terça-feira, 11 de março de 2014

OS PRINCIPAIS REMÉDIOS HOMEOPÁTICOS

A CURA INTERIOR

        A Cura Interior é o um processo de cura do nosso ser em profundidade, no homem interior: da mente, emoções, lembranças e sonhos desagradáveis. É o processo pelo qual, por meio da oração, somos libertos de sentimentos de ressentimento, rejeição, autopiedade, depressão, culpa, medo, tristeza, ódio, complexo de inferioridade, auto condenação e senso de desvalor, etc. Em Romanos 12.2, lemos o seguinte: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente..." 
            A cura interior é a renovação de nossa mente.
        Quando nos convertemos o nosso espírito é vivificado pelo Espírito Santo do Senhor Deus e é curado da culpa do pecado. Este é o maior milagre de Deus em nosso ser. Estamos assim livres para ter comunhão com Deus, mas na nossa alma ficaram feridas, lembranças, traumas, do tempo que vivíamos na vida de pecado.
        Nós não somos o que gostaríamos de ser. Durante este estudo descobriremos várias verdades em nossa vida que precisam ser encaradas e enfrentadas. O Espírito Santo é o Espírito da verdade, ele nos revela quem nós realmente somos.
ÁREAS DA ALMA HUMANA
-Mente: Sede da alma, intelecto, pensamentos, raciocínios, memória.
-Vontade: Instrumento para tomar decisões. Poder para escolher.
-Emoções: Instrumento para expressar nossos sentimentos, gostos, simpatias, alegrias, tristezas, amor, ódio, etc.
A vida abundante que o Senhor Jesus ofereceu aos seus seguidores tem sido o objetivo dos mais dedicados cristãos em todas as épocas. Esta prometida abundância tem sido usualmente entendida como harmonia interna e liberdade espiritual, mais do que abundância material, por razões óbvias. A busca por tal liberdade interior tem aparecido sob os mais diversos nomes.
O fenômeno conhecido como cura interior tem dois objetivos. O seu objetivo primário e espiritual é estender o senhorio e poder de cura de Cristo ao nosso passado, afetando mesmo a nossa experiência antes da conversão. O objetivo secundário e psicológico é, portanto nos libertar de qualquer cativeiro emocional e psicológico que a nossa experiência passada possa ter produzido. Os teóricos da cura interior defendem que os bloqueios emocionais e os padrões habituais de comportamento (com os seus frutos negativos de frustração, derrota e fraca autoimagem) nos impedem de atingir a vida abundante que o Senhor Jesus prometeu. Portanto, eles concluem que, um esforço especial deve ser feito para curar estas feridas interiores, de forma que possamos ser libertos das diversas coisas que podem constringir e empobrecer as nossas vidas. Em resumo, o objetivo geral da cura interior pode ser descrito como uma espécie de santificação retroativa. O propósito geral da cura interior é claramente de natureza psíquica e espiritual. Desta forma, ele defende que a cura das memórias normalmente ocorra num aconselhamento de base individual, ou em pequenos grupos. Considera-se essencial que os dons do Espírito Santo estejam em operação, particularmente os dons de discernimento e cura. Ao indivíduo que está buscando sua cura será pedido que reviva seu passado através da imaginação. Isto geralmente envolve um retorno ao ponto-problema, um encontro traumático ou assustador que moldou a autoimagem e o comportamento da pessoa e também porque este ponto se alojou em camadas profundas de sua psique. Na medida em que o “paciente” imaginativamente recria o ponto-problema, com toda sua intensidade emocional, eles dizem ao paciente para imaginar que Jesus está lá (naquela situação). Presume-se que a presença imaginativa de Jesus traga Seu amor e poder de cura para relacionamentos perturbados com os pais e companheiros, os quais são muito poderosos para que o indivíduo dê conta dos mesmos sozinhos. O que devemos fazer com estes fundamentos, teorias e técnicas que os acompanham? Na verdade, o que devemos fazer com os ministros e ministérios da cura interior? A época em que vivemos, com sua orientação voltada para o experiencial, tende a gerar um entusiasmo desqualificado por experiências de cura interior dentro de alguns setores da comunidade cristã. Infelizmente, esta mesma tendência tem efeito oposto em outros cristãos, que vêem como muito suspeitas tais experiências e a fascinação acrítica despertada por elas. Na maioria dos casos, não existe uma única resposta simples. A época em que vivemos é caracterizada pela crescente complexidade da vida em todos os níveis: econômico, material, moral e intelectual. Na medida em que novas e antigas ideias se proliferam, elas influenciam o pensamento cristão de várias formas. Algumas têm mais validade que outras; muitas são completamente inaceitáveis. Nós devemos estar preparados para encarar conceitos não familiares e pacientemente e em oração desvendar tanto as suas fontes bem como a suas implicações. Este processo pode ser frustrante e cansativo, mas sua necessidade é cada vez mais crescente. Dentro disto, nós podemos comentar que a cura interior é um fenômeno complexo e altamente variável. Não é possível nem endossá-la, nem condená-la cegamente. É possível, entretanto, identificar e avaliar aqueles elementos que influenciam as teorias e as terapias dos que praticam a cura interior. Nossa vida interior é uma parte crítica de nossa identidade pessoal, e portanto a necessidade para a cura das emoções e memórias sempre fez parte da nossa condição humana.
A PSICOLOGIA DA PESSOA INTEGRAL
         Há comunhão entre Psicologia e o Cristianismo? Esta questão, em seu sentido mais amplo, escapa do objetivo da nossa aula. Entretanto, o assunto é pertinente, desde que muito da “cura interior” está baseada em visão secular de como a nossa personalidade é formada e influenciada. Muitos elementos da psicologia secular, entretanto, são mais ambíguos; alguns são frontalmente contrários ao pensamento bíblico. Sigmund Freud é a maior fonte de tendência a se enfatizar o trauma infantil. Carl Jung foi seu aluno e colega que se envolveu superficialmente com ocultismo. Sua abordagem sistemática à compreensão da natureza da mente inconsciente se tornou influente nos anos 60 e 70. Muito dos conceitos de Jung têm sido empregados num modelo “carismático” por pessoas como John Sanford e Morton Kelsey. Portanto, Freud e Jung (para não mencionar outros) indiretamente ajudaram a delinear muitas das pressuposições do movimento de cura interior. Além do mais, algumas das técnicas utilizadas para resgatar memórias têm sido tomadas de empréstimos de terapias seculares. “Alguns praticantes da cura interior não somente têm adotado um submodelo da natureza humana; eles têm permitido que os próprios modelos se tornem parâmetros de interpretação da Bíblia.”
        Cada dia que passa se nota mais e mais o aparecimento de pessoas que manifestam fortes desequilíbrios emocionais. Este tipo de desequilíbrios fazem sobressair a existência de uma extrema baixa autoestima e falta de motivação pessoal na forma como vivem os seus relacionamentos e a sua vida de um modo geral. A cura interior, passa por uma cura emocional e resulta de uma auto consciencialização de quais as vivências negativas do passado que condicionam a pessoa a uma vida plena de paz, amor, alegria e realização, pelo poder do Espírito de Deus.
        Para que seja possível a cura interior e cura emocional é muito importante haver uma clara noção sobre o que significa a inteligência emocional, para que haja uma aprendizagem profunda e um autorreconhecimento sobre as emoções e suas causas para que seja possível uma cura interior e libertação emocional pelo nosso Deus.
        A forte ação do Espírito de Deus em nosso ser traz a libertação de padrões recorrentes com origem em vivências dolorosas ajudam a cura interior e a cura emocional
        Esta cura interior e respectiva cura emocional, passa pela libertação de padrões negativos recorrentes que se manifestam de formas inesperadas que limitam muito a vida da pessoa. Estes bloqueios são ativados por situações, palavras, comportamentos que funcionam como gatilhos, interruptores que despertam vivências passadas muito dolorosas que podem paralisar a pessoa através de medos e fobias. Esta cura interior terá consequências positivas na vida da pessoa e resultará em mudanças muito significativas na automotivação e autoestima.
