sábado, 17 de outubro de 2015

SAÚDE PREVENTIVA PARA MULHERES

SAÚDE PREVENTIVA PARA MULHERES

SUMÁRIO

A-CONCEITO DE SAÚDE

B-CONCEITO DE PREVENÇÃO EM SAÚDE

C-PREVENÇÃO PRIMORDIAL

D-EXAMES PREVENTIVOS PARA MULHERES

E-OS PROBLEMAS DE SAÚDE MAIS COMUNS ENTRE AS MULHERES


ASSIM NOS DIZ O SENHOR JESUS CRISTO:
"O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir;
Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham com abundância." (João 10:10).

"E Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos;
Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento." (Lucas 5:31,32).




A-CONCEITO DE SAÚDE
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a saúde como:
Um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades.
A saúde passou, então, a ser mais um valor da comunidade que do indivíduo. É um direito fundamental da pessoa humana, que deve ser assegurado sem distinção de raça, de religião, ideologia política ou condição sócio-econômica. A saúde é, portanto, um valor coletivo, um bem de todos, devendo cada um gozá-la individualmente, sem prejuízo de outrem e, solidariamente, com todos.
No passado (1960), a saúde era a perfeição morfológica, acompanhada da harmonia funcional, da integridade dos órgãos e aparelhos, do bom desempenho das funções vitais; era o vigor físico e o equilíbrio mental, apenas considerados em termos do indivíduo e ao nível da pessoa humana. Hoje, ela passou a ser considerada sob outro plano ou dimensão; saiu do indivíduo para ser vista, também, em relação do indivíduo com o trabalho e com a comunidade.
SAÚDE INDIVIDUAL
No que diz respeito ao indivíduo, quanto ao seu bem-estar físico, deve-se referir que não há saúde de órgãos porque a saúde é total, é o todo.
Assim como não existem doenças estritamente locais, não há também saúde local.
SAÚDE PSÍQUICA
O lado psíquico da saúde cresceu de importância na época agitada em que vive o mundo. Inquietudes, pressa, ansiedade, incertezas, indagações perante os fatos da vida, particularmente da vida econômica, trepidação, desgaste constante de energias mentais, etc., levam o indivíduo ao cansaço e a sofrimentos psicossomáticos.
É preciso, porém, para o perfeito equilíbrio neuropsíquico, que o homem esteja bem adaptado as condições de vida, dentro do ambiente em que vive; que haja entendimento, equilíbrio, tolerância, compreensão dos indivíduos entre si, pois a mente e o corpo sãos não permanecerão sadios, por muito tempo, em ambiente agitado, adverso, tumultuoso e intranquilo.
SAÚDE PELA HIGIENE MENTAL
A necessidade de higiene mental é universal; é para todos. Para os efeitos da vida econômica e as reclamações da vida social, a noção de saúde mental é a de respostas psíquicas ajustadas, de boa adaptação, de relações humanas satisfatórias na família, no trabalho e na comunidade.
Saúde representa, por isto, um bem-estar social.
SAÚDE SOCIAL
A saúde social (bem-estar social) é aquela resposta ou ajustamento as exigências do meio, e depende fundamentalmente das condições socioeconômicas do agrupamento humano onde se vive, da distribuição da riqueza circulante, da oportunidade que se oferece ao indivíduo para que tome parte no esforço organizado da comunidade. A saúde social é mais coletiva que individual.
Onde há miséria, fome e ignorância; onde é grande a competição da luta pela vida; onde há compreensão entre os homens; onde o desenvolvimento e a economia não oferecem oportunidades a todos; onde o clima político sufoca os direitos essenciais da pessoa humana e a liberdade do homem foi suprimida para que o domínio de alguns se exerça sobre a comunidade; enfim, onde não há bem-estar social, a saúde física e a saúde mental descompensam e são afetadas com repercussões a longo tempo.
O ser humano é um ser social, por excelência; não pode viver só, por incapacidade.
A INCIDÊNCIA DE DOENÇAS DAS MULHERES
As estatísticas mostram que a mulher está mais parecida com o homem, inclusive sofrendo das mesmas doenças.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é o câncer de mama a principal causa de morte no público feminino e sim as doenças cardiovasculares, responsáveis pela morte de 1 a cada 3 mulheres.
A explicação é simples: hoje a mulher trabalha tanto ou mais que os homens, e o foco nos cuidados com a saúde fica mais voltado para as doenças típicas femininas como o câncer de mama, de útero, endometriose, miomas, etc. Mas se antigamente o infarto e o derrame eram mais comuns nos homens, hoje as mulheres são atingidas por essas condições quase que na mesma proporção.
Atualmente, o acidente vascular cerebral (AVC) e o infarto representaram a maioria das mortes de mulheres.
FATORES DE RISCO QUE CAUSAM DOENÇAS
O estresse é um fator de risco importante para as doenças cardiovasculares, assim como fumar, ingerir bebidas alcoólicas, estar acima do peso e não praticar nenhuma atividade física.
Se a mulher tiver pressão alta e diabetes, a chance de ter um AVC ou um infarto cresce exponencialmente.
Após a menopausa, o risco aumenta, principalmente quando a gordura se concentra na região abdominal.

PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES
-Pressão arterial: até 120 por 80 mmHg
-Medida da circunferência abdominal: menor que 80 cm
-Taxa de glicose em jejum: menor que 125 mg/dl
-IMC (Índice de Massa Corporal) entre 18,5 a 24,9
Colesterol total: menor que 200 mg/dl

CUIDADOS COM A PREVENÇÃO
A qualidade de vida e o bem-estar nunca estiveram tanto na moda quanto estão atualmente. Se alguns anos atrás novos tratamentos e avanços na medicina ocupavam os noticiários destacando as doenças, hoje a promoção da saúde e a prevenção de enfermidades são temas recorrentes em toda a sociedade. Se a saúde está ótima, nada melhor que recorrer a um check up, a ferramenta mais importante da medicina preventiva, para evitar futuros aborrecimentos.

SAÚDE FÍSICA
A NECESSIDADE DO CHECK UP
Pela regra geral, o check up é recomendado para pessoas a partir dos 40 anos. Entretanto, alguns médicos consideram que aos 35 já é possível detectar precocemente doenças relacionadas à mudança de hábitos e estilo de vida. Além do clínico geral, os exames devem incluir especialidades como ginecologia, cardiologia, dermatologia, oftalmologia, entre outros.
As mulheres têm a vantagem de serem acompanhadas desde cedo por um ginecologista, seja para o uso de métodos anticoncepcionais, para acompanhamento pré-natal ou para o tratamento de doenças típicas da mulher. O exame preventivo ginecológico deve ser feito anualmente, a partir da primeira menstruação.

A IMPORTÂNCIA DO AUTOEXAME E DA PREVENÇÃO
O autoexame é uma excelente ferramenta para a detecção precoce do câncer de mama.
É importante para descobrir algum sinal e deve ser feito por todas as mulheres a partir dos 20 anos, 7 dias após o término da menstruação. O autoexame não deve substituir o exame clínico realizado por um profissional de saúde. Qualquer alteração deve ser comunicada ao médico imediatamente. A consulta médica anual com um ginecologista auxilia no diagnóstico precoce do câncer de mama. Quando isso acontece, a chance de cura é de 90%.

B-CONCEITO DE PREVENÇÃO EM SAÚDE
Leavell & Clark (1976) descrevem a prevenção como uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural da doença, a fim de tornar improvável o progresso posterior, apresentando três níveis de prevenção.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Objetivos
Evitar fatores de risco, determinantes ou causas de doenças;
Procedimento: atividades dirigidas a indivíduos, grupos ou população total saudável;
Consequências: diminuição da incidência da doença, diminuição do risco médio de ocorrência da doença na população;
Exemplo: Vigilância sanitária da água, vacinação, planejamento familiar e educação para prevenção de infecções de infecções de transmissão
Fazer exames preventivos de rotina fazem parte da medicina preventiva básica e é uma postura ativa em relação à saúde. Em geral, os exames são simples e seguros e podem ajudar a diagnosticar muitas doenças antes de suas complicações, tornando os homens mais saudáveis.
São os fatores biológicos que tornam as mulheres e os homens vulneráveis a determinadas doenças em graus e gravidade diferentes e em diferentes períodos das suas vidas.
Realizada no período de pré-patogênese, sendo que o conceito de promoção da saúde aparece como um dos níveis da prevenção primária definidos como medidas destinadas a desenvolver uma saúde ótima. Um segundo nível de prevenção primária seria a proteção específica contra agentes patológicos ou pelo estabelecimento de barreiras contra os agentes do meio ambiente. Este nível de prevenção está ligado a todas as ações que visam diminuir a incidência de uma doença na população, ou seja, desenvolvimento de ações que impeçam a ocorrência de determinada patologia na população. Inclui-se aqui a promoção à saúde e à proteção específica. Alguns dos exemplos são: vacinação, tratamento de água para consumo humano, uso de preservativos, mudanças nos hábitos de vida (incentivo a uma boa alimentação, realização de exercícios físicos).
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
A fase da prevenção secundária também se apresenta em dois níveis, o primeiro diagnóstico e tratamento precoce e o segundo limitação da invalidez. Visa um diagnóstico imediato e um tratamento para evitar a prevalência da doença no indivíduo.
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
Por fim, a prevenção terciária diz respeito a ações de reabilitação, caracteriza-se por ações que tem como objetivo a reabilitação do indivíduo e redução de sua incapacidade.

C-PREVENÇÃO PRIMORDIAL
Objetivos
Evitar a emergência e estabelecer padrões de vida (sociais, econômicos e culturais) que aumentem o risco de desenvolver doenças;
Procedimento: ações dirigidas às populações ou grupos selecionados saudáveis;
Consequências: Efeitos múltiplos nas várias doenças e impacto na saúde pública;
Exemplos: legislação sobre álcool, políticas antitabagismo e programas do exercício regular.
HIGIENE ÍNTIMA PARA MULHERES
A boa higiene íntima da mulher é importante para prevenir doenças, como infecções e candidíase, e ela também ajuda a controlar os odores típicos desta região.
Use calcinhas de algodão e evite a calça jeans, pois ela não deixa a região íntima ventilar.
Dê preferência a depilação com cera ou faça a depilação definitiva a laser, mas evite retirar muito os pelos, pois eles ajudam a proteger a região de infecções
Use papel higiênico macio, branco e de boa qualidade ou use sempre lenços umedecidos, sem perfume, e limpe-se sempre de frente para trás
Substitua os absorventes internos, no máximo, a cada 6 horas e os externos a cada 4 horas
Sempre que possível, durma sem calcinha para que haja ventilação na região.
Alimentar-se de forma saudável, evitar os vícios e praticar exercícios físicos regularmente. Assim, o organismo fica mais resistente a uma série de infecções.
Para fazer uma boa higiene íntima sem se prejudicar, a mulher deve:
Lavar somente a região externa com um sabonete próprio para a região;
Usar duchas vaginais;
Não usar lubrificantes à base de óleo ou de silicone, que não saem facilmente com água e promovem a proliferação de fungos e de outros micro-organismos;
Não usar lenços umedecidos perfumados;
Usar roupa íntima de algodão;
Não ficar muito tempo com o mesmo absorvente durante a menstruação;
Não exagerar na depilação. Médicos alertam que a depilação íntima total favorece a proliferação de micro-organismos, causando mais corrimentos e facilita a contaminação com doenças.
A vagina possui uma ligeira acidez, que promove um equilíbrio entre os micro-organismos presentes na região. Lavar-se exageradamente, depilar-se quase que totalmente e usar produtos íntimos inadequados são 3 erros comuns que prejudicam a saúde íntima.
Sempre que a mulher notar alguma alteração na vagina, como um cheiro diferente, corrimento, coceira ou ardor, ela deve ir ao ginecologista, pois pode haver alguma doença que precisa ser tratada.
O CORRIMENTO BRANCO
O corrimento branco sem cheiro é normal.
No entanto, quando há corrimento branco, com mau cheiro e coceira na região íntima, pode ser uma doença chamada candidíase.
Na mulher, o corrimento branco pode vir acompanhado de coceira, vermelhidão na vagina e ardência ao urinar. Já no homem, é raro a candidíase apresentar corrimento. Nele, é mais comum o aparecimento de pintinhas vermelhas no prepúcio e coceira na região genital.
Dentre as principais causas da candidíase estão a queda da imunidade, o uso de remédios com corticoide ou antibióticos, uso de absorvente interno para dormir e ficar com o biquíni molhado, por exemplo.
Todas estas situações favorecem a multiplicação dos micro-organismos que vivem normalmente dentro da vagina gerando o corrimento, que pode durar alguns dias ou até mesmo semanas.
CORRIMENTO BRANCO NA GRAVIDEZ
O corrimento branco na gravidez, causado pela candidíase, é muito comum devido a baixa imunidade que a mulher apresenta nesta fase da vida. Seu tratamento pode ser feito com o uso de antifúngicos pois ele pode aumentar o risco do bebê nascer antes da data prevista.
Alguns cuidados que podem auxiliar no tratamento são:
Evitar ficar com a roupa íntima úmida ou molhada,
Evitar as calcinhas de material sintético, dando preferência as de algodão;
Usar roupas mais leves e evitar as calças jeans e
Evitar os alimentos doces e os ricos em carboidratos.
Além disso é indicado reduzir o uso de antibióticos.
O corrimento amarelado com cheiro fétido não é normal e pode ser tricomoníase, uma doença sexualmente transmissível que na mulher pode ainda ser acompanhada de dor durante o contato íntimo e ardor ao urinar.
O diagnóstico da doença pode ser feito pelo médico ginecologista através do exame papanicolau ou pela observação da secreção vaginal. Logo após a identificação da doença é importante iniciar o tratamento que pode ser feito com remédios como o Metronidazol ou Secnidazol, pois a tricomoníase aumenta o risco de outras infeções, inclusive a AIDS.
Geralmente a tricomoníase é a principal causa do corrimento amarelo ou amarelado, mas a gonorreia ou clamídia, outras doenças sexualmente transmissíveis, também podem provocar este tipo de corrimento. Outros sintomas de gonorreia e clamídia incluem dor ao urinar e dor durante o contato íntimo e o tratamento pode ser feito com antibióticos.
O corrimento amarelado no homem também pode ser tricomoníase, gonorreia ou clamídia e apesar de, geralmente, não vir acompanhado de outros sintomas, o homem também pode sentir dor ao urinar e dor e inchaço nos testículos.
O corrimento amarelado sem odor é normal, principalmente se a mulher estiver em idade fértil, e acontece porque as glândulas do colo do útero liberam um muco transparente que em contato com o ar pode adquirir a cor amarelada. Este corrimento amarelado sem cheiro pode ser mais frequente antes da menstruação.
CORRIMENTO AMARELADO NA GRAVIDEZ
O corrimento amarelado na gravidez pode ser causado pela tricomoníase, podendo provocar parto prematuro ou recém-nascido com baixo peso.
Desta forma, é importante que a gestante realize o tratamento, que pode ser feito com o uso de Metronidazol ou Tinidazol, sob orientação do obstetra que acompanha a gravidez.
Tratamento para corrimento amarelado
O parceiro também deve fazer o tratamento, mesmo que não apresente sintomas, para evitar que o indivíduo seja contaminado novamente. O tratamento do corrimento amarelado na mulher deve ser indicação do pelo ginecologista e no homem pelo urologista.
Durante o tratamento, é recomendado:
Utilizar camisinha para não contaminar o parceiro;
Evitar usar perfumes ou sprays de higiene íntima, pois alteram o pH vaginal;
Usar roupa íntima de algodão, porque o algodão não causa irritação;
Evitar usar calças ou shorts apertados, preferindo usar sais ou vestidos para permitir o arejamento da região.
Outra orientação para o tratamento do corrimento amarelo é evitar absorventes internos, preferindo os externos.
O corrimento vaginal normal possui consistência aquosa e não possui cheiro nem cor.
No entanto, quando o corrimento apresenta alguma coloração, como amarelo ou verde, sendo acompanhado de mau cheiro e de outros sintomas como coceira na vagina, dor ou odor na região íntima feminina, é provável que haja uma infecção e uma consulta com o ginecologista é necessária para tratar o problema.
PRINCIPAIS TIPOS DE CORRIMENTO VAGINAL
CORRIMENTO BRANCO COM COCEIRA
O corrimento branco com coceira pode piorar durante a semana que antecede a menstruação e ocorre, sobretudo, em mulheres com sistema imune enfraquecido, como diabéticas, grávidas ou que estejam fazendo uso de antibióticos.
O que pode causar: o corrimento branco, espesso, que tende a aderir às paredes vaginais e que é acompanhado de coceira e queimação na vulva e na vagina, provavelmente é causada por fungos, sendo chamado de candidíase vaginal.
Como tratar: é necessário o uso de medicamentos antifúngicos que se pode tomar oralmente ou colocados na vagina sob a forma de comprimidos ou pomadas.
CORRIMENTO ESVERDEADO
O corrimento esverdeado com mau cheiro que pode ser líquido, pastoso ou grosso e, por vezes, bolhoso, provoca outros sintomas como dor nas relações e ao urinar e coceira intensa.
O que pode causar: este corrimento pode indicar tricomoníase, que é uma infecção genital
CORRIMENTO BRANCO, ACINZENTADO OU AMARELADO COM MAU CHEIRO
O corrimento branco, acinzentado ou amarelado com cheiro desagradável, semelhante ao de peixe, é sinal de uma infecção.
O que pode causar: pode ser uma infecção bacteriana, como clamídia e, causa outros sintomas como dor ao urinar ou pequenas perdas de sangue fora da menstruação.
Quando a clamídia na mulher não é tratada, pode levar ao desenvolvimento de doença inflamatória pélvica, que pode provocar infertilidade, aborto ou gravidez ectópica.
Além disso, o corrimento branco, acinzentado ou amarelado com espumosa pode ser causado por protozoário como o Trichomonas vaginalis e, a secreção, geralmente, ocorre logo após a menstruação.
CORRIMENTO MARROM LÍQUIDO OU COM SANGUE
O Corrimento marrom é normal após a menstruação pois é comum a saída de alguns coágulos de sangue até alguns dias após o término da menstruação.
O que pode causar: por vezes, o corrimento com sangue, pode ser causado por câncer de vagina, do colo do útero ou do endométrio.
Como tratar: para tratar o câncer a médico pode indicação uma cirurgia para remover o tumor e, se necessário, realizar quimioterapia e radioterapia.
Além disso, o corrimento com sangue também pode surgir após a relação sexual e, pode ser uma infecção viral causada pelo vírus HPV, por exemplo.
COMO IDENTIFICAR O CORRIMENTO VAGINAL
Para identificar o corrimento, a mulher deve observar o fundo da sua calcinha em uso e o papel higiênico, após a limpeza da vulva depois de urinar.
A fim de identificar o agente causador do corrimento, o ginecologista poderá solicitar exames, como o papanicolau, por exemplo, para que o tratamento seja mais direcionado e mais efetivo.
Porém, na maioria das vezes, o ginecologista pode chegar ao diagnóstico somente ao observar os sinais clínicos da mulher.
O tratamento para o corrimento vaginal varia conforme o agente causador da infecção.
Também é importante fazer a higiene intima diariamente e usar um sabão intimo todos os dias.
Além disso, com exceção da candidíase, ambos os parceiros devem ser tratados ao mesmo tempo, para evitar a reinfecção.
O CORRIMENTO MARROM
É normal após a menstruação porque é comum a saída de alguns coágulos de sangue até alguns dias após o término da menstruação.
Além disso, o corrimento marrom também é comum após o contato íntimo ou quando existe alergia ao látex, devido á irritação das paredes da vagina, principalmente durante a menstruação ou gravidez.
Porém, o corrimento marrom quando dura mais de 3 dias também pode indicar a presença de infecções vaginais, como candidíase ou tricomoníase, que surgem especialmente quando o pH vaginal está alterado.
O corrimento marrom ao tomar anticoncepcional.
No caso das mulheres que utilizam o anticoncepcional, especialmente o implante, é normal o surgimento de corrimento marrom antes da menstruação ou em substituição do período menstrual normal.
Porém, caso o corrimento aconteça em grande quantidade ou por mais de 4 dias é recomendado consultar o ginecologista para iniciar o tratamento adequado.
O corrimento marrom pode ser gravidez.
Normalmente o corrimento marrom não é sinal de gravidez pois é mais comum que, no início da gestação, a mulher apresente um pequeno corrimento rosado que indica a implantação do feto no útero.

