são suas.
Perdoar os outros não significa compactuar com a sua ignorância, mas sim permitirmo-nos
libertar da responsabilidade dos erros que os outros cometem.
-Dificuldade em se permitir e se sentir amada/o
- A incapacidade de confiar nos outros cria mecanismos de autodefesa
dificilmente intransponíveis. Mesmo que a pessoa tenha em torno de si muitas
pessoas que a amam , mas a pessoa não acredita que as pessoas possam gostar
dela. Torna-se extremamente difícil de se sentir plenamente e receber amor.
Parece haver uma parede até que bloqueia o fluxo do amor na sua vida.
-Agressões físicas - Pessoas com feridas
emocionais muito profundas, quando se sentem ameaçadas explodem, tornam-se agressivas
e suscetíveis de atacar os outros e ter súbitas explosões de raiva, ódio,
ressentimento, etc.
-Revolta com Deus – Uma pessoa que tenha
sofrido choques emocionais profundos, por perda, por doença ou outra situação
dolorosa incompreendida no momento, pode revoltar-se e culpar Deus pelos dramas
e dificuldades que vivência. Na maioria das vezes, com o tempo, a pessoa vem a
compreender que os acontecimentos foram agentes poderosos de transformação e
que a sua vida enriqueceu muito com a aprendizagem através da dor, e que a
aprendizagem tornou a sua vida com muito mais sentido e com maior qualidade nos
relacionamentos e vida em geral porque aprendeu a distinguir o essencial do supérfluo.
-Ódio – Muitas vezes, a incompreensão e falta
de entendimento o verdadeiro sentido da vida, acontece as pessoas ficarem
extremamente feridas e amarguradas devido às vivências dramas do passado. Os abusos
não são compreendidos nem fáceis de aceitar. É verdade, não podemos mudar o
passado, mas podemos mudar a nossa visão sobre o que nos aconteceu e
libertar-nos do peso do que não controlamos no passado. Perdoar não é
compactuar, mas aceitar a nossa libertação e desresponsabilização pela profunda
ignorância de outros seres humanos. Para quem acredita, a justiça divina não
falha, por isso podemos confiar e aceitar libertar esse peso doloroso do
passado e acreditar que merecemos o melhor da vida.
-Frustração – Esta turbulência interna resulta
de uma inadequação e desenquadramento da forma vivenciamos a vida. A frustração
cria uma profunda ferida interior, porque a pessoa passa a vida a lutar contra
a corrente e sem obter os resultados que acha que deveria ter. Muitas vezes a
aceitação do que não podemos mudar, no momento, pode atenuar a frustração e
talvez um redirecionamento de objetivos. Para quem confia na vida é mais
simples porque entende que a vida dá o que precisamos para crescer, e sabe que
quando algo não flui…há que repensar os esforços e direcionar o sentido do
fluxo da vida para outro lado que faça a pessoa sentir-se valorizada e
importante.
-Escapismo – Como resultado de uma enorme
turbulência interna, há um tremendo desejo de escapar ou criar compensações ou realidades
fictícias paralelas que ilusoriamente parecem atenuar o vazio emocional. Este
escapismo pode-se manifestar de variadas formas, como comer demais, beber,
consumo de bebidas alcoólicas, uso de drogas, tabagismo, sexo, erotização, baladas,
etc.
-Autoanulação ou ódio por si mesmo – Uma pessoa
que se anula a si mesmo, geralmente não acredita que merece algo de bom na vida
e reprime muita dor. As pessoas que se anulam, provavelmente tiveram uma
infância em que se sentiram desvalorizadas e não merecedoras de amor, atenção e
reconhecimento. A cura interior e cura emocional passa pela libertação de toda
essa dor e iniciar um processo de autorreconhecimento e autoaceitação de quem
é, libertar a autopunição e aprender a aceitar receber as coisas boas que a
vida tem para lhe dar.
-Vingança - O ódio e a raiva assimilada ao
longo dos anos é resultante da falta de capacidade de perdoar, alguém que tem
uma ferida emocional aberta tem grande facilidade em retaliar de volta os
comportamentos negativos para aqueles que os ofendem ou espezinham emocionalmente.
-Comportamento irresponsável – A dor e o vazio
interior levam as pessoas a ter comportamentos compulsivos de compensação.
Estas descompensações emocionais podem levar a uma abordagem descuidada perante
si mesma e perante a vida. Dificilmente uma pessoa vazia interiormente se sente
bem consigo mesmo, as feridas e dores emocionais precisam ser ilusoriamente compensadas,
seja com a alimentação, seja com o consumismo, ou outro comportamento
compulsivo de uma falsa compensação.
-Expectativas irracionais sobre os outros -
Alguém que foi profundamente magoado, pode criar grandes expectativas nas
pessoas que as rodeiam. E muitas vezes, acontece, decepcionarem-se ou então
criar uma enorme intolerância quando erros forem cometidos. Tem uma extrema
dificuldade de tolerar, aturar os
outros, criando um enorme mal estar nos seus relacionamentos e em todo o mundo
que a rodeia.
-Perfeccionismo exagerado – As feridas
emocionais também podes impulsionar uma necessidade extrema de executar tarefas
com perfeição excessiva, para assim não dar hipótese aos outros que a possam
criticar. Este perfeccionismo excessivo, acaba por ser um enorme peso que
carrega, visto que não se permite errar. Estas pessoas, provavelmente viveram
uma infância difícil, em que tudo o que faziam nunca estava bem ou nunca era
suficientemente bom. Normalmente as pessoas perfeccionismo acabam por também
ser demasiado exigentes e criticas com os outros, não aceitando os seus erros
como uma forma de aprendizagem, mas sim como se fossem resultado de uma burrice
irremediável.
-Sentimentos de desespero – Quando uma pessoa
se sente emocionalmente ameaçada, rejeitada, posta em causa, desvalorizada, e
não consegue solucionar prontamente o desafio ou corresponder às expectativas
do que acha ser o certo pode entrar
facilmente em desespero. Nestas situações, se a pessoa não consegue ver soluções,
ou alternativas e agir. É importante que aprenda a confiar na vida, relaxar um
pouco e pedir ao Deus do universo que lhe envie as respostas. Por vezes a
rendição ao que não controlamos pode ser uma solução sábia, visto que nos
tornamos mais calmos e mais facilmente estamos abertos a que soluções inteligentes
possam surgir na nossa mente, ou simplesmente estarmos abertos a que soluções
surjam do exterior.
-Impulsividade – Ser impulsivo pode resultar de
um desequilíbrio emocional, a necessidade de agir de uma forma instintiva pode
resultar de sentimentos profundos de ameaça, que gera sentimentos, muitas vezes
irracionais incontroláveis.
-Transtorno Obsessivo Compulsivo, ou TOC: O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC),
muitas vezes envolve feridas emocionais que nunca foram totalmente curadas.
Isto é especialmente verdadeiro com as pessoas que são escravas do auto-ódio, o
ressentimento pessoal, autoperdão, etc.