        Para que seja possível iniciar uma cura interior e uma cura emocional, é necessário que saibamos identificar os mecanismos do subconsciente que ativam os padrões negativos. A seguir apresentamos algumas das feridas emocionais, para que possa haver uma identificação através da auto-observação. Só com a consciência destes bloqueios e mecanismos do subconsciente é possível proceder à cura interior e à cura emocional.
Identificar as feridas emocionais para ajudar a cura interior e a cura emocional
        A primeira coisa que precisamos fazer é identificar o problema, e entender a enorme necessidade de cura interior. Abaixo está uma lista comum de sintomas comuns a procurar em alguém que tem uma ferida emocional:
Crueza interna- Muitas vezes há uma sensação de crueza interior e dor que parece persistir e difícil de libertar.
-Irritabilidade – facilidade em irritar-se excessivamente com os outros, mesmo que a situação não justifique.
-Pouca ou nenhuma tolerância - Ter pouca ou nenhuma tolerância com os outros.
-Sentimentos negativos – Sentimentos de raiva, ódio, ressentimento, etc, parecem emergir facilmente e às vezes sem motivo aparente.
-Excessivamente sensível a algum acontecimento do passado -  Se houver situações no passado que levam a pessoa a tornar-se muito sensível ou irritada, ou mesmo levá-lo exaltar-se, então é provável revele uma profunda ferida emocional ligada com essa situação ou a memória .
-Dificuldade em perdoar – A dificuldade de perdoar impossibilita uma pessoa de amar. Uma pessoa que tenha dificuldade em se perdoar a si e aos outros é uma pessoa estagnada, não se permite libertar dos pesos da vida e assume nas suas costas pesos de atitudes que não são suas. Perdoar os outros não significa compactuar com a sua ignorância, mas sim permitirmo-nos libertar da responsabilidade dos erros que os outros cometem.
-Dificuldade em se permitir e se sentir amada/o - A incapacidade de confiar nos outros cria mecanismos de autodefesa dificilmente intransponíveis. Mesmo que a pessoa tenha em torno de si muitas pessoas que a amam , mas a pessoa não acredita que as pessoas possam gostar dela. Torna-se extremamente difícil de se sentir plenamente e receber amor. Parece haver uma parede até que bloqueia o fluxo do amor na sua vida.
-Agressões físicas - Pessoas com feridas emocionais muito profundas, quando se sentem ameaçadas explodem, tornam-se agressivas e suscetíveis de atacar os outros e ter súbitas explosões de raiva, ódio, ressentimento, etc.
-Revolta com Deus – Uma pessoa que tenha sofrido choques emocionais profundos, por perda, por doença ou outra situação dolorosa incompreendida no momento, pode revoltar-se e culpar Deus pelos dramas e dificuldades que vivência. Na maioria das vezes, com o tempo, a pessoa vem a compreender que os acontecimentos foram agentes poderosos de transformação e que a sua vida enriqueceu muito com a aprendizagem através da dor, e que a aprendizagem tornou a sua vida com muito mais sentido e com maior qualidade nos relacionamentos e vida em geral porque aprendeu a distinguir o essencial do supérfluo.
-Ódio – Muitas vezes, a incompreensão e falta de entendimento o verdadeiro sentido da vida, acontece as pessoas ficarem extremamente feridas e amarguradas devido às vivências dramas do passado. Os abusos não são compreendidos nem fáceis de aceitar. É verdade, não podemos mudar o passado, mas podemos mudar a nossa visão sobre o que nos aconteceu e libertar-nos do peso do que não controlamos no passado. Perdoar não é compactuar, mas aceitar a nossa libertação e desresponsabilização pela profunda ignorância de outros seres humanos. Para quem acredita, a justiça divina não falha, por isso podemos confiar e aceitar libertar esse peso doloroso do passado e acreditar que merecemos o melhor da vida.
-Frustração – Esta turbulência interna resulta de uma inadequação e desenquadramento da forma vivenciamos a vida. A frustração cria uma profunda ferida interior, porque a pessoa passa a vida a lutar contra a corrente e sem obter os resultados que acha que deveria ter. Muitas vezes a aceitação do que não podemos mudar, no momento, pode atenuar a frustração e talvez um redirecionamento de objetivos. Para quem confia na vida é mais simples porque entende que a vida dá o que precisamos para crescer, e sabe que quando algo não flui…há que repensar os esforços e direcionar o sentido do fluxo da vida para outro lado que faça a pessoa sentir-se valorizada e importante.
-Escapismo – Como resultado de uma enorme turbulência interna, há um tremendo desejo de escapar ou criar compensações ou realidades fictícias paralelas que ilusoriamente parecem atenuar o vazio emocional. Este escapismo pode-se manifestar de variadas formas, como comer demais, beber, consumo de bebidas alcoólicas, uso de drogas, tabagismo, sexo, erotização, baladas, etc.
-Autoanulação ou ódio por si mesmo – Uma pessoa que se anula a si mesmo, geralmente não acredita que merece algo de bom na vida e reprime muita dor. As pessoas que se anulam, provavelmente tiveram uma infância em que se sentiram desvalorizadas e não merecedoras de amor, atenção e reconhecimento. A cura interior e cura emocional passa pela libertação de toda essa dor e iniciar um processo de autorreconhecimento e autoaceitação de quem é, libertar a autopunição e aprender a aceitar receber as coisas boas que a vida tem para lhe dar.
-Vingança - O ódio e a raiva assimilada ao longo dos anos é resultante da falta de capacidade de perdoar, alguém que tem uma ferida emocional aberta tem grande facilidade em retaliar de volta os comportamentos negativos para aqueles que os ofendem ou espezinham emocionalmente.
-Comportamento irresponsável – A dor e o vazio interior levam as pessoas a ter comportamentos compulsivos de compensação. Estas descompensações emocionais podem levar a uma abordagem descuidada perante si mesma e perante a vida. Dificilmente uma pessoa vazia interiormente se sente bem consigo mesmo, as feridas e dores emocionais precisam ser ilusoriamente compensadas, seja com a alimentação, seja com o consumismo, ou outro comportamento compulsivo de uma falsa compensação.
-Expectativas irracionais sobre os outros - Alguém que foi profundamente magoado, pode criar grandes expectativas nas pessoas que as rodeiam. E muitas vezes, acontece, decepcionarem-se ou então criar uma enorme intolerância quando erros forem cometidos. Tem uma extrema dificuldade de  tolerar, aturar os outros, criando um enorme mal estar nos seus relacionamentos e em todo o mundo que a rodeia.
-Perfeccionismo exagerado – As feridas emocionais também podes impulsionar uma necessidade extrema de executar tarefas com perfeição excessiva, para assim não dar hipótese aos outros que a possam criticar. Este perfeccionismo excessivo, acaba por ser um enorme peso que carrega, visto que não se permite errar. Estas pessoas, provavelmente viveram uma infância difícil, em que tudo o que faziam nunca estava bem ou nunca era suficientemente bom. Normalmente as pessoas perfeccionismo acabam por também ser demasiado exigentes e criticas com os outros, não aceitando os seus erros como uma forma de aprendizagem, mas sim como se fossem resultado de uma burrice irremediável.
