SAÚDE
PREVENTIVA PARA MULHERES
SUMÁRIO
A-CONCEITO DE SAÚDE
B-CONCEITO DE PREVENÇÃO EM SAÚDE
C-PREVENÇÃO PRIMORDIAL
D-EXAMES PREVENTIVOS PARA MULHERES
E-OS PROBLEMAS DE SAÚDE MAIS COMUNS
ENTRE AS MULHERES
ASSIM NOS DIZ O SENHOR JESUS CRISTO:
"O
ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir;
Eu
vim para que todos tenham vida, e a tenham com abundância." (João 10:10).
"E
Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que estão sãos,
mas, sim, os que estão enfermos;
Eu
não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento."
(Lucas 5:31,32).
A-CONCEITO
DE SAÚDE
A Organização Mundial de Saúde (OMS)
define a saúde como:
Um estado de completo bem-estar
físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades.
A saúde passou, então, a ser mais um
valor da comunidade que do indivíduo. É um direito fundamental da pessoa
humana, que deve ser assegurado sem distinção de raça, de religião, ideologia
política ou condição sócio-econômica. A saúde é, portanto, um valor coletivo,
um bem de todos, devendo cada um gozá-la individualmente, sem prejuízo de
outrem e, solidariamente, com todos.
No passado (1960), a saúde era a
perfeição morfológica, acompanhada da harmonia funcional, da integridade dos
órgãos e aparelhos, do bom desempenho das funções vitais; era o vigor físico e
o equilíbrio mental, apenas considerados em termos do indivíduo e ao nível da
pessoa humana. Hoje, ela passou a ser considerada sob outro plano ou dimensão;
saiu do indivíduo para ser vista, também, em relação do indivíduo com o
trabalho e com a comunidade.
SAÚDE INDIVIDUAL
No que diz respeito ao indivíduo,
quanto ao seu bem-estar físico, deve-se referir que não há saúde de órgãos
porque a saúde é total, é o todo.
Assim como não existem doenças estritamente
locais, não há também saúde local.
SAÚDE PSÍQUICA
O lado psíquico da saúde cresceu de
importância na época agitada em que vive o mundo. Inquietudes, pressa,
ansiedade, incertezas, indagações perante os fatos da vida, particularmente da
vida econômica, trepidação, desgaste constante de energias mentais, etc., levam
o indivíduo ao cansaço e a sofrimentos psicossomáticos.
É preciso, porém, para o perfeito
equilíbrio neuropsíquico, que o homem esteja bem adaptado as condições de vida,
dentro do ambiente em que vive; que haja entendimento, equilíbrio, tolerância,
compreensão dos indivíduos entre si, pois a mente e o corpo sãos não
permanecerão sadios, por muito tempo, em ambiente agitado, adverso, tumultuoso
e intranquilo.
SAÚDE PELA HIGIENE MENTAL
A necessidade de higiene mental é
universal; é para todos. Para os efeitos da vida econômica e as reclamações da
vida social, a noção de saúde mental é a de respostas psíquicas ajustadas, de
boa adaptação, de relações humanas satisfatórias na família, no trabalho e na
comunidade.
Saúde representa, por isto, um
bem-estar social.
SAÚDE SOCIAL
A saúde social (bem-estar social) é
aquela resposta ou ajustamento as exigências do meio, e depende
fundamentalmente das condições socioeconômicas do agrupamento humano onde se
vive, da distribuição da riqueza circulante, da oportunidade que se oferece ao
indivíduo para que tome parte no esforço organizado da comunidade. A saúde
social é mais coletiva que individual.
Onde há miséria, fome e ignorância;
onde é grande a competição da luta pela vida; onde há compreensão entre os
homens; onde o desenvolvimento e a economia não oferecem oportunidades a todos;
onde o clima político sufoca os direitos essenciais da pessoa humana e a
liberdade do homem foi suprimida para que o domínio de alguns se exerça sobre a
comunidade; enfim, onde não há bem-estar social, a saúde física e a saúde
mental descompensam e são afetadas com repercussões a longo tempo.
O ser humano é um ser social, por
excelência; não pode viver só, por incapacidade.
A INCIDÊNCIA DE DOENÇAS DAS MULHERES
As estatísticas mostram que a mulher
está mais parecida com o homem, inclusive sofrendo das mesmas doenças.
Ao contrário do que muitas pessoas
pensam, não é o câncer de mama a principal causa de morte no público feminino e
sim as doenças cardiovasculares, responsáveis pela morte de 1 a cada 3
mulheres.
A explicação é simples: hoje a
mulher trabalha tanto ou mais que os homens, e o foco nos cuidados com a saúde
fica mais voltado para as doenças típicas femininas como o câncer de mama, de
útero, endometriose, miomas, etc. Mas se antigamente o infarto e o derrame eram
mais comuns nos homens, hoje as mulheres são atingidas por essas condições
quase que na mesma proporção.
Atualmente, o acidente vascular
cerebral (AVC) e o infarto representaram a maioria das mortes de mulheres.
FATORES DE RISCO QUE CAUSAM DOENÇAS
O estresse é um fator de risco
importante para as doenças cardiovasculares, assim como fumar, ingerir bebidas
alcoólicas, estar acima do peso e não praticar nenhuma atividade física.
Se a mulher tiver pressão alta e
diabetes, a chance de ter um AVC ou um infarto cresce exponencialmente.
Após a menopausa, o risco aumenta,
principalmente quando a gordura se concentra na região abdominal.
PREVENÇÃO DAS DOENÇAS
CARDIOVASCULARES
-Pressão arterial: até 120 por 80
mmHg
-Medida da circunferência abdominal:
menor que 80 cm
-Taxa de glicose em jejum: menor que
125 mg/dl
-IMC (Índice de Massa Corporal)
entre 18,5 a 24,9
Colesterol total: menor que 200
mg/dl
CUIDADOS COM A PREVENÇÃO
A qualidade de vida e o bem-estar
nunca estiveram tanto na moda quanto estão atualmente. Se alguns anos atrás
novos tratamentos e avanços na medicina ocupavam os noticiários destacando as
doenças, hoje a promoção da saúde e a prevenção de enfermidades são temas
recorrentes em toda a sociedade. Se a saúde está ótima, nada melhor que
recorrer a um check up, a ferramenta mais importante da medicina preventiva, para
evitar futuros aborrecimentos.