-Hostilidade para com Deus, consigo mesmo, e
outros – Por causa do limite de emoções,
uma pessoa pode tendem a sentir-se hostil a Deus, outras pessoas em sua vida,
ou até a si mesmo. Isso geralmente é enraizada em uma forma de amargura contra
Deus por não impedir que algo aconteça à pessoa, rancor contra alguém que tenha
ofendido ou prejudicado emocionalmente, ou amargura contra si mesmo para falhas
que tenha caído em si mesmo.
Seja honesto consigo mesmo e inicie o seu
tratamento de cura interior.
Para
que seja necessário libertar todas estas feridas emocionais e permitir-se a uma
cura interior é necessário que haja uma libertação da resistência à mudança. É
necessário entender e aceitar que nós não escolhemos o que nos aconteceu no
passado, no entanto podemos escolher fazer uma cura interior e uma cura
emocional, permitindo-nos mudar a nossa forma de ser, estar, pensar e ser
felizes.
A
cura interior e libertação emocional passa por uma abertura à compreensão de
que tudo o que nos acontece, qual o sentido da vida e que tudo pode ser um
agente de sabedoria e serve para o nosso crescimento interior.
O
Senhor Jesus Cristo nos afirma: "Eu estou deixando-lhes uma dádiva, paz de
espírito e de coração! E a paz que eu dou não é frágil como a paz que o mundo
dá. Portanto não se aflijam nem tenham medo." (Jo 14.27, NIV.) Mas há inúmeras pes¬soas, hoje, que não
possuem essa paz interior. E muitas delas são crentes cheios do Espírito Santo,
que, apesar de tudo, acham-se emocionalmente enfermas, embora estejam em boas
condições físicas. Jesus deseja que sejamos sãos em todo o nosso ser. Em Isaías
53.5, vemos como a Bíblia prediz a obra do Senhor Jesus: "...ele foi
traspassado pela nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados." Ele quer salvar-nos de nossos pecados , a cura espiritual; quer
que tenhamos paz, a cura interior; quer que fiquemos livres de dores e doenças,
cura física. Ele quer que todo o nosso ser seja perfeito!
Para que haja a cura interior são necessários
dois passos.
- Romper o domínio de Satanás sobre nós e tomar
posse do que é nosso por direito.
- Orar pela cura das lembranças passadas.
Este
primeiro passo é uma cirurgia espiritual, em que o Senhor Jesus cura todos os
tumores que estão crescendo em nosso interior tais como medo, ódio, ira, ciúme,
autopiedade, etc. Depois, então, pela oração de cura das lembranças guardadas
em nossa mente, Jesus penetra em nosso passado e cura todas as mágoas. Ele toma
de um apagador espiritual, e desmancha todas as recordações dolorosas. Talvez
ele não apague totalmente a lembrança delas, mas remove a dor e o aguilhão. Ele
como que anestesia a dor e a ferida profunda. Depois ele unge com o óleo do
Espírito Santo, e cura os locais onde havia a ferida. Ele nos purifica e nos dá
sua paz.
O
texto de Colossenses 2.11-15 descreve maravilhosamente essa cirurgia
espiritual: "Nele também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos,
mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo; tendo
sido sepultados com ele juntamente no batismo, no qual igualmente fostes
ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os
mortos. E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões, e pela
incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos
os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e
que constava de ordenanças, o qual nos era prejudi¬cial, removeu-o inteiramente
encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente
os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz."
O
Senhor Jesus é a única pessoa que pode sarar os males de nossas lembranças e
dores, e Ele o fará, por meio da cura interior:
1. Se quisermos ser libertos do domínio de
Satanás;
2. Se quisermos que nossa mente seja curada;
3. Se quisermos ficar integralmente sãos;
4. Se quisermos permanecer sãos. "Jesus
Cristo ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre." (Hb 13.8.) O tempo e
o espaço não significam nada. Ele pode voltar ao nosso passado e tocar aqueles
pontos em que fomos feridos.
Ele
quer que lhe entreguemos nosso passado. O verso de Filipenses 3.13 nos diz para
esquecermos o passado, e olharmos para adiante, para o que está à nossa frente.
Algumas
pessoas parecem gostar de viver no passado, repassando e revivendo sofrimentos
antigos, sofrendo como mártires. A essas pessoas o Senhor Jesus não cura. Mas,
se realmente quisermos ser integralmente curados, se quisermos essa paz interior,
ele pode concedê-la a nós, e no-la concederá. Lemos em Colossenses 1.13-14 o
seguinte: "Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o
reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos
pecados."
A
operação da cura interior não é apenas voltar ao passado e desenterrar de lá os
detalhes mais sórdidos. Não é procurar ver qual a quantidade de lixo de que nos
lembramos; mas é jogar fora todo o lixo que ali encontrarmos. É deixar que
Jesus faça brilhar sua luz divina em todos os recantos escuros onde Satanás
escondeu as mágoas e lembranças dolorosas. É andar de mãos dadas com o Senhor Jesus,
em todos os segundos de nossa vida, e deixar que ele fique bem ali conosco
durante as situações desagradáveis.
Muitas
vezes pensamos: "longe da vista, longe da lembrança", com relação a
essas recordações indesejáveis. Mas este raciocínio é semelhante ao ato de
ir-se acumulando objetos dentro de um armário. Depois que fechamos a porta, não
vemos o amontoado, mas se continuarmos a colocar coisas ali, chegará um momento
em que elas rolarão para fora. Esse mesmo princípio se aplica à nossa mente.
Vamos empilhando na mente toda sorte de "lixo" (medos,
ressentimentos, culpa), pensando que essas coisas não vão incomodar-nos, mas
elas ficam lá, no fundo de nosso subconsciente, e sem dúvida alguma irão afetar
nossas emoções e influenciar o modo como agimos e reagimos.
A
raiva reprimida, os ressentimentos ou o medo às vezes se manifestam nos
momentos em que menos esperamos.
Quantos
de nós passam a vida toda num dilema: "Se ao menos..."; ou então:
"E se..." Alguém já afirmou que deveríamos retirar de nosso
vocabulário duas palavras: "nunca" e "sempre". "Nunca
faço nada certo." "Estou sem¬pre errando." "Nunca faço
assim ou assado." "Você sempre faz assim e assado." A Bíblia nos
promete que podemos ser libertos das características negativas de nossa
personalidade.
As
pessoas frustradas e temerosas estão sempre ingerindo enormes quantidades de
bebida, tranquilizantes e soníferos, na tentativa de apagar as tristes
lembranças do passado e do pre¬sente. Gasta-se muito dinheiro com médicos, psicólogos
e psiquiatras, e se esquecem de buscar o socorro de Deus. Quero dizer aqui que
dou graças a Deus pelos profissionais de saúde cristãos. Lucas era médico, e
foi inspirado pelo Espírito Santo para escrever a história do Senhor Jesus. Foi
Deus quem criou os remédios e deu ao homem a inteligência e a capacidade de
fazer uso deles, mas a bênção máxima de Deus para nós é a cura divina.