D-EXAMES PREVENTIVOS
EXAMES PREVENTIVOS QUE TODAS AS MULHERES PRECISAM FAZER

1-EXAME OFTALMOLÓGICO
Deve ser realizado logo na infância. Se for detectado algum problema de vista, a visita ao oftalmologista deve ser a cada 2 anos.

2-EXAME ODONTOLÓGICO
Deve ser feito anualmente desde a infância. O check-up anual no dentista é essencial para rastrear cáries e realizar a limpeza de tártaro que também deve ser feita anualmente. Checar a saúde da gengiva e da língua.

3-EXAME DE SANGUE
HEMOGRAMA COMPLETO (Função renal, função hepática, marcadores tumorais, parasitologia, infectologia, colesterol, glicemias).
Deve ser feito desde a infância até a velhice, num intervalo de 1 ano a 1 ano e meio. Nele são medidos itens importantes, como a glicose, o colesterol, a tireoide, e qualquer outro nutriente presente no sangue que necessite ser observado.

4-AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue dentro dos vasos sanguíneos, com a força proveniente dos batimentos cardíacos. Quanto mais sangue for bombeado do coração por minuto, maior será esse valor, que tem dois números: um máximo, ou sistólico, e um mínimo, ou diastólico. O primeiro se refere à força de bombeamento do coração e o segundo, à pressão dos vasos sanguíneos periféricos (braços, pernas e abdome).
A pressão não é fixa e pode variar instantaneamente, dependendo do estado da pessoa no momento (se está em repouso, em atividade, nervosa ou falando alto, por exemplo). O valor é considerado normal quando o máximo atinge até 120 mmHg ou, popularmente, 12, e o mínimo fica na faixa de 80 mmHg, ou 8. É a almejada pressão 12/8.
A hipertensão é o mais comum fator de risco para doenças cardiovasculares e AVC (derrame cerebral). A pressão alta também é responsável por outros problemas graves, como a insuficiência renal crônica, aneurismas e lesões nos vasos sanguíneos do olhos. Como se não bastassem todas as possíveis complicações, a hipertensão ainda tem um outro problema: é uma doença silenciosa que não provoca sintomas na maioria dos casos.
Portanto, a única forma se saber se alguém se é hipertenso é através da aferição da pressão arterial.
Uma das causas da hipertensão arterial é um aumento excessivo do volume de sangue dentro dos vasos sanguíneos. Esse excesso costuma ocorrer quando o organismo retém muito sal e água. Porém, a maioria dos pacientes hipertensos não têm excesso de líquidos no organismo, pelo menos não o suficiente para ultrapassar a capacidade de dilatação dos vasos. O que ocorre é uma falha na capacidade de autorregulação. As artérias ficam sempre mais comprimidas que o necessário para a pressão arterial fique normal.
A origem da perda da capacidade de autorregular a pressão arterial, que dá origem à hipertensão, é um processo complexo e ainda não bem esclarecido. Ele envolve fatores genéticos, quantidade de sal (sódio) no organismo, capacidade dos rins de lidarem com o volume de água corporal, produção de hormônios que agem diretamente sobre a parede dos vasos sanguíneos e a própria saúde das artérias, que precisam estar capazes de se contrair e dilatar adequadamente.
Quanto menor for a capacidade dos vasos se autorregularem conforme o volume de sangue presente, maior é o risco do paciente desenvolver hipertensão arterial. Os casos mais graves costumam ser aqueles no qual o paciente tem um real excesso de volume e seus vasos são incapazes de dilatar para comportar o aumento da pressão sobre suas paredes.
O coração bombeia o sangue através dos seus batimentos. Quando o coração se contrai, ele expulsa o sangue do seu interior em direção aos vasos. Quando ele relaxa, volta-se a encher de sangue. Esse alternância de contração e relaxamento ocorre, em média, de 60 a 100 vezes por minuto. O coração enche e esvazia, enche e esvazia.
A pressão sob as paredes das artérias é pulsátil, ou seja, aumenta na fase de contração do coração e diminui na fase de relaxamento.
A contração do músculo cardíaco é chamada de sístole. Portanto, a pressão sistólica é aquela que ocorre durante a sístole. O relaxamento do músculo cardíaco é chamado de diástole, logo, pressão diastólica é aquela que ocorre durante a diástole. A pressão arterial atinge o seu maior valor durante a sístole e o menor durante a diástole. Por isso, elas também são chamadas de pressão máxima e pressão mínima.
A aferição da pressão arterial é descrita sob a unidade milímetros de mercúrio (mmHg). Logo, se o paciente tem uma pressão arterial de 120/90 mmHg, isso significa que a pressão máxima sobre a parede da artéria, que ocorre durante a sístole, é de 120 mmHg e a pressão mínima, que ocorre durante a diástole, é de 80 mmHg.
O público leigo costuma chamar de 12/8 (12 por 8), mas, na verdade, a forma correta é 120/80 (120 por 80), pois este é o valor da pressão em milímetros de mercúrio.
OS VALORES NORMAIS DA PRESSÃO ARTERIAL
As nossas artérias foram programadas para trabalhar dentro de certos valores de pressão. Quando as artérias são submetidas de forma prolongada a níveis pressóricos muito elevados, o excesso de tensão sobre suas paredes começa a provocar graves lesões. Pequenas fissuras na parede podem surgir, facilitando o rompimento de pequenos vasos e a formação de placas de cálcio nas artérias de maior calibre. Essas placas, além de diminuir a própria elasticidade da artéria, também reduz o calibre interno favorecendo a oclusão da circulação por trombos, evento chamado de trombose. Além das lesões nos vasos sanguíneos, a pressão arterial excessiva também aumenta o trabalho do coração, que precisa bombear o sangue contra uma resistência maior. Após anos de trabalho excessivo, o coração começa a dilatar, levando à insuficiência cardíaca.
A pressão arterial normal é, portanto, aquela na qual as artérias não ficam sob estresse e o coração não fica sobrecarregado.
Atualmente, os níveis de pressão arterial para adultos, idosos e adolescentes são divididos da seguinte forma:
PRESSÃO ARTERIAL NORMAL
Pacientes com pressão sistólica menor que 120 mmHg e pressão diastólica menor que 80 mmHg.
PRÉ-HIPERTENSÃO
Pacientes com pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg ou pressão diastólica entre 80 e 89 mmHg.
HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1
Pacientes com pressão sistólica entre 140 e 159 mmHg ou pressão diastólica entre 90 e 99 mmHg.
HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2
Pacientes com pressão sistólica acima de 160 mmHg ou pressão diastólica acima de 100 mmHg.
CRISE HIPERTENSIVA
Pacientes com pressão sistólica acima de 180 mmHg ou pressão diastólica acima de 110 mmHg.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
O coração é um órgão composto basicamente por músculos, sendo responsável pelo bombeamento de sangue para todos os tecidos. Podemos dizer que o coração é o motor do nosso corpo.
O coração humano tem 4 câmaras: os ventrículo esquerdo e direito, e os átrios esquerdo e direito. Os ventrículos são as cavidades maiores e mais musculosas, sendo as mais importantes no bombeamento do sangue para o corpo.
Para entender o que é a insuficiência cardíaca, é preciso primeiro saber como funciona o coração.
Os tecidos recebem o sangue de onde retiram o oxigênio. O sangue agora pobre em oxigênio volta para o coração pelas veias, chega no lado direito do coração, entra no átrio direito, depois no ventrículo direito e é finalmente bombeado para o pulmão. No pulmão o sangue volta a ficar rico em oxigênio. Esse sangue reoxigenado vai para o lado esquerdo do coração, cai primeiro no átrio e depois no ventrículo esquerdo, de onde será bombeado de volta para os tecidos , reiniciando o ciclo.
Portanto, o coração direito é responsável pelo retorno do sangue para os pulmões e coração esquerdo pelo bombeamento de sangue para os tecidos.
A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração não consegue mais desempenhar uma ou ambas funções eficientemente. A insuficiência cardíaca pode então ser do coração esquerdo, direito ou de ambos. Os sintomas variam de acordo com a câmara do coração acometida.
O coração é composto basicamente de músculos. A principal causa de insuficiência cardíaca é a isquemia cardíaca ou o infarto do miocárdio. Infarto significa morte tecidual, que no caso do coração se refere a parte do músculo cardíaco. Logo, quanto mais extenso for o infarto, mais músculo morrerá, consequentemente, mais fraco fica o coração. Se o infarto necrosar uma grande área, o paciente morre por falência da bomba cardíaca.
Outra causa comum de insuficiência cardíaca é a hipertensão não tratada.
Quando o paciente apresenta uma pressão arterial elevada, o coração precisa fazer mais força para vencer essa resistência e distribuir o sangue pelo corpo. Como todo músculo quando exposto a um estresse, a parede dos ventrículos começa a crescer e ficar mais forte. É a hipertrofia cardíaca. O que parece algo bom, na verdade é a fase precoce de uma insuficiência cardíaca. A hipertrofia do coração que ocorre na hipertensão é diferente daquela que ocorre nos atletas que possuem o coração mais forte.
Se a hipertensão não for tratada, o coração continua a sofrer até o ponto em que não consegue mais se hipertrofiar. Imaginem um elástico que você puxa o tempo todo. Uma hora ele acaba por perder sua elasticidade e fica frouxo. É mais ou menos isso que ocorre com o coração. Depois de muito tempo sofrendo estresse o músculo cardíaco começa a se estirar e o coração fica dilatado.
Temos nesse momento um músculo que tem pouca capacidade de contração e um coração que já não consegue bombear o sangue adequadamente. O órgão se torna grande e insuficiente.
Como quem manda o sangue para o corpo é o ventrículo esquerdo, ele é quem mais sofre com as pressões arteriais elevadas. Quando realizamos um ecocardiograma o primeiro sinal de sofrimento cardíaco pela hipertensão é a hipertrofia do ventrículo esquerdo ou insuficiência cardíaca diastólica. Essa é a fase da insuficiência cardíaca que ainda tem cura se tratada.
Outra causa comum de insuficiência cardíaca são as doenças das válvulas do coração. Sempre que uma válvula cardíaca apresenta alguma alteração, seja congênita, ou adquirida durante a vida (endocardite, febre reumática, calcificação das válvulas, etc.), o coração começa a ter dificuldades em bombear o sangue, iniciando-se o processo de dilatação semelhante ao da hipertensão.
Antes dos 50 anos a pressão arterial deve ser checada a cada 2 anos. Homens fumantes, obesos, que tenham mais de 50 anos ou que tenham casos de hipertensão na família, devem checar a pressão arterial anualmente. A hipertensão deve ser tratada o quanto antes para afastar os riscos de derrame e infarto.

5-EXAME DA CURVA GLICÊMICA
O resultado pode ser entregue no mesmo dia após 2, 3 ou 4 horas da última análise.
Para que serve o exame da curva glicêmica
O exame da curva glicêmica serve para diagnosticar a diabetes mellitos tipo 2 ou a diabetes gestacional.
Como é feito o exame da curva glicêmica
O exame da curva glicêmica é feito da seguinte forma: inicialmente, é feita a coleta de sangue em jejum. Depois é dado ao paciente um vidro com conteúdo açucarado, que deve ser bebido imediatamente. Após 1, 2 e 3 horas é feita a retirada de uma pequena quantidade de sangue, que é então avaliada em laboratório.
Recomenda-se que o exame seja feito em jejum de 8 horas. E, durante o exame, não se deve comer, nem beber nada, sendo necessário ainda ficar de repouso, sentado relaxadamente.

VALORES DE REFERÊNCIA PARA A CURVA GLICÊMICA
Os valores de referência da curva glicêmica após 2 horas são:
NORMAL: INFERIOR a 140 mg/dl;
TOLERÂNCIA DIMINUÍDA À GLICOSE: ENTRE 140 e 199 mg/dl;
DIABETES: IGUAL OU SUPERIOR a 200 mg/dl.

6-EXAMES PREVENTIVOS GINECOLÓGICOS
Na consulta anual, o médico ginecologista solicita uma série de exames como:
-ULTRASSONOGRAFIA PÉLVICA E/OU TRANSVAGINAL
Avalia a saúde de órgãos como útero, ovários e trompas, para detectar possíveis cistos, miomas, endometriose, etc.
-PAPANICOLAU OU CITOLOGIA ONCÓTICA
É realizada a coleta de material do colo do útero para analisar a presença de vírus, fungos, bactérias e células cancerígenas.
-COLPOSCOPIA
Em geral só é solicitada quando há alguma alteração no Papanicolau, entretanto como é um exame de alta precisão, principalmente para detectar alterações na vagina e na vulva, muitos médicos já solicitam como rotina nos exames preventivos anuais.
-MAMOGRAFIA a partir dos 40 anos, todas as mulheres devem fazer o exame para detectar, precocemente, o câncer de mama. Quando a mulher tem menos de 40 anos, é inorientaçãoda uma ultrassonografia das mamas, além do exame clínico, feito pelo médico.

7-EXAMES PREVENTIVOS GERAIS:
a-Hemograma completo;
b-Dosagem dos hormônios da tireoide;
c-Exame de urina e de fezes;
d-Exames para aferir pressão arterial, glicose e colesterol;
e-Exame oftalmológico;
f-Eletrocardiograma;
g-Exame dermatológico.