-Sentimentos de desespero – Quando uma pessoa se sente emocionalmente ameaçada, rejeitada, posta em causa, desvalorizada, e não consegue solucionar prontamente o desafio ou corresponder às expectativas do que acha ser  o certo pode entrar facilmente em desespero. Nestas situações, se a pessoa não consegue ver soluções, ou alternativas e agir. É importante que aprenda a confiar na vida, relaxar um pouco e pedir ao Deus do universo que lhe envie as respostas. Por vezes a rendição ao que não controlamos pode ser uma solução sábia, visto que nos tornamos mais calmos e mais facilmente estamos abertos a que soluções inteligentes possam surgir na nossa mente, ou simplesmente estarmos abertos a que soluções surjam do exterior.
-Impulsividade – Ser impulsivo pode resultar de um desequilíbrio emocional, a necessidade de agir de uma forma instintiva pode resultar de sentimentos profundos de ameaça, que gera sentimentos, muitas vezes irracionais incontroláveis.
-Transtorno Obsessivo Compulsivo, ou TOC:  O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), muitas vezes envolve feridas emocionais que nunca foram totalmente curadas. Isto é especialmente verdadeiro com as pessoas que são escravas do auto-ódio, o ressentimento pessoal, autoperdão, etc.
-Hostilidade para com Deus, consigo mesmo, e outros –  Por causa do limite de emoções, uma pessoa pode tendem a sentir-se hostil a Deus, outras pessoas em sua vida, ou até a si mesmo. Isso geralmente é enraizada em uma forma de amargura contra Deus por não impedir que algo aconteça à pessoa, rancor contra alguém que tenha ofendido ou prejudicado emocionalmente, ou amargura contra si mesmo para falhas que tenha caído em si mesmo.
Seja honesto consigo mesmo e inicie o seu tratamento de cura interior.
        Para que seja necessário libertar todas estas feridas emocionais e permitir-se a uma cura interior é necessário que haja uma libertação da resistência à mudança. É necessário entender e aceitar que nós não escolhemos o que nos aconteceu no passado, no entanto podemos escolher fazer uma cura interior e uma cura emocional, permitindo-nos mudar a nossa forma de ser, estar, pensar e ser felizes.
        A cura interior e libertação emocional passa por uma abertura à compreensão de que tudo o que nos acontece, qual o sentido da vida e que tudo pode ser um agente de sabedoria e serve para o nosso crescimento interior.
        O Senhor Jesus Cristo nos afirma: "Eu estou deixando-lhes uma dádiva, paz de espírito e de coração! E a paz que eu dou não é frágil como a paz que o mundo dá. Portanto não se aflijam nem tenham medo." (Jo 14.27,  NIV.) Mas há inúmeras pes¬soas, hoje, que não possuem essa paz interior. E muitas delas são crentes cheios do Espírito Santo, que, apesar de tudo, acham-se emocionalmente enfermas, embora estejam em boas condições físicas. Jesus deseja que sejamos sãos em todo o nosso ser. Em Isaías 53.5, vemos como a Bíblia prediz a obra do Senhor Jesus: "...ele foi traspassado pela nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados." Ele quer salvar-nos de nossos pecados , a cura espiritual; quer que tenhamos paz, a cura interior; quer que fiquemos livres de dores e doenças, cura física. Ele quer que todo o nosso ser seja perfeito!
Para que haja a cura interior são necessários dois passos.
- Romper o domínio de Satanás sobre nós e tomar posse do que é nosso por direito.
- Orar pela cura das lembranças passadas.
        Este primeiro passo é uma cirurgia espiritual, em que o Senhor Jesus cura todos os tumores que estão crescendo em nosso interior tais como medo, ódio, ira, ciúme, autopiedade, etc. Depois, então, pela oração de cura das lembranças guardadas em nossa mente, Jesus penetra em nosso passado e cura todas as mágoas. Ele toma de um apagador espiritual, e desmancha todas as recordações dolorosas. Talvez ele não apague totalmente a lembrança delas, mas remove a dor e o aguilhão. Ele como que anestesia a dor e a ferida profunda. Depois ele unge com o óleo do Espírito Santo, e cura os locais onde havia a ferida. Ele nos purifica e nos dá sua paz.
        O texto de Colossenses 2.11-15 descreve maravilhosamente essa cirurgia espiritual: "Nele também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo; tendo sido sepultados com ele juntamente no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos. E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões, e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudi¬cial, removeu-o inteiramente encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz."
        O Senhor Jesus é a única pessoa que pode sarar os males de nossas lembranças e dores, e Ele o fará, por meio da cura interior:
1. Se quisermos ser libertos do domínio de Satanás;
2. Se quisermos que nossa mente seja curada;
3. Se quisermos ficar integralmente sãos;
4. Se quisermos permanecer sãos. "Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre." (Hb 13.8.) O tempo e o espaço não significam nada. Ele pode voltar ao nosso passado e tocar aqueles pontos em que fomos feridos.
        Ele quer que lhe entreguemos nosso passado. O verso de Filipenses 3.13 nos diz para esquecermos o passado, e olharmos para adiante, para o que está à nossa frente.
        Algumas pessoas parecem gostar de viver no passado, repassando e revivendo sofrimentos antigos, sofrendo como mártires. A essas pessoas o Senhor Jesus não cura. Mas, se realmente quisermos ser integralmente curados, se quisermos essa paz interior, ele pode concedê-la a nós, e no-la concederá. Lemos em Colossenses 1.13-14 o seguinte: "Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados."
        A operação da cura interior não é apenas voltar ao passado e desenterrar de lá os detalhes mais sórdidos. Não é procurar ver qual a quantidade de lixo de que nos lembramos; mas é jogar fora todo o lixo que ali encontrarmos. É deixar que Jesus faça brilhar sua luz divina em todos os recantos escuros onde Satanás escondeu as mágoas e lembranças dolorosas. É andar de mãos dadas com o Senhor Jesus, em todos os segundos de nossa vida, e deixar que ele fique bem ali conosco durante as situações desagradáveis.
        Muitas vezes pensamos: "longe da vista, longe da lembrança", com relação a essas recordações indesejáveis. Mas este raciocínio é semelhante ao ato de ir-se acumulando objetos dentro de um armário. Depois que fechamos a porta, não vemos o amontoado, mas se continuarmos a colocar coisas ali, chegará um momento em que elas rolarão para fora. Esse mesmo princípio se aplica à nossa mente. Vamos empilhando na mente toda sorte de "lixo" (medos, ressentimentos, culpa), pensando que essas coisas não vão incomodar-nos, mas elas ficam lá, no fundo de nosso subconsciente, e sem dúvida alguma irão afetar nossas emoções e influenciar o modo como agimos e reagimos.
        A raiva reprimida, os ressentimentos ou o medo às vezes se manifestam nos momentos em que menos esperamos.
        Quantos de nós passam a vida toda num dilema: "Se ao menos..."; ou então: "E se..." Alguém já afirmou que deveríamos retirar de nosso vocabulário duas palavras: "nunca" e "sempre". "Nunca faço nada certo." "Estou sem¬pre errando." "Nunca faço assim ou assado." "Você sempre faz assim e assado." A Bíblia nos promete que podemos ser libertos das características negativas de nossa personalidade.
        As pessoas frustradas e temerosas estão sempre ingerindo enormes quantidades de bebida, tranquilizantes e soníferos, na tentativa de apagar as tristes lembranças do passado e do pre¬sente. Gasta-se muito dinheiro com médicos, psicólogos e psiquiatras, e se esquecem de buscar o socorro de Deus. Quero dizer aqui que dou graças a Deus pelos profissionais de saúde cristãos. Lucas era médico, e foi inspirado pelo Espírito Santo para escrever a história do Senhor Jesus. Foi Deus quem criou os remédios e deu ao homem a inteligência e a capacidade de fazer uso deles, mas a bênção máxima de Deus para nós é a cura divina.
        Os médicos tratam dos doentes, mas é o Senhor Jesus quem os cura. Na maioria dos casos, a ciência médica trata dos sintomas; o Senhor Jesus quer curar a causa das enfermidades. Os médicos, psiquiatras, psicanalistas cristãos confiam no Senhor, e louvamos a Deus pela existência deles. A cura interior é psicoterapia mais a operação de Deus.