Os
médicos tratam dos doentes, mas é o Senhor Jesus quem os cura. Na maioria dos
casos, a ciência médica trata dos sintomas; o Senhor Jesus quer curar a causa
das enfermidades. Os médicos, psiquiatras, psicanalistas cristãos confiam no
Senhor, e louvamos a Deus pela existência deles. A cura interior é psicoterapia
mais a operação de Deus.
O
Senhor Jesus Cristo é o maior dos médicos, o maior psiquiatra, e Psicanalista
que pode haver. Somente ele pode curar-nos integralmente. Ele deseja sarar
nossas tristezas e mágoas. Onde havia confusão de espírito, ele quer introduzir
serenidade. Onde houve medo, ele está ansioso para conceder-nos uma mente sã,
libertar-nos do medo.
Ele
quer restabelecer relacionamentos destruídos; quer reerguer casamentos
desmoronados. Quer que sejamos capazes de nos relacionarmos uns com os outros
de maneira positiva e construtiva.
Quer
que sejamos capazes de amar os outros do modo como gostaríamos de ser amados; e
perdoar da forma como devemos perdoar. Ele quer que sejamos aquele indivíduo
que ele tinha em mente quando nos criou. Se
fôssemos descrever os resultados da cura interior com apenas uma palavra, essa
palavra seria paz. Lembremos algumas personalidades da Bíblia que tiveram
problemas graves, mas depois receberam essa paz interior. Quando pensamos em Saulo de Tarso e em todos
os cristãos que ele matou antes de tornar-se crente, podemos imaginar o senso
de culpa e remorso que ele deve ter sentido. Mas Deus o perdoou, encheu seu
coração de paz interior, e ele acabou se tornando um gigante espiritual, um
grande apóstolo.
Consideremos
a mulher apanhada em adultério. Sem dúvida alguma ela deve ter sentido muita
vergonha e autocondenação, mas Jesus lhe disse: "...Nem eu tão pouco te
condeno; vai, e não peques mais." (Jo 8.11.).
E o
rei Davi não apenas cometeu adultério, mas também mandou que o marido de
Bate-Seba fosse morto. O filho recém-nascido, ilegítimo, morreu. Na certa, o
rei Davi deve ter-se sentido sobrecarregado de lembranças dolorosas. Contudo, o
Senhor concedeu-lhe a cura interior, e ele se tornou um homem segundo o coração
de Deus. Ele escreveu o seguinte no
Salmo 16.9: "Alegra-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até
o meu corpo repousará seguro." Davi havia alcançado genuína alegria de
coração e espírito, o que vale dizer, alcançara também paz mental.
O
apóstolo Pedro sentiu vergonha também, por haver negado a Cristo, mas recebeu o
perdão e a paz, e tornou-se uma pessoa tão bem ajustada, que o Senhor Jesus o
chamou de "pedra".
O
Senhor deseja dar-nos essa mesma paz interior, por meio da cura interior. A
Bíblia nos promete isso em Filipenses 4.7: "E a paz de Deus, que excede
todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo
Jesus."
Lemos
em Isaías 26.3 o seguinte: "Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele
cujo propósi¬to é firme; porque ele confia em ti."
E
Efésios 2.14 afirma: "Porque Ele é a nossa paz.
Graças, Senhor Jesus, pela tua paz.
HÁ PODER CURADOR NA ORAÇÃO
Como lidar com sentimentos dolorosos? Como
conviver com a culpa, autoestima em baixa, frustração e muitas outras feridas
emocionais, que tanto interferem em nosso comportamento? A Palavra de Deus nos
diz que quando oramos "...o Espírito nos assiste em nossa
fraqueza..." (Rm 8:26). A palavra "assistir" é colocada
justamente no sentido de acompanhar, passo a passo, um processo de cura. A
Bíblia demonstra a imensurável graça e infinito amor de Deus no sentido de
promover a cura integral do homem. A ação libertadora e curadora do Espírito
Santo restaura a alma das feridas emocionais do passado.
-Clamor: "Invoca-me no dia da angústia; eu
te livrarei, e tu me glorificarás." (Sl 50:15). Refúgio: "Deus é o
nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia." (Sl 46:1).
-Auxílio: "Dá-nos auxílio para sair da
angústia, porque vão é o socorro da parte do homem." (Sl 108:12).
-Descanso: "Tomai sobre vós o meu jugo, e
aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso
para as vossas almas." (Mt 11:29).
PERDÃO
Temos que perdoar a quem nos ofendeu. Se o
trauma envolver pessoas que nos ofenderam, temos que liberar perdão para
obtermos a cura. O perdão rompe as cadeias emocionais que nos prendem às
experiências dolorosas do passado. Quando seguramos a raiva ou ódio de alguém
que nos causou males, estamos amarrados a essas emoções e não obteremos vitória
enquanto não liberarmos perdão a essas pessoas. O perdão romperá as correntes
emocionais negativas. Passado e presente se distanciarão. A falta de perdão é a
principal porta de entrada de satanás na vida dos cristãos. Paulo nos exorta
para perdoarmos a fim de que satanás não alcance vantagem sobre nós. 2 Co 2:11.
Nossa relação com os demais (bons e maus) deve ser a mesma de Deus para
conosco: perdão, aceitação e amor. Perdoar não significa que devemos tolerar o
pecado ou compartilhar dos erros dos outros. Há situações em que a pessoa
traumatizada torna-se vítima da ingerência de demônios. Para casos desse tipo é
preciso Cura Interior Redentora, ou seja, libertação espiritual e restauração
das emoções. Se você é um renascido veja seu passado à luz do que você é em
Cristo. Você tem uma nova herança em Cristo. O trauma exerce efeito sobre sua
natureza adâmica, não sobre sua nova natureza em Cristo. Todos nós podemos ser
vítimas de traumas e isto não pode ser evitado porque está relacionado ao nosso
passado e não há como voltar no tempo e modificar nossa experiência dolorosa.
Mas, o cristão tem como romper com o passado e deixar de ser vítima do tempo,
seguindo a vida com sua nova identidade em Cristo. A intensidade da emoção
primária (traumática) foi gerada a partir da percepção dos fatos, quando
ocorreram. A emoção secundária é gerada a partir da percepção de nossa nova
identidade (hoje) em Cristo. Muitas pessoas são escravas dos traumas e vivem
num baixo padrão de vida porque estão presas às emoções negativas de
experiências ruins que aconteceram no passado. Quando assumimos nossa nova
identidade em Cristo, as coisas velhas ficam para trás, somos libertos delas. A
Bíblia ensina como fazer uma reengenharia na alma, de modo que os nossos
pensamentos, sentimentos e vontades tenham o padrão de Jesus e não o de Adão
caído. Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já
passaram; eis que tudo se fez novo. 2 Co 5:17.