E-OS PROBLEMAS DE SAÚDE MAIS COMUNS ENTRE AS MULHERES

1-ESTRESSE
O estresse é um sintoma muitas vezes indescritível. Ele pode ser caracterizado por sensações de medo, desconforto, preocupação, irritação, frustração, indignação, nervoso, e pode ser motivado por diversos motivos distintos. Além disso, muitas vezes, a causa para o estresse é desconhecida.
CAUSAS
Uma pessoa pode sentir estresse em alguns momentos importantes de sua vida, motivada, possivelmente, por ansiedade, apreensão e preocupação, como por exemplo:
Começar em um emprego novo ou escola nova.
Mudar-se para uma casa nova..Casar-se. Ter um filho. Terminar um relacionamento. Uma doença, seja com você ou com um amigo ou ente querido, é uma causa comum de estresse. Sentimentos de estresse e ansiedade são comuns em pessoas que se sentem deprimidas e tristes também.
É importante determinar a causa do estresse para que ele possa ser controlado efetivamente.
O “National Institute of Occupational Safety and Health” (NIOSH) relacionou as seguintes causas possíveis do estresse no trabalho: Ambiente (psicológico) de trabalho. Estilo de liderança. Relacionamentos interpessoais. Obrigações no trabalho. Preocupações com a carreia. Condições do ambiente.
Alguns medicamentos podem provocar ou piorar os sintomas de estresse. Estes podem incluir: Alguns medicamentos inalados usados para tratar asma. Medicamentos para tireoide. Algumas pílulas dietéticas. Alguns remédios para resfriado.
Produtos com cocaína, álcool e tabaco também podem provocar ou piorar os sintomas de estresse e ansiedade.
Quando essas sensações ocorrem com frequência, a pessoa pode ter um distúrbio de ansiedade.
OUTROS PROBLEMAS EM QUE O ESTRESSE PODE ESTAR PRESENTE:
-Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
-Síndrome do pânico
Transtorno por estresse pós-traumático (TEPT).
PREVENÇÃO DO ESTRESSE
Todo estresse só é negativo quando se torna excessivo.
O problema é que na maior parte das situações do dia-a-dia as pessoas são tomadas por tantas preocupações que o estresse em excesso tem se tornado um problema comum dos tempos de hoje. Mas saibia que esse tipo de nervosismo pode ser prevenido com algumas mudanças simples no seu cotidiano.
Pequenos hábitos, como respiração e mudanças no dia-a-dia ajudam a controlar e evitar o problema.
Confira essas e outras orientações a seguir:
-Alimentar-se de forma balanceada
-Alimentação muitas vezes parece ser remédio para todos os problemas, e talvez seja mesmo.
No caso do estresse, ter pratos equilibrados ajuda o organismo de muitas formas.
Ter um consumo adequado de gorduras, carboidratos, proteínas, vitaminas e minerais é essencial para o bem-estar do organismo.
Se o nosso organismo recebe diariamente esses nutrientes, por meio da alimentação, naturalmente ele irá funcionar melhor, aumentando a energia e vitalidade que precisamos para enfrentar os problemas do cotidiano.
No entanto, se existe carência ou excesso de algum elemento, o nosso corpo precisa fazer um esforço para compensar isso, o que gera mais desgaste.
Por outro lado, também há a perda de nutriente durante o quadro de estresse crônico, que é agravado pelo consumo de itens como cafeína, açúcar e sal.
-Praticar atividades físicas.
Exercícios têm diversas características que se relacionam com o relaxamento de quem os pratica.
Em primeiro lugar há a liberação de hormônios que otimizam o funcionamento do corpo.
A adrenalina age na redução do estresse, o cortisol atua como anti-inflamatório, o glucagon aumenta a quantidade de glicose no fígado, o GH (hormônio do crescimento) transmite bem-estar e a endorfina produz a sensação de prazer e melhora a qualidade do sono.
-Além disso, existe um mecanismo que os especialistas chamam de senso de propósito. Quando fazemos algo com a convicção de que isso está contribuindo para a nossa saúde, damos para a nossa mente comandos do tipo "isso é bom para mim", "estou seguindo na direção certa" e "estou cumprindo um propósito", que vai alimentando a nossa sensação interna de que merecemos algo bom, somos boas pessoas.
Desta forma, a prática de uma atividade física ajuda a mudar um pouco o foco, saindo daquele problema que ficou incomodando o dia todo e estava causando estresse.
-Mudar a postura. Ter uma postura melhor é benéfico também para a mente.
E a palavra "postura" aqui não significa apenas a forma como recebemos as informações, e sim com a maneira que posicionamos nosso corpo no dia a dia. Para provar esse ponto, os especialistas costumam sugerir um exercício: primeiro posicione a cabeça para frente e encolha os ombros, curve as costas para frente, como se estivesse deprimido, e tente pensar em algo alegre.
Em seguida, espalhe-se na cadeira como em um dia de verão na praia, e depois tente pensar em uma conta para pagar. Igualmente complicado! A forma com que usamos o nosso corpo tem um reflexo direto no nosso estado interno e na nossa capacidade de lidar com os problemas.
-Procure rir mais. Estudos de 1989 foram os primeiros a demonstrar alguma relação entre o riso e a redução do estresse, ao perceber que voluntários que assistiam vídeos humorísticos tinham uma queda maior nos hormônios cortisol e adrenalina, do que os que assistiam a qualquer vídeo. Depois disso, vários outros estudos confirmaram esse achado, que o riso reduz os níveis de hormônios e substâncias ligados ao estresse.
Rir libera endorfinas, que são hormônios que promovem a sensação de bem-estar; também ativa a sua resposta ao estresse, aumentando a sua frequência cardíaca e pressão arterial e criando uma sensação de relaxamento. Por fim, ele também estimula a circulação e ajuda a relaxar os músculos, o que reduz os sintomas físicos do estresse.
Além do mais, a risada tem o dom de mudar a perspectiva de quem está rindo sobre as situações.
Como grande parte do estresse é devido a pensamentos, julgamentos e pressões internas por resultados que vamos criando no decorrer do dia, rir pode ser uma boa alternativa para conseguir ver a situação sobre um ponto de vista diferente.
-Fazer sexo. Sexo vai além do prazer: os mecanismos hormonais da prática sexual beneficiam o corpo a lidar com estresse.
O contato íntimo produz alterações químicas cerebrais, melhorando o humor devido à liberação de testosterona, estrogênio, prolactina, hormônio luteinizante e prostaglandina na corrente sanguínea.
-Dormir melhor. O estresse prolongado, antes de tudo, funciona como uma agressão ao nosso organismo.
E dormir bem é uma das melhores formas do corpo se recuperar desse tipo de ataque. Quando você está descansado, tem uma maior clareza de pensamento e uma habilidade maior para reagir aos estímulos agressores. Pessoas que ficam longos períodos com privação de sono tendem estar mais desatentas e com os reflexos lentos. Tanto que pessoas que dormem pouco tendem a ser mais irritadas e diversos estudos relacionam transtorno de humor com pessoas que trabalham com turnos trocados.
-Respirar direito. A respiração está diretamente relacionada com nossas emoções e tem a capacidade de regulá-las de duas formas: primeiro por um mecanismo fisiológico, já que o estado de ansiedade nos faz inalar o ar com mais rapidez e de forma mais rasa, e mudar isso conscientemente ajuda a acalmar, pois o corpo volta ao equilíbrio. Outro ponto está no fato do indivíduo, ao tornar sua respiração consciente, traz sua atenção ao momento presente. Com isso o estado de ansiedade tende a ser minimizado.
-Auto incentivar-se.
Dentro da Psicologia existe um termo chamado "Positive talk" (em livre tradução, algo como fala positiva).
O conceito vem do fato de que todas as pessoas conversam consigo mesmas, mas enquanto algumas sabem fazer isso como uma forma de alento e carinho, outras não sabem se auto incentivar: a maior parte das pessoas cultiva pensamentos de injustiça, sofrimento e pesar, além de fazer julgamentos sobre si mesmo que certamente não faria para os outros.
O problema é que ter esse tipo de pensamento gera um círculo vicioso, que faz com que a pessoa se vitimize mais e, com isso, fiquem mais propensas a situações de estresse prolongado.
-Deixar o celular de lado. Hoje em dia o celular parece parte de nós, mas saiba que ele ajuda, e muito, a aumentar o estresse das pessoas.
Um estudo publicado no BMC Public Health em 2011 acompanhou 4156 jovens de 20 a 24 anos de idade por um ano, relacionando seu uso de celular com problemas de saúde mental, como depressão, estresse e falta de sono.
Foi percebido que aqueles que usam muito seus telefones tinham incidências mais altas de estresse, principalmente naqueles que percebiam esse uso como algo estressante.
Diversos fatores podem ajudar nisso. Muitas pessoas acabam continuando conectadas ao trabalho, por exemplo, por meio de seus celulares, não permitindo que elas tenham tempo de descanso. O uso excessivo do celular, das redes sociais e aplicativos pode colaborar com o estresse, na medida em que se torna mais uma obrigação, porque aparece para a outra pessoa a que horas que você abriu o aplicativo ou conversou pela última vez.
Claro que não há problemas em se usar o celular, desde que seu uso seja equilibrado.
-Buscando ajuda medicação. O estresse é um sentimento normal. Ele pode, inclusive, ajudar uma pessoa em seu dia a dia, melhorando seu desempenho no trabalho, por exemplo. No entanto, quando o estresse é muito grande, você pode senti-lo em seu corpo por meio de algumas reações específicas.
O estresse é algo que não deve ser negligenciado. Ele é um dos problemas mais frequentes e duradouros que aflige diariamente desde estrelas do esporte até trabalhadores de escritório. O estresse pode ser causado por uma variedade de coisas como lesão, trabalho, casamento ou família.
Escolher ignorar o estresse pode levar a problemas de saúde físicos e mentais. Estresse também é conhecido como resposta para lutar. Ao ignorar o estresse é engatilhada a resposta natural do corpo, causando elevação na taxa de respiração e frequência cardíaca. Estresse contínuo futuramente pode lesionar o corpo se não for tratado.
Entender o processo do estresse é importante para compreender de onde ele está se originando, sinais para observar, resultados de ignorá-lo, e como aliviá-lo.
Outras possibilidades que podem causar estresse e devem ser consideradas são: Depressão. Família. Preocupação com a saúde. Lesão. Atitude negativa.
SINAIS DE ALERTA DE ESTRESSE
A NIOSH relacionou os sinais de alerta de estresse mais comuns como os seguintes: Dor de cabeça. Transtornos no sono. Pavio curto. Estômago irritado.Insatisfação no trabalho. Moral baixa.
CONSEQUÊNCIAS DO ESTRESSE
O estresse, quando ignorado, pode levar a problemas físicos e mentais. Anderson e Williams no artigo “A model of stress and athletic injury: Prediction and prevention” indicou que o estresse negativo pode resultar em falta de concentração e tensão muscular, os quais por sua vez podem ocasionar as seguintes lesões e problemas de saúde:
Doença cardiovascular. Dor nas costas. Dor no ombro. Contraturas crônicas. Sistema imunológico enfraquecido. Desordens psicológicas. Doença degenerativa do disco. É importante reconhecer alguns sinais clínicos que podem ser observados, como: Alterações nos hábitos de alimentação e/ou sono. Dificuldade de concentração. Falta de interesse em atividades antes prazerosas. Reação inapropriada a situações de estresse com reação exageradamente violenta ou, ao contrário, exageradamente passiva. Envolvimento diminuído em relacionamentos sociais. Histórico de depressão no passado ou histórico familiar de depressão.
CONTROLE E ALÍVIO DO ESTRESSE
Depois de encontrar a causa do estresse é importante achar maneiras positivas de controle e alívio do estresse.
Algumas recomendações podem incluir: Exercício físico consistente. Escutar música. Permitir tempo a si mesmo. Manter equilíbrio na vida. Administrar melhor o tempo.
O estresse é um problema muito importante, sobre o qual a pessoa deve falar ao invés de ignorar. Estresse eventualmente começa com algo pequeno e acaba acumulando em grandes problemas de saúde que impedem a pessoa de trabalhar eficientemente. Caso tenha estresse, procure identificar a causa e faça algum positivo para o controlar e aliviar.

2-DEPRESSÃO
A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si.
É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.
A depressão é um transtorno afetivo que produz uma alteração de humor caracterizado por uma tristeza profunda e sem fim. Atinge centenas de milhões de pessoas no mundo que resulta em milhares de suicídios por ano.
No Brasil, milhões de pessoas estão depressivas.
A depressão não tem hora nem lugar para aparecer. Pode surgir em qualquer pessoa independente do sexo, idade, condição social ou econômica.
Segundo a OMS, Organização Mundial de Saúde, com a evolução dos conflitos atuais, a depressão será a doença mais comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, incluindo câncer e doenças cardíacas.
De acordo com a OMS, a depressão afeta mais as mulheres (50%) do que os homens.
Contudo, as consequências da depressão, como a taxa de suicídio e o uso de substâncias psicoativas são maiores entre os homens.
CAUSAS
A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos.
SINTOMAS DA DEPRESSÃO
-Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia;
-Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
-Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis;
-Desinteresse, falta de motivação e apatia;
-Falta de vontade e indecisão;
-Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;
-Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte;
-A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio;
-Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo;
-Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;
-Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido;
-Perda ou aumento do apetite e do peso;
-Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo);
-Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.
TRATAMENTO
O tratamento da depressão poderá ser medicamentoso, ou pela psicoterapia.
TRATAMENTO COM MEDICAMENTOS
Existem medicamentos disponíveis, sempre à critério do especialista. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente.
Há diversos tipos de remédios usados para tratar a depressão.
Esses medicamentos aliviam os sintomas da depressão ao aumentar o fornecimento de substâncias químicas do cérebro, chamadas neurotransmissores. Acredita-se que eles melhoram as emoções. De todas as doenças psiquiátricas, a depressão é aquela que melhor responde ao tratamento com remédios. De 80% a 90% dos pacientes melhoram ao tomar medicamentos.
Os remédios demoram cerca de duas semanas para começar a fazer efeito. Também é preciso prestar atenção nos efeitos colaterais e na maneira como o medicamento é retirado depois que os sintomas desaparecem.
Não se pode parar de tomar as drogas de uma vez. Isso aumenta o risco de recaída.
TRATAMENTO PSICOLÓGICO
A terapia pode ajudar no tratamento da depressão e até potencializar o efeito dos remédios.
Exercícios
A prática de atividades físicas traz inúmeros benefícios. Reduz, por exemplo, a ansiedade, o estresse, a depressão, aumenta a autoestima e melhora o sono.
Além disso, fortalece o coração, faz o corpo usar melhor o oxigênio, baixa a pressão, melhora o tônus muscular, reduz a gordura do corpo, faz você ficar esbelto e saudável. As pesquisas têm apontado que os exercícios são um eficiente, mas muitas vezes, subutilizado meio de amenizar a depressão.
Qualquer que seja o tipo de atividade física escolhida, ela pode colaborar para melhorar o quadro depressivo.
Alguns pacientes precisam de tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira, para evitar o aparecimento de novos episódios de depressão.
A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem cura a depressão.
A técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar a sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo estresse.
Não há diferença no modo de sentir a depressão. Tanto homens quanto mulheres vivenciam de modo singular seu estado depressivo.
Você que é mulher que se identificou com o assunto, procure um Especialista, um Terapeuta, Psicanalista, Psicólogo. Ajude-se. Não espere agravar sua situação.
Se perceber em alguma amiga ou familiar esses sinais de modo constante, esteja atenta.
Converse com ele. Incentive-a a tomar coragem e buscar acompanhamento profissional. Não permita que ela caminhe sozinha e tome atitudes inesperadas. Ajude-a com o primeiro passo: a aceitação que precisa de ajuda.
PREVENÇÃO
Alguns tipos de depressão não podem ser evitados já que algumas teorias científicas indicam que eles podem ser causados pelo mau funcionamento do cérebro. Mas há boas evidências de que ela pode ser evitada com bons hábitos de saúde. Uma alimentação adequada, exercícios, férias, não trabalhar em excesso e guardar um tempo para fazer as coisas que curte são algumas das coisas que ajudam a deixar a tristeza de lado.
DEPRESSÃO CLÁSSICA
Uma pessoa em depressão clássica sente um profundo e constante sentimento de desesperança e desespero.
A depressão clássica é manifestada por uma combinação de sintomas que interferem na habilidade de trabalhar, estudar, dormir, comer e realizar atividades antes prazerosas.
É comum que episódios de depressão ocorram várias vezes durante a vida.
A depressão ocorre em homens e mulheres de qualquer idade.
Porém ela acomete mais as mulheres. Há de duas a três mulheres deprimidas para cada homem.
Não se pode ao certo determinar o motivo disso, mas os médicos avaliam fatores genéticos e hormonais.
Os homens que sofrem de depressão clássica tendem a procurar menos ajuda do que as mulheres.
FATORES DE RISCO
Dor (perda de uma pessoa amada, fim de um casamento).
Disputas interpessoais (conflitos com pessoas queridas, chefes ou abusos sexual, físico ou emocional).
Mudanças na vida (mudança de casa, graduação, troca de emprego, aposentadoria).
Déficits interpessoais (lidar com o isolamento social ou sentimentos de privação).
Nem todo mundo tem um motivo tem um motivo desses.
DIAGNÓSTICO
Se você está deprimido ou tem sintomas que duram mais de duas semanas, procure um médico ou um psiquiatra. Seu médico lhe fará passar por uma avaliação, prestando bastante atenção ao seu histórico familiar e psiquiátrico. Não há exames específicos para detectar a depressão. Mas um exame de sangue, por exemplo, pode apontar doenças com sintomas parecidos com a depressão, como o hipotireoidismo.

DISTIMIA (DEPRESSÃO CRÔNICA)
A distimia, também chamada de depressão crônica, é a forma menos intensa de depressão, mas seus sintomas duram por um longo período, inclusive anos. As pessoas que sofrem de distimia geralmente vivem normalmente, mas parecem estar sempre infelizes.
É comum quem tem distimia também enfrentar a depressão clássica por um período. Isso é chamado de depressão dupla.
Os sintomas são os mesmos da depressão clássica.
Tristeza e pessimismo persistente Sentimento de culpa, desesperança ou que nada vale a pena Perda de interesse ou prazer por atividades que antes você curtia. Isso inclui o sexo. Dificuldade de concentração e reclamações de memória fraca.Ganho ou perda de peso. Fadiga, baixa energia.
Ansiedade, agitação e irritação.Pensamentos suicidas.
Movimentos e fala lentos. Dor de cabeça, de estômago e problemas digestivos.
TRATAMENTO
A distimia é uma doença séria, mas tratável. Algumas pessoas vão reagir bem só com a terapia. Mas outras irão precisar da medicação.

DEPRESSÃO ATÍPICA
Quem tem esse tipo de depressão sofre um aumento de apetite e, consequentemente, de peso. A pessoa tende a dormir muito e a ter alterações de humor ao longo do dia.
DOENÇA MANÍACO-DEPRESSIVA
É um transtorno bipolar que acomete cerca de 1% da população. Em geral, manifesta seus primeiros sintomas na adolescência, quando o jovem alterna fases depressivas com outras de euforia ou irritação. Pode também ter uma redução no número de horas necessárias de sono, hiperatividade e aumento da autoestima. Ao mesmo tempo, não consegue realizar tarefas por causa de uma grande desconcentração.
DEPRESSÃO SAZONAL
É aquela depressão que aparece todo ano, sempre na mesma época. É comum ocorrer no inverno, quando, além dos sintomas tradicionais da depressão, a pessoa sente uma extrema falta de energia, um aumento na necessidade de dormir, vontade de comer carboidratos, aumento do apetite, fome e desejo de ficar sozinho. É mais comum observá-la em pessoas que vivem em regiões de altas altitudes, onde as variações climáticas são maiores. Além disso, a luminosidade também pode ter um papel importante nesse tipo de depressão. Por isso, além dos remédios, o médico pode receitar mais luzes em sua casa ou escritório.
Além dos sintomas da depressão, a depressão psicótica também inclui algumas características da psicose, como alucinação e ilusões (pensamentos irracionais e medos).
Os sintomas mais comuns são:
Ansiedade; Agitação; Hipocondria; Insônia; Imobilidade física;
Constipação;Dificuldade intelectual; Psicose.
O tratamento pode incluir uma internação hospitalar e a constante visitação médica.
Uma combinação de antidepressivos e medicamentos antipsicóticos costumam fazer os sintomas ficarem mais leves.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
É uma complexa mistura de mudanças físicas, emocionais e de comportamento que ocorre após o parto.
Essa depressão é atribuída a alterações químicas, sociais e psicológicas. Afeta de 50% a 75% das mulheres no período que vai do parto até o restabelecimento dos órgãos genitais da mulher (puerpério). Cerca de 10% das mulheres desenvolvem um tipo de depressão mais grave, que se estende por um longo período pós-parto. E uma a cada um milhão de mulheres tem a psicose pós-parto, a modalidade mais séria de depressão pós-parto.
Alguns fatores aumentam o risco de depressão pós-parto:
Ter um histórico de depressão ou de tensão pré-menstrual.
A idade na época da gravidez. Quanto mais nova você for, maiores as chances. Pouco apoio. Filhos. Quantos mais filhos você tiver, mais chance há de desenvolver a doença.
Conflitos no casamento. Dúvidas sobre a gravidez.
Se você está deprimido e apresenta sintomas por mais de duas semanas, visite um especialista, Terapeuta, Psicanalista, Psicólogo, e um Psiquiatra. Assim como em outros tipos de depressão, não existem exames físicos capazes de detectar a distimia. Só um profissional especialista poderá detectá-la.