        O Senhor Jesus Cristo é o maior dos médicos, o maior psiquiatra, e Psicanalista que pode haver. Somente ele pode curar-nos integralmente. Ele deseja sarar nossas tristezas e mágoas. Onde havia confusão de espírito, ele quer introduzir serenidade. Onde houve medo, ele está ansioso para conceder-nos uma mente sã, libertar-nos do medo.
        Ele quer restabelecer relacionamentos destruídos; quer reerguer casamentos desmoronados. Quer que sejamos capazes de nos relacionarmos uns com os outros de maneira positiva e construtiva.
        Quer que sejamos capazes de amar os outros do modo como gostaríamos de ser amados; e perdoar da forma como devemos perdoar. Ele quer que sejamos aquele indivíduo que ele tinha em mente quando nos criou.         Se fôssemos descrever os resultados da cura interior com apenas uma palavra, essa palavra seria paz. Lembremos algumas personalidades da Bíblia que tiveram problemas graves, mas depois receberam essa paz interior.    Quando pensamos em Saulo de Tarso e em todos os cristãos que ele matou antes de tornar-se crente, podemos imaginar o senso de culpa e remorso que ele deve ter sentido. Mas Deus o perdoou, encheu seu coração de paz interior, e ele acabou se tornando um gigante espiritual, um grande apóstolo.
        Consideremos a mulher apanhada em adultério. Sem dúvida alguma ela deve ter sentido muita vergonha e autocondenação, mas Jesus lhe disse: "...Nem eu tão pouco te condeno; vai, e não peques mais." (Jo 8.11.).
        E o rei Davi não apenas cometeu adultério, mas também mandou que o marido de Bate-Seba fosse morto. O filho recém-nascido, ilegítimo, morreu. Na certa, o rei Davi deve ter-se sentido sobrecarregado de lembranças dolorosas. Contudo, o Senhor concedeu-lhe a cura interior, e ele se tornou um homem segundo o coração de Deus.      Ele escreveu o seguinte no Salmo 16.9: "Alegra-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará seguro." Davi havia alcançado genuína alegria de coração e espírito, o que vale dizer, alcançara também paz mental.
        O apóstolo Pedro sentiu vergonha também, por haver negado a Cristo, mas recebeu o perdão e a paz, e tornou-se uma pessoa tão bem ajustada, que o Senhor Jesus o chamou de "pedra".
        O Senhor deseja dar-nos essa mesma paz interior, por meio da cura interior. A Bíblia nos promete isso em Filipenses 4.7: "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus."
        Lemos em Isaías 26.3 o seguinte: "Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósi¬to é firme; porque ele confia em ti."
        E Efésios 2.14 afirma: "Porque Ele é a nossa paz.
Graças, Senhor Jesus, pela tua paz.
HÁ PODER CURADOR NA ORAÇÃO
Como lidar com sentimentos dolorosos? Como conviver com a culpa, autoestima em baixa, frustração e muitas outras feridas emocionais, que tanto interferem em nosso comportamento? A Palavra de Deus nos diz que quando oramos "...o Espírito nos assiste em nossa fraqueza..." (Rm 8:26). A palavra "assistir" é colocada justamente no sentido de acompanhar, passo a passo, um processo de cura. A Bíblia demonstra a imensurável graça e infinito amor de Deus no sentido de promover a cura integral do homem. A ação libertadora e curadora do Espírito Santo restaura a alma das feridas emocionais do passado.
-Clamor: "Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás." (Sl 50:15). Refúgio: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia." (Sl 46:1).
-Auxílio: "Dá-nos auxílio para sair da angústia, porque vão é o socorro da parte do homem." (Sl 108:12).
-Descanso: "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas." (Mt 11:29).
PERDÃO
Temos que perdoar a quem nos ofendeu. Se o trauma envolver pessoas que nos ofenderam, temos que liberar perdão para obtermos a cura. O perdão rompe as cadeias emocionais que nos prendem às experiências dolorosas do passado. Quando seguramos a raiva ou ódio de alguém que nos causou males, estamos amarrados a essas emoções e não obteremos vitória enquanto não liberarmos perdão a essas pessoas. O perdão romperá as correntes emocionais negativas. Passado e presente se distanciarão. A falta de perdão é a principal porta de entrada de satanás na vida dos cristãos. Paulo nos exorta para perdoarmos a fim de que satanás não alcance vantagem sobre nós. 2 Co 2:11. Nossa relação com os demais (bons e maus) deve ser a mesma de Deus para conosco: perdão, aceitação e amor. Perdoar não significa que devemos tolerar o pecado ou compartilhar dos erros dos outros. Há situações em que a pessoa traumatizada torna-se vítima da ingerência de demônios. Para casos desse tipo é preciso Cura Interior Redentora, ou seja, libertação espiritual e restauração das emoções. Se você é um renascido veja seu passado à luz do que você é em Cristo. Você tem uma nova herança em Cristo. O trauma exerce efeito sobre sua natureza adâmica, não sobre sua nova natureza em Cristo. Todos nós podemos ser vítimas de traumas e isto não pode ser evitado porque está relacionado ao nosso passado e não há como voltar no tempo e modificar nossa experiência dolorosa. Mas, o cristão tem como romper com o passado e deixar de ser vítima do tempo, seguindo a vida com sua nova identidade em Cristo. A intensidade da emoção primária (traumática) foi gerada a partir da percepção dos fatos, quando ocorreram. A emoção secundária é gerada a partir da percepção de nossa nova identidade (hoje) em Cristo. Muitas pessoas são escravas dos traumas e vivem num baixo padrão de vida porque estão presas às emoções negativas de experiências ruins que aconteceram no passado. Quando assumimos nossa nova identidade em Cristo, as coisas velhas ficam para trás, somos libertos delas. A Bíblia ensina como fazer uma reengenharia na alma, de modo que os nossos pensamentos, sentimentos e vontades tenham o padrão de Jesus e não o de Adão caído. Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. 2 Co 5:17.
OUTROS PROCEDIMENTOS BÍBLICOS DE CURA INTERIOR
A Cura de um trauma emocional pode acontecer como consequência de diversos fatores espirituais, entre eles:
1) Pela Providência Soberana de Deus: Jl 2:28-29 com Atos 2. É Deus quem escolhe as pessoas, os lugares, os tempos e as circunstâncias. ( Dn 4:35, Mt 20:15); Jz 6:11.34).
2) Escrituras: A Bíblia orienta, conforta, edifica e cura a alma. A leitura regular da Bíblia promove o fortalecimento necessário ao homem interior.
Romanos 15.4 - Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela consolação proveniente das Escrituras, tenhamos esperança.
3) Palavra Profética: As profecias acontecem através da inspiração e da revelação: Profecia por Inspiração. A profecia é uma expressão verbal inspirada pelo Espírito Santo em dado momento. Cremos que Deus ao dar a inspiração, capacita sobrenaturalmente a natureza espiritual do profeta, conferindo-lhe poder de falar um pronunciamento ungido de forma completamente distinto do alcance natural de suas faculdades mentais. Profecia por Revelação: O profeta anuncia uma mensagem divina recebida anteriormente por meio de sonhos, visões, etc. 1 Coríntios 14.3. Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. Uma profecia é normalmente dada para: Edificação – Fortalecimento pessoal e crescimento do caráter; Exortação: Tem a finalidade de animar, encorajar; Consolação: Conforto, alívio de um sofrimento.