OUTROS PROCEDIMENTOS BÍBLICOS DE CURA INTERIOR
A Cura de um trauma emocional pode acontecer
como consequência de diversos fatores espirituais, entre eles:
1) Pela Providência Soberana de Deus: Jl
2:28-29 com Atos 2. É Deus quem escolhe as pessoas, os lugares, os tempos e as
circunstâncias. ( Dn 4:35, Mt 20:15); Jz 6:11.34).
2) Escrituras: A Bíblia orienta, conforta,
edifica e cura a alma. A leitura regular da Bíblia promove o fortalecimento
necessário ao homem interior.
Romanos 15.4 - Porquanto, tudo que dantes foi
escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela
consolação proveniente das Escrituras, tenhamos esperança.
3) Palavra Profética: As profecias acontecem
através da inspiração e da revelação: Profecia por Inspiração. A profecia é uma
expressão verbal inspirada pelo Espírito Santo em dado momento. Cremos que Deus
ao dar a inspiração, capacita sobrenaturalmente a natureza espiritual do
profeta, conferindo-lhe poder de falar um pronunciamento ungido de forma
completamente distinto do alcance natural de suas faculdades mentais. Profecia
por Revelação: O profeta anuncia uma mensagem divina recebida anteriormente por
meio de sonhos, visões, etc. 1 Coríntios 14.3. Mas o que profetiza fala aos
homens para edificação, exortação e consolação. Uma profecia é normalmente dada
para: Edificação – Fortalecimento pessoal e crescimento do caráter; Exortação:
Tem a finalidade de animar, encorajar; Consolação: Conforto, alívio de um
sofrimento.
4) Fatos/acontecimentos: 1 Coríntios 7.6 - Mas
Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito;
5) Prática na irmandade: 2 Coríntios 1.4 - que
nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os
que estiverem em alguma tribulação, pela consolação com que nós mesmos somos
consolados por Deus. 6) Pelo Contato com a Presença de Deus. Presença de Deus
nas Pessoas, através de objetos e lugares. a) Contato Pessoal: At 5:12-15. Cura
divina pelo toque das mãos. O livro de Hebreus - Hb 6:1-2. Diz claramente que a
imposição de mãos é um dos princípios da doutrina cristã. b) Contato por
Objetos: Os lenços de Paulo foram usados como instrumentos de poder de cura e libertação.
(At 19:11-12). "... tocar na orla das vestes... Todos quantos tocavam eram
curados" Mc 6:56c). Contato com a Presença de Deus num lugar abençoado:
"...então sucedeu que a casa, a saber, a casa do Senhor, se encheu de uma
nuvem; de maneira que os sacerdotes não podiam estar ali para ministrar, por
causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus." (2 Cr
5:11-14) "Então enviou Saul mensageiros... os quais viram um grupo de
profetas profetizando... e o Espírito de Deus veio sobre os mensageiros de Saul
e também eles profetizaram. Avisado disso Saul enviou outros mensageiros e
também estes profetizaram; então enviou Saul ainda uns terceiros, os quais
também profetizaram. Então, foi para a casa dos profetas, em Ramá e o mesmo
Espírito de Deus veio sobre ele (Saul), que, caminhando, profetizava..."(1
Sm 19:20-24).
7) Pela Súplica: Com Orações e Súplicas. A
unção pode ser resultante de uma vida de oração e súplica. Em Lucas há uma
promessa condicionante "Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas
dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo
àqueles que lho pedirem?" (Lc 11:13).
8) Prática das Leis espirituais: A Lei da
Semeadura e a Lei do Retorno.
Colhemos o que plantamos. Geralmente a colheita
é na proporção do plantio. Gl 6:7 : ”pois tudo o que o homem semear, isso
também ceifará.”
Se plantarmos a bondade, por exemplo,
certamente colheremos coisas boas.
Ec 11.1.”Lança o teu pão sobre as águas, porque
depois de muitos dias o acharás.”
9) Comunhão com o Senhor: Ef 6:10. O apóstolo
Paulo disse:
“Finalmente, fortalecei-vos no Senhor e na
força do seu poder.”
Intimidade em adoração e oração com o Médico
dos médicos, Jesus, é a melhor forma de receber a cura interior. A visitação do
Espírito Santo é balsâmica: sereniza nossa alma, cura as feridas interiores.
Sofonias 3.17: “O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar;
ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em
ti com júbilo.” Isaías 61.3: "... a ordenar acerca dos que choram em Sião
que se lhes dê uma coroa em vez de cinzas, óleo de gozo em vez de pranto,
vestidos de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem
árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado"
10) Pela obediência ao Senhor e a Sua Palavra:
Dt 30: 9-10
"O Senhor teu Deus te fará prosperar
grandemente em todas as obras das tuas mãos, no fruto do teu ventre, e no fruto
dos teus animais, e no fruto do teu solo; porquanto o Senhor tornará a
alegrar-se em ti para te fazer bem, como se alegrou em teus pais; quando
obedeceres à voz do Senhor teu Deus, guardando os seus mandamentos e os seus
estatutos, escritos neste livro da lei; quando te converteres ao Senhor teu
Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma."
REDIMINDO A PESSOA DE MODO INTEGRAL
A queda da humanidade (Gn.3) introduziu o
princípio da morte e decadência em todos os níveis da existência humana. O
veneno do pecado perpassa cada poro do nosso ser. Em seu sofrimento e
ressurreição, Cristo venceu a morte - não somente fisicamente, mas de todas as
formas em que somos afetados por ela. Nossa vida interior é uma parte crítica
de nossa identidade pessoal, e, portanto a necessidade para a cura das emoções
e memórias sempre fez parte da nossa condição humana. O ensinamento e
ministério do Senhor Jesus reconheceram implicitamente esta necessidade, bem
como o fez o alcance da igreja primitiva. O Senhor Jesus mesmo falou
frequentemente sobre “o coração” (isto é, “a sede oculta da vida emocional”)
como fonte de pensamento e ação. Ele também citou a profecia messiânica de
Isaías 61, declarando seu propósito de “restaurar o coração partido” (Lc.
4:18). O apóstolo Paulo falou repetidamente sobre a renovação da mente no
Espírito Santo (Rm. 12:2; Ef. 4:23). O encontro na estrada de Emaús (Lc. 24)
pode ser visto (entre outras coisas) como uma forma de “cura das memórias”. Se
nós tomarmos este incidente como um protótipo para o exercício válido desta
forma de ministério, vários critérios podem ser vistos. Se esta forma de cura
tem sustentação bíblica, ela não se referirá primariamente às cicatrizes
emocionais e traumas psicológicos da infância. Muito mais, ela tomará uma
perspectiva mais ampla, lidando radicalmente com todas as forças da ansiedade,
medo e incredulidade que produzem pensamento e comportamento antibíblico. O
ponto central da cura interior nesta perspectiva mais ampla é a morte
sacrificial do Senhor Jesus e sua vitória através da ressurreição sobre o
pecado e a morte, exatamente como aconteceu na estrada de Emaús. Deste ponto de
vista, a cura interior é muito menos um fim em si mesmo e muito mais um passo
preliminar que capacita o cristão a conseguir a libertação (Gl. 5:1) e a
maturidade espiritual, deixando de lado a forma egoísta e infantil de viver (1
Co. 13:11-12). Os discípulos, apóstolos e crentes do primeiro século conheciam
o Cristo crucificado e ressurreto como Senhor de toda a história cósmica (Cl.