3-PROBLEMAS CARDIOVASCULARES
As doenças cardiovasculares são um conjunto de problemas que atingem o coração e os vasos sanguíneos, afetando, geralmente, mais homens do que mulheres, em idades acima dos 50 anos.
TIPOS DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Pode se considerar 2 tipos de doenças cardiovasculares: aquelas que apresentam sintomas, como angina ou arritmias cardíacas e aquelas como aterosclerose ou hipertensão, que em geral não apresentam sintomas. Estes, por serem silenciosos, são motivos para que o indivíduo procure o cardiologista regularmente, principalmente para quem já tem histórico familiar de doenças no coração.
AS DOENÇAS DO CORAÇÃO MAIS COMUNS
-Hipertensão;
-Infarto agudo do miocárdio;
-Angina do peito;
-Doenças nas válvulas cardíacas;
-Doenças cardíacas congênitas;
-Endocardite;
-Arritmias cardíacas;
-Miocardite;
-Tumores no coração.
As doenças cardiovasculares em idosos são mais comuns e podem ser resultado dos maus hábitos de vida, como má alimentação, tabagismo ou sedentarismo. O tratamento das doenças cardiovasculares em idosos deve ser indicado pelo cardiologista e tem como objetivo, prevenir o agravamento do problema.
Os sintomas das doenças cardiovasculares são variáveis e estão normalmente associados ao tipo de doença que o indivíduo tem. Normalmente, os sintomas só começam a aparecer em fases em que a doença já está instalada, dificultando a sua prevenção. Alguns sintomas podem ser: dificuldade em respirar, dor no peito, desmaio, alterações no ritmo cardíaco.
PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES
A prevenção das doenças cardiovasculares é o
melhor modo de evitar o aparecimento destas doenças. Algumas orientações para prevenir as doenças cardiovasculares:
-Deixar de fumar;
-Controle da pressão arterial, dos níveis de açúcar e da gordura no sangue;
-Alimentação saudável, evitando gorduras e comendo mais verduras, frutas e cereais;
-Prática de exercício físico regularmente;
Evitar consumo de bebidas alcoólicas;
-Reduzir o peso.
Nos casos em que as doenças cardiovasculares estão já em fase avançada, pode ser necessário o uso de medicamentos como diuréticos, agentes betabloqueadores, anticoagulantes ou estatinas para reduzir o risco de lesões no organismo.
Quando na presença de sinais ou sintomas característicos de doenças cardiovasculares, o paciente deve consultar o seu médico cardiologista para realizar exames médicos complementares que permitam fazer o diagnóstico e evitar lesões mais graves para o indivíduo.
Para prevenir as doenças cardíacas, recomenda-se uma alimentação saudável com pouco sal, açúcar e também pouca gordura, além da prática regular de exercícios físicos. Quem não tem tempo livre, deve fazer escolhas acertadas, como evitar o elevador e subir de escadas, não usar o controle remoto e levantar para mudar o canal de TV e outras atitudes que façam o corpo se esforçar mais e gastar mais energia.
CAUSAS DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES
As causas das doenças cardiovasculares são as mais diversas, mas podem estar relacionadas com o estilo de vida do indivíduo e a sua alimentação.
-Idade: indivíduos com mais de 50 anos têm maior risco de ter doença cardiovascular;
-Sexo: os homens normalmente são mais acometidos por problemas cardiovasculares;
-História familiar de doenças cardiovasculares;
-Tabaco;
-Colesterol alto;
-Hipertensão;
-Obesidade;
-Vida sedentária;
-Diabetes;
-Anticoncepcionais orais;
-Maus hábitos alimentares;
-Estresse.
SINAIS E SINTOMAS
-Falta de ar, no repouso ou no esforço;
-Dor no peito, devido à má circulação sanguínea no local;
Cansaço fácil;
Desmaio;
Palpitações ou taquicardia;
Tosse seca persistente;
-Hipertensão arterial (Pressão alta);
-Cor azulada nas pontas dos dedos ou unhas;
-Tonturas;
-Má circulação nas pernas
-Impotência sexual;
-Inchaço nos tornozelos;
Os indivíduos com maior propensão para desenvolverem as doenças do coração são: os sedentários, os obesos, os indivíduos com colesterol alto, os diabéticos e os com histórico de doença cardíaca na família. Estes devem ter uma atenção especial à sua saúde, evitando o sobrepeso e a má alimentação, que são fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardíacas.
A maioria das doenças cardíacas não surge de repente. Elas vão se desenvolvendo ao longo dos anos, muitas vezes sem apresentar nenhum sintoma. Algumas, só são descobertas quando o indivíduo submete-se a exames, como um simples eletrocardiograma (ECG) ou um teste de esforço, por exemplo.

INFARTO DO MIOCÁRDIO
O infarto do miocárdio é consequência da obstrução de uma artéria coronária por um coágulo de sangue sobre a placa de gordura que estava em sua parede, impossibilitando assim, que uma quantidade suficiente de sangue chegue até aquela área do músculo cardíaco. Esta porção do músculo cardíaco sofre um processo de morte celular e necrose, podendo levar à morte súbita ou à insuficiência cardíaca que acarreta limitações físicas até a recuperação do quadro clínico.
No Brasil, segundo estimativa do Ministério da Saúde, ocorrem cerca de 300 mil infartos por ano, provocando cerca de 80 mil mortes anualmente. Muitas mortes ou sequelas irreversíveis poderiam ser evitadas, se o infartado recebesse os primeiros socorros de maneira adequada e tivesse a sua artéria coronária desobstruída por medicamentos (trombolíticos) ou através da angioplastia coronária o mais rápido possível. Esta última é altamente efetiva e se caracteriza pela desobstrução mecânica através de cateteres.
FATORES DE RISCO
Dentre os fatores de risco que podem levar uma pessoa ao infarto estão o diabetes, o tabagismo, a hipertensão arterial, histórico familiar de problemas coronarianos, alto índice de colesterol, sedentarismo, obesidade, ansiedade e o estresse emocional.
TABAGISMO
Há cerca de 1,2 bilhão de fumantes no mundo.
No país são 30,6 milhões.
5 milhões de pessoas morrem por ano por doenças causadas pelo cigarro, sendo 80 mil no Brasil.
1/4 dos fumantes experimenta o primeiro cigarro antes dos dez anos.
Dos seis tipos de câncer que podem provocar mortes no Brasil, metade deles (pulmão, colo de útero e esôfago) tem o cigarro como um dos fatores de riscos.
COLESTEROL ALTO
As altas taxas de colesterol são um problema que atinge 40% da população brasileira, segundo o Ministério da Saúde, sendo que os estados da Região Sul têm a população com a maior prevalência do problema (24%).
O colesterol é um álcool que se encontra dissolvido nas gorduras de origem animal, não estando presente nos vegetais. Sua presença em nosso organismo, importante para o crescimento de nossas células e hormônios decorre de sua produção pelo fígado (70%) e de sua entrada pela alimentação rica em gorduras de origem animal.
Classificado como HDL, LDL e VLDL, segundo sua densidade, o colesterol ruim é o LDL, que em excesso e no decorrer do tempo, acumula-se nas paredes dos vasos, provocando a aterosclerose, deteriorando as artérias reduzindo ou impedindo o fluxo de sangue levando à angina e ao infarto. Já o HDL tem a função de transportar o colesterol dos tecidos para o fígado, por isso ficou conhecido o bom colesterol.

AVC (ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL)
O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, pode ser de dois tipos:
a) ACIDENTE VASCULAR ISQUÊMICO
Falta de circulação numa área do cérebro provocada por obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia.
Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes.
-Perda repentina da força muscular e/ou da visão;
-Dormência na face, braço ou perna;
-Dificuldade de comunicação oral (fala arrastada) e de compreensão;
-Tonturas;
-Formigamento num dos lados do corpo;
-Alterações da memória.
Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios – ataque isquêmico transitório (AIT). Nem por isso deixam de exigir cuidados médicos imediatos.
b) ACIDENTE VASCULAR HEMORRÁGICO
Sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos. Pode ocorrer em pessoas mais jovens e a evolução é mais grave.
Sintomas do AVC
-Dor de cabeça repentina;
-Edema cerebral;
-Aumento da pressão intracraniana;
-Náuseas e vômitos;
-Déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico.
FATORES DE RISCO
Os fatores de risco para AVC são os mesmos que provocam ataques cardíacos:
-Hipertensão arterial;
-Colesterol elevado;
-Fumo;
-Diabetes;
-Histórico familiar;
-Ingestão de álcool;
-Vida sedentária;
-Excesso de peso;
-Estresse.
TRATAMENTO
Acidente vascular cerebral é uma EMERGÊNCIA MÉDICA.
O paciente deve ser encaminhado imediatamente para atendimento hospitalar. Trombolíticos e anticoagulantes podem diminuir a extensão dos danos. A cirurgia pode ser indicada para retirar o coágulo ou êmbolo (endarterectomia), aliviar a pressão cerebral ou revascularizar veias ou artérias comprometidas.
Infelizmente, células cerebrais não se regeneram nem há tratamento que possa recuperá-las. No entanto, existem recursos terapêuticos capazes de ajudar a restaurar funções, movimentos e fala. Quanto antes forem aplicados, melhores serão os resultados.
PREVENÇÃO
-Controle a pressão arterial e o nível de açúcar no sangue. Hipertensos e diabéticos exigem tratamento e precisam de acompanhamento médico permanente. Pessoas com pressão e glicemia normais raramente têm derrames;
-Procure manter abaixo de 200 o índice do colesterol total. Às vezes, só se consegue esse equilíbrio com medicamentos. Não os tome nem deixe de tomá-los por conta própria.
Ouça sempre a orientação de um médico;
-Adote uma dieta equilibrada, reduzindo a quantidade de açúcar, gordura, sal e bebidas alcoólicas;
-Não fume. Está provado que o cigarro é um fator de alto risco para acidentes vasculares;
-Estabeleça um programa regular de exercícios físicos. Faça caminhadas de 30 minutos diariamente;
-Informe seu médico se em sua família houver casos doenças cardíacas e neurológicas como o AVC;
-Procure distrair-se para reduzir o nível de estresse. Encontre os amigos, participe de atividades culturais, comunitárias, etc.

4-DIABETES MELLITUS
A diabetes mellitus é uma doença caracterizada pelo excesso de açúcar no sangue, devido à atuação ineficaz da insulina, que é o hormônio responsável por baixar a glicemia no sangue.
O paciente com diabetes mellitus tem de fazer o teste de glicemia para saber o valor de açúcar no sangue que não deve ser superior a 126 mg/dL em jejum e, o tratamento inclui o uso de remédios, como antidiabéticos orais ou insulina, prática de exercício físico e alimentação adequada.
TIPOS DE DIABETES MELLITUS
Existem diversos tipos de diabetes mellitus, a diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e a diabetes gestacional e, as suas diferenças incluem:
DIABETES MELLITUS TIPO 1
É uma doença crônica, pois não tem cura e ocorre porque o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, sendo geralmente frequente na infância ou na adolescência. Veja mais sobre a Diabetes tipo 1 em: Diabetes tipo 1.

DIABETES MELLITUS TIPO 2
Resulta frequentemente de maus hábitos alimentares e sedentarismo e é mais frequente nos adultos e idosos. Neste tipo de diabetes, o pâncreas produz insulina em quantidades insuficientes ou as células do organismo são resistentes à insulina e, por isso, o valor de glicemia permanece superior ao normal. Saiba mais sobre a Diabetes tipo 2 em: Diabetes tipo 2.
DIABETES GESTACIONAL
Caracteriza-se pelo excesso de açúcar no sangue durante a gravidez, provocado pelas alterações hormonais, porém, geralmente desaparece depois do parto.
Além destes tipos de diabetes, existe também a DIABETES INSIPIDUS que não está relacionada com a diabetes mellitus, pois é causada pelo mau funcionamento do hormônio antidiurético e ocorre frequentemente devido a insuficiência renal.
SINTOMAS DA DIABETES MELLITUS
-Vontade de urinar muito e muitas vezes;
-Sensação de sede constante;
-Fome excessiva;
-Perda de peso;
-Visão turva;
-Fraqueza e cansaço.
FATORES DE RISCO
Existem fatores que aumentam o risco de uma pessoa desenvolver diabetes mellitus, como ter idade superior a 45 anos, obesidade, hipertensão, colesterol elevado ou historial familiar de diabetes, por exemplo. Estes indivíduos devem estar especialmente atentos aos sintomas da diabetes e todos os anos consultar um clínico geral para despistar a doença.
VALORES DE REFERÊNCIA DA DIABETES MELLITUS
Os valores de referência da diabetes mellitus são identificados através do teste de glicemia, que é quando o paciente faz a picada no dedo, sendo que em jejum o paciente deve ter até 126 mg/dL e a qualquer hora do dia inferior a 200mg/dL.
Além disso, quando o paciente com diabetes mellitus faz o exame da hemoglobina glicosilada deve ter como valor de referência inferior a 5,7%.