SAÚDE FÍSICA
A NECESSIDADE DO CHECK UP
Pela regra geral, o check up é
recomendado para pessoas a partir dos 40 anos. Entretanto, alguns médicos
consideram que aos 35 já é possível detectar precocemente doenças relacionadas
à mudança de hábitos e estilo de vida. Além do clínico geral, os exames devem
incluir especialidades como ginecologia, cardiologia, dermatologia,
oftalmologia, entre outros.
As mulheres têm a vantagem de serem
acompanhadas desde cedo por um ginecologista, seja para o uso de métodos
anticoncepcionais, para acompanhamento pré-natal ou para o tratamento de
doenças típicas da mulher. O exame preventivo ginecológico deve ser feito
anualmente, a partir da primeira menstruação.
A IMPORTÂNCIA DO AUTOEXAME E DA PREVENÇÃO
O autoexame é uma excelente
ferramenta para a detecção precoce do câncer de mama.
É importante para descobrir algum
sinal e deve ser feito por todas as mulheres a partir dos 20 anos, 7 dias após
o término da menstruação. O autoexame não deve substituir o exame clínico
realizado por um profissional de saúde. Qualquer alteração deve ser comunicada
ao médico imediatamente. A consulta médica anual com um ginecologista auxilia
no diagnóstico precoce do câncer de mama. Quando isso acontece, a chance de cura
é de 90%.
B-CONCEITO
DE PREVENÇÃO EM SAÚDE
Leavell & Clark (1976) descrevem
a prevenção como uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história
natural da doença, a fim de tornar improvável o progresso posterior,
apresentando três níveis de prevenção.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Objetivos
Evitar fatores de risco,
determinantes ou causas de doenças;
Procedimento: atividades dirigidas a
indivíduos, grupos ou população total saudável;
Consequências: diminuição da
incidência da doença, diminuição do risco médio de ocorrência da doença na
população;
Exemplo: Vigilância sanitária da
água, vacinação, planejamento familiar e educação para prevenção de infecções
de infecções de transmissão
Fazer exames preventivos de rotina
fazem parte da medicina preventiva básica e é uma postura ativa em relação à
saúde. Em geral, os exames são simples e seguros e podem ajudar a diagnosticar
muitas doenças antes de suas complicações, tornando os homens mais saudáveis.
São os fatores biológicos que tornam
as mulheres e os homens vulneráveis a determinadas doenças em graus e gravidade
diferentes e em diferentes períodos das suas vidas.
Realizada no período de
pré-patogênese, sendo que o conceito de promoção da saúde aparece como um dos
níveis da prevenção primária definidos como medidas destinadas a desenvolver
uma saúde ótima. Um segundo nível de prevenção primária seria a proteção
específica contra agentes patológicos ou pelo estabelecimento de barreiras
contra os agentes do meio ambiente. Este nível de prevenção está ligado a todas
as ações que visam diminuir a incidência de uma doença na população, ou seja,
desenvolvimento de ações que impeçam a ocorrência de determinada patologia na
população. Inclui-se aqui a promoção à saúde e à proteção específica. Alguns
dos exemplos são: vacinação, tratamento de água para consumo humano, uso de preservativos,
mudanças nos hábitos de vida (incentivo a uma boa alimentação, realização de
exercícios físicos).
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
A fase da prevenção secundária
também se apresenta em dois níveis, o primeiro diagnóstico e tratamento precoce
e o segundo limitação da invalidez. Visa um diagnóstico imediato e um
tratamento para evitar a prevalência da doença no indivíduo.
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
Por fim, a prevenção terciária diz
respeito a ações de reabilitação, caracteriza-se por ações que tem como
objetivo a reabilitação do indivíduo e redução de sua incapacidade.
C-PREVENÇÃO
PRIMORDIAL
Objetivos
Evitar a emergência e estabelecer
padrões de vida (sociais, econômicos e culturais) que aumentem o risco de
desenvolver doenças;
Procedimento: ações dirigidas às
populações ou grupos selecionados saudáveis;
Consequências: Efeitos múltiplos nas
várias doenças e impacto na saúde pública;
Exemplos: legislação sobre álcool,
políticas antitabagismo e programas do exercício regular.
HIGIENE
ÍNTIMA PARA MULHERES
A boa higiene íntima da mulher é
importante para prevenir doenças, como infecções e candidíase, e ela também
ajuda a controlar os odores típicos desta região.
Use calcinhas de algodão e evite a
calça jeans, pois ela não deixa a região íntima ventilar.
Dê preferência a depilação com cera
ou faça a depilação definitiva a laser, mas evite retirar muito os pelos, pois
eles ajudam a proteger a região de infecções
Use papel higiênico macio, branco e
de boa qualidade ou use sempre lenços umedecidos, sem perfume, e limpe-se
sempre de frente para trás
Substitua os absorventes internos,
no máximo, a cada 6 horas e os externos a cada 4 horas
Sempre que possível, durma sem
calcinha para que haja ventilação na região.
Alimentar-se de forma saudável,
evitar os vícios e praticar exercícios físicos regularmente. Assim, o organismo
fica mais resistente a uma série de infecções.
Para fazer uma boa higiene íntima
sem se prejudicar, a mulher deve:
Lavar somente a região externa com
um sabonete próprio para a região;
Usar duchas vaginais;
Não usar lubrificantes à base de
óleo ou de silicone, que não saem facilmente com água e promovem a proliferação
de fungos e de outros micro-organismos;
Não usar lenços umedecidos
perfumados;
Usar roupa íntima de algodão;
Não ficar muito tempo com o mesmo
absorvente durante a menstruação;
Não exagerar na depilação. Médicos
alertam que a depilação íntima total favorece a proliferação de
micro-organismos, causando mais corrimentos e facilita a contaminação com
doenças.
A vagina possui uma ligeira acidez,
que promove um equilíbrio entre os micro-organismos presentes na região.
Lavar-se exageradamente, depilar-se quase que totalmente e usar produtos
íntimos inadequados são 3 erros comuns que prejudicam a saúde íntima.
Sempre que a mulher notar alguma
alteração na vagina, como um cheiro diferente, corrimento, coceira ou ardor,
ela deve ir ao ginecologista, pois pode haver alguma doença que precisa ser
tratada.
O CORRIMENTO BRANCO
O corrimento branco sem cheiro é
normal.
No entanto, quando há corrimento
branco, com mau cheiro e coceira na região íntima, pode ser uma doença chamada candidíase.
Na mulher, o corrimento branco pode
vir acompanhado de coceira, vermelhidão na vagina e ardência ao urinar. Já no
homem, é raro a candidíase apresentar corrimento. Nele, é mais comum o
aparecimento de pintinhas vermelhas no prepúcio e coceira na região genital.