1:15-23), racial (Ef. 2:11-20) e pessoal (Hb. 9:14). À medida que eles seguiam
Seu exemplo e a promessa de Sua eterna presença, eles eram libertos (e
libertavam outros) do pecado, da doença física e psicológica e dos problemas
emocionais, bem como do medo da morte e da falta de esperança que ela produz.
Foi-lhes dada radicalmente uma nova base para a autoestima, a qual não está
baseada na mentira, ira ou outras formas de autoafirmação. Esta nova base
desafiou tanto a religião farisaica como sensualidade desenfreada.
ALGUNS PARÂMETROS PARA O DISCERNIMENTO
Na medida em que consideramos estes
fundamentos, teorias e técnicas, e tentamos pesar suas implicações, nós devemos
ter me mente alguns fatores críticos. A cura do “interior do homem” é uma
premissa biblicamente demonstrável. Por esta razão, nós precisamos abordar
algumas ideias e métodos sobre cura interior com cautela. A admoestação do
Senhor Jesus a seus discípulos de que fossem “prudentes como as serpentes e
símplices como as pombas” (Mt. 10:16) nos colocará numa posição bem firme para
que sejamos capazes de identificar as influências sub-cristãs sem sermos
influenciadas por elas. A ênfase exagerada numa certa técnica na vida
espiritual facilmente se torna uma tentativa de manipulação psíquica, um
esforço de produzir uma experiência ou um encontro com Deus. Não há nada de
intrinsecamente errado em se utilizar a imaginação na oração, mas a dependência
de invocação imaginativa de imagens religiosas pode se tornar insana. O uso do
termo “visualização de fé” não batiza semanticamente tais práticas. Os produtos
da imaginação podem também ser convenientemente trazidos para o campo do desejo
e do ego, enquanto que o Cristo vivo não pode. Uma ênfase extremada na
confissão verbalizada pelo crente no movimento da “palavra da fé” é outro
ensino aberrante o qual, sutilmente, se torna uma espécie de ocultismo. Nestas
formas exageradas, a visualização da fé cria um “vídeo interior do Senhor
Jesus”, o qual pode ser manipulado para quase qualquer sentido. Da mesma forma,
devemos estar atentos para os modelos psicológicos que se baseiam em visões
anti bíblicas da natureza humana. É também necessário identificar e rejeitar
tecnologias terapêuticas que são utilizadas para sustentar tais modelos. Alguns
praticantes de cura interior, infelizmente, não somente têm adotado um sub modelo
da natureza humana; eles têm permitido que os próprios modelos se tornem
parâmetros de interpretação da Bíblia. Tais práticas se situam entre a
aberração e a apostasia. Como já dissemos, existem ligações demonstráveis entre
tais técnicas como a “visualização da fé” ou a “confissão positiva” e algumas
formas de pensamento do ocultismo e da Nova Era. Os esforços de se voltar para
o interior para encontrar a globalidade, podem levar-nos à “dimensão divina
interna” do misticismo Neoplatônico ou aos “arquétipos” do inconsciente
coletivo de Jung. Em ambos os casos, bem como num grande número de casos
similares, o sujeito que busca termina ofuscado por um subjetivismo, o qual é
racionalizado com termos originários da metafísica oriental e da psicologia
humanística. Neste ponto, uma mudança da verdade bíblica para especulações
humanas se torna base para uma séria confusão sobre a natureza da cura e, mais
importante, sobre a natureza do praticante da cura. Neste novo papel, Jesus, o
Messias, se torna em parte o terapeuta primal e em parte um xamã primevo. Nesta
situação, uma tentativa de se fazer uma avaliação racional ou bíblica é
negativamente rotulada como um “falta de fé”, “apagar o Espírito” ou “bloquear
o fluxo”; pode mesmo ser desprezada como uma “viseira”. A postura bíblica sobre
a nossa natureza é, com certeza, uma avaliação verdadeira e mais confiável do
que a feita por nossos medos, iras e memórias.
A QUESTÃO DE PRIORIDADES
É razoável assumir que os problemas
psicológicos e emocionais a que a igreja primitiva se referia eram tão
complexos como os de hoje. Nós também vamos assumir que as soluções que ela
aplicava são tão funcionais para hoje como eram no primeiro século. Não havia
nenhuma necessidade de se renunciar à visão escriturística da condição humana
ou do Senhor Jesus Cristo, a fim de fazerem estas soluções funcionarem. A
imposição de mãos, a unção com óleo, a confissão mútua e a meditação
direcionada eram alguns dos métodos empregados para produzir ambos, a cura
interna e a cura externa. Os apóstolos foram estranhamente silenciosos,
entretanto, sobre qualquer necessidade de reviver experiências relacionadas com
a infância, ou sobre a prática de esfaquear o pai na imaginação, como alguns
praticantes de cura interior têm aconselhado aos seus clientes. Com certeza, há
abundantes benefícios psicológicos em se colocar o Senhor Jesus como o centro
radical de nossas vidas e afetos, mesmo acima e além de nossos laços familiares.
Nós também somos chamados, entretanto, a meditar sobre coisas que estão acima
e, de alguma forma é bom que se diga que não estão nutrindo ressentimentos ou
usando a nossa liberdade como desculpa para o mal (Ef. 4:26; 1 Pe. 2:16; Gl.
5:1). Existe uma considerável distância entre confessar a presença de um desejo
negativo e dramaticamente realizá-lo, mesmo que na fantasia. Nós devemos evitar
confundir o sagrado com a saúde. A cura da psique e emoções pode ser uma
importante parte do nosso crescimento em direção à espiritualidade. Entretanto,
ela não deve ser superestimada em detrimento de outros aspectos da santidade,
nem deve se tornar um substituto deles. Nós devemos nos guardar da ideia de que
os cristãos estão isentos de toda sorte de enfermidades, doenças e tentações e
que, qualquer ocorrência deste tipo seja um ponto negativo em nossa condição
espiritual. Por outro lado, é importante não perder de vista as variadas
maneiras pelas quais Deus provê libertação de coisas que nos impediriam viver
plenamente em Cristo.