5-CERTOS TIPOS DE CÂNCER
Tumores, também chamados de neoplasmas, ou neoplasias, são alterações celulares que provocam o aumento anormal dos tecidos corporais envolvidos.
O câncer pode ser definido como uma alteração celular, uma célula do organismo passa a se replicar de maneira desordenada e descontrolada dando origem a uma neoplasia (popularmente conhecida como tumor).
Tumor é um termo genérico que indicação um aumento anormal de uma parte ou da totalidade de um tecido. Neoplasia é o processo patológico que resulta no desenvolvimento de um neoplasma, isto é, o crescimento anormal, incontrolado e progressivo de tecido, mediante proliferação celular. Na verdade as palavras tumor e neoplasia são sinônimas.
Tanto o tumor quanto a neoplasia podem ser benignos ou malignos. Quando uma neoplasia ou tumor é maligno, é que é chamado câncer.
No organismo, verificam-se formas de crescimento celular controladas e não controladas. A hiperplasia e a displasia são exemplos de crescimento controlado, enquanto que as neoplasias correspondem às formas de crescimento não controladas e são denominadas, na prática, de tumores.
COMO SURGE O CÂNCER
As células do corpo se renovam constantemente. Por fatores hereditários ou adquiridos, por exemplo, como alimentação inadequada e cigarro, algumas células sofrem mutações. Em um sistema saudável elas são eliminadas pelo sistema imunológico.
Quando não são eliminadas pelo sistema imunológico, as células mutantes se reproduzem de forma descontrolada e desordenada.
O câncer cresce em progressão geométrica, ou seja, de forma acelerada, “alimentado” por nutrientes e oxigênio transportados pelos vasos sanguíneos.
BENIGNO: Tem células que crescem lentamente e semelhante às do tecido normal. Na maioria dos casos pode ser totalmente removido (e o paciente curado) por meio de cirurgia.
São considerados benignos quando são bem delimitados, de crescimento lento; e também não reincidem após sua remoção, e nem se espalham.
Tumores benignos são constituídos por células bem semelhantes às que os originaram. Isso não acontece no caso dos tumores malignos, uma vez que infiltram outros tecidos e possuem alto índice de duplicação celular. Esse fato permite com que alguns cânceres possuam a capacidade de produzir antígenos. Tal característica pode ser muito útil para o diagnóstico, inclusive precoce, dessas neoplasias; evitando procedimentos invasivos visando este fim. Cânceres também podem apresentar algumas áreas com necrose, ou mesmo hemorragias, e de graus variáveis.
Quanto à nomenclatura, tumores benignos possuem o sufixo “oma”, que segue um prefixo referente ao seu tecido originário. Exemplo: lipoma, tumor benigno do tecido adiposo.
MALIGNO: As células multiplicam-se rapidamente e têm a capacidade de “invadir” estruturas próximas ao local de origem. A cura neste tipo de tumor depende do diagnóstico precoce e do tratamento adotado.
Já os malignos infiltram as células adjacentes, têm crescimento rápido, e podem reincidir e se espalhar pelo organismo, atacando outros órgãos, por via linfática ou sanguínea: são as metástases. Nesse último caso, tais tumores também são chamados de câncer.
No caso dos malignos, sua classificação dependerá da origem embrionária do tecido primeiramente acometido. Exemplos: carcinomas, tumores malignos formados a partir de tecidos de revestimento; e sarcomas, tumores malignos formados a partir de tecidos conjuntivos ou mesenquimais. Vale lembrar que existem exceções.
É a proliferação descontrolada de células anormais do organismo.
As células normais do corpo vivem, se dividem e morrem de forma controlada. As células cancerosas são diferentes, não obedecem a esses controles e se dividem sem parar. Além disso, não morrem como as células normais e continuam a se proliferar e a produzir mais células anormais.
Essa divisão descontrolada das células é provocada por danos no DNA, o material genético presente em todas as nossas células e que comanda todas as suas atividades, inclusive as ordens para a célula se dividir. Na maior parte das vezes, o próprio DNA detecta e conserta seus erros. Nas células cancerosas, porém, o mecanismo de reparo não funciona. Esses defeitos no mecanismo de reparo podem ser herdados e estão na origem dos cânceres hereditários. Na maioria dos casos, porém, o DNA se altera por causa da exposição a fatores ambientais, entre eles, o fumo, sol, alguns vírus e alimentação.
As células cancerosas geralmente formam um tumor, uma massa de células com crescimento anormal. Existem exceções, como as leucemias, em que as células doentes estão presentes no sangue e percorrem o corpo todo. Frequentemente, as células cancerosas se desprendem do tumor, viajam para outra parte do corpo onde passam a crescer e a substituir o tecido sadio, num processo chamado metástase.
Nem todos os tumores são cancerosos. Os chamados tumores benignos não têm a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo, mas merecem atenção e podem exigir tratamento, dependendo do local onde aparecem.
Diferentes tipos de câncer têm comportamentos diferentes, exigem tratamentos diferentes até mesmo quando se trata de câncer do mesmo órgão.
O câncer é a segunda causa de morte nos Estados Unidos e está entre as três primeiras no Brasil. A cada ano, 8 milhões de pessoas em todo o planeta recebem o diagnóstico de câncer. De forma geral, uma em cada três mulheres e um em cada dois homens tem, teve ou terá câncer.
Quanto mais cedo a doença é detectada, maiores as chances de sobrevivência.
As causas dos tumores podem ser biológicas, como alterações genéticas ou hormonais, ou mesmo infecções; químicas, como o cigarro; e físicas, como exposição a radiações. O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico. No caso de tumores malignos, há também a quimioterapia e a radioterapia como medidas efetivas para contemplar este objetivo.
6- DOENÇAS PELO HPV
O papilomavírus humano, mais conhecido pela sigla HPV, é um vírus que pode ser transmitido pela via sexual ou pelo contato direto com a pele.
O HPV é responsável pelo aparecimento das verrugas comuns da pele e pelas verrugas genitais, conhecidas também como condiloma acuminado ou crista de galo.
Mas o que o torna o HPV um vírus de grande relevância é o fato dele estar relacionado a praticamente 100% dos casos de câncer de colo do útero, um dos tipos de câncer mais comuns na população feminina.
Neste artigo vamos explicar o que é o vírus HPV, como ele é transmitido, quais são os seus sintomas e complicações, quais são as opções de tratamento e as suas chances de cura.
O HPV é um vírus que infecta exclusivamente os seres humanos e ataca as células do epitélio da pele e da mucosa. A ação do vírus sobre as células da pele favorece a formação de tumores, a maioria deles pequenos e benignos, tais como as verrugas comuns de pele ou as verrugas genitais. Porém, quando área infectada é a mucosa do colo do útero, da vagina, do pênis ou do ânus, o vírus pode induzir a formação de tumores malignos, gerando, por exemplo, o câncer do colo do útero e o câncer anal.
Existem mais de 150 subtipos de HPV. Cada subtipo do vírus tem atração por uma determinada área do corpo. Por exemplo, o HPV- 2 e o HPV-4 estão associados às verrugas comuns de pele, enquanto o HPV-1 provoca verrugas que acometem preferencialmente as plantas dos pés. Já o HPV-6 e o HPV-11 estão relacionados ao desenvolvimento das verrugas genitais. O câncer do colo uterino pode ser provocado por vários subtipos, conforme veremos a seguir, mas a maioria dos casos ocorre quando a mulher se infecta com o HPV-16 ou o HPV-18.
CÂNCERES RELACIONADOS AO HPV
Como já referido, o que torna o HPV um problema sério de saúde pública é a sua capacidade de provocar alguns tipos de câncer. 99% dos cânceres de colo de útero, 93% dos cânceres de ânus, 60% dos cânceres da vulva e 50% dos cânceres de pênis e vagina estão relacionados à infecção pelo HPV.
Raramente, o HPV também é capaz de provocar câncer da laringe, da boca, dos seios nasais e do esôfago.
Dentre todos esses cânceres citados, o câncer do colo uterino é disparado o mais comum, motivo pelo qual é muito mais frequente ouvirmos falar sobre a sua associação com o HPV do que em relação aos outros tipos de câncer.
Todavia, é importante frisar que nem toda infecção pelo HPV leva à formação de um tumor maligno.
Dentre os mais de 150 subtipos de HPV conhecidos, alguns são considerados mais perigosos, como os subtipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 68, enquanto outros são menos agressivos, com baixo risco de transformação maligna, como os subtipos 6, 11, 40, 42, 43, 44, 53, 54, 61, 72, 73 e 81.
Na verdade, cerca de 70% dos casos de câncer do colo de útero são provocados por apenas 2 subtipos, 50% pelo HPV-16 e 20% pelo HPV-18. O HPV-16 também está por trás da maioria dos casos de câncer anal, peniano, vaginal, vulvar e de alguns tipos de câncer da orofaringe, sendo este, portanto, o subtipo de HPV mais perigoso, tanto para homens quanto para mulheres.
Além do subtipo do HPV, outro fator importante para a geração de um tumor maligno é o tempo de infecção. A maioria das pessoas contaminadas pelo HPV consegue se livrar espontaneamente do vírus após 1 ou 2 anos. Para tanto, basta ter um sistema imunológico capaz de lidar com o HPV. Cerca de 10% dos indivíduos contaminados, porém, desenvolvem o que chamamos de infecção persistente. São essas as pessoas que apresentam o maior risco de terem câncer.
O HPV precisa de 10 a 20 anos para conseguir provocar alterações celulares capazes de gerar um tumor maligno. Por isso, exames de rastreio do câncer do colo do útero, como o famoso exame Papanicolau (exame ginecológico preventivo), são essenciais para que possamos identificar a ocorrência de alterações pré-malignas, que surgem anos antes do tumor maligno aparecer.
FORMAS DE TRANSMISSÃO DO HPV
Os HPV que infectam a pele e provocam as verrugas comuns são normalmente contraídos quando há pequenas lesões da pele, como cortes ou arranhões, que permitem a invasão do vírus para dentro do organismo. A transmissão é feita, portanto, com o contato de pele com pele.
Os subtipos de HPV que provocam as verrugas comuns não têm relação com os cânceres que ocorrem na mucosa da genitália, do ânus ou do colo do útero, pois eles não têm capacidade de infectar esta região. O oposto também é verdadeiro, já que os subtipos que habitualmente provocam lesão das mucosas não costumam atacar a pele.
Entretanto, existem algumas exceções à regra acima.
Alguns subtipos capazes de provocar verrugas na pele também podem, eventualmente, provocar verrugas genitais, tais como o HPV-1, HPV-2 e HPV-4.
Esses subtipos, porém, raramente causam verrugas genitais e quando o fazem têm baixa capacidade de gerar tumores malignos.
O contágio das mucosas da vagina, vulva, ânus, pênis e colo do útero se dá através da via sexual. Muitos não sabem, mas a infecção pelo HPV é a doença sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo, muito mais frequente que AIDS, gonorreia, sífilis ou qualquer outra DST famosa.
A transmissão do HPV pelo sexo oral é possível, mas é bem menos comum do que a transmissão através do sexo vaginal ou anal. Alguns casos de câncer da orofaringe, laringe e esôfago estão relacionados a este tipo de contaminação.
Exceto pelo compartilhamento de objetos sexuais, a transmissão do HPV por outros tipos de objetos inanimados, como toalhas, roupa de cama ou roupas íntimas, não parece ocorrer. Da mesma forma, não se pega HPV em banheiros públicos, piscina, sauna ou praia.
SINTOMAS DO HPV
Como já explicado, cada subtipo de HPV tem preferência por determinada área do corpo:
Os subtipos 1, 2, 4, 26, 27, 29, 41, 57, 65 e 75 a 78 costumam causar as verrugas comuns de pele.
Os subtipos 3, 10, 27, 28, 38, 41 e 49 também provocam verrugas na pele, mas são geralmente as chamadas verrugas planas.
Os subtipos 1, 2, 4, 60, 63 provocam as verrugas nas plantas dos pés.
Os subtipos subtipos 1 a 6, 10, 11, 16, 18, 30, 31, 33, 35, 39 a 45, 51 a 59, 70 e 83 podem provocar verrugas genitais ou anais (condiloma acuminado).
90% dos casos de verrugas genitais são provocados pelos subtipos 6 e 11.
Os HPV-16 e HPV-18, que são aqueles mais relacionados ao câncer do colo do útero, não costumam provocar sintoma algum. A imensa maioria das mulheres contaminadas com HPV nem sequer desconfia que tenha o vírus.
O diagnóstico da infecção ocorre geralmente através do exame ginecológico preventivo.
DIAGNÓSTICO DO HPV
Nos casos das verrugas de pele ou genitais, o diagnóstico do HPV é clínico, através de um simples exame físico. Basta identificar a presença da verruga, não são necessários outros testes. No caso específico das verrugas genitais, apesar do diagnóstico do HPV ser óbvio, é importante que o(a) paciente seja testado(a) para outras DST, pois é muito comum que uma pessoa tenha mais de uma DST ao mesmo tempo.
Já o diagnóstico do HPV nas mulheres com o colo do útero infectado é mais complexo. Não há sintomas e nem sempre os achados no exame Papanicolau são característicos de infecção pelo HPV.
Para pesquisar a presença do vírus, o ginecologista precisa colher durante o exame ginecológico uma pequena amostra de material do colo do útero e do interior da vagina.
Esse material é enviado para o laboratório para que o mesmo possa procurar pela presença do HPV. Se houver HPV presente, o laboratório é capaz de informar qual é o subtipo do vírus responsável pela infecção.
TRATAMENTO DO HPV
Como já referido anteriormente, cerca de 90% das infecções pelo HPV curam-se sozinhas após 1 ou 2 anos.
Na verdade, o HPV possui uma característica curiosa: é uma infecção que não tem tratamento, mas tem cura. Não existem medicamentos que matem o vírus ou acelerem o processo de cura.
A única opção é esperar que o sistema imunológico elimine espontaneamente o vírus com o passar do tempo.
Nos pacientes que desenvolvem verrugas, o tratamento é voltado apenas para a eliminação da lesão. Quando a verruga é removida isso não significa que o vírus tenha sido eliminado do organismo.
O paciente continua infectado e pode desenvolver novas verrugas enquanto o HPV estiver presente.
A situação é igual à das mulheres que desenvolvem lesões pré-malignas (neoplasias intraepiteliais) do colo do útero.
Quando uma lesão pré-maligna é identificada, o ginecologista a remove cirurgicamente, mas isso não significa que a paciente ficou curada do HPV. Se ela permanecer infectada, novas lesões potencialmente malignas podem surgir ao longo dos anos.
PREVENÇÃO DO HPV
Apesar de ser uma importante medida de prevenção, a camisinha não é 100% eficaz contra a transmissão do HPV. Isso ocorre porque o vírus pode estar presente em áreas da genitália que não ficam cobertas pelo preservativo.
Para haver real prevenção da infecção pelo vírus, a melhor opção é a vacina. Existem 2 vacinas contra o HPV, uma que protege contra os subtipos 16 e 18, os mais perigosos para o câncer de colo do útero, e outra que protege contra os subtipos 16, 18, 6 e 11, eficaz contra o câncer do colo do útero e contra as verrugas genitais.
As vacinas contra HPV são muito eficazes, com taxas de sucesso acima de 95%, principalmente quando administradas em meninas jovens, que ainda não começaram a sua vida sexual e, portanto, nunca tiveram contato com o vírus HPV.
Apesar da frequentes campanhas obscurantistas e caluniosas que tentam desqualificar a importância da vacinação, o fato é que a vacina contra o HPV apresenta sólida base científica, tanto na questão da eficácia quanto da sua segurança.
A infecção pelo papilomavírus humano, mais conhecido pela sigla HPV, é a doença sexualmente transmissível mais comum no mundo.
A forma de apresentação clínica do HPV depende do estado imunológico do paciente e do subtipo do HPV pelo qual o mesmo foi infectado. Algumas pessoas com HPV podem não desenvolver sinal ou sintoma algum; alguns indivíduos desenvolvem verrugas genitais, enquanto outros apresentam alterações a nível celular que podem predispô-las a terem determinados tipos de câncer. Praticamente todos os casos de câncer do colo do útero e um grande percentual dos casos de câncer anal e de pênis estão relacionados à infecção pelo HPV.
HPV TEM CURA
Existe diferença entre curar o HPV e curar as lesões provocadas pelo HPV. Portanto, para chegarmos à resposta correta, é preciso antes explicarmos como age o HPV e como é a evolução natural do papilomavírus dentro do nosso organismo.
Para resumir o que será explicado ao longo deste artigo, podemos fazer 3 afirmações:
O HPV costuma curar-se espontaneamente em 80 a 90% dos casos. Após 1 ou 2 anos, o sistema imunológico da maioria das pessoas é capaz de destruir o HPV e eliminá-lo por completo do nosso organismo.
A lesões provocadas pelo HPV, sejam elas verrugas ou neoplasias do colo do útero, têm cura através de tratamento médico. Todavia, é importante lembrar que curar as lesões do HPV não significa eliminar o HPV do organismo.
Quando o sistema imunológico do paciente não consegue eliminar o HPV por conta própria, o paciente fica contaminado por toda a vida, já que ainda não existem remédios que curem o HPV.
O HPV é um vírus que possui mais de 150 subtipos diferentes. Nem todos são capazes de causar câncer e nem todos atacam a região genital. Alguns subtipos do HPV, como, por exemplo, os HPV-1, HPV-2 e HPV-4 ficam restritos à pele, causando verrugas simples nas mãos, pés, joelhos e cotovelos. Nestes casos, a transmissão do HPV não é por via sexual.
Quem teve verruga na infância sabe que, na maioria dos casos, a lesão desaparece com ou sem tratamento após cerca de 1 ou 2 anos. Novas verrugas podem aparecer ao longo dos anos, mas, em geral, ao chegar na fase adulta, a maioria das pessoas já não está mais contaminada com nenhum subtipo de HPV que provoca verrugas na pele. Apenas 10 a 15% dos pacientes com verrugas comuns são adultos.
É importante destacar que a maioria das pessoas que se contaminam com os subtipos do HPV responsáveis pela ocorrência de verrugas não desenvolvem verrugas. O paciente se contamina, não desenvolve sintoma algum e após 1 ou 2 anos o seu sistema imunológico se livra do vírus sem que o indivíduo nem sequer tenha tomado conhecimento da infecção.
Portanto, existe cura para o HPV que provoca verrugas na pele, e ela é espontânea na grande maioria dos casos. Nos pacientes que desenvolvem verrugas, o tratamento com medicamentos ajuda a acelerar o processo de eliminação da verruga em si, mas não elimina o HPV do organismo.
É importante destacar que uma parcela pequena dos indivíduos permanecem tendo verrugas durante a vida adulta. São pessoas cujo o sistema imunológico não conseguem se livrar do HPV. Neste indivíduos, não há cura para o HPV. O que se pode fazer é tratar individualmente cada verruga que surge, caso seja este o desejo do paciente, já que a verruga em si não causa nenhuma complicação além do indesejável efeito estético.
Assim como existem subtipos do HPV que causam verrugas nas mãos e nos pés, existem também vários subtipos do HPV que são responsáveis pelo surgimento de verrugas nos órgãos genitais.
Também chamado de condiloma acuminado, essas verrugas são causadas por subtipos do HPV transmitidos sexualmente e podem acometer o pênis, uretra, nádegas, ânus, vagina e regiões próximas no períneo.
Vários subtipos de HPV podem causar verrugas genitais, mas cerca de 90% dos casos são provocadas por apenas 2 subtipos: HPV-6 e HPV-11. Felizmente, esses dois subtipos têm baixo potencial de gerar câncer.
Assim como ocorre nas verrugas simples, a maioria das infecções pelo HPV que provoca verrugas genitais é subclínica. Cerca de 80 a 90% dos pacientes ficam livres do HPV de forma espontânea após 1 ou 2 anos, e muitos nem ficam sabendo que estiveram infectados, pois não chegaram a desenvolver verrugas aparentes.
Há, porém, casos em que o paciente desenvolve uma ou mais verrugas genitais clinicamente aparentes e permanece com elas por vários anos. Entre os pacientes que se contaminam com o HPV e desenvolvem verrugas, a taxa de remissão espontânea para cada verruga é de 30 a 40% dentro de 6 meses a 1 ano. Contudo, o desaparecimento da verruga não significa necessariamente eliminação do HPV do organismo. Por isso, a taxa de recorrência é alta.
Na maioria dos casos, a verruga genital é um problema estritamente estético.
O risco de evolução para câncer é baixo na maioria dos subtipos de HPV e sintomas como dor, coceira ou obstrução do canal anal ou vaginal são incomuns. Se o paciente optar pelo tratamento é importante lembrar que os medicamentos agem apenas contra as verrugas, não tendo efeito sobre a presença do vírus no organismo. Por isso, a taxa de recorrência das verrugas genitais chega a ser de 30% dentro do período de 1 ano.
Em geral, o objetivo é ir tratando as verrugas até que o organismo do paciente consiga eliminar o HPV definitivamente. Em alguns casos isso ocorre, em outros não. Depende do grau de competência do sistema imunológico de cada um.
Portanto, existe cura para o HPV que provoca verrugas genitais, e ela é espontânea em muitos casos.
O tratamento das verrugas com medicamentos ajuda a acelerar o processo de eliminação da verruga em si, mas não elimina o HPV do organismo.
Em alguns casos porém, o sistema imunológico do paciente não é capaz de eliminar o HPV de forma definitiva, e uma infecção permanente pode ocorrer. Nestes casos, mesmo que cada verruga individualmente possa ser curada, novas lesões podem sempre surgir, já que o vírus continua presente no organismo.
EXISTE CURA PARA OS SUBTIPOS DE HPV QUE PROVOCAM CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
Alguns subtipos de HPV, principalmente os HPV-16 e HPV-18, estão relacionados ao surgimento do câncer do colo do útero. O HPV-16 é responsável por 50% dos casos e o HPV-18 por cerca de 20%.
Assim como ocorre nos outros casos de infecção pelo HPV, os subtipos que podem causar câncer do colo uterino também costumam desaparecer espontaneamente nos primeiros 2 anos de infecção. Mesmo nas pacientes que já apresentam lesões pré-malignas do colo do útero, chamadas de neoplasia intraepitelial cervical (NIC), a taxa de regressão espontânea da lesão e cura do vírus é bastante alta.
Os casos de cânceres do colo do útero ocorrem nas pacientes que têm um subtipo mais agressivo (HPV-16 u HPV-18) e cujo o sistema imunológico não consegue eliminar o vírus a curto/médio prazo. Em geral, são necessários cerca de 10 a 20 anos de infecção para que o Papilomavírus humano possa provocar o aparecimento de um câncer do colo de útero.
Os pacientes que a longo prazo não conseguem se ver livres dos subtipos perigosos do HPV devem fazer acompanhamentos a cada 6 meses ou 1 ano com o ginecologista. Se houver sinais de evolução da lesão pré-maligna, a região com risco de desenvolvimento do tumor deve ser excisada cirurgicamente.
Mais uma vez, é importante frisar que a excisão da lesão cura a neoplasia intraepitelial cervical (lesão pré-maligna), impedindo que a mesma evolua pra um câncer, porém, não afeta em nada o estado do HPV no organismo. A paciente precisa continuar sendo monitorizada para que, caso novas lesões pré-malignas surjam, elas possam ser tratadas precocemente.
Independente do subtipo, a cura do HPV só ocorre de forma espontânea.
Não existem tratamentos ou remédios que ataquem diretamente o vírus, eliminando-o do organismo.
Por outro lado, as lesões provocadas pelo HPV, sejam elas verrugas ou neoplasias pré-malignas, podem ser curadas através de uma série de tratamentos, que variam desde a aplicação local de substâncias até a excisão cirúrgica da lesão. Porém, como esses tratamentos não atacam diretamente o vírus, as lesões podem surgir novamente com o passar dos anos.
Portanto, a infecção pelo HPV dá razão ao famoso ditado que diz que prevenir é melhor que remediar.
No caso do HPV, já existe prevenção efetiva, que é feita através da vacinação.
VERRUGAS COMUNS | VERRUGAS GENITAIS
Verrugas são pequenos tumores benignos que aparecem na pele causados pela infecção pelo Papiloma vírus humano (HPV), o mesmo vírus que costuma causar o câncer do colo do útero, do ânus ou do pênis. Apesar de serem causadas pelo mesmo tipo de vírus, as verrugas e o cânceres nos órgãos sexuais geralmente tem origem em subtipos distintos do HPV.
Existem mais de 150 subtipos do HPV que é um vírus que infecta principalmente o epitélio da pele e das mucosas. Cada subtipo de vírus tem tropismo (atração) por uma área do corpo. Por exemplo, o HPV-2 e HPV-4 estão associados a verrugas comuns de pele, o HPV-1 a verrugas que acometem a planta dos pés e os HPV-6 e HPV-11 costumam infectar a região dos ânus e dos genitais.
As verrugas são mais comuns em crianças, adolescentes e adultos jovens.
É importante saber que uma pessoa com verrugas comuns não transmite o HPV pela via sexual nem corre risco de desenvolver câncer do colo do útero. A infecção fica confinada àquela área da pele. Uma verruga na mão, significa uma infecção pelo HPV restrita à mão.