Dentre as principais causas da candidíase
estão a queda da imunidade, o uso de remédios com corticoide ou antibióticos,
uso de absorvente interno para dormir e ficar com o biquíni molhado, por
exemplo.
Todas estas situações favorecem a
multiplicação dos micro-organismos que vivem normalmente dentro da vagina
gerando o corrimento, que pode durar alguns dias ou até mesmo semanas.
CORRIMENTO BRANCO NA GRAVIDEZ
O corrimento branco na gravidez,
causado pela candidíase, é muito comum devido a baixa imunidade que a mulher
apresenta nesta fase da vida. Seu tratamento pode ser feito com o uso de
antifúngicos pois ele pode aumentar o risco do bebê nascer antes da data
prevista.
Alguns cuidados que podem auxiliar
no tratamento são:
Evitar ficar com a roupa íntima
úmida ou molhada,
Evitar as calcinhas de material
sintético, dando preferência as de algodão;
Usar roupas mais leves e evitar as
calças jeans e
Evitar os alimentos doces e os ricos
em carboidratos.
Além disso é indicado reduzir
o uso de antibióticos.
O corrimento amarelado com cheiro
fétido não é normal e pode ser tricomoníase, uma doença sexualmente
transmissível que na mulher pode ainda ser acompanhada de dor durante o contato
íntimo e ardor ao urinar.
O diagnóstico da doença pode ser
feito pelo médico ginecologista através do exame papanicolau ou pela observação
da secreção vaginal. Logo após a identificação da doença é importante iniciar o
tratamento que pode ser feito com remédios como o Metronidazol ou Secnidazol,
pois a tricomoníase aumenta o risco de outras infeções, inclusive a AIDS.
Geralmente a tricomoníase é a
principal causa do corrimento amarelo ou amarelado, mas a gonorreia ou
clamídia, outras doenças sexualmente transmissíveis, também podem provocar este
tipo de corrimento. Outros sintomas de gonorreia e clamídia incluem dor ao
urinar e dor durante o contato íntimo e o tratamento pode ser feito com
antibióticos.
O corrimento amarelado no homem também
pode ser tricomoníase, gonorreia ou clamídia e apesar de, geralmente, não vir
acompanhado de outros sintomas, o homem também pode sentir dor ao urinar e dor
e inchaço nos testículos.
O corrimento amarelado sem odor é
normal, principalmente se a mulher estiver em idade fértil, e acontece porque
as glândulas do colo do útero liberam um muco transparente que em contato com o
ar pode adquirir a cor amarelada. Este corrimento amarelado sem cheiro pode ser
mais frequente antes da menstruação.
CORRIMENTO AMARELADO NA GRAVIDEZ
O corrimento amarelado na gravidez
pode ser causado pela tricomoníase, podendo provocar parto prematuro ou
recém-nascido com baixo peso.
Desta forma, é importante que a
gestante realize o tratamento, que pode ser feito com o uso de Metronidazol ou
Tinidazol, sob orientação do obstetra que acompanha a gravidez.
Tratamento para corrimento amarelado
O parceiro também deve fazer o
tratamento, mesmo que não apresente sintomas, para evitar que o indivíduo seja
contaminado novamente. O tratamento do corrimento amarelado na mulher deve ser
indicação do pelo ginecologista e no homem pelo urologista.
Durante o tratamento, é recomendado:
Utilizar camisinha para não
contaminar o parceiro;
Evitar usar perfumes ou sprays de
higiene íntima, pois alteram o pH vaginal;
Usar roupa íntima de algodão, porque
o algodão não causa irritação;
Evitar usar calças ou shorts
apertados, preferindo usar sais ou vestidos para permitir o arejamento da
região.
Outra orientação para o tratamento
do corrimento amarelo é evitar absorventes internos, preferindo os externos.
O corrimento vaginal normal possui
consistência aquosa e não possui cheiro nem cor.
No entanto, quando o corrimento
apresenta alguma coloração, como amarelo ou verde, sendo acompanhado de mau
cheiro e de outros sintomas como coceira na vagina, dor ou odor na região
íntima feminina, é provável que haja uma infecção e uma consulta com o
ginecologista é necessária para tratar o problema.
PRINCIPAIS TIPOS DE CORRIMENTO
VAGINAL
CORRIMENTO BRANCO COM COCEIRA
O corrimento branco com coceira pode
piorar durante a semana que antecede a menstruação e ocorre, sobretudo, em
mulheres com sistema imune enfraquecido, como diabéticas, grávidas ou que
estejam fazendo uso de antibióticos.
O que pode causar: o corrimento
branco, espesso, que tende a aderir às paredes vaginais e que é acompanhado de
coceira e queimação na vulva e na vagina, provavelmente é causada por fungos,
sendo chamado de candidíase vaginal.
Como tratar: é necessário o uso de
medicamentos antifúngicos que se pode tomar oralmente ou colocados na vagina
sob a forma de comprimidos ou pomadas.
CORRIMENTO ESVERDEADO
O corrimento esverdeado com mau
cheiro que pode ser líquido, pastoso ou grosso e, por vezes, bolhoso, provoca
outros sintomas como dor nas relações e ao urinar e coceira intensa.
O que pode causar: este corrimento
pode indicar tricomoníase, que é uma infecção genital
CORRIMENTO BRANCO, ACINZENTADO OU
AMARELADO COM MAU CHEIRO
O corrimento branco, acinzentado ou
amarelado com cheiro desagradável, semelhante ao de peixe, é sinal de uma
infecção.
O que pode causar: pode ser uma
infecção bacteriana, como clamídia e, causa outros sintomas como dor ao urinar
ou pequenas perdas de sangue fora da menstruação.
Quando a clamídia na mulher não é
tratada, pode levar ao desenvolvimento de doença inflamatória pélvica, que pode
provocar infertilidade, aborto ou gravidez ectópica.
Além disso, o corrimento branco,
acinzentado ou amarelado com espumosa pode ser causado por protozoário como o
Trichomonas vaginalis e, a secreção, geralmente, ocorre logo após a
menstruação.
CORRIMENTO MARROM LÍQUIDO OU COM
SANGUE
O Corrimento marrom é normal após a
menstruação pois é comum a saída de alguns coágulos de sangue até alguns dias
após o término da menstruação.
O que pode causar: por vezes, o
corrimento com sangue, pode ser causado por câncer de vagina, do colo do útero
ou do endométrio.