4) Fatos/acontecimentos: 1 Coríntios 7.6 - Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito;
5) Prática na irmandade: 2 Coríntios 1.4 - que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. 6) Pelo Contato com a Presença de Deus. Presença de Deus nas Pessoas, através de objetos e lugares. a) Contato Pessoal: At 5:12-15. Cura divina pelo toque das mãos. O livro de Hebreus - Hb 6:1-2. Diz claramente que a imposição de mãos é um dos princípios da doutrina cristã. b) Contato por Objetos: Os lenços de Paulo foram usados como instrumentos de poder de cura e libertação. (At 19:11-12). "... tocar na orla das vestes... Todos quantos tocavam eram curados" Mc 6:56c). Contato com a Presença de Deus num lugar abençoado: "...então sucedeu que a casa, a saber, a casa do Senhor, se encheu de uma nuvem; de maneira que os sacerdotes não podiam estar ali para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus." (2 Cr 5:11-14) "Então enviou Saul mensageiros... os quais viram um grupo de profetas profetizando... e o Espírito de Deus veio sobre os mensageiros de Saul e também eles profetizaram. Avisado disso Saul enviou outros mensageiros e também estes profetizaram; então enviou Saul ainda uns terceiros, os quais também profetizaram. Então, foi para a casa dos profetas, em Ramá e o mesmo Espírito de Deus veio sobre ele (Saul), que, caminhando, profetizava..."(1 Sm 19:20-24).
7) Pela Súplica: Com Orações e Súplicas. A unção pode ser resultante de uma vida de oração e súplica. Em Lucas há uma promessa condicionante "Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?" (Lc 11:13).
8) Prática das Leis espirituais: A Lei da Semeadura e a Lei do Retorno.
Colhemos o que plantamos. Geralmente a colheita é na proporção do plantio. Gl 6:7 : ”pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.”
Se plantarmos a bondade, por exemplo, certamente colheremos coisas boas.
Ec 11.1.”Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás.”
9) Comunhão com o Senhor: Ef 6:10. O apóstolo Paulo disse:
“Finalmente, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.”
Intimidade em adoração e oração com o Médico dos médicos, Jesus, é a melhor forma de receber a cura interior. A visitação do Espírito Santo é balsâmica: sereniza nossa alma, cura as feridas interiores. Sofonias 3.17: “O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo.” Isaías 61.3: "... a ordenar acerca dos que choram em Sião que se lhes dê uma coroa em vez de cinzas, óleo de gozo em vez de pranto, vestidos de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado"
10) Pela obediência ao Senhor e a Sua Palavra: Dt 30: 9-10
"O Senhor teu Deus te fará prosperar grandemente em todas as obras das tuas mãos, no fruto do teu ventre, e no fruto dos teus animais, e no fruto do teu solo; porquanto o Senhor tornará a alegrar-se em ti para te fazer bem, como se alegrou em teus pais; quando obedeceres à voz do Senhor teu Deus, guardando os seus mandamentos e os seus estatutos, escritos neste livro da lei; quando te converteres ao Senhor teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma."
REDIMINDO A PESSOA DE MODO INTEGRAL
A queda da humanidade (Gn.3) introduziu o princípio da morte e decadência em todos os níveis da existência humana. O veneno do pecado perpassa cada poro do nosso ser. Em seu sofrimento e ressurreição, Cristo venceu a morte - não somente fisicamente, mas de todas as formas em que somos afetados por ela. Nossa vida interior é uma parte crítica de nossa identidade pessoal, e, portanto a necessidade para a cura das emoções e memórias sempre fez parte da nossa condição humana. O ensinamento e ministério do Senhor Jesus reconheceram implicitamente esta necessidade, bem como o fez o alcance da igreja primitiva. O Senhor Jesus mesmo falou frequentemente sobre “o coração” (isto é, “a sede oculta da vida emocional”) como fonte de pensamento e ação. Ele também citou a profecia messiânica de Isaías 61, declarando seu propósito de “restaurar o coração partido” (Lc. 4:18). O apóstolo Paulo falou repetidamente sobre a renovação da mente no Espírito Santo (Rm. 12:2; Ef. 4:23). O encontro na estrada de Emaús (Lc. 24) pode ser visto (entre outras coisas) como uma forma de “cura das memórias”. Se nós tomarmos este incidente como um protótipo para o exercício válido desta forma de ministério, vários critérios podem ser vistos. Se esta forma de cura tem sustentação bíblica, ela não se referirá primariamente às cicatrizes emocionais e traumas psicológicos da infância. Muito mais, ela tomará uma perspectiva mais ampla, lidando radicalmente com todas as forças da ansiedade, medo e incredulidade que produzem pensamento e comportamento antibíblico. O ponto central da cura interior nesta perspectiva mais ampla é a morte sacrificial do Senhor Jesus e sua vitória através da ressurreição sobre o pecado e a morte, exatamente como aconteceu na estrada de Emaús. Deste ponto de vista, a cura interior é muito menos um fim em si mesmo e muito mais um passo preliminar que capacita o cristão a conseguir a libertação (Gl. 5:1) e a maturidade espiritual, deixando de lado a forma egoísta e infantil de viver (1 Co. 13:11-12). Os discípulos, apóstolos e crentes do primeiro século conheciam o Cristo crucificado e ressurreto como Senhor de toda a história cósmica (Cl. 1:15-23), racial (Ef. 2:11-20) e pessoal (Hb. 9:14). À medida que eles seguiam Seu exemplo e a promessa de Sua eterna presença, eles eram libertos (e libertavam outros) do pecado, da doença física e psicológica e dos problemas emocionais, bem como do medo da morte e da falta de esperança que ela produz. Foi-lhes dada radicalmente uma nova base para a autoestima, a qual não está baseada na mentira, ira ou outras formas de autoafirmação. Esta nova base desafiou tanto a religião farisaica como sensualidade desenfreada.
ALGUNS PARÂMETROS PARA O DISCERNIMENTO
Na medida em que consideramos estes fundamentos, teorias e técnicas, e tentamos pesar suas implicações, nós devemos ter me mente alguns fatores críticos. A cura do “interior do homem” é uma premissa biblicamente demonstrável. Por esta razão, nós precisamos abordar algumas ideias e métodos sobre cura interior com cautela. A admoestação do Senhor Jesus a seus discípulos de que fossem “prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt. 10:16) nos colocará numa posição bem firme para que sejamos capazes de identificar as influências sub-cristãs sem sermos influenciadas por elas. A ênfase exagerada numa certa técnica na vida espiritual facilmente se torna uma tentativa de manipulação psíquica, um esforço de produzir uma experiência ou um encontro com Deus. Não há nada de intrinsecamente errado em se utilizar a imaginação na oração, mas a dependência de invocação imaginativa de imagens religiosas pode se tornar insana. O uso do termo “visualização de fé” não batiza semanticamente tais práticas. Os produtos da imaginação podem também ser convenientemente trazidos para o campo do desejo e do ego, enquanto que o Cristo vivo não pode. Uma ênfase extremada na confissão verbalizada pelo crente no movimento da “palavra da fé” é outro ensino aberrante o qual, sutilmente, se torna uma espécie de ocultismo. Nestas formas exageradas, a visualização da fé cria um “vídeo interior do Senhor Jesus”, o qual pode ser manipulado para quase qualquer sentido. Da mesma forma, devemos estar atentos para os modelos psicológicos que se baseiam em visões anti bíblicas da natureza humana. É também necessário identificar e rejeitar tecnologias terapêuticas que são utilizadas para sustentar tais modelos. Alguns praticantes de cura interior, infelizmente, não somente têm adotado um sub modelo da natureza humana; eles têm permitido que os próprios modelos se tornem parâmetros de interpretação da Bíblia. Tais práticas se situam entre a aberração e a apostasia. Como já dissemos, existem ligações demonstráveis entre tais técnicas como a “visualização da fé” ou a “confissão positiva” e algumas formas de pensamento do ocultismo e da Nova Era. Os esforços de se voltar para o interior para encontrar a globalidade, podem levar-nos à “dimensão divina interna” do misticismo Neoplatônico ou aos “arquétipos” do inconsciente coletivo de Jung. Em ambos os casos, bem como num grande número de casos similares, o sujeito que busca termina ofuscado por um subjetivismo, o qual é racionalizado com termos originários da metafísica oriental e da psicologia humanística. Neste ponto, uma mudança da verdade bíblica para especulações humanas se torna base para uma séria confusão sobre a natureza da cura e, mais importante, sobre a natureza do praticante da cura. Neste novo papel, Jesus, o Messias, se torna em parte o terapeuta primal e em parte um xamã primevo. Nesta situação, uma tentativa de se fazer uma avaliação racional ou bíblica é negativamente rotulada como um “falta de fé”, “apagar o Espírito” ou “bloquear o fluxo”; pode mesmo ser desprezada como uma “viseira”. A postura bíblica sobre a nossa natureza é, com certeza, uma avaliação verdadeira e mais confiável do que a feita por nossos medos, iras e memórias.