A verruga comum de pele é um doença benigna, não causa câncer e costuma desaparecer espontaneamente com o tempo. A ocorrência de câncer está geralmente relacionado a alguns poucos subtipos do HPV, à infecções genitais e à presença de imunossupressão.
Já as verrugas genitais, também chamadas de condilomas, são altamente contagiosas pela via sexual, seja ela oral, vaginal ou anal. A contaminação das mucosas do ânus e dos genitais pelo HPV acarreta em um maior risco de desenvolvimento de câncer no pênis, ânus e colo do útero, principalmente se forem causados pelos subtipos 6, 11, 16, 18, 31 ou 35.
Nem todo subtipo do HPV provoca verrugas e o surgimento do câncer não está ligado a presença destas. Os subtipos HPV-6 e HPV-11, responsáveis por mais de 90% dos casos verrugas genitais, apresentam baixo potencial de transformação em câncer quando comparados aos subtipos HPV-16 e HPV-18, que causam verrugas menos frequentemente, mas apresentam elevado risco de câncer do colo do útero. Entretanto, é muito muito comum que mulheres que apresentam verrugas genitais também tenham lesões pré-malignas no colo uterino.
Vamos, então, falar um especificamente sobre verrugas comuns e verrugas genitais (condilomas).
VERRUGAS COMUNS
Os HPVs que infectam a pele são normalmente contraídos quando há lesões como cortes e arranhões que permitem a invasão do vírus para dentro do organismo. A transmissão é de pele para pele, mas pode ocorrer também através de objetos como toalhas e roupas. O vírus também pode contaminar outras áreas do corpo do próprio paciente. Pessoas com doenças de pele ou lesões apresentam maior risco de serem contaminadas.
Desde a contaminação com o HPV até o aparecimento da verruga pode haver um intervalo de até 6 meses.
Cada organismo reage a infecção pelo HPV de modo diferente, o que significa nem todo mundo que é contaminado pelo vírus desenvolve verrugas. Quanto mais fraco o sistema imune, maior o risco de tê-las, isso inclui transplantados e pacientes com HIV. Na verdade estima-se que até 80% da população venha a ser infectado pelo HPV em algum momento da vida, porém, apenas 5% destes irão desenvolver verrugas.
VERRUGA PLANTAR
As verrugas costumam surgir mais frequentemente nas mãos, nos pés, joelhos, cotovelos e na face, porém, qualquer região do corpo pode ser afetada. A verruga pode ser única ou múltiplas, e apresentar diversos aspectos, variando de tamanho, cor e formato.
TRATAMENTO DAS VERRUGAS COMUNS
Um vez que o HPV fica restrito à região da verruga, a maioria dos tratamentos atuais não visam atacar o vírus propriamente, mas sim destruir a região da pele contaminada, tentando ao máximo preservar a parte sadia ao redor.
Antes de se submeter a um tratamento, é importante saber que 2/3 das verrugas se curam espontaneamente em um prazo de dois anos.
Existem várias opções para se tratar as verrugas, algumas mais efetivas, algumas menos dolorosas e algumas mais lentas. O tratamento das verrugas comuns é diferente do das verrugas genitais, apesar de algumas substâncias usadas serem as mesmas.
O uso de nitrogênio líquido é bastante eficaz, porém costuma ser algo doloroso e crianças tendem a não tolerá-lo. O tratamento precisa ser repetido algumas vezes e dura em média 3 meses. Como ele pode causar um clareamento da pele tratada, deve ser bem discutido se o paciente tiver pele escura.
O ácido salicílico é uma opção menos dolorosa e apresenta taxa de sucesso ao redor dos 70%. Outras opções incluem substância à base de cantarina, ácido bicloroacético, tretinoína, 5-fluorouracil ou excisão cirúrgica de lesão.
O Imiquimod é uma substância que parece agir de modo distinto, estimulando o sistema imune a destruir o HPV. Ele é normalmente usado em associação com uma das opção de tratamento descritas acima
Se você tem uma verruga e deseja retirá-la, procure um dermatologista e discuta as opções mais adequadas para o seu caso.
VERRUGA GENITAL (CONDILOMA)
As verrugas anais e genitais recebem o nome de condiloma acuminado. Popularmente essas verrugas genitais são conhecidas como crista de galo.
O HPV genital é uma doença altamente transmissível pela via sexual, e como já foi explicado, o surgimento da verruga depende do subtipo do HPV infectante.
A infecção genital pelo HPV, com ou sem condiloma, é a doença sexualmente transmissível (DST) mais comum no mundo, sendo mais comum que a gonorreia e a clamídia.
Como qualquer DST, o seu principal fator de risco é a prática de sexo sem preservativos, principalmente se for com vários parceiros(as). A camisinha diminui o risco de contágio, mas no caso específico do HPV, a sua eficácia parece ficar em torno de 70%, muito abaixo das de outras DSTs.
Mais uma vez é importante lembrar que uma pessoa pode estar infectada pelo HPV mesmo que não possua verrugas visíveis. O parceiro(a) contaminado também pode ou não desenvolver condilomas.
O condiloma acuminado pode demorar até 8 meses para se desenvolver após o contágio pela via sexual. O condiloma anal normalmente ocorre em pessoas que praticam sexo anal, porém, principalmente em mulheres, não necessariamente indica que o paciente teve relação sexual pela via anal.
Nas mulheres as lesões do HPV genital costumam acometer a vulva, colo do útero, vagina, períneo e ânus. A presença de condiloma, em qualquer área da região genital, é um fator de risco para o desenvolvimento do câncer de colo uterino.
Nos homens as lesões do HPV costumam aparecer no pênis, próximo a glande.
Outros pontos possíveis são a bolsa escrotal e o ânus, este último principalmente, mas não exclusivamente, após relação homossexual.
A prevalência do condiloma acuminado é maior em pacientes com imunossupressão, principalmente nos portadores de HIV com AIDS (SIDA).
As verrugas genitais costumam ser assintomáticas, causando apenas desconforto estético no caso de condilomas grandes e visíveis. Às vezes, a verruga é tão pequena que o paciente nem se dá conta da sua existência. Em alguns casos, entretanto, podem haver queixas de comichão, dor, queimação, sangramento e, nas mulheres, corrimento vaginal.
As infecções genitais pelo HPV estão relacionadas a um maior risco de câncer anal, peniano, vaginal e de colo do útero.
TRATAMENTO DA VERRUGA GENITAL (CONDILOMA ACUMINADO)
Entre as substâncias mais usadas incluem-se o nitrogênio líquido, podofilina, Imiquimod, ácido tricloroacético ou ácido bicloroacético. Nos condilomas grandes, a excisão cirúrgica ou com laser é muitas vezes necessária.
VACINA CONTRA HPV
A vacina contra o HPV visa a prevenção contra o câncer do colo de útero. Existem 2 vacinas contra o HPV: uma inclui os subtipos 6, 11, 16 e 18, e outra os 45 e 31. Portanto, a vacina inclui os principais, mas não todos os subtipos relacionados ao câncer de colo uterino. Logo, a vacinação não elimina a necessidade do exame preventivo anual já que não elimina em 100% o risco de câncer.
Apesar do objetivo principal ser a prevenção contra o câncer de colo uterino, a presença dos subtipos HSV-6 e HSV-11 na vacina ajuda também na prevenção do condiloma acuminado.
7-CANCER DE MAMA
O câncer da mama, como outras neoplasias malignas, é uma doença de origem celular que se caracteriza por uma multiplicação incontrolável de células anormais. À medida que essas células se dividem, desenvolvem maior agressividade para o organismo, pois novas células são geradas (sub-populações tumorais) e essas adquirem modificações genéticas com capacidade de disseminação para outros órgãos, podendo matar por invasão destrutiva órgãos normais, por ocupação do espaço funcional.
O que resulta desse processo desordenado de crescimento celular é uma produção em excesso dos tecidos do corpo (podendo ser processos inflamatórios, infecciosos ou mesmo o crescimento de células benignas), formando um tumor.
Quanto mais rápido e precoce o diagnóstico, menor é a chance de comprometimento em outros órgãos (gânglios linfáticos, ossos, pulmão, medula, fígado, rins, intestino, dentre outros) e maior a possibilidade de cura da paciente.
Várias classificações já foram propostas para as neoplasias. A mais utilizada leva em conta dois aspectos básicos: o comportamento biológico e a histogênese do tumor. Segundo o comportamento biológico, os tumores podem ser agrupados em três tipos: benígnos, limítrofes e malignos. Um dos pontos mais importantes no estudo das neoplasias é estabelecer os critérios de diferenciação entre cada uma dessas lesões, o que, algumas vezes, torna-se difícil.
Os tumores benígnos tendem a apresentar crescimento lento e expansivo, determinando a compressão dos tecidos vizinhos, o que leva à formação de uma pseudo cápsula fibrosa.
Já nos casos dos tumores malignos, o crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo não permite a formação dessa pseudocápsula; esse sim é tratado como tecido maligno.
Assim sendo, todas as mulheres, e não só aquelas que podem possuir fatores de risco, devem ser estimuladas à realização de exame clínico e mamografia como exame de rotina após os 35 anos de idade.
PREVENÇÃO
Tudo começa em você mesma!
É importante a prática do auto-exame para conhecimento e percepção do corpo, e do exame clínico com profissional de saúde treinado e qualificado para melhor detecção;
Em mulheres com menos de 40 anos, proceder a exames clínicos da mama com o acompanhamento de
um ginecologista a cada três anos;
Para as mulheres com existência de fator de risco, o exame clínico e a mamografia são indicados anualmente a partir dos 35 anos de idade;
Mulheres com mais de 40 anos, sem o fator de risco, os exames devem ser feitos anualmente ou a critério
médico;
Mulheres entre 50 e 69 anos deve-se fazer uma mamografia pelo menos a cada dois anos;
Nas mamografias regulares é que se pode descobrir o câncer cedo inicialmente, de dois a cinco anos antes de o tumor ficar grande o bastante para sentí-lo como um caroço;
Portanto, manter o peso corporal numa faixa saudável, pois o excesso de gordura no organismo da mulher gera acúmulos em lugares de difícil remoção, inclusive nas mamas, podendo gerar também outros males como, o sedentarismo, a hipertensão, a diabete;
Seguir uma dieta com baixo teor de gordura animal e pouca carne vermelha, mas dentro do possível, com grande quantidade de legumes, verduras e frutas;
Praticar exercícios físicos regularmente, manter o corpo em movimento seja numa aula de ginástica, musculação ou uma simples caminhada, além de saudável, evita uma série de outros problemas que o corpo com pouca mobilidade acolhe;
Não fumar- lembrando sempre que existe uma relação de vários outros tipos de câncer provenientes do habito de fumar;
Evitar o uso de bebidas alcoólicas;
Procurar levar a vida numa boa, evitando o estresse que gera fadiga, ansiedade, insônia, náusea, irritabilidade;
Sempre que possível procure terapias alternativas com profissionais sérios e qualificados, para melhor superar toda a dureza e a dificuldade do seu dia-a-dia.
Resgate o momento íntimo, para caminhar na praia, andar num jardim, ler aquele livro, ligar o som com a música que gosta, sentar no chão e ver o álbum de fotos, estar com amigos, escrever, etc.
SINTOMAS
São alterações no aspecto da mama, aréola e mamilos e axilas como: dor, sensibilidade incomum, enrugamento, endurecimento da mama;
De uma forma palpável na mama tais alterações são o nódulo (caroço) ou o tumor, também verificado na axila e na proximidade das costelas que podem crescer lenta ou rapidamente;
Podem ser dolorosos ou sem dor;
Dependendo do tipo e estágio podem aparecer: retrações na pele, abaloamentos, a pele pode ficar com o aspecto de casca de laranja;
Em outros casos pode sair pelo mamilo um liquido sanguinolento e mal cheiroso, em estágios mais avançados da doença, podem aparecer feridas (ulceração) que não cicatrizam na pele da mama ou ainda ela ficar inchada, quente e avermelhada;
Em alguns casos a doença deixa as mamas assimétricas modificando o seu formato e ou tamanho;
Cada mulher deve conhecer o seu corpo, mesmo sabendo que as mamas sofrem alterações desde as primeiras menstruações devido às ações dos hormônios, somente cada uma pode inicialmente perceber qualquer alteração nas mamas e com isso recorrer à ajuda médica e a exames mais detalhados. Quanto antes diagnosticado o caso, melhor a escolha do tratamento e maiores são as chances de recuperação total.
DETECÇÃO
A detecção precoce ainda é a maior arma na luta pela vida quando se trata de câncer de mama. Por isso devemos fazer um trabalho massificante junto ás mulheres da importância de se conhecer e ter consciência de que a detecção precoce é vital porque oferece a melhor chance de obter um tratamento bem-sucedido e, portanto, representa a esperança de salvar mais vidas. E você, já fez seu auto exame este mês ?
A detecção precoce pode ocorrer de duas maneiras mais eficazes, o exame clinico da mama (palpação) e a mamografia, que é um raio-X da mama, onde o médico pode detectar alterações na estrutura interna da mama e nas porções próximas da axila.
Geralmente o indicio é: caroço acompanhado ou não de dor, alterações na pele e bico da mama, caroço na axila;
Autoexame: ajuda no conhecimento do próprio corpo da mulher, porém não substitui o exame feito por um profissional de saúde qualificado (profissional médico ou do corpo de enfermagem);
Exame clínico: exame realizado por profissional de saúde treinado; Consiste na observação e palpação das mamas e axilas, no caso de suspeições ou paciente com fator de risco, o médico deverá pedir um exame mais detalhado.
Mamografia: exame realizado em um mamógrafo, tipo de maquina de raio X, que emite radiação não prejudicial para a saúde, onde as mamas são prensadas em placas (existe o desconforto que é suportável) e radiografadas para poder ter uma melhor percepção de pequenas alterações nas mamas e porções axilares, eficaz nos casos iniciais.
DIAGNÓSTICOS
Quanto antes a descoberta do tipo de tumor, melhor para a paciente. Conforme já sabido, o diagnóstico precoce auxilia no tipo de tratamento, para saber quanto tempo de tratamento poderá ser necessário, ou melhor, qual o planejamento de ação acerca do seu caso, intervenção cirúrgica, quimioterapia, radioterapia. Algumas vezes esse tratamento tem que ser radical,no caso, a retirada da mama (mastectomia) por prevenção ou pelo tempo decorrido, outras vezes, somente o tratamento de rádio ou quimioterápico é suficiente para chegar à cura.
O autoexame, na verdade, é o início de tudo, pois a percepção do seu corpo é que vai determinar a suspeição de um nódulo ou tumor no seu seio.
Procurar um médico e fazer os exames clínicos periódicos é o correto, porque no caso de dúvida este recorrerá a exames mais específicos.
Os procedimentos básicos no rastreamento e no diagnóstico do câncer de mama são:
O autoexame das mamas: que é um método de diagnóstico pelo qual a própria mulher faz um exame visual e de palpação na mama em frente a um espelho. Este exame deve ser feito aproximadamente sete dias após cada menstruação ou, se a mulher não menstrua mais, pelo menos uma vez por mês a qualquer tempo.
Exame clínico das mamas: Exame feito por um médico ou auxiliar de saúde treinado. Através da palpação acham-se os nódulos da mama. Verificando tamanho, textura, mobilidade ou fixação, o médico poderá perceber se é um nódulo benigno ou maligno.
Mamografia: É um exame realizado através de um aparelho de raios X desenvolvido especialmente para este fim. Esse aparelho é formado por duas placas, entre as quais a mulher deve colocar seu seio para que se faça o exame. Essas placas irão achatar levemente as mamas por alguns segundos. Essa compressão é requisito essencial para a obtenção de resultados precisos; portanto, é interessante evitar o período anterior ao da menstruação, pois as mamas ficam inchadas e doloridas, o que poderá causar incômodo durante o exame. Recomenda-se que o exame seja realizado na semana seguinte ao final da menstruação.
A mamografia vem sendo o melhor meio para se diagnosticar o câncer de mama, devido à capacidade de detectar o tumor antes mesmo que ele se torne palpável. Quando o diagnóstico é feito dessa forma, ainda no início da formação do tumor, as chances de cura são muito maiores, descartando a necessidade de retirada da mama para o tratamento. Apesar de ser um método eficaz, a mamografia não descarta o exame clínico feito pelo ginecologista ou mastologista, já que alguns nódulos, apesar de palpáveis, não são detectados pela mamografia.
OPROCEDIMENTOS AUXILIARES AO DIAGNÓSTICO
Ultrassonografia: Utilização de ondas de alta freqüência para demonstrar se um nódulo é sólido ou se está preenchido com líquido. É um exame complementar à mamografia.
Core Biopsia: É uma biopsia de mama feita com anestesia local onde introduz-se uma micro agulha que é guiada através de ultrassom e retira-se uma pequenos fragmentos do tecido da mama . Para cada fragmento, é necessária uma punção e após a retirada do material que o especialista que estiver conduzindo o exame achar necessário, este, vai para análise com um médico anatomo patológico para se obter o diagnostico.
Exame citológico: Uma das técnicas mais comuns de coleta de material citológico da mama é a punção aspirativa do tumor com agulha fina e a coleta direta do material de descargas papilar que resultarão na observação e no estudo das células da mama que apresentam alterações ao microscópio.
Exame histopatológico (biópsia): O tipo de biópsia varia de acordo com a quantidade e a qualidade do tecido a ser estudado. Pode-se fazer uma biópsia por aspiração com uma agulha fina, com uma agulha mais grossa ou ainda uma pequena cirurgia para retirar toda a massa ou nódulo para que possa ser estudado. Um fragmento do tecido é examinado, avaliando-se então toda a sua composição. O exame histopatológico é mais preciso que o exame citológico por permitir afirmar com certeza a natureza de uma lesão. O fato de se fazer uma biópsia não significa ter câncer de mama.
Exame anatomopatológico: É a avaliação microscópica do material; é o exame que confirma se é câncer ou não.
TRATAMENTOS
Toda forma de tratamento deverá ser planejada por um médico, que acompanha o caso. Aqui descreveremos apenas as formas de tratamento usuais sem indicar ou recomendar, porque cada caso é particular, sendo assim, respeitamos cada paciente e seu médico. Atualmente com o avanço da medicina, o tratamento de casos de câncer de mama (Neoplasia Maligna) tornou-se um tratamento por equipe multidisciplinar, pois ajudarão a este paciente, profissionais de diferentes especialidades como: mastologista, oncologista, cirurgião plástico, patologista, radioterapeuta, fisioterapeuta, psicólogos, assistentes sociais.
A Cirurgia Mastectomia é a retirada total do seio e dos linfonodos regionais (debaixo da axila perto do seio afetado) devido à avaliação medica em seu comprometimento ou risco com o tumor.
Pode ser também uma cirurgia do quadrante da mama “quadrantectomia”, retira-se somente a parte afetada, com uma margem de segurança, isto é, onde localiza-se o tumor e faz-se o esvaziamento cirúrgico da axila (linfonodos regionais).
O que apresenta bons resultados de sobrevida e garante um melhor efeito estético.
Pesquisa do Linfonodo Sentinela. A abordagem do linfonodo sentinela é outro destaque recente no tratamento atual do câncer da mama. Consiste na identificação com o uso de corante ou de marcador radioativo do primeiro linfonodo(s) que recebe(m) a drenagem linfática da mama. Uma vez identificado e retirado cirurgicamente, esse linfonodo (gânglio) é enviado para estudo anátomo patológico. Caso o mesmo esteja livre de comprometido por doença, não há indicação de retirada dos demais linfonodos presentes na axila.
Este tipo de abordagem tem grande valor nos casos diagnosticados precocemente, onde o índice esperado de comprometimento dos linfonodos axilares é pequeno. Sendo assim, é possível evitar uma cirurgia mais radical diminuindo o risco de complicações ou seqüelas para a paciente.
Quimioterapia: É a utilização de componentes químicos que agem diminuindo a multiplicação celular detendo a expansão do tumor. Estes compostos afetam também as células normais e em maior grau e eficiência as células malignas.
Radioterapia: Aplicação de radiação ionizante para destruição das células tumorais. Pode ser local ou regionalmente, indicado exclusivamente ou associado a outros métodos de tratamento.
Cirurgia conservadora com radioterapia intra-operatória (IORT): Representa em nossos dias um dos maiores avanços no tratamento do câncer da mama. O procedimento consiste na retirada do tumor com margem de segurança e no mesmo tempo cirúrgico a aplicação da radioterapia no leito tumoral. O tempo da aplicação é de cerca de dez minutos, sendo a dose aplicada equivalente ao tratamento padrão de cinco semanas. Por se tratar de uma nova modalidade de tratamento há ainda necessidade de maior seguimento para validação dos resultados. Porém, este parece ser um método promissor de irradiação para pacientes tratadas com cirurgia conservadora, evitando assim longos períodos de radioterapia no pós-operatório, fato bastante difícil para muitos pacientes.
Hormonioterapia: Consiste na utilização de hormônios para impedir o crescimento de células tumorais.
Imunoterpia: Utilização de substâncias que modificadoras das respostas imunológicas do organismo.
O pré-operatório inclui realização de vários exames, conhecidos como risco cirúrgico (hemograma, glicemia de jejum, coagulação sanguínea, eletrocardiograma, RX de tórax, entre outros) para se certificar das boas condições para anestesia e para a própria cirurgia.
No pós-operatório, alguns cuidados serão necessários para a limpeza e higienização do local da operação. O seu médico dará todas as orientações sobre como proceder e a rotina da limpeza vai ser uma tarefa bastante simples.
Essa cirurgia pode exigir que o paciente mantenha por algum tempo no corpo um dreno para a eliminação dos fluidos que naturalmente são produzidos pelo organismo. Se a cirurgia é extensa, é utilizado um dreno a vácuo, que tem a forma de uma sanfona. No dreno a vácuo vem acoplada uma pequena bolsa que precisa ser retirada a cada 24 horas, esvaziada e lavada apenas com água. Já as cirurgias de pequena extensão utilizam um dreno simples e o local fica protegido com o uso de curativo simples feito de gaze e esparadrapo antialérgico.
Qualquer que seja o dreno utilizado, a região operada deve ser lavada com água e sabonete diariamente. O curativo também deve ser trocado diariamente.
A secreção eliminada pelo dreno deve ser observada pelo paciente. Quando se usa a bolsinha, a secreção deve ser medida antes do esvaziamento e os dados, anotados, devem ser levados ao médico na próxima consulta. Nas pequenas cirurgias, é necessário observar a quantidade de líquido eliminado. Se a quantidade de sangue for muito grande, ao ponto de encharcar o curativo várias vezes ao dia, a paciente deve se comunicar com o médico.
Em geral, o período até a retirada do dreno, que é feita pelo médico, transcorre sem problemas. O importante é estar atento a quantidade de líquido eliminado se não é muito grande, à presença de mau cheiro intenso no liquido, na eventual ocorrência de dores muito fortes ou febre. Na ocorrência de algum tipo de problema, a paciente deve comunicar-se com o médico.
É comum, a paciente se queixar de dor na região do corte. Essa dor é tolerável e pode ser eliminada com medicamentos contra dor, indicados pelo seu médico.
TIPOS DE CÂNCER
Nos diversos órgãos do nosso corpo, as células estão constantemente se reproduzindo pelo processo chamado mitose (divisão celular), em que uma célula adulta se divide. Assim, durante anos, ocorrem crescimento e renovação de células. Quando há um descontrole da mitose, algumas células reproduzem-se anormalmente, desencadeando o aparecimento de massas celulares chamadas neoplasias (tumores).
TIPOS MALIGNOS
Nas neoplasias malignas, o crescimento celular é mais invasivo, descontrolado e rápido; as células originadas não são semelhantes àquelas que lhe deram origem. Tem a capacidade de abandonar o tecido de origem e possivelmente invadir outros tecidos, o que caracteriza a metástase, um principal indicador de malignidade.
De um modo geral, o câncer apresenta-se como um nódulo. Os tumores malignos da mama são classificados conforme as características de suas células e a relação com os tecidos ao seu redor. Nas fases muito iniciais, ainda sem a presença de nódulos, as alterações do tecido provocam o acúmulo de cálcio e podem ser identificadas pela mamografia como um agrupamento de calcificações. As chamadas microcalcificações e agrupadas podem indicar o câncer em fase muito precoce. Quando as células estão anormais e não existe quebra das suas membranas ou seja, não existe invasão de tecidos, o carcinoma é chamado de in situ. Se as células são provenientes dos ductos o carcinoma é dito ductal e se oriundas em lóbulos mamários chama-se de carcinoma lobular. Havendo quebra da barreira entre as células acrescenta-se a denominação invasor.Resumindo, o câncer ou carcinoma de mama, pode ser ductal ou lobular, in situ ou invasivo, cada qual com suas características próprias influenciando o comportamento clínico e a decisão quanto ao tratamento a ser adotado.