Como tratar: para tratar o câncer a
médico pode indicação uma cirurgia para remover o tumor e, se necessário,
realizar quimioterapia e radioterapia.
Além disso, o corrimento com sangue
também pode surgir após a relação sexual e, pode ser uma infecção viral causada
pelo vírus HPV, por exemplo.
COMO IDENTIFICAR O CORRIMENTO
VAGINAL
Para identificar o corrimento, a
mulher deve observar o fundo da sua calcinha em uso e o papel higiênico, após a
limpeza da vulva depois de urinar.
A fim de identificar o agente causador
do corrimento, o ginecologista poderá solicitar exames, como o papanicolau, por
exemplo, para que o tratamento seja mais direcionado e mais efetivo.
Porém, na maioria das vezes, o
ginecologista pode chegar ao diagnóstico somente ao observar os sinais clínicos
da mulher.
O tratamento para o corrimento
vaginal varia conforme o agente causador da infecção.
Também é importante fazer a higiene intima diariamente e usar um sabão intimo
todos os dias.
Além disso, com exceção da
candidíase, ambos os parceiros devem ser tratados ao mesmo tempo, para evitar a
reinfecção.
O CORRIMENTO MARROM
É normal após a menstruação porque é
comum a saída de alguns coágulos de sangue até alguns dias após o término da
menstruação.
Além disso, o corrimento marrom
também é comum após o contato íntimo ou quando existe alergia ao látex, devido
á irritação das paredes da vagina, principalmente durante a menstruação ou
gravidez.
Porém, o corrimento marrom quando
dura mais de 3 dias também pode indicar a presença de infecções vaginais, como
candidíase ou tricomoníase, que surgem especialmente quando o pH vaginal está
alterado.
O corrimento marrom ao tomar
anticoncepcional.
No caso das mulheres que utilizam o
anticoncepcional, especialmente o implante, é normal o surgimento de corrimento
marrom antes da menstruação ou em substituição do período menstrual normal.
Porém, caso o corrimento aconteça em
grande quantidade ou por mais de 4 dias é recomendado consultar o ginecologista
para iniciar o tratamento adequado.
O corrimento marrom pode ser
gravidez.
Normalmente o corrimento marrom não
é sinal de gravidez pois é mais comum que, no início da gestação, a mulher
apresente um pequeno corrimento rosado que indica a implantação do feto no
útero.
D-EXAMES
PREVENTIVOS
EXAMES PREVENTIVOS QUE TODAS AS
MULHERES PRECISAM FAZER
1-EXAME OFTALMOLÓGICO
Deve ser realizado logo na infância.
Se for detectado algum problema de vista, a visita ao oftalmologista deve ser a
cada 2 anos.
2-EXAME ODONTOLÓGICO
Deve ser feito anualmente desde a
infância. O check-up anual no dentista é essencial para rastrear cáries e
realizar a limpeza de tártaro que também deve ser feita anualmente. Checar a
saúde da gengiva e da língua.
3-EXAME DE SANGUE
HEMOGRAMA COMPLETO (Função renal,
função hepática, marcadores tumorais, parasitologia, infectologia, colesterol,
glicemias).
Deve ser feito desde a infância até
a velhice, num intervalo de 1 ano a 1 ano e meio. Nele são medidos itens
importantes, como a glicose, o colesterol, a tireoide, e qualquer outro
nutriente presente no sangue que necessite ser observado.
4-AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial é a pressão
exercida pelo sangue dentro dos vasos sanguíneos, com a força proveniente dos
batimentos cardíacos. Quanto mais sangue for bombeado do coração por minuto,
maior será esse valor, que tem dois números: um máximo, ou sistólico, e um
mínimo, ou diastólico. O primeiro se refere à força de bombeamento do coração e
o segundo, à pressão dos vasos sanguíneos periféricos (braços, pernas e
abdome).
A pressão não é fixa e pode variar
instantaneamente, dependendo do estado da pessoa no momento (se está em
repouso, em atividade, nervosa ou falando alto, por exemplo). O valor é
considerado normal quando o máximo atinge até 120 mmHg ou, popularmente, 12, e
o mínimo fica na faixa de 80 mmHg, ou 8. É a almejada pressão 12/8.
A hipertensão é o mais comum fator
de risco para doenças cardiovasculares e AVC (derrame cerebral). A pressão alta
também é responsável por outros problemas graves, como a insuficiência renal
crônica, aneurismas e lesões nos vasos sanguíneos do olhos. Como se não
bastassem todas as possíveis complicações, a hipertensão ainda tem um outro
problema: é uma doença silenciosa que não provoca sintomas na maioria dos
casos.
Portanto, a única forma se saber se
alguém se é hipertenso é através da aferição da pressão arterial.
Uma das causas da hipertensão
arterial é um aumento excessivo do volume de sangue dentro dos vasos
sanguíneos. Esse excesso costuma ocorrer quando o organismo retém muito sal e
água. Porém, a maioria dos pacientes hipertensos não têm excesso de líquidos no
organismo, pelo menos não o suficiente para ultrapassar a capacidade de
dilatação dos vasos. O que ocorre é uma falha na capacidade de autorregulação.
As artérias ficam sempre mais comprimidas que o necessário para a pressão
arterial fique normal.
A origem da perda da capacidade de
autorregular a pressão arterial, que dá origem à hipertensão, é um processo
complexo e ainda não bem esclarecido. Ele envolve fatores genéticos, quantidade
de sal (sódio) no organismo, capacidade dos rins de lidarem com o volume de
água corporal, produção de hormônios que agem diretamente sobre a parede dos
vasos sanguíneos e a própria saúde das artérias, que precisam estar capazes de
se contrair e dilatar adequadamente.
Quanto menor for a capacidade dos
vasos se autorregularem conforme o volume de sangue presente, maior é o risco
do paciente desenvolver hipertensão arterial. Os casos mais graves costumam ser
aqueles no qual o paciente tem um real excesso de volume e seus vasos são
incapazes de dilatar para comportar o aumento da pressão sobre suas paredes.
O coração bombeia o sangue através
dos seus batimentos. Quando o coração se contrai, ele expulsa o sangue do seu
interior em direção aos vasos. Quando ele relaxa, volta-se a encher de sangue.
Esse alternância de contração e relaxamento ocorre, em média, de 60 a 100 vezes
por minuto. O coração enche e esvazia, enche e esvazia.
A pressão sob as paredes das
artérias é pulsátil, ou seja, aumenta na fase de contração do coração e diminui
na fase de relaxamento.