AS MARCAS DA INTEGRIDADE ESPIRITUAL
Cura espiritual pode ser considerada como tendo
base bíblica. Se assim for, ela deve ser reconhecida como uma parte integral de
nossa vida cristã. Três principais pontos nos ajudarão a discernir a consonância
bíblica de cada forma em particular, de cura interior. Todos os três pontos são
vitais para um entendimento equilibrado e seria desaconselhável isolar ou
superestimar qualquer um destes elementos. Primeiro: A cura espiritual deve
tocar o problema na sua fonte. O indivíduo deve ser liberto da prisão de uma
memória em particular e do falso significado atribuído a ela. As feridas
emocionais causadas pelo incidente que forçou a repressão de sua memória devem
ser curadas. Paulo fala de Deus como o Pai da compaixão (1 Co. 1:3-4) e também
enfatiza que a provisão do sangue de Cristo é um aspecto da Sua perfeita
sabedoria (Ef. 1:7-8). De fato, é a “contínua aspersão do Seu sangue” que
guarda o coração e a consciência das “palavras mortas” (Hb. 9:14; 10:22) e nos liberta
do cativeiro emocional destas palavras a fim de que possamos servir ao Deus
vivo. Segundo: A cura interior deve quebrar padrões de respostas habituais e
comportamentos que foram gerados em reação a um trauma inicial. A pessoa que
está sendo curada deve cooperar ativamente neste processo, ao invés de reagir
passivamente à instruções e manipulações do que ministra a cura interior. Toda
redenção envolve o fazer escolhas e o exercício da nossa vontade. Uma vez que
fomos convocados ao arrependimento e renovação, somos também chamados a
abandonar velhas formas de responder às pessoas e circunstâncias (Cl. 3:12-17;
1 Pe 2:1-3). Nós devemos, portanto aprender novas atitudes e formas de lidar
com estas situações (Ef. 4:22-24; 1 Pe. 1:5-9). Terceiro: A cura interior deve
produzir mudanças pessoais que sejam compatíveis com a revelação das
Escrituras, do nosso novo ego (eu) em Cristo. Isto deve estar combinado com uma
ênfase na confiança do que Deus nos diz sobre nós mesmos, mais do que nossos
sentimentos podem dizer. A postura bíblica sobre a nossa natureza é, com
certeza, uma avaliação verdadeira e mais confiável do que a feita por nossos
medos, iras e memórias, sem mencionar as acusações do Adversário (Rm. 8:1-2). A
cura interior deve nos ajudar a sermos reeducados (através da Palavra de Deus)
acerca de quem somos em Cristo. Uma vez que entendemos como Deus nos vê, bem
como a provisão que Ele fez para o nosso crescimento, nós começaremos a
desenvolver uma autoestima que corresponde precisamente à nossa confiança na
justiça de Cristo, mais do que em nossa própria (Rm. 12:3). Nós não temos que
abandonar o ponto de vista bíblico ou o compromisso com o Senhorio de Cristo a
fim de podermos nos beneficiar da cura interior. De fato, se tal necessidade
for expressa ou se está implícita, é aconselhável reconsiderar a validade dos
fundamentos que têm sido colocados. Jesus mesmo reconheceu o dilema fundamental
da humanidade, bem como suas secundárias implicações emocionais e psicológicas.
Ele reconheceu o problema de se atingir autoestima diante em ambiente hostil e
uma consciência igualmente hostil que foi imperfeitamente moldada por
influências imperfeitas durante os anos de formação da pessoa. A consciência
ainda não redimida se torna um entrave na condição psicológica, o qual
inevitavelmente produz sua própria dissolução (Rm. 8:6). O Senhor Jesus ensinou
ao homem que a vida entregue a Ele e o fato de seguirmos seu exemplo - mesmo a
sua morte sacrifical pelos pecadores é uma carga mais fácil de ser suportada do
que se lutarmos com as nossas próprias forças. (Mt. 11:28-30).
As feridas da alma impedem o ser humano de
viver todo seu potencial. A cura interior é um processo em que o Espírito Santo
sara essas feridas e oferece a oportunidade do cristão viver de forma
abundante. Deus realiza obra completa.
Cura interior é um processo em que a ação do
Espírito Santo sara as feridas da alma. Essas feridas têm sua origem em algum
fato ruim do passado e a cura oferece a oportunidade de o cristão viver todo
seu potencial. Esse processo tem contribuído para libertação de muitas pessoas
e começa quando se toma uma atitude, Sl 32: 3, de reação contra os problemas
interiores que aprisionam a mente e o comportamento. Deus realiza uma obra
completa, mas há crentes que não descobriram isso. Vejamos as seguintes
situações.
AJUDE A VOCÊ MESMO
Todo ser humano tem uma história de vida e o
que já fizerem contra você produziu feridas interiores que precisam ser
saradas. Você é a melhor pessoa para ajudar você mesmo. Se procurar ajuda em
Deus, encontrará, mas é preciso extrair forças de onde, aparentemente, não
existem mais. É o momento de ser tão forte como nunca foi, pois quem lhe
fortalece é o Senhor: “faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não
tem nenhum vigor”, Is 40: 29.
Há muitos cristãos que já ajudaram a muitos,
auxiliaram a outros, mas não conseguem superar os próprios problemas. Agora
chegou a sua vez. Se percebe que em seu mundo interior há desajustes entre o
espírito e a alma, você precisa ser tratado. O crente em Jesus Cristo pode ser
feliz e declarar: “tudo posso naquele que me fortalece”, Fp 4: 13. Mas, para
isso, seu interior precisa ser curado.
Examine-se a si mesmo, identifique seus
problemas, coloque-os na presença de Deus e permita a ação do Espírito Santo em
sua alma. Com as feridas saradas, aprenda a manter bom equilíbrio e faça todo
esforço possível para vencer. Não se deixe dominar, mas domine, lute por sua autoestima.
Lembre-se de que seu passado não é seu presente. Por isso, em Cristo,
liberte-se dos traumas, das lembranças do passado, das amarguras, dos
ressentimentos e seja mais que vencedor. Para isso, libere perdão.
CRISTO RESOLVE OS PROBLEMAS
Todo ser humano tem problemas. Alguns são
pequenos, fáceis de serem resolvidos. Outros parecem que não têm tamanho, que
nunca serão solucionados. Esses podem gerar consequências sérias e para a vida
inteira. Seus efeitos podem atrapalhar um casamento, a profissão, a capacidade
de aprendizado, relacionamento social e, principalmente, a vida espiritual.
Então, livre-se deles.
Para tanto, observe que há problemas do passado
que não foram solucionados ou foram mal resolvidos, e hoje impedem você de ter
a vida abundante prometida por Jesus, Jo 10: 10. Com o tempo, o problema parece
que vira uma necessidade pessoal, e aí, a pessoa perde o controle da situação e
até da trajetória de sua vida. Chega a pensar em desistir do Cristianismo, ou
da vida. Aparentemente, é como se não houvesse solução.
Situações negativas não devem ter domínio sobre
o percurso da vida de um cristão: “lançando sobre ele toda vossa ansiedade, que
ele tem cuidado de vós”, 1Pe 5: 7. Entenda que problemas não são necessidades.