A QUESTÃO DE PRIORIDADES
É razoável assumir que os problemas psicológicos e emocionais a que a igreja primitiva se referia eram tão complexos como os de hoje. Nós também vamos assumir que as soluções que ela aplicava são tão funcionais para hoje como eram no primeiro século. Não havia nenhuma necessidade de se renunciar à visão escriturística da condição humana ou do Senhor Jesus Cristo, a fim de fazerem estas soluções funcionarem. A imposição de mãos, a unção com óleo, a confissão mútua e a meditação direcionada eram alguns dos métodos empregados para produzir ambos, a cura interna e a cura externa. Os apóstolos foram estranhamente silenciosos, entretanto, sobre qualquer necessidade de reviver experiências relacionadas com a infância, ou sobre a prática de esfaquear o pai na imaginação, como alguns praticantes de cura interior têm aconselhado aos seus clientes. Com certeza, há abundantes benefícios psicológicos em se colocar o Senhor Jesus como o centro radical de nossas vidas e afetos, mesmo acima e além de nossos laços familiares. Nós também somos chamados, entretanto, a meditar sobre coisas que estão acima e, de alguma forma é bom que se diga que não estão nutrindo ressentimentos ou usando a nossa liberdade como desculpa para o mal (Ef. 4:26; 1 Pe. 2:16; Gl. 5:1). Existe uma considerável distância entre confessar a presença de um desejo negativo e dramaticamente realizá-lo, mesmo que na fantasia. Nós devemos evitar confundir o sagrado com a saúde. A cura da psique e emoções pode ser uma importante parte do nosso crescimento em direção à espiritualidade. Entretanto, ela não deve ser superestimada em detrimento de outros aspectos da santidade, nem deve se tornar um substituto deles. Nós devemos nos guardar da ideia de que os cristãos estão isentos de toda sorte de enfermidades, doenças e tentações e que, qualquer ocorrência deste tipo seja um ponto negativo em nossa condição espiritual. Por outro lado, é importante não perder de vista as variadas maneiras pelas quais Deus provê libertação de coisas que nos impediriam viver plenamente em Cristo.
AS MARCAS DA INTEGRIDADE ESPIRITUAL
Cura espiritual pode ser considerada como tendo base bíblica. Se assim for, ela deve ser reconhecida como uma parte integral de nossa vida cristã. Três principais pontos nos ajudarão a discernir a consonância bíblica de cada forma em particular, de cura interior. Todos os três pontos são vitais para um entendimento equilibrado e seria desaconselhável isolar ou superestimar qualquer um destes elementos. Primeiro: A cura espiritual deve tocar o problema na sua fonte. O indivíduo deve ser liberto da prisão de uma memória em particular e do falso significado atribuído a ela. As feridas emocionais causadas pelo incidente que forçou a repressão de sua memória devem ser curadas. Paulo fala de Deus como o Pai da compaixão (1 Co. 1:3-4) e também enfatiza que a provisão do sangue de Cristo é um aspecto da Sua perfeita sabedoria (Ef. 1:7-8). De fato, é a “contínua aspersão do Seu sangue” que guarda o coração e a consciência das “palavras mortas” (Hb. 9:14; 10:22) e nos liberta do cativeiro emocional destas palavras a fim de que possamos servir ao Deus vivo. Segundo: A cura interior deve quebrar padrões de respostas habituais e comportamentos que foram gerados em reação a um trauma inicial. A pessoa que está sendo curada deve cooperar ativamente neste processo, ao invés de reagir passivamente à instruções e manipulações do que ministra a cura interior. Toda redenção envolve o fazer escolhas e o exercício da nossa vontade. Uma vez que fomos convocados ao arrependimento e renovação, somos também chamados a abandonar velhas formas de responder às pessoas e circunstâncias (Cl. 3:12-17; 1 Pe 2:1-3). Nós devemos, portanto aprender novas atitudes e formas de lidar com estas situações (Ef. 4:22-24; 1 Pe. 1:5-9). Terceiro: A cura interior deve produzir mudanças pessoais que sejam compatíveis com a revelação das Escrituras, do nosso novo ego (eu) em Cristo. Isto deve estar combinado com uma ênfase na confiança do que Deus nos diz sobre nós mesmos, mais do que nossos sentimentos podem dizer. A postura bíblica sobre a nossa natureza é, com certeza, uma avaliação verdadeira e mais confiável do que a feita por nossos medos, iras e memórias, sem mencionar as acusações do Adversário (Rm. 8:1-2). A cura interior deve nos ajudar a sermos reeducados (através da Palavra de Deus) acerca de quem somos em Cristo. Uma vez que entendemos como Deus nos vê, bem como a provisão que Ele fez para o nosso crescimento, nós começaremos a desenvolver uma autoestima que corresponde precisamente à nossa confiança na justiça de Cristo, mais do que em nossa própria (Rm. 12:3). Nós não temos que abandonar o ponto de vista bíblico ou o compromisso com o Senhorio de Cristo a fim de podermos nos beneficiar da cura interior. De fato, se tal necessidade for expressa ou se está implícita, é aconselhável reconsiderar a validade dos fundamentos que têm sido colocados. Jesus mesmo reconheceu o dilema fundamental da humanidade, bem como suas secundárias implicações emocionais e psicológicas. Ele reconheceu o problema de se atingir autoestima diante em ambiente hostil e uma consciência igualmente hostil que foi imperfeitamente moldada por influências imperfeitas durante os anos de formação da pessoa. A consciência ainda não redimida se torna um entrave na condição psicológica, o qual inevitavelmente produz sua própria dissolução (Rm. 8:6). O Senhor Jesus ensinou ao homem que a vida entregue a Ele e o fato de seguirmos seu exemplo - mesmo a sua morte sacrifical pelos pecadores é uma carga mais fácil de ser suportada do que se lutarmos com as nossas próprias forças. (Mt. 11:28-30).
As feridas da alma impedem o ser humano de viver todo seu potencial. A cura interior é um processo em que o Espírito Santo sara essas feridas e oferece a oportunidade do cristão viver de forma abundante. Deus realiza obra completa.
Cura interior é um processo em que a ação do Espírito Santo sara as feridas da alma. Essas feridas têm sua origem em algum fato ruim do passado e a cura oferece a oportunidade de o cristão viver todo seu potencial. Esse processo tem contribuído para libertação de muitas pessoas e começa quando se toma uma atitude, Sl 32: 3, de reação contra os problemas interiores que aprisionam a mente e o comportamento. Deus realiza uma obra completa, mas há crentes que não descobriram isso. Vejamos as seguintes situações.