A contração do músculo cardíaco é
chamada de sístole. Portanto, a pressão sistólica é aquela que ocorre durante a
sístole. O relaxamento do músculo cardíaco é chamado de diástole, logo, pressão
diastólica é aquela que ocorre durante a diástole. A pressão arterial atinge o
seu maior valor durante a sístole e o menor durante a diástole. Por isso, elas
também são chamadas de pressão máxima e pressão mínima.
A aferição da pressão arterial é
descrita sob a unidade milímetros de mercúrio (mmHg). Logo, se o paciente tem
uma pressão arterial de 120/90 mmHg, isso significa que a pressão máxima sobre
a parede da artéria, que ocorre durante a sístole, é de 120 mmHg e a pressão
mínima, que ocorre durante a diástole, é de 80 mmHg.
O público leigo costuma chamar de
12/8 (12 por 8), mas, na verdade, a forma correta é 120/80 (120 por 80), pois
este é o valor da pressão em milímetros de mercúrio.
OS VALORES NORMAIS DA PRESSÃO
ARTERIAL
As nossas artérias foram programadas
para trabalhar dentro de certos valores de pressão. Quando as artérias são
submetidas de forma prolongada a níveis pressóricos muito elevados, o excesso
de tensão sobre suas paredes começa a provocar graves lesões. Pequenas fissuras
na parede podem surgir, facilitando o rompimento de pequenos vasos e a formação
de placas de cálcio nas artérias de maior calibre. Essas placas, além de
diminuir a própria elasticidade da artéria, também reduz o calibre interno
favorecendo a oclusão da circulação por trombos, evento chamado de trombose.
Além das lesões nos vasos sanguíneos, a pressão arterial excessiva também
aumenta o trabalho do coração, que precisa bombear o sangue contra uma
resistência maior. Após anos de trabalho excessivo, o coração começa a dilatar,
levando à insuficiência cardíaca.
A
pressão arterial normal é, portanto, aquela na qual as artérias não ficam sob
estresse e o coração não fica sobrecarregado.
Atualmente, os níveis de pressão
arterial para adultos, idosos e adolescentes são divididos da seguinte forma:
PRESSÃO ARTERIAL NORMAL
Pacientes com pressão sistólica
menor que 120 mmHg e pressão diastólica menor que 80 mmHg.
PRÉ-HIPERTENSÃO
Pacientes com pressão sistólica
entre 120 e 139 mmHg ou pressão diastólica entre 80 e 89 mmHg.
HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1
Pacientes com pressão sistólica
entre 140 e 159 mmHg ou pressão diastólica entre 90 e 99 mmHg.
HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2
Pacientes com pressão sistólica
acima de 160 mmHg ou pressão diastólica acima de 100 mmHg.
CRISE HIPERTENSIVA
Pacientes com pressão sistólica acima
de 180 mmHg ou pressão diastólica acima de 110 mmHg.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
O coração é um órgão composto
basicamente por músculos, sendo responsável pelo bombeamento de sangue para
todos os tecidos. Podemos dizer que o coração é o motor do nosso corpo.
O coração humano tem 4 câmaras: os
ventrículo esquerdo e direito, e os átrios esquerdo e direito. Os ventrículos
são as cavidades maiores e mais musculosas, sendo as mais importantes no
bombeamento do sangue para o corpo.
Para entender o que é a insuficiência
cardíaca, é preciso primeiro saber como funciona o coração.
Os tecidos recebem o sangue de onde
retiram o oxigênio. O sangue agora pobre em oxigênio volta para o coração pelas
veias, chega no lado direito do coração, entra no átrio direito, depois no
ventrículo direito e é finalmente bombeado para o pulmão. No pulmão o sangue
volta a ficar rico em oxigênio. Esse sangue reoxigenado vai para o lado
esquerdo do coração, cai primeiro no átrio e depois no ventrículo esquerdo, de
onde será bombeado de volta para os tecidos , reiniciando o ciclo.
Portanto, o coração direito é
responsável pelo retorno do sangue para os pulmões e coração esquerdo pelo
bombeamento de sangue para os tecidos.
A insuficiência cardíaca ocorre
quando o coração não consegue mais desempenhar uma ou ambas funções
eficientemente. A insuficiência cardíaca pode então ser do coração esquerdo,
direito ou de ambos. Os sintomas variam de acordo com a câmara do coração
acometida.
O coração é composto basicamente de
músculos. A principal causa de insuficiência cardíaca é a isquemia cardíaca ou
o infarto do miocárdio. Infarto significa morte tecidual, que no caso do
coração se refere a parte do músculo cardíaco. Logo, quanto mais extenso for o
infarto, mais músculo morrerá, consequentemente, mais fraco fica o coração. Se
o infarto necrosar uma grande área, o paciente morre por falência da bomba
cardíaca.
Outra causa comum de insuficiência
cardíaca é a hipertensão não tratada.
Quando o paciente apresenta uma
pressão arterial elevada, o coração precisa fazer mais força para vencer essa
resistência e distribuir o sangue pelo corpo. Como todo músculo quando exposto
a um estresse, a parede dos ventrículos começa a crescer e ficar mais forte. É
a hipertrofia cardíaca. O que parece algo bom, na verdade é a fase precoce de
uma insuficiência cardíaca. A hipertrofia do coração que ocorre na hipertensão
é diferente daquela que ocorre nos atletas que possuem o coração mais forte.
Se a hipertensão não for tratada, o
coração continua a sofrer até o ponto em que não consegue mais se hipertrofiar.
Imaginem um elástico que você puxa o tempo todo. Uma hora ele acaba por perder
sua elasticidade e fica frouxo. É mais ou menos isso que ocorre com o coração.
Depois de muito tempo sofrendo estresse o músculo cardíaco começa a se estirar
e o coração fica dilatado.
Temos nesse momento um músculo que
tem pouca capacidade de contração e um coração que já não consegue bombear o
sangue adequadamente. O órgão se torna grande e insuficiente.
Como quem manda o sangue para o
corpo é o ventrículo esquerdo, ele é quem mais sofre com as pressões arteriais
elevadas. Quando realizamos um ecocardiograma o primeiro sinal de sofrimento
cardíaco pela hipertensão é a hipertrofia do ventrículo esquerdo ou
insuficiência cardíaca diastólica. Essa é a fase da insuficiência cardíaca que
ainda tem cura se tratada.
Outra causa comum de insuficiência
cardíaca são as doenças das válvulas do coração. Sempre que uma válvula
cardíaca apresenta alguma alteração, seja congênita, ou adquirida durante a
vida (endocardite, febre reumática, calcificação das válvulas, etc.), o coração
começa a ter dificuldades em bombear o sangue, iniciando-se o processo de
dilatação semelhante ao da hipertensão.