Fale com Deus sobre essas questões. Permita que o Espírito Santo sare as
feridas de sua alma, quebre o jugo que pesa sobre seu pescoço e abra o caminho
para a vida abundante, Fp 4 19; Sl 51: 3.
ORAÇÃO SUBSTITUI LAMENTAÇÕES
Mais cedo ou mais tarde, todos passam pela
experiência da lamentação. Os problemas geram lamentações, incertezas e
palavras negativas, que são sementes ruins no dia-a-dia da vida cristã. Essa
semeadura negativa produzirá conseqüências más, Pv 29: 25, porque as palavras
têm poder de condicionar a mente do ser humano e levá-lo à destruição: “A boca
do insensato é a sua própria destruição, e os seus lábios, um laço para a sua
alma”, Pv 18: 7. Por isso, troque as lamentações pela oração.
Viver reclamando, dar a impressão de que nada
vai bem, aparentar que a vida nunca foi boa, que as coisas sempre deram
erradas, etc, são alguns tipos de lamentações e isso gera desarmonia em relação
às coisas boas. O Senhor disse para Moisés: “porque clamas a mim? Dize aos
filhos de Israel que marchem”, Êx 14: 15. O vocábulo hebraico tsa’aq, traduzido
por ‘clamas’, é o mesmo que lamentação. Porque estavam reclamando da vida,
esqueceram-se da promessa de libertação. Por isso, troque as reclamações pela
oração.
Muitas vezes conosco isso também acontece.
Porém, as lamentações acabam por afetar negativamente nosso mundo interior e
nossa fé. A oração dá outra direção à vida do cristão. Em vez de continuar
recuando, o Espírito Santo o fortalece, levando-o para frente, estimulando-o a
continuar marchando. A oração toca coração do Senhor, que sara nossas
enfermidades, Sl 103: 1-5.
A FÉ EM DEUS DESTRÓI O MEDO
A filosofia popular afirma que o medo é a certeza
da desgraça que está para acontecer, não tenha medo, pois ele pode dominar você.
O medo gera pavor, receio, insegurança, tensão, angústia e ansiedade. Esse
sentimento de grande inquietação, ante a noção de um perigo real ou imaginário,
produz susto, pavor, temor e terror no coração humano.
Jó possuía qualidades que agradavam a Deus, mas
trazia em sua alma o medo: “Aquilo que eu mais temia me aconteceu”, Jó 3: 25.
Todos precisam vencer este fantasma que parte do mundo interior e afeta
terrivelmente o exterior. Há crentes que trazem consigo este sentimento por
causa de feridas na alma que não foram saradas, de fatos passados que deixaram
forte impressão em seu coração. A fé bíblica em Deus sempre foi o melhor
caminho para a destruição do medo e da cura de suas origens, no mundo interior.
Essa fé dá segurança espiritual e emocional na
vida cristã: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O
Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?”, Sl 27: 1. A palavra de
Deus renova a mente e muda os conceitos negativos instalados na mente do
cristão. O bálsamo do Espírito Santo sara as feridas da alma e produz cura
interior.
CONCLUSÃO
Se você enfrenta problemas assim, busque
através da Palavra de Deus, da oração, com jejuns, o bálsamo do Espírito Santo
e a cura interior. Você é alvo do amor Deus. Ele nos ama muito e não quer que
vivamos cabisbaixos e sem nenhuma perspectiva de vitória. Olhe para frente,
para o alto. Confesse seus pecados e os abandone. Não fique comentando-os com
terceiros, relembrando suas derrotas e fracassos. Deixe seus problemas nas mãos
de Deus. Faça um concerto com Ele. E faça propósitos sérios para sua vida moral
e espiritual. Você é um ser especial. Vença a inquietação, a ansiedade, cuide
bem de você mesmo. Busque a cura interior.
Graças, Senhor Jesus, pela cura interior.
PSICOTERAPIA / BIBLIOTERAPIA
A BIBLIOTERAPIA E SUA IMPORTÂNCIA
Palavra
originada dos vocábulos em grego “Biblion”, todo tipo de material bibliográfico ou de leitura e “Therapein”, tratamento, cura ou restabelecimento.
A
leitura é uma atividade que além do desenvolvimento cultural e de formação do
cidadão, pode desempenhar um papel terapêutico.
A
Biblioterapia pode ser aplicada tanto num processo de desenvolvimento pessoal,
educacional, como num processo clínico-terapêutico. É um processo interativo
que se utiliza da leitura e outras atividades lúdicas como coadjuvantes,
inclusive em tratamentos de pessoas acometidas por doenças físicas e mentais.
Pode ser aplicada na educação, na saúde e reabilitação de indivíduos em
diversas faixas etárias. As histórias podem levar a mudanças, pois auxiliam o
indivíduo a enxergar outras perspectivas e distinguir opções de pensamentos,
sentimentos e comportamentos, dando oportunidades de discernimento e entendimento
de novos caminhos saudáveis para enfrentar dificuldades.
Pode
ser aplacada no contexto escolar, no processo de hospitalização e de
sociabilização.
Abrange
quatro estágios:
Identificação: O momento em que o leitor se reconhece em algo ou em alguém (os personagens),
o que lhe permite compreender os seus próprios conflitos à luz dos conflitos
desses personagens;
Catarse: Quando o leitor liberta sentimentos reprimidos e sente alívio através dos
desafios vividos e ultrapassados pelos personagens;
Discernimento: O leitor faz um juízo de valor sobre o que leu e faz o contraponto entre a
sua experiência e a dos personagens do texto;
Universalização: Estabelece-se a ligação entre o que acontece no texto e a vida do leitor, que
não só se coloca no lugar dos outros (os personagens) como percebe que não está
só no tocante às suas inquietações, porque outros vivem desafios semelhantes.
Paralelamente
a este processo, quando lemos estamos também: a recordar toda e qualquer
experiência que já tenhamos vivido; a associar, isto é, a estabelecer pontes
com tudo aquilo que já foi vivido e que constitui a bagagem emocional,
intelectual e espiritual que levamos para dentro do texto; a reconstruir ou a
imaginar um mundo, uma realidade paralela construída na nossa mente a partir do
conteúdo do texto.
Através
dos livros, o leitor ou um conjunto de leitores no seio de uma empresa, por
exemplo, pode aplicar o que leu na sua própria vida ou na vida de uma
instituição.
O
leitor/ouvinte se envolve com a trama e/ou com o personagem da história (envolvimento),
promovendo a identificação. Ao identificar-se, pode reconhecer e vivenciar de
forma viva seus sentimentos característicos. Os problemas resolvidos com
sucesso farão com que o indivíduo realize uma tensão emocional associada aos
seus próprios problemas, atingindo a catarse. Desta forma, pode chegar ao
insight, que leva o leitor/ouvinte a aplicar o que aconteceu na história à sua
vida pessoal. A semelhança do problema da história leva à aproximação da vida
pessoal, tornando-o acessível, atingindo uma etapa final, que seria a
universalidade, onde se podem compreender outros problemas similares.