O carcinoma in situ: É quase sempre detectado em fase sub-clínica, por meio de mamografia, e pela presença de micro calcificações ou distorções dos tecidos, antes mesmo da formação de nódulos. O correto tratamento atinge índices de curabilidade próximo de 100% e é baseado na retirada de amplo setor da mama afetada ou da mastectomia subcutânea, onde se preserva a pele e substitui a glândula mamária por uma prótese de silicone, seguida de radioterapia e hormonioterapia, conforme análise da retirada cirúrgica e as características específicas do tumor.
O carcinoma ductal in situ: Consiste de células epiteliais malignas confinadas aos ductos mamários, sem evidências microscópicas de invasão do tecido circunjacente. É dividido em cinco subtipos arquiteturais: comedocarcinoma, papilífero, micropapilídero, cribriforme e sólido.
Tipo comedo, podem atingir tamanhos relativamente grandes e tornarem-se palpáveis. Histologicamente são constituídos por células tumorais grandes, pleomórficas e hipercromáticas de crescimento sólido ocupando os ductos, exibindo numerosas figuras de mitose, em meio a tecido conjuntivo escasso. A necrose, que costuma sofrer calcificação, é detectada na mamografia como aglomerados ou microcalcificações lineares e ramificadas. É comum a ocorrência de fibrose concêntrica periductal e inflamação crônica;
Tipo papilífero: Se iniciam em grandes ductos e correspondem a uma pequena porcentagem dos tumores de mama. Geralmente formam uma massa bem circunscrita ou pode se ramificar para dentro de vários ductos para envolver todo o segmento da mama;
Tipo micropapilífero e tipo cribriforme:são tumores bem diferenciados ou grau I, de baixo grau nuclear, constituídos pela proliferação de células epiteliais pequenas e uniformes, com núcleo central e redondo e com relação núcleo-citoplasmático aumentada. Estes tumores não estão associados à necrose;
Tipo sólido: são tumores bem circunscritos, constituídos por um único tipo e célula com considerável pleomorfismo e atividade mitótica aumentada, o núcleo é hipercromático, observa-se presença de necrose de coagulação.
Carcinoma ductal invasivo, infiltrante ou invasor é classificado de acordo com as variações morfológicas, que são inumeráveis, e o padrão de disseminação. Os CDI são tumores sólidos, firmes, pouco circunscritos, com bordos infiltrativos e de consistência arenosa. A superfície de corte é amarelada ou cinza-amarelada, com trabéculas irradiando na gordura adjacente, conferindo ao tumor um aspecto estrelado ou espiculado. Algumas vezes estes tumores podem ser delimitados, redondos, lobulados ou multinodulares.
TIPOS BENIGNOS
Dentre as doenças benignas com indicação de tratamento clínico ou cirúrgico destacam-se:
Mastalgia (dor mamária).
A mastalgia é o principal motivo da consulta na área da mastologia. A preocupação e o medo que a dor mamária possa estar associada ao câncer mamário, infelizmente faz com que muitas mulheres sejam orientadas de forma equivocada.
Mastite: Infecção da glândula mamária. Pode ser dividida em dois grupos: a mastite puerperal (relacionada à amamentação) e a não puerperal.
Biopsia de nódulo: A cirurgia para retirada (extirpação ) de nódulos mamários benignos vem sendo cada vez menos praticada em nossos dias. O avanço tecnológico e a maior segurança nos exames de imagem associados as punções nos permitem o simples acompanhamento de muitas pacientes. As abordagens cirúrgicas do nódulo mamário benignos podem ser feitas em duas situações: 1. Quando a paciente indicar; 2. Quando no acompanhamento o nódulo crescer ou houver alteração da forma (morfologia) nos exames de imagem.
Descarga papilar: A descarga papilar provocada em ambas as mamas, aquela encontrada durante a expressão papilar, é um achado muito comum em mulheres adultas. Porém, a descarga papilar espontânea (aquela percebida sem ter-se feito a pressão digital), apenas em uma mama e de coloração cristalina ou com sangue, deve ser sempre investigada por um mastologista.
Abscesso subareolar recorrente: Quadro inflamatório crônico e que com frequência está associado à fístula na pele da região periareolar. Este quadro é mais comumente encontrado em pacientes fumantes. Importante destacar é que o tratamento dessa alteração é cirúrgico.
ESTÁGIOS DE CÂNCER
Para sabermos se um tumor está avançado ou não, há uma classificação dos tumores, criado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC), “ denominada estadiamento e baseada no fato de que os tumores seguem um curso biológico comum. Esta avaliação tem como base a dimensão do tumor, a avaliação da extensão aos linfonodos e a presença ou não de metástases para outras partes do corpo. Após a avaliação destes fatores, os casos são classificados em estágios que variam de I a IV graus crescentes de gravidade da doença.
São eles:
Estágio 0: É o chamado carcinoma in situ que não se infiltrou pelos dutos ou lóbulos, sendo um câncer não invasivo. O estágio zero significa que as células do câncer estão presentes ao longo da estrutura de um lóbulo ou um ducto, mas não se espalharam para o tecido gorduroso vizinho, isto é, as células cancerosas que ainda não invadiram os tecidos circundantes;
Nos estágios I e II, o câncer expandiu-se dos lóbulos ou ductos para o tecido próximo à mama.
Estágio I: O tumor invasivo é pequeno (menos de 2cm de diâmetro) e não se espalhou pelos linfonodos, isto é, o tumor que permaneceu no local no qual se originou sem disseminação para os linfonodos ou locais distantes;
No estágio II: Algumas vezes, os linfonodos podem estar envolvidos;
Estágio IIa: Qualquer das condições: O tumor tem menos que 2 centímetros e infiltrou linfonodos axilares; ou O tumor tem entre 2 e 5 centímetros, mas não atinge linfonodos axilares;
Estágio IIb: Qualquer das condições: obs. Não há evidência de tumor na mama, mas existe câncer nos linfonodos axilares.
O tumor tem de 2 a 5 centímetros e atinge linfonodos axilares; ou O tumor é maior que 5 centímetros, mas não atinge linfonodos axilares;
O estágio III: É o câncer de mama localmente avançado, em que o tumor pode ser maior que 5cm de diâmetro e pode ou não ter se espalhado para os linfonodos ou outros tecidos próximos à mama.
Estágio IIIa: Qualquer das condições: O tumor é menor que 5 centímetros e se espalhou pelos linfonodos axilares que estão aderidos uns aos outros ou a outras estruturas vizinhas; ou O tumor é maior que 5 centímetros, atinge linfonodos axilares os quais podem ou não estar aderidos uns aos outros ou a outras estruturas vizinhas;
Estágio IIIb: O tumor infiltra a parede torácica ou causa inchaço ou ulceração da mama ou é diagnosticado como câncer de mama inflamatório. Pode ou não ter se espalhado para os linfonodos axilares, mas não atinge outros órgãos do corpo;
Estágio IIIc: Tumor que qualquer tamanho que não se espalhou para partes distantes, mas que atinge linfonodos acima e abaixo da clavícula ou para linfonodos dentro da mama ou abaixo do braço;
Estágio IV: É o câncer metastático. O tumor de qualquer tamanho espalhou-se para outros locais do corpo como, ossos, pulmões, fígado, rins, intestinos, cérebro.
Para sabermos se um tumor está avançado ou não, há uma classificação dos tumores, criado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC), denominado estadiamento, baseado no fato de que os tumores seguem um curso biológico comum. Esta avaliação tem como base a dimensão do tumor, a avaliação da extensão aos linfonodos e a presença ou não de metástases para outras partes do corpo. Após a avaliação destes fatores, os casos são classificados em estágios que variam de I a IV graus crescentes de gravidade da doença.
FATORES DE RISCO
Os fatores de risco envolvem a paciente da seguinte maneira:
comportamento alimentar, comportamento corporal e carga genética pessoal e familiar.
O câncer de mama é mais comum em mulheres acima de 50 anos. Quanto maior a idade maior a chance de desenvolver este câncer. Mulheres com menos de 20 anos raramente têm este câncer.
Para certas pacientes, o histórico familiar é considerado como indicio de fator de risco, mas isso não quer dizer que esta paciente necessariamente terá câncer, logo essa informação deverá ser levada em consideração cuidadosamente:
Parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) que tiveram a doença antes da idade de 50 anos, ou antes, da menopausa;
Parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) que tiveram câncer de mama bilateral ou câncer de ovário;
Histórico familiar de câncer de mama masculino na família aumenta a chance de ter a doença;
Portadoras de lesões pré-malignas, isto é, quem já teve câncer de mama ou de ovário previamente;
Ter feito biópsias, mesmo que para condições benignas, está associado a um maior risco de ter o câncer de mama reincidente;
Histórico de exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 35 anos. Tratamento que era feito para doenças benignas na região do tórax, atualmente esse procedimento é praticado estritamente a tumores. Aos que necessitaram irradiar a região do tórax ou das mamas têm o risco de desenvolver câncer de mama;
Histórico ginecológico: Nuliparidade, não ter tido filhos;
Engravidar pela primeira vez tarde (após os 35 anos) é fator de risco;
Menstruar muito cedo (com 11 anos ou antes) ou parar de menstruar muito tarde, acaba expondo a mulher mais tempo aos hormônios femininos aumentando assim o risco;
Exposição excessiva a hormônios: Terapia de reposição hormonal (hormônios usados para combater os sintomas da menopausa);
Uso de anticoncepcional oral (pílula) tomado por muitos anos;
Mulheres obesas têm mais chance de desenvolver câncer de mama, principalmente quando este aumento de peso se dá após a menopausa ou após os 60 anos. Manter-se dentro de um peso ideal, principalmente após a menopausa diminui o risco deste tipo de câncer;
Procedimento cirúrgico de retirada dos ovários, diminui o risco de desenvolver o câncer de mama por diminuir a produção de estrogênio (menopausa cirúrgica);
O câncer de mama é muito mais freqüente em mulheres do que em homens, sendo estimado um caso masculino para cem femininos.
Apesar de raro, homens também podem ter câncer de mama e tendo um parente de primeiro grau, como o pai, irmão ou filho, com este diagnóstico o que eleva o risco familiar para o câncer de mama.
O câncer de mama de caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de mama.
O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum nas mulheres e é o segundo tipo de câncer em relação a todos os tumores, só perdendo para o câncer de pulmão. Mesmo quando o diagnóstico não é tão precoce, novas terapias possibilitam viver com o câncer de mama com boa qualidade de vida.
O risco de uma mulher desenvolver câncer de mama aumenta com a idade, de forma que de 3 em cada 4 casos acontece em mulheres acima dos 50 anos de idade.
Atualmente, no Brasil, o câncer de mama é o principal responsável pela morte de pessoas do sexo feminino, correspondendo a 15% das mortes por câncer entre as mulheres.
Bebida e o câncer de mama.
Ingerir bebida alcoólica está associado a um discreto aumento de desenvolver câncer de mama. A associação com a bebida alcoólica é proporcional ao que se ingere, ou seja, quanto mais se bebe maior o risco de ter este câncer. Os exercícios físicos normalmente diminuem as quantidades de hormônios femininos circulantes. Como este tipo de tumor está associado aos hormônios femininos, fazer exercício regularmente diminui o risco de ter câncer de mama, principalmente em mulheres que fazem ou fizeram exercício regular quando jovens.
Amamentar, principalmente por um tempo longo, um ano ou mais somado todos os períodos de amamentação, pode diminuir o risco do câncer de mama, por que, quando o bebe faz a sucção nos mamilos é estimulado o hipotálamo que faz secretar o fator liberador da prolactina mantendo seus níveis altos e, por conseguinte a produção de leite e também atividade mamária.
O leite só começa a ser produzido após o primeiro dia do nascimento até então haverá a secreção e a liberação do colostro, um líquido aquoso de cor amarelada, rico em anticorpos da mãe.
As mulheres, a que se suspeitam ser do grupo de risco, deve conversar com o seu médico para definir a necessidade de fazer exames para identificar genes que possam estar presentes na família. Se detectado um maior risco genético, o médico pode propor algumas medidas para diminuir estes riscos.
Ao contrário do que é dito popularmente, a maioria dos cânceres de mama não são familiares ou hereditários, esses representam apenas 5 a 20% dos casos. A hereditariedade desempenha um papel muito mais relevante nos casos de doenças cardíacas, psiquiátricas, auto-imunes e reumáticas do que no câncer.
Os estudos indicam que os fatores ambientais são responsáveis por pelo menos 80 % dos casos de câncer de mama.
As principais formas de câncer de mama em mulheres são proporcionalmente:
Carcinoma Ductal Invasivo, (70% dos casos);
Carcinoma Lobular Invasivo , (10% dos casos);
Carcinomas Tubular, Mucinoso e Medular, (12 % dos casos);
Carcinoma inflamatório (1 a 4 % dos casos);
Doença de Paget,(1 % dos casos).
UM TIPO RARO DE TUMOR, A DOENÇA DE PAGET.
Alguma coisa tem se falado, sobre a doença de Paget, uma modalidade rara de câncer de mama.
São dois tipos de doença batizados com esse nome: a doença Paget dos ossos, em que ocorrem fenômenos destrutivos e reparadores que podem causar deformidades e fraturas, e a doença de Paget da mama.
Caracteriza se por um tipo de lesão na aréola. Os sintomas iniciais precisam ser diagnosticados corretamente, pois são de fácil confusão com uma alergia, pois causam vermelhidão e coceira constantes no local. Fatores externos como: cremes, perfumes, sabonetes e até mesmo o tecido dos sutiãs podem causar alergias. Nestes casos, o uso indicado de pomadas com corticóides pode resolver. Mas persistindo os sintomas é necessário fazer uma avaliação mais precisa e só um médica poderá identificar a origem do problema.
Inicialmente, esse câncer se localiza apenas na pele da região da auréola mamilar. É mais comum após os 40-45 anos e também após os 65-70 anos, a doença de Paget se manifesta inicialmente um quadro muito semelhante ao de eczema na região mamilar e a coceira pode evoluir para pequenas ferida que não cicatrizam.
Em estágio mais avançado, a doença de Paget, são freqüentes as feridas (como pequenas espinhas) que se espalham não só no bico do seio, mas também na aréola. As dores, secreção, além de intenso desconforto, são sintomas regulares. Curiosamente este tipo de câncer costuma atingir apenas uma das mamas.
A suspeita da presença da doença deve aumentar especialmente se a “coceira ou irritação” acometer apenas um dos lados, e pontualmente se não desaparecer em curto espaço de tempo com as medicações usadas habitualmente para as dermatites alérgicas.
Após a avaliação médica, poderá ser indicada a realização de biopsia para confirmar (ou não) o diagnóstico. Para auxiliar o diagnóstico complementar, a mamografia entra em cena como aliada na fase mais avançada da doença, ajudando a detectar lesões na parte interna da mama, que nem sempre são descobertas no exame clínico.
A preocupação imediata de mais de 80% dos pacientes que conseguem atingir a cura da neoplasia envolve aspectos sexuais e reprodutivos. O relacionamento sexual e a capacidade de gerar seus próprios filhos, seja por métodos naturais ou por reprodução assistida, estimula a valorização do próprio paciente, propicia a comunicação e a interação familiar, ajudando-o a reintegrar-se à sociedade.
Investigação a predisposição genética. Em geral, um indício é a ocorrência de pelo menos dois ou três casos de câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos na mesma família. Então, se a mulher tem história de mãe, tia ou prima que desenvolveram câncer de mama ainda jovens, pode ser que faça parte de uma família com mutação genética e deve procurar um laboratório credenciado para realizar esses exames.
PREVENÇÃO
Atualmente, a detecção precoce através do auto exame e exames periódicos podem detectar o câncer num estágio inicial, onde, com o tratamento adequado oferecem a melhor chance de sobreviver ao câncer de mama.
Os programas comunitários de detecção e a mamografia representam a chave para a detecção precoce e são ferramentas integrais na luta contra o câncer de mama.
O auto-exame da mama também é um passo importante na prevenção e detecção deste câncer, motivo pelo qual as mulheres devem examinar suas mamas regularmente. Se houver alguma alteração no tamanho ou forma, protuberâncias ou secreção nos mamilos, elas devem consultar um médico.
Porque o câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente na mulher, e quando se consegue diagnosticar logo existem muitas possibilidades de cura e, assim, de salvar mais vidas.
Se o câncer de mama for detectado em seu estágio inicial, estiver pequeno e não tiver se alastrado para os nódulos linfáticos sob o braço, sempre há uma melhor chance de cura do que quando o câncer é descoberto em estágio mais avançado, tem um tamanho maior e se alastrou para os nódulos linfáticos. Em uma etapa avançada, é mais provável que algumas células cancerígenas tenham se deslocado e se instalado em outros órgãos do corpo, o que torna seu tratamento e curo muito mais complexos.
O alastramento do câncer acontece quando já é detectado num estágio mais avançado e as células cancerígenas já proliferaram no que chamamos de metástase. Pode ocorrer de uma das seguintes formas:
Alastramento Direto, o câncer aumenta de tamanho e destrói o tecido normal da mama que o circunda.
Alastramento Linfático, as células podem se separar do câncer primário e entrar nos vasos linfáticos. Estas células podem se assentar e crescer nos nódulos linfáticos, fazendo com que as glândulas se inflamem. As glândulas linfáticas mais próximas do câncer primário são as primeiras a serem afetadas antes que o câncer se alastre a glândulas mais distantes.
Alastramento por meio da Corrente Sanguínea.
Este alastramento por meio da corrente sanguínea afeta os ossos, fígado, pulmões e cérebro.
Os lugares mais comuns onde o câncer de mama se alastra são os ossos (na coluna ou quadril), pulmões, fígado e, algumas vezes, cérebro. As recaídas não ocorrem em todas as mulheres que tiveram câncer de mama e não ocorrem em todos os lugares mencionados; normalmente, só afeta a um deles.
Por isso, após ter sido operada, ter se submetido aos tratamentos propostos, periodicamente seu médico irá solicitar exames que irão monitorar todo o seu corpo, como exames de sangue, urina e fezes, ultrassonografia abdominal, raio x de tórax, cintilografia óssea e mamografia.
Esses resultados são importantes para que se tenha segurança de não ter acontecido nenhuma recidiva em nenhuma outra parte do corpo.
Sabe-se que o câncer de mama se desenvolve em fases que vão desde uma etapa precoce até uma etapa avançada (quando já se deslocou para outros órgãos). A etapa mais precoce pode ter só algumas semanas de desenvolvimento quando detectado. O tratamento em etapa precoce, que possivelmente envolve cirurgia e radiação combinados com fármacos, é muito importante e provavelmente dure vários meses. No caso da terapia endócrina, ela pode continuar por um período mais longo. Se um tumor é maligno, ele pode formar novos tumores que os médicos chamam de recaídas ou metástases.
Homens têm câncer de mama.
Apesar de raro,o câncer de mama pode ocorrer nos homens, mas é pouco freqüente, representando apenas cerca de 1% de todos os casos.
Ainda não se sabe exatamente o que causa o câncer, porém sabe-se que muitos fatores são considerados de risco como por exemplo fatores externos (substâncias químicas, irradiação e vírus) e internos (hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). Os fatores causais podem agir em conjunto ou em seqüência para iniciar ou promover o processo de carcinogênese. Em geral, dez ou mais anos se passam entre exposições ou mutações e a detecção do câncer.
Em geral o câncer não é hereditário. Existem apenas alguns raros casos que são herdados, tal como o retinoblastoma, um tipo de câncer de olho que ocorre em crianças. No entanto, existem alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais sensíveis à ação dos carcinógenos ambientais, o que explica por que algumas delas desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno. Como a causa do câncer ainda é desconhecida, não se pode ignorar o histórico familiar e mulheres com casos na família devem ter atenção redobrada em seus cuidados periódicos.
O câncer não é contagioso. Mesmo os cânceres causados por vírus não podem ser passados de uma pessoa para a outra por contágio. No entanto, alguns vírus oncogênicos, isto é, capazes de produzir câncer, podem ser transmitidos através do contato sexual, de transfusões de sangue ou de seringas contaminadas utilizadas para injetar drogas. Como exemplos de vírus carcinogênicos têm-se o vírus da hepatite B (câncer de fígado) e vírus HTLV – I / Human T-lymphotropic virus type I (leucemia e linfoma de célula T do adulto).
O fato de a mulher se submeter à mamografia não impede o surgimento do câncer. Porém, quem faz o exame periodicamente tem mais chances de descobrir sinais da doença bem no início, o que é altamente recomendável e traz mais chances de cura.
Hoje, com os novos procedimentos cirúrgicos que preservam a mama já não ocorre mais. Essa possibilidade, porém, depende de muitos fatores, tais como a relação entre o tamanho da mama e o do tumor, o estágio da doença etc.
O câncer não distingue a quem atinge. Ser filha ou irmã de mulheres que tiveram a doença é um fator de risco importante, mais ainda nos casos em que o problema começou antes da menopausa. Mas vir a desenvolver ou não um câncer de mama não depende da hereditariedade: apenas 8% das pacientes têm, de fato, outros casos na família.
Ter nódulos durante um período ou mesmo por muito tempo não significa que a mulher tenha mais ou menos propensão a desenvolver esse tipo de câncer. E vale lembrar: um nódulo benigno sempre será benigno.
As drogas da quimioterapia atacam células que se reproduzem com mais rapidez, como as do bulbo capilar. Porém ao final do tratamento normalmente os fios voltam.
Apesar do estresse estar associado a diversas doenças e patologias não existem estudos que comprovem a associação ao câncer de mama, até porque, esse tipo de câncer não está associado a uma causa única pois sempre existem inúmeras razões possíveis e que podem ser combinadas das mais diferentes formas.
Além de ser uma postura altamente radical, mesmo com fatores genéticos pesando para esta decisão, como não se é possível retirar 100% das mamas, o procedimento não elimina 100% dos riscos existindo sempre um risco por menor que seja.
As doenças cardiovasculares ainda estão no topo desse ranking a maior causa de mortalidade feminina no país. Apesar de o número de casos de câncer de mama ter crescido nos últimos anos, principalmente entre as jovens, houve um aumento significativo do índice de sobrevivência das pacientes.
8-CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
O tumor de colo uterino é o segundo mais frequente nas mulheres, atrás apenas do câncer de mama. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 17.540 novos casos da doença foram diagnosticados em 2012. Entretanto, quando detectado na fase precoce, praticamente 100% das pacientes podem ser curadas.
Em geral, a doença atinge mulheres com mais de 25 anos de idade.
O colo é a parte do útero que se conecta a vagina. Localizado na parte inferior do órgão, é responsável por produzir o muco que ajuda o esperma a mover-se em direção ao útero, além de ser o canal por onde sai o fluxo menstrual e, nos casos de mulheres grávidas, o bebê durante um parto normal.
CAUSAS E FATORES DE RISCO
Segundo o Ministério da Saúde, a infecção persistente pelo vírus HPV, especialmente os subtipos HPV-16 e HPV-18, está diretamente ligada ao câncer de colo de útero, cerca de 70% dos casos.
Entretanto, há outros fatores de risco envolvidos como o início precoce da vida sexual e múltiplos parceiros.
O cigarro e o uso prolongado de anticoncepcionais orais também favorecem o desenvolvimento do tumor, assim como o histórico familiar.
SINTOMAS
O câncer de colo de útero, em geral, demora anos para se desenvolver e provoca sintomas apenas nas fases mais avançadas.
Entre os sinais podemos citar o sangramento vaginal, especialmente depois das relações sexuais, no intervalo das menstruações ou após a menopausa, assim como corrimento vaginal de cor escura e odor desagradável.
Se isso acontecer, a mulher deve procurar um médico imediatamente para investigar.
DIAGNÓSTICO E PREVENÇÃO
Felizmente o câncer de colo de útero pode ser prevenido de maneira efetiva. O exame conhecido como Papanicolau, detecta alterações nas células que podem desencadear a doença.
A recomendação é realizá-lo anualmente. Em geral, as alterações no exame acontecem quando há infecção pelo HPV.