AJUDE A VOCÊ MESMO
Todo ser humano tem uma história de vida e o que já fizerem contra você produziu feridas interiores que precisam ser saradas. Você é a melhor pessoa para ajudar você mesmo. Se procurar ajuda em Deus, encontrará, mas é preciso extrair forças de onde, aparentemente, não existem mais. É o momento de ser tão forte como nunca foi, pois quem lhe fortalece é o Senhor: “faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor”, Is 40: 29.
Há muitos cristãos que já ajudaram a muitos, auxiliaram a outros, mas não conseguem superar os próprios problemas. Agora chegou a sua vez. Se percebe que em seu mundo interior há desajustes entre o espírito e a alma, você precisa ser tratado. O crente em Jesus Cristo pode ser feliz e declarar: “tudo posso naquele que me fortalece”, Fp 4: 13. Mas, para isso, seu interior precisa ser curado.
Examine-se a si mesmo, identifique seus problemas, coloque-os na presença de Deus e permita a ação do Espírito Santo em sua alma. Com as feridas saradas, aprenda a manter bom equilíbrio e faça todo esforço possível para vencer. Não se deixe dominar, mas domine, lute por sua autoestima. Lembre-se de que seu passado não é seu presente. Por isso, em Cristo, liberte-se dos traumas, das lembranças do passado, das amarguras, dos ressentimentos e seja mais que vencedor. Para isso, libere perdão.
CRISTO RESOLVE OS PROBLEMAS
Todo ser humano tem problemas. Alguns são pequenos, fáceis de serem resolvidos. Outros parecem que não têm tamanho, que nunca serão solucionados. Esses podem gerar consequências sérias e para a vida inteira. Seus efeitos podem atrapalhar um casamento, a profissão, a capacidade de aprendizado, relacionamento social e, principalmente, a vida espiritual. Então, livre-se deles.
Para tanto, observe que há problemas do passado que não foram solucionados ou foram mal resolvidos, e hoje impedem você de ter a vida abundante prometida por Jesus, Jo 10: 10. Com o tempo, o problema parece que vira uma necessidade pessoal, e aí, a pessoa perde o controle da situação e até da trajetória de sua vida. Chega a pensar em desistir do Cristianismo, ou da vida. Aparentemente, é como se não houvesse solução.
Situações negativas não devem ter domínio sobre o percurso da vida de um cristão: “lançando sobre ele toda vossa ansiedade, que ele tem cuidado de vós”, 1Pe 5: 7. Entenda que problemas não são necessidades. Fale com Deus sobre essas questões. Permita que o Espírito Santo sare as feridas de sua alma, quebre o jugo que pesa sobre seu pescoço e abra o caminho para a vida abundante, Fp 4 19; Sl 51: 3.

ORAÇÃO SUBSTITUI LAMENTAÇÕES
Mais cedo ou mais tarde, todos passam pela experiência da lamentação. Os problemas geram lamentações, incertezas e palavras negativas, que são sementes ruins no dia-a-dia da vida cristã. Essa semeadura negativa produzirá conseqüências más, Pv 29: 25, porque as palavras têm poder de condicionar a mente do ser humano e levá-lo à destruição: “A boca do insensato é a sua própria destruição, e os seus lábios, um laço para a sua alma”, Pv 18: 7. Por isso, troque as lamentações pela oração.
Viver reclamando, dar a impressão de que nada vai bem, aparentar que a vida nunca foi boa, que as coisas sempre deram erradas, etc, são alguns tipos de lamentações e isso gera desarmonia em relação às coisas boas. O Senhor disse para Moisés: “porque clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem”, Êx 14: 15. O vocábulo hebraico tsa’aq, traduzido por ‘clamas’, é o mesmo que lamentação. Porque estavam reclamando da vida, esqueceram-se da promessa de libertação. Por isso, troque as reclamações pela oração.
Muitas vezes conosco isso também acontece. Porém, as lamentações acabam por afetar negativamente nosso mundo interior e nossa fé. A oração dá outra direção à vida do cristão. Em vez de continuar recuando, o Espírito Santo o fortalece, levando-o para frente, estimulando-o a continuar marchando. A oração toca coração do Senhor, que sara nossas enfermidades, Sl 103: 1-5.

A FÉ EM DEUS DESTRÓI O MEDO
A filosofia popular afirma que o medo é a certeza da desgraça que está para acontecer, não tenha medo, pois ele pode dominar você. O medo gera pavor, receio, insegurança, tensão, angústia e ansiedade. Esse sentimento de grande inquietação, ante a noção de um perigo real ou imaginário, produz susto, pavor, temor e terror no coração humano.
Jó possuía qualidades que agradavam a Deus, mas trazia em sua alma o medo: “Aquilo que eu mais temia me aconteceu”, Jó 3: 25. Todos precisam vencer este fantasma que parte do mundo interior e afeta terrivelmente o exterior. Há crentes que trazem consigo este sentimento por causa de feridas na alma que não foram saradas, de fatos passados que deixaram forte impressão em seu coração. A fé bíblica em Deus sempre foi o melhor caminho para a destruição do medo e da cura de suas origens, no mundo interior.
Essa fé dá segurança espiritual e emocional na vida cristã: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?”, Sl 27: 1. A palavra de Deus renova a mente e muda os conceitos negativos instalados na mente do cristão. O bálsamo do Espírito Santo sara as feridas da alma e produz cura interior.

CONCLUSÃO
Se você enfrenta problemas assim, busque através da Palavra de Deus, da oração, com jejuns, o bálsamo do Espírito Santo e a cura interior. Você é alvo do amor Deus. Ele nos ama muito e não quer que vivamos cabisbaixos e sem nenhuma perspectiva de vitória. Olhe para frente, para o alto. Confesse seus pecados e os abandone. Não fique comentando-os com terceiros, relembrando suas derrotas e fracassos. Deixe seus problemas nas mãos de Deus. Faça um concerto com Ele. E faça propósitos sérios para sua vida moral e espiritual. Você é um ser especial. Vença a inquietação, a ansiedade, cuide bem de você mesmo. Busque a cura interior.

Graças, Senhor Jesus, pela cura interior.

PSICOTERAPIA / BIBLIOTERAPIA



 A BIBLIOTERAPIA E SUA IMPORTÂNCIA

Palavra originada dos vocábulos em grego “Biblion”, todo tipo de material bibliográfico ou de leitura e “Therapein”, tratamento, cura ou restabelecimento.
 A leitura é uma atividade que além do desenvolvimento cultural e de formação do cidadão, pode desempenhar um papel terapêutico.
A Biblioterapia pode ser aplicada tanto num processo de desenvolvimento pessoal, educacional, como num processo clínico-terapêutico. É um processo interativo que se utiliza da leitura e outras atividades lúdicas como coadjuvantes, inclusive em tratamentos de pessoas acometidas por doenças físicas e mentais. Pode ser aplicada na educação, na saúde e reabilitação de indivíduos em diversas faixas etárias. As histórias podem levar a mudanças, pois auxiliam o indivíduo a enxergar outras perspectivas e distinguir opções de pensamentos, sentimentos e comportamentos, dando oportunidades de discernimento e entendimento de novos caminhos saudáveis para enfrentar dificuldades.
 Pode ser aplacada no contexto escolar, no processo de hospitalização e de sociabilização.
Abrange quatro estágios:
Identificação: O momento em que o leitor se reconhece em algo ou em alguém (os personagens), o que lhe permite compreender os seus próprios conflitos à luz dos conflitos desses personagens;
Catarse: Quando o leitor liberta sentimentos reprimidos e sente alívio através dos desafios vividos e ultrapassados pelos personagens;
Discernimento: O leitor faz um juízo de valor sobre o que leu e faz o contraponto entre a sua experiência e a dos personagens do texto;
Universalização: Estabelece-se a ligação entre o que acontece no texto e a vida do leitor, que não só se coloca no lugar dos outros (os personagens) como percebe que não está só no tocante às suas inquietações, porque outros vivem desafios semelhantes.