Antes dos 50 anos a pressão arterial
deve ser checada a cada 2 anos. Homens fumantes, obesos, que tenham mais de 50
anos ou que tenham casos de hipertensão na família, devem checar a pressão
arterial anualmente. A hipertensão deve ser tratada o quanto antes para afastar
os riscos de derrame e infarto.
5-EXAME DA CURVA GLICÊMICA
O resultado pode ser entregue no
mesmo dia após 2, 3 ou 4 horas da última análise.
Para que serve o exame da curva
glicêmica
O exame da curva glicêmica serve
para diagnosticar a diabetes mellitos tipo 2 ou a diabetes gestacional.
Como é feito o exame da curva
glicêmica
O exame da curva glicêmica é feito
da seguinte forma: inicialmente, é feita a coleta de sangue em jejum. Depois é
dado ao paciente um vidro com conteúdo açucarado, que deve ser bebido
imediatamente. Após 1, 2 e 3 horas é feita a retirada de uma pequena quantidade
de sangue, que é então avaliada em laboratório.
Recomenda-se que o exame seja feito
em jejum de 8 horas. E, durante o exame, não se deve comer, nem beber nada,
sendo necessário ainda ficar de repouso, sentado relaxadamente.
VALORES DE REFERÊNCIA PARA A CURVA
GLICÊMICA
Os valores de referência da curva
glicêmica após 2 horas são:
NORMAL: INFERIOR a 140 mg/dl;
TOLERÂNCIA DIMINUÍDA À GLICOSE:
ENTRE 140 e 199 mg/dl;
DIABETES: IGUAL OU SUPERIOR a 200
mg/dl.
6-EXAMES PREVENTIVOS GINECOLÓGICOS
Na consulta anual, o médico
ginecologista solicita uma série de exames como:
-ULTRASSONOGRAFIA PÉLVICA E/OU
TRANSVAGINAL
Avalia a saúde de órgãos como útero,
ovários e trompas, para detectar possíveis cistos, miomas, endometriose, etc.
-PAPANICOLAU OU CITOLOGIA ONCÓTICA
É realizada a coleta de material do
colo do útero para analisar a presença de vírus, fungos, bactérias e células
cancerígenas.
-COLPOSCOPIA
Em geral só é solicitada quando há
alguma alteração no Papanicolau, entretanto como é um exame de alta precisão,
principalmente para detectar alterações na vagina e na vulva, muitos médicos já
solicitam como rotina nos exames preventivos anuais.
-MAMOGRAFIA a partir dos 40 anos,
todas as mulheres devem fazer o exame para detectar, precocemente, o câncer de
mama. Quando a mulher tem menos de 40 anos, é inorientaçãoda uma
ultrassonografia das mamas, além do exame clínico, feito pelo médico.
7-EXAMES PREVENTIVOS GERAIS:
a-Hemograma completo;
b-Dosagem dos hormônios da tireoide;
c-Exame de urina e de fezes;
d-Exames para aferir pressão
arterial, glicose e colesterol;
e-Exame oftalmológico;
f-Eletrocardiograma;
g-Exame dermatológico.
E-OS
PROBLEMAS DE SAÚDE MAIS COMUNS ENTRE AS MULHERES
1-ESTRESSE
O estresse é um sintoma muitas vezes
indescritível. Ele pode ser caracterizado por sensações de medo, desconforto,
preocupação, irritação, frustração, indignação, nervoso, e pode ser motivado
por diversos motivos distintos. Além disso, muitas vezes, a causa para o
estresse é desconhecida.
CAUSAS
Uma pessoa pode sentir estresse em
alguns momentos importantes de sua vida, motivada, possivelmente, por
ansiedade, apreensão e preocupação, como por exemplo:
Começar em um emprego novo ou escola
nova.
Mudar-se para uma casa
nova..Casar-se. Ter um filho. Terminar um relacionamento. Uma doença, seja com
você ou com um amigo ou ente querido, é uma causa comum de estresse.
Sentimentos de estresse e ansiedade são comuns em pessoas que se sentem
deprimidas e tristes também.
É importante determinar a causa do
estresse para que ele possa ser controlado efetivamente.
O “National Institute of
Occupational Safety and Health” (NIOSH) relacionou as seguintes causas
possíveis do estresse no trabalho: Ambiente (psicológico) de trabalho. Estilo
de liderança. Relacionamentos interpessoais. Obrigações no trabalho.
Preocupações com a carreia. Condições do ambiente.
Alguns medicamentos podem provocar
ou piorar os sintomas de estresse. Estes podem incluir: Alguns medicamentos
inalados usados para tratar asma. Medicamentos para tireoide. Algumas pílulas
dietéticas. Alguns remédios para resfriado.
Produtos com cocaína, álcool e
tabaco também podem provocar ou piorar os sintomas de estresse e ansiedade.
Quando essas sensações ocorrem com
frequência, a pessoa pode ter um distúrbio de ansiedade.
OUTROS PROBLEMAS EM QUE O ESTRESSE
PODE ESTAR PRESENTE:
-Transtorno obsessivo compulsivo
(TOC)
-Síndrome do pânico
Transtorno por estresse
pós-traumático (TEPT).
PREVENÇÃO DO ESTRESSE
Todo estresse só é negativo quando
se torna excessivo.
O problema é que na maior parte das
situações do dia-a-dia as pessoas são tomadas por tantas preocupações que o
estresse em excesso tem se tornado um problema comum dos tempos de hoje. Mas saibia
que esse tipo de nervosismo pode ser prevenido com algumas mudanças simples no
seu cotidiano.
Pequenos hábitos, como respiração e
mudanças no dia-a-dia ajudam a controlar e evitar o problema.
Confira essas e outras orientações a
seguir:
-Alimentar-se de forma balanceada
-Alimentação muitas vezes parece ser
remédio para todos os problemas, e talvez seja mesmo.
No caso do estresse, ter pratos
equilibrados ajuda o organismo de muitas formas.
Ter um consumo adequado de gorduras,
carboidratos, proteínas, vitaminas e minerais é essencial para o bem-estar do
organismo.
Se o nosso organismo recebe
diariamente esses nutrientes, por meio da alimentação, naturalmente ele irá funcionar
melhor, aumentando a energia e vitalidade que precisamos para enfrentar os
problemas do cotidiano.