9-AIDS
A AIDS/SIDA é uma doença sexualmente transmissível causada por um vírus chamado HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) que destrói as defesas do organismo. Por este motivo a pessoa infectada pelo HIV fica sujeita a adquirir doenças graves que são chamadas oportunistas.
O vírus da imunodeficiência humana (VIH), também conhecido por HIV (sigla em inglês para human imunodeficiency virus), é da família dos retrovírus e o responsável pela SIDA (AIDS). Esta designação contém pelo menos duas sub-categorias de vírus, o HIV-1 e o HIV-2. Entre o grupo HIV-1 existe uma grande variedade de subtipos designados de A a J.
Esses dois subtipos tem diferenças consideráveis, sendo o HIV-2 mais comum na África Subsaariana e bem incomum em todo o resto do mundo.
HIV é a abreviação usada para o vírus humano da imunodeficiência. HIV é o vírus que causa AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida), uma doença mortal.
O HIV ataca o sistema imunológico do corpo. Normalmente, o sistema imunológico produz células de sangue e anticorpos que atacam vírus e bactérias. As células que atacam a infecção são chamadas linfócitos T. Meses ou anos após a pessoa ser infectada com HIV, o vírus destrói os linfócitos T.
AIDS, ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é uma doença infecto-contagiosa causada pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus), que leva à perda progressiva da imunidade.
A doença, na verdade uma síndrome, caracteriza-se por um conjunto de sinais e sintomas advindos da queda da taxa dos linfócitos CD4, células muito importantes na defesa imunológica do organismo. Quanto mais a moléstia progride, mais compromete o sistema imunológico e, consequentemente, a capacidade de o portador defender-se de infecções.
SINTOMAS DA AIDS
Na maioria dos casos, os sintomas iniciais podem ser tão leves que são atribuídos a um mal estar passageiro. Quando se manifestam mais intensidade, são os mesmos de várias outras viroses, mas podem variar de acordo com a resposta imunológica de que cada indivíduo.
Os mais comuns são febre constante, manchas na pele (sarcoma de Kaposi), calafrios, ínguas, dores de cabeça, de garganta e dores musculares, que surgem de 2 a 4 semanas após a pessoa contrair o vírus.
Nas fases mais avançadas, é comum o aparecimento de doenças oportunistas como tuberculose, pneumonia, meningite, toxoplasmose, candidíase, etc.
A AIDS não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. Entretanto, os sintomas iniciais são geralmente semelhantes e além disso, comuns a várias outras doenças.
São eles:
- Febre constante;
- Emagrecimento muito rápido;
- Cansaço (sem esforço físico);
- Diarréia constante;
- Tosse crônica;
- Suores noturnos;
- Manchas esbranquiçadas na boca;
- Manchas arroxeadas na pele;
- Ínguas em vários pontos;
Com a progressão da doença e com o comprometimento do sistema imunológico do indivíduo, começam a surgir doenças oportunistas, tais como: tuberculose, pneumonia, alguns tipos de câncer, candidíase e infecções do sistema nervoso (toxoplasmose e as meningites, por exemplo) .
COMO SE PREVINIR
- Usando sempre camisinha em todas as relações sexuais
- Exigindo sangue testado nas transfusões
- Usando agulhas e seringas descartáveis
- Exigindo que todo instrumental medico ou dentário seja esterilizado.
DIAGNÓSTICO
COMO SABER SE É PORTADOR DO VÍRUS HIV
Existe um exame de sangue específico para o diagnóstico da AIDS, chamado teste Elisa. Em média, ele começa a registrar que a pessoa está infectada 20 dias após o contato de risco. Se depois de três meses o resultado for negativo, não há mais necessidade de repetir o exame, porque não houve infecção pelo HIV.
No Centro de Referência em Treinamento em DST/AIDS é possível realizar um teste laboratorial mais rápido, cujo resultado sai algumas horas depois da coleta de sangue.
Os testes podem ser feitos nos postos de saúde de forma gratuita. Por exemplo, existem os CTA (Centros de Testagem e Aconselhamento) municipais e estaduais, que fazem o teste rápido com resultados em uma hora.
É possível saber se uma pessoa é portadora do vírus HIV através da pesquisa direta do vírus no sangue (exame de carga viral para o HIV) ou pesquisando a presença de anticorpos que são produzidos quando o vírus infecta uma pessoa (sorologia para HIV). O período entre a contaminação e o início dos sintomas varia de pessoa a pessoa, mas, em média, é de cinco a sete anos.
Para saber se uma pessoa tem o vírus HIV será necessário fazer o exame, porém é muito importante que esta pessoa seja orientada por um profissional de saúde para tirar todas as dúvidas que surgem quando o diagnóstico é positivo.
TRANSMISSÃO DO VÍRUS HIV
O vírus HIV sobrevive em ambiente externo por apenas alguns minutos. Mesmo assim, sua transmissão depende do contato com as mucosas ou com alguma área ferida do corpo.
AIDS se transmite por meio que envolva penetração sexual desprotegida, uso de agulhas ou produtos sanguíneos infectados. Existe também a possibilidade da transmissão vertical, ou seja, da mãe infectada para o feto durante a gestação e o parto (AIDS congênita).
Os pesquisadores sabem que sexo oral é capaz de transmitir a síndrome. Há, descrição de pessoas que se infectaram ao engolir esperma.
Após um período médio de cinco a sete anos em que o paciente está contaminado, começam a surgir sintomas gerais como perda de peso, febre baixa e suores noturnos.
Após uma relação sem proteção (preservativo) você deve fazer o exame de HIV assim que possível para afastar a possibilidade de você ter sido contaminado antes deste contato. Sendo negativo no momento desta exposição o próximo teste deve ser feito em 30 dias e repetido em dois meses. A soroconversão ocorre geralmente entre 3 a 12 semanas.
O líquido lubrificante que surge com o estímulo sexual já é considerado contaminante, portanto utilizar preservativo desde o início do contato sexual é muito importante.
A expectativa de vida, graças aos meorientaçãomentos antirretrovirais, aumentou muito e hoje pode chegar a 30 anos. É esperado que nos próximos anos, com o surgimento de novas drogas, um portador do vírus HIV irá viver o mesmo tempo que um paciente que não tem HIV.
O vírus HIV é muito frágil e não sobrevive fora das células humanas. Portanto, quando sangue, lágrimas ou suor secam, o risco de transmitir é zero.
O risco de contágio é maior quanto mais frequente for a exposição e quanto maior for a quantidade de vírus HIV presente no sangue do soropositivo. Há a possibilidade de não se contrair o HIV em uma relação, mas o risco, embora pequeno, ainda é real. Esteja atento e use sempre preservativos.
Embora o risco seja considerado baixo, a recomendação é para que sempre seja utilizado método de barreira (camisinha) também durante o sexo oral.
Os casais em que um é soropositivo e o outro não, são chamados de casais sorodiscordantes.
Quando estes casais decidem ter filhos, como na pergunta acima, já é possível procurar na rede pública de saúde do Estado de São Paulo o Programa de Reprodução Assistida. O programa orientará os casais de uma forma a reduzir ao máximo o risco de transmissão do vírus HIV através da técnica de lavagem do esperma.
Um destes centros pioneiros é o CRASE, Centro de Reprodução Assistida em Situações Especiais, da Faculdade de Medicina do ABC.
A rede pública de saúde oferece uma estrutura voltada para o diagnóstico do HIV.
São os CTA (Centros de Testagem e Aconselhamento) onde é possível realizar o teste rápido do HIV e tirar todas as dúvidas com uma equipe multidisciplinar, composta de médicos, enfermeiros, psicólogos, assistente social entre outros.
Se houver contato das secreções do soropositivo com mucosas genital, anal ou boca, haverá o risco de contaminação.
O vírus HIV tem duas características que dificultam sua eliminação do corpo humano. Uma delas é que ele infecta as células do sistema imunológico, ou seja, as células que deveriam eliminar o próprio vírus. A outra é que ele também infecta outras células chamadas células santuários, onde os antirretrovirais não são capazes de atingi-lo.
Em nenhum processo seletivo ou exame de rotina, quer seja em empresa privada ou pública, é realizado o teste de HIV.
Veja o que estabelece a Lei:
Portaria 1.246 / 2010 do Ministério do Trabalho e Emprego.
Artigo 2º: "Não será permitida, de forma direta ou indireta, nos exames médicos por ocasião da admissão, mudança de função, avaliação periódica, retorno, demissão ou outros ligados à relação de emprego, a testagem do trabalhador quanto ao HIV.
Os medicamentos antirretrovirais (coquetel) são distribuídos gratuitamente nos ambulatórios especializados para todos os pacientes portadores do vírus HIV que preenchem os critérios de início de tratamento, conforme estabelece o Programa Nacional de DST/AIDS.
TRATAMENTO
Foi só no final de 1995, que o coquetel de medicamentos pode ser prescrito para os portadores do HIV.
A possibilidade de associar várias drogas diferentes, entre elas o AZT, mudou por completo o panorama do tratamento da AIDS, que deixou de ser uma moléstia uniformemente fatal para transformar-se em doença crônica passível de controle.
Hoje, desde que adequadamente tratados, os HIV-positivos conseguem conviver com o vírus por longos períodos, talvez até o fim de uma vida bastante longa.
As normas brasileiras e mundiais determinam que não se deve introduzir o coquetel de medicamentos se as células CD4 estiverem acima de 350. Quando seus valores estão entre 200 e 350, a decisão de introduzi-lo deve ser tomada caso a caso. Abaixo de 200, ele é obrigatoriamente indicado para corrigir a deficiência imunológica.
Dentre os efeitos colaterais do coquetel, podemos citar a lipodistrofia, isto é, a redistribuição da gordura pelo corpo. Ela diminui muito no rosto, que fica encovado, nos membros superiores, inferiores e nas nádegas, deixa as veias muito visíveis e provoca acúmulo de tecido adiposo no abdômen.
Além de tonturas, diarreia e enjoos, a toxicidade dos remédios pode provocar danos para o fígado, para os rins, assim como acentuar o processo de aterosclerose e aumentar o risco de doenças coronarianas. No entanto, de modo geral, o tratamento é bem tolerado pelos pacientes.
PREVENÇÃO
O uso do preservativo nas relações sexuais é a forma mais eficaz de prevenção da AIDS. Também é imprescindível usar somente seringas descartáveis.
Gestantes devem obrigatoriamente fazer o teste de HIV durante o pré-natal. Se estiverem infectadas, é fundamental iniciar logo o tratamento a fim de evitar que o vírus seja transmitido para o feto. Hoje, é perfeitamente possível para uma mulher infectada engravidar e dar à luz um bebê livre do vírus.
Use sempre o preservativo em todas as relações sexuais;
Faça o teste Elisa ou o teste rápido oferecido pelo Centro de Referência em Treinamento em DST/AIDS sempre que houver qualquer possibilidade de você ter-se infectado. Mulheres devem realizá-lo antes de engravidar;
Procure alimentar-se bem e dormir as horas necessárias;
Não fume nem abuse de bebidas alcoólicas.


Pesquisa realizada pelo Dr. Josué Campos Macedo
Psicanalista Clínico e Homeopata Clássico