Para
que esse processo se realize com sucesso é importante a seleção criteriosa do
material a ser utilizado, a apresentação e definição da duração do processo e
dos materiais, assim como o acompanhamento através da exploração emocional dos
materiais e o compartilhamento das experiências.
É
importante ter em mente que, ao ler um texto, o indivíduo constrói um texto
paralelo, intimamente ligado às suas experiências e vivências pessoais, o que o
torna diferente para cada leitor. Assim, conceitos podem ser transmitidos, mas
os significados são pessoais e intransferíveis.
Através
da Biblioterapia, o indivíduo pode ser ajudado a ganhar distanciamento de sua
própria dor e expressar seus sentimentos, ideias e pensamentos, o que pode
possibilitar uma percepção mais aguçada de sua própria situação de vida,
desenvolvendo uma forma de pensar criativa e crítica, além de diminuir o
sentimento de solidão (de sentir-se único a se sentir daquela forma), validar
seus sentimentos e pensamentos, desenvolver empatia com outras pessoas (quando
a Biblioterapia é aplicada em grupo). Isso favorece a diminuição da ansiedade.
No
entanto, é importante que se perceba que a Biblioterapia não é uma fórmula
mágica, nem uma intervenção única para promoção de mudanças. É uma ferramenta
ou recurso terapêutico que faz parte de um processo.
Através
dos livros, o leitor ou um conjunto de leitores no seio de uma empresa, por
exemplo, pode aplicar o que leu na sua própria vida ou na vida de uma
instituição.
Nesse
sentido, A Biblioterapia propõe-se atuar como mediadora, auxiliar na
interpretação dos conteúdos e oferecer aos seus clientes a oportunidade de se
distanciarem da realidade para rever conceitos, redescobrir emoções, pensar de
forma distinta, tomar decisões e escolher novos caminhos.
A
mudança para melhor é o objetivo primordial da Biblioterapia.
A
Biblioterapia constitui-se em uma atividade interdisciplinar, podendo ser
desenvolvida em parceria com a Biblioteconomia, a Literatura, a Educação, a
Medicina, a Psicologia, a Enfermagem..., que tem como objetivo a troca de
informações entre as áreas relacionadas. O resultado terapêutico ocorre pelo
próprio texto, sujeito a interpretações diferentes por pessoas diferentes.
Desta
forma, a Biblioterapia constitui-se em um meio possível para se abordar temas
existenciais (como a morte, por exemplo) com crianças tanto no contexto da
saúde como da educação.
O
bem-estar do ser humano é hoje visto de forma integral e encara-se o “ser-se
saudável” não apenas como a ausência de doença física, mas também como o
estar-se bem ao nível social e mental. Para alcançar este bem-estar global
cooperam várias áreas do conhecimento e a Biblioterapia tem vindo a evidenciar
potencialidades para colaborar no desenvolvimento e no equilíbrio do ser
humano.
A
Palavra de DEUS é um manancial de Vida, efetivamente, há remédio para os males
espirituais ou emocionais, com a intenção de promover o indivíduo à pessoa,
elevar a autoestima do combalido e, por conseguinte fazer emergir o errante ao
status de cidadão.
Pode-se
afirmar que a Biblioterapia seja uma atividade que corrobora como adjuvante no
tratamento de enfermidades que a Ciência por si só ainda não pode resolver
isoladamente.
A
Biblioterapia ainda provê conforto e alivio para alguns distúrbios leves
como:
-
Isolamento;
-
Estresse pós-traumático em razão de catástrofes generalizadas;
-
Estresse pós-traumáticos em vítimas de exploração sexual e/ou abuso;
-
Baixa autoestima;
-
Sentimentos de menos valia, rancor e falta de perdão;
-
Doenças psicossomáticas;
-
Auto sabotagem…
Os
encontros podem ter uma agenda semanal e de curta duração, com aproximadamente
duas horas de exposição bíblica composta de interatividade.
É
possível constatar casos catárticos e libertadores, que emanam de almas muitas
vezes aprisionadas a paradigmas ou tradições, bem como a simples falta de
informação.
“E
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Evangelho de São João 8:32).
Segundo
registros bíblicos ao som da harpa o rei Saul se acalmava (1 Samuel 16:19-23),
então, podemos entender que a musicoterapia faz bem para a alma e tem sido
encorajada como tratamento para muitos males.
De
igual modo há vários tipos de terapias existentes, que concorrem para
contribuírem na busca pela cura das enfermidades da alma humana, isto sem
prescindir a farmacologia.
Tratamentos
alternativos são sempre bem-vindos, especialmente, quando eles atribuem
eficácia ao longo do processo.
A
cura pela leitura da Bíblia Sagrada não é algo novo, todavia requer exame
investigativo, para não ser confundido com outras práticas, que provocam
autossugestão, o que somente camuflam determinados distúrbios, enquanto que a
restauração advinda do Poder da Palavra é tão somente indiscutível e
sobrenatural, portanto, comprova-se, inquestionavelmente, o milagre.
Em
toda a sua extensão a Bíblia Sagrada oferece recursos literários espirituais e
emocionais para cada tipo de situação. Perpetrado pelo conselheiro ou
religioso, pessoa capaz de desvendar através da interpretação dos fatos,
soluções que, efetivamente, traduzam ao coração do necessitado, a Palavra dita
na hora certa para aquietar suas indagações (Provérbios 25:11), ansiedades,
questionamentos e enfermidades da alma.
Reflexões
e até provocações filosóficas, que apetecem e aguçam a alma, produzindo mudança
de comportamento, para melhor, naturalmente; proporcionando conversão e maior
valor à vida, certamente deve merecer respeito, consideração e serem
apreciadas, como se vê na Biblioterapia.
Somente
é possível encontrar este refrigério cheio de consolação nos adornos do Livro
de DEUS.
Notadamente,
as pessoas que realizaram cursos de extensão ou pós-graduação em Psicologia
Pastoral, Aconselhamento Cristão ou disciplinas correlatas; Capelães Hospitalares,
Médicos, Enfermeiros e pessoas que se destacam por humanizado perfil para a
atividade e que possuem conhecimento, devem buscar aprimoramento no assunto com
o objetivo de criarem grupos de apoio.
Os
grupos de apoio, normalmente, são organizados com pessoas que se identificam
por suas enfermidades ou feridas da alma semelhantes.
São
encontrados, com valiosa eficácia, grupos em centros de recuperação, para
pessoas que buscam a cura da drogadição; para pessoas em fase de luto ou
perdas, advindas de catástrofes; pessoas que desejam se recuperar de
separações, divórcios ou ainda passam por processos dolorosos da depressão.
Também
já foi constatado com sucesso a aplicação da Biblioterapia em Centros Médicos e
Hospitais, como vem acontecendo em alguns lugares do Brasil e do mundo.