No entanto, se existe carência ou
excesso de algum elemento, o nosso corpo precisa fazer um esforço para
compensar isso, o que gera mais desgaste.
Por outro lado, também há a perda de
nutriente durante o quadro de estresse crônico, que é agravado pelo consumo de
itens como cafeína, açúcar e sal.
-Praticar atividades físicas.
Exercícios têm diversas
características que se relacionam com o relaxamento de quem os pratica.
Em primeiro lugar há a liberação de
hormônios que otimizam o funcionamento do corpo.
A adrenalina age na redução do
estresse, o cortisol atua como anti-inflamatório, o glucagon aumenta a
quantidade de glicose no fígado, o GH (hormônio do crescimento) transmite
bem-estar e a endorfina produz a sensação de prazer e melhora a qualidade do
sono.
-Além disso, existe um mecanismo que
os especialistas chamam de senso de propósito. Quando fazemos algo com a
convicção de que isso está contribuindo para a nossa saúde, damos para a nossa
mente comandos do tipo "isso é bom para mim", "estou seguindo na
direção certa" e "estou cumprindo um propósito", que vai
alimentando a nossa sensação interna de que merecemos algo bom, somos boas
pessoas.
Desta forma, a prática de uma
atividade física ajuda a mudar um pouco o foco, saindo daquele problema que
ficou incomodando o dia todo e estava causando estresse.
-Mudar a postura. Ter uma postura
melhor é benéfico também para a mente.
E a palavra "postura" aqui
não significa apenas a forma como recebemos as informações, e sim com a maneira
que posicionamos nosso corpo no dia a dia. Para provar esse ponto, os
especialistas costumam sugerir um exercício: primeiro posicione a cabeça para
frente e encolha os ombros, curve as costas para frente, como se estivesse
deprimido, e tente pensar em algo alegre.
Em seguida, espalhe-se na cadeira
como em um dia de verão na praia, e depois tente pensar em uma conta para
pagar. Igualmente complicado! A forma com que usamos o nosso corpo tem um
reflexo direto no nosso estado interno e na nossa capacidade de lidar com os
problemas.
-Procure rir mais. Estudos de 1989
foram os primeiros a demonstrar alguma relação entre o riso e a redução do
estresse, ao perceber que voluntários que assistiam vídeos humorísticos tinham
uma queda maior nos hormônios cortisol e adrenalina, do que os que assistiam a
qualquer vídeo. Depois disso, vários outros estudos confirmaram esse achado,
que o riso reduz os níveis de hormônios e substâncias ligados ao estresse.
Rir libera endorfinas, que são
hormônios que promovem a sensação de bem-estar; também ativa a sua resposta ao
estresse, aumentando a sua frequência cardíaca e pressão arterial e criando uma
sensação de relaxamento. Por fim, ele também estimula a circulação e ajuda a
relaxar os músculos, o que reduz os sintomas físicos do estresse.
Além do mais, a risada tem o dom de
mudar a perspectiva de quem está rindo sobre as situações.
Como grande parte do estresse é
devido a pensamentos, julgamentos e pressões internas por resultados que vamos
criando no decorrer do dia, rir pode ser uma boa alternativa para conseguir ver
a situação sobre um ponto de vista diferente.
-Fazer sexo. Sexo vai além do
prazer: os mecanismos hormonais da prática sexual beneficiam o corpo a lidar
com estresse.
O contato íntimo produz alterações
químicas cerebrais, melhorando o humor devido à liberação de testosterona,
estrogênio, prolactina, hormônio luteinizante e prostaglandina na corrente
sanguínea.
-Dormir melhor. O estresse prolongado,
antes de tudo, funciona como uma agressão ao nosso organismo.
E dormir bem é uma das melhores
formas do corpo se recuperar desse tipo de ataque. Quando você está descansado,
tem uma maior clareza de pensamento e uma habilidade maior para reagir aos estímulos
agressores. Pessoas que ficam longos períodos com privação de sono tendem estar
mais desatentas e com os reflexos lentos. Tanto que pessoas que dormem pouco
tendem a ser mais irritadas e diversos estudos relacionam transtorno de humor
com pessoas que trabalham com turnos trocados.
-Respirar direito. A respiração está
diretamente relacionada com nossas emoções e tem a capacidade de regulá-las de
duas formas: primeiro por um mecanismo fisiológico, já que o estado de
ansiedade nos faz inalar o ar com mais rapidez e de forma mais rasa, e mudar
isso conscientemente ajuda a acalmar, pois o corpo volta ao equilíbrio. Outro
ponto está no fato do indivíduo, ao tornar sua respiração consciente, traz sua
atenção ao momento presente. Com isso o estado de ansiedade tende a ser
minimizado.
-Auto incentivar-se.
Dentro da Psicologia existe um termo
chamado "Positive talk" (em livre tradução, algo como fala positiva).
O conceito vem do fato de que todas
as pessoas conversam consigo mesmas, mas enquanto algumas sabem fazer isso como
uma forma de alento e carinho, outras não sabem se auto incentivar: a maior
parte das pessoas cultiva pensamentos de injustiça, sofrimento e pesar, além de
fazer julgamentos sobre si mesmo que certamente não faria para os outros.
O problema é que ter esse tipo de
pensamento gera um círculo vicioso, que faz com que a pessoa se vitimize mais
e, com isso, fiquem mais propensas a situações de estresse prolongado.
-Deixar o celular de lado. Hoje em
dia o celular parece parte de nós, mas saiba que ele ajuda, e muito, a aumentar
o estresse das pessoas.
Um estudo publicado no BMC Public
Health em 2011 acompanhou 4156 jovens de 20 a 24 anos de idade por um ano,
relacionando seu uso de celular com problemas de saúde mental, como depressão,
estresse e falta de sono.
Foi percebido que aqueles que usam
muito seus telefones tinham incidências mais altas de estresse, principalmente
naqueles que percebiam esse uso como algo estressante.
Diversos fatores podem ajudar nisso.
Muitas pessoas acabam continuando conectadas ao trabalho, por exemplo, por meio
de seus celulares, não permitindo que elas tenham tempo de descanso. O uso
excessivo do celular, das redes sociais e aplicativos pode colaborar com o
estresse, na medida em que se torna mais uma obrigação, porque aparece para a
outra pessoa a que horas que você abriu o aplicativo ou conversou pela última
vez.
Claro que não há problemas em se
usar o celular, desde que seu uso seja equilibrado.