Paralelamente a este processo, quando lemos estamos também: a recordar toda e qualquer experiência que já tenhamos vivido; a associar, isto é, a estabelecer pontes com tudo aquilo que já foi vivido e que constitui a bagagem emocional, intelectual e espiritual que levamos para dentro do texto; a reconstruir ou a imaginar um mundo, uma realidade paralela construída na nossa mente a partir do conteúdo do texto.
Através dos livros, o leitor ou um conjunto de leitores no seio de uma empresa, por exemplo, pode aplicar o que leu na sua própria vida ou na vida de uma instituição.
O leitor/ouvinte se envolve com a trama e/ou com o personagem da história (envolvimento), promovendo a identificação. Ao identificar-se, pode reconhecer e vivenciar de forma viva seus sentimentos característicos. Os problemas resolvidos com sucesso farão com que o indivíduo realize uma tensão emocional associada aos seus próprios problemas, atingindo a catarse. Desta forma, pode chegar ao insight, que leva o leitor/ouvinte a aplicar o que aconteceu na história à sua vida pessoal. A semelhança do problema da história leva à aproximação da vida pessoal, tornando-o acessível, atingindo uma etapa final, que seria a universalidade, onde se podem compreender outros problemas similares.
Para que esse processo se realize com sucesso é importante a seleção criteriosa do material a ser utilizado, a apresentação e definição da duração do processo e dos materiais, assim como o acompanhamento através da exploração emocional dos materiais e o compartilhamento das experiências.
É importante ter em mente que, ao ler um texto, o indivíduo constrói um texto paralelo, intimamente ligado às suas experiências e vivências pessoais, o que o torna diferente para cada leitor. Assim, conceitos podem ser transmitidos, mas os significados são pessoais e intransferíveis.
Através da Biblioterapia, o indivíduo pode ser ajudado a ganhar distanciamento de sua própria dor e expressar seus sentimentos, ideias e pensamentos, o que pode possibilitar uma percepção mais aguçada de sua própria situação de vida, desenvolvendo uma forma de pensar criativa e crítica, além de diminuir o sentimento de solidão (de sentir-se único a se sentir daquela forma), validar seus sentimentos e pensamentos, desenvolver empatia com outras pessoas (quando a Biblioterapia é aplicada em grupo). Isso favorece a diminuição da ansiedade.
No entanto, é importante que se perceba que a Biblioterapia não é uma fórmula mágica, nem uma intervenção única para promoção de mudanças. É uma ferramenta ou recurso terapêutico que faz parte de um processo.
Através dos livros, o leitor ou um conjunto de leitores no seio de uma empresa, por exemplo, pode aplicar o que leu na sua própria vida ou na vida de uma instituição.
Nesse sentido, A Biblioterapia propõe-se atuar como mediadora, auxiliar na interpretação dos conteúdos e oferecer aos seus clientes a oportunidade de se distanciarem da realidade para rever conceitos, redescobrir emoções, pensar de forma distinta, tomar decisões e escolher novos caminhos.
A mudança para melhor é o objetivo primordial da Biblioterapia.
A Biblioterapia constitui-se em uma atividade interdisciplinar, podendo ser desenvolvida em parceria com a Biblioteconomia, a Literatura, a Educação, a Medicina, a Psicologia, a Enfermagem..., que tem como objetivo a troca de informações entre as áreas relacionadas. O resultado terapêutico ocorre pelo próprio texto, sujeito a interpretações diferentes por pessoas diferentes.
Desta forma, a Biblioterapia constitui-se em um meio possível para se abordar temas existenciais (como a morte, por exemplo) com crianças tanto no contexto da saúde como da educação.
O bem-estar do ser humano é hoje visto de forma integral e encara-se o “ser-se saudável” não apenas como a ausência de doença física, mas também como o estar-se bem ao nível social e mental. Para alcançar este bem-estar global cooperam várias áreas do conhecimento e a Biblioterapia tem vindo a evidenciar potencialidades para colaborar no desenvolvimento e no equilíbrio do ser humano.
A Palavra de DEUS é um manancial de Vida, efetivamente, há remédio para os males espirituais ou emocionais, com a intenção de promover o indivíduo à pessoa, elevar a autoestima do combalido e, por conseguinte fazer emergir o errante ao status de cidadão.
Pode-se afirmar que a Biblioterapia seja uma atividade que corrobora como adjuvante no tratamento de enfermidades que a Ciência por si só ainda não pode resolver isoladamente.
A Biblioterapia ainda provê conforto e alivio para alguns distúrbios leves como:
- Isolamento;
- Estresse pós-traumático em razão de catástrofes generalizadas;
- Estresse pós-traumáticos em vítimas de exploração sexual e/ou abuso;
- Baixa autoestima;
- Sentimentos de menos valia, rancor e falta de perdão;
- Doenças psicossomáticas;
- Auto sabotagem…
Os encontros podem ter uma agenda semanal e de curta duração, com aproximadamente duas horas de exposição bíblica composta de interatividade.
É possível constatar casos catárticos e libertadores, que emanam de almas muitas vezes aprisionadas a paradigmas ou tradições, bem como a simples falta de informação.
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Evangelho de São João 8:32).
Segundo registros bíblicos ao som da harpa o rei Saul se acalmava (1 Samuel 16:19-23), então, podemos entender que a musicoterapia faz bem para a alma e tem sido encorajada como tratamento para muitos males.
De igual modo há vários tipos de terapias existentes, que concorrem para contribuírem na busca pela cura das enfermidades da alma humana, isto sem prescindir a farmacologia.
Tratamentos alternativos são sempre bem-vindos, especialmente, quando eles atribuem eficácia ao longo do processo.
A cura pela leitura da Bíblia Sagrada não é algo novo, todavia requer exame investigativo, para não ser confundido com outras práticas, que provocam autossugestão, o que somente camuflam determinados distúrbios, enquanto que a restauração advinda do Poder da Palavra é tão somente indiscutível e sobrenatural, portanto, comprova-se, inquestionavelmente, o milagre.
Em toda a sua extensão a Bíblia Sagrada oferece recursos literários espirituais e emocionais para cada tipo de situação. Perpetrado pelo conselheiro ou religioso, pessoa capaz de desvendar através da interpretação dos fatos, soluções que, efetivamente, traduzam ao coração do necessitado, a Palavra dita na hora certa para aquietar suas indagações (Provérbios 25:11), ansiedades, questionamentos e enfermidades da alma.
Reflexões e até provocações filosóficas, que apetecem e aguçam a alma, produzindo mudança de comportamento, para melhor, naturalmente; proporcionando conversão e maior valor à vida, certamente deve merecer respeito, consideração e serem apreciadas, como se vê na Biblioterapia.
Somente é possível encontrar este refrigério cheio de consolação nos adornos do Livro de DEUS.
Notadamente, as pessoas que realizaram cursos de extensão ou pós-graduação em Psicologia Pastoral, Aconselhamento Cristão ou disciplinas correlatas; Capelães Hospitalares, Médicos, Enfermeiros e pessoas que se destacam por humanizado perfil para a atividade e que possuem conhecimento, devem buscar aprimoramento no assunto com o objetivo de criarem grupos de apoio.
Os grupos de apoio, normalmente, são organizados com pessoas que se identificam por suas enfermidades ou feridas da alma semelhantes.
São encontrados, com valiosa eficácia, grupos em centros de recuperação, para pessoas que buscam a cura da drogadição; para pessoas em fase de luto ou perdas, advindas de catástrofes; pessoas que desejam se recuperar de separações, divórcios ou ainda passam por processos dolorosos da depressão.
Também já foi constatado com sucesso a aplicação da Biblioterapia em Centros Médicos e Hospitais, como vem acontecendo em alguns lugares do Brasil e do mundo.