-Buscando ajuda medicação. O
estresse é um sentimento normal. Ele pode, inclusive, ajudar uma pessoa em seu
dia a dia, melhorando seu desempenho no trabalho, por exemplo. No entanto,
quando o estresse é muito grande, você pode senti-lo em seu corpo por meio de
algumas reações específicas.
O estresse é algo que não deve ser
negligenciado. Ele é um dos problemas mais frequentes e duradouros que aflige
diariamente desde estrelas do esporte até trabalhadores de escritório. O
estresse pode ser causado por uma variedade de coisas como lesão, trabalho,
casamento ou família.
Escolher ignorar o estresse pode
levar a problemas de saúde físicos e mentais. Estresse também é conhecido como
resposta para lutar. Ao ignorar o estresse é engatilhada a resposta natural do
corpo, causando elevação na taxa de respiração e frequência cardíaca. Estresse
contínuo futuramente pode lesionar o corpo se não for tratado.
Entender o processo do estresse é
importante para compreender de onde ele está se originando, sinais para
observar, resultados de ignorá-lo, e como aliviá-lo.
Outras possibilidades que podem
causar estresse e devem ser consideradas são: Depressão. Família. Preocupação
com a saúde. Lesão. Atitude negativa.
SINAIS DE ALERTA DE ESTRESSE
A NIOSH relacionou os sinais de
alerta de estresse mais comuns como os seguintes: Dor de cabeça. Transtornos no
sono. Pavio curto. Estômago irritado.Insatisfação no trabalho. Moral baixa.
CONSEQUÊNCIAS DO ESTRESSE
O estresse, quando ignorado, pode
levar a problemas físicos e mentais. Anderson e Williams no artigo “A model of
stress and athletic injury: Prediction and prevention” indicou que o estresse
negativo pode resultar em falta de concentração e tensão muscular, os quais por
sua vez podem ocasionar as seguintes lesões e problemas de saúde:
Doença cardiovascular. Dor nas
costas. Dor no ombro. Contraturas crônicas. Sistema imunológico enfraquecido.
Desordens psicológicas. Doença degenerativa do disco. É importante reconhecer
alguns sinais clínicos que podem ser observados, como: Alterações nos hábitos
de alimentação e/ou sono. Dificuldade de concentração. Falta de interesse em
atividades antes prazerosas. Reação inapropriada a situações de estresse com
reação exageradamente violenta ou, ao contrário, exageradamente passiva.
Envolvimento diminuído em relacionamentos sociais. Histórico de depressão no
passado ou histórico familiar de depressão.
CONTROLE E ALÍVIO DO ESTRESSE
Depois de encontrar a causa do
estresse é importante achar maneiras positivas de controle e alívio do
estresse.
Algumas recomendações podem incluir:
Exercício físico consistente. Escutar música. Permitir tempo a si mesmo. Manter
equilíbrio na vida. Administrar melhor o tempo.
O estresse é um problema muito
importante, sobre o qual a pessoa deve falar ao invés de ignorar. Estresse
eventualmente começa com algo pequeno e acaba acumulando em grandes problemas
de saúde que impedem a pessoa de trabalhar eficientemente. Caso tenha estresse,
procure identificar a causa e faça algum positivo para o controlar e aliviar.
2-DEPRESSÃO
A depressão é um distúrbio afetivo
que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há
presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência
e podem combinar-se entre si.
É imprescindível o acompanhamento
médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.
A depressão é um transtorno afetivo
que produz uma alteração de humor caracterizado por uma tristeza profunda e sem
fim. Atinge centenas de milhões de pessoas no mundo que resulta em milhares de
suicídios por ano.
No Brasil, milhões de pessoas estão
depressivas.
A depressão não tem hora nem lugar
para aparecer. Pode surgir em qualquer pessoa independente do sexo, idade,
condição social ou econômica.
Segundo a OMS, Organização Mundial
de Saúde, com a evolução dos conflitos atuais, a depressão será a doença mais
comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde,
incluindo câncer e doenças cardíacas.
De acordo com a OMS, a depressão
afeta mais as mulheres (50%) do que os homens.
Contudo, as consequências da
depressão, como a taxa de suicídio e o uso de substâncias psicoativas são
maiores entre os homens.
CAUSAS
A depressão é uma doença. Há uma
série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo
deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina,
noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem
impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das
células nervosas também estão envolvidos.
SINTOMAS DA DEPRESSÃO
-Humor depressivo ou irritabilidade,
ansiedade e angústia;
-Desânimo, cansaço fácil,
necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
-Diminuição ou incapacidade de
sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis;
-Desinteresse, falta de motivação e
apatia;
-Falta de vontade e indecisão;
-Sentimentos de medo, insegurança,
desesperança, desespero, desamparo e vazio;
-Pessimismo, ideias frequentes e
desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na
vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte;
-A pessoa pode desejar morrer,
planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio;
-Interpretação distorcida e negativa
da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento"
para si, os outros e o seu mundo;
-Dificuldade de concentração,
raciocínio mais lento e esquecimento;
-Diminuição do desempenho sexual
(pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da
libido;
-Perda ou aumento do apetite e do
peso;
-Insônia (dificuldade de conciliar o
sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar
matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos
frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a
maior parte do tempo);
-Dores e outros sintomas físicos não
justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia,
constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no
corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.
TRATAMENTO
O tratamento da depressão poderá ser
medicamentoso, ou pela psicoterapia.
TRATAMENTO COM MEDICAMENTOS
Existem medicamentos disponíveis,
sempre à critério do especialista. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações
não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é
simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente.
Há diversos tipos de remédios usados
para tratar a depressão.
Esses medicamentos aliviam os
sintomas da depressão ao aumentar o fornecimento de substâncias químicas do
cérebro, chamadas neurotransmissores. Acredita-se que eles melhoram as emoções.
De todas as doenças psiquiátricas, a depressão é aquela que melhor responde ao
tratamento com remédios. De 80% a 90% dos pacientes melhoram ao tomar medicamentos.
Os remédios demoram cerca de duas
semanas para começar a fazer efeito. Também é preciso prestar atenção nos
efeitos colaterais e na maneira como o medicamento é retirado depois que os
sintomas desaparecem.
Não se pode parar de tomar as drogas
de uma vez. Isso aumenta o risco de recaída.
TRATAMENTO PSICOLÓGICO
A terapia pode ajudar no tratamento
da depressão e até potencializar o efeito dos remédios.
Exercícios
A prática de atividades físicas traz
inúmeros benefícios. Reduz, por exemplo, a ansiedade, o estresse, a depressão,
aumenta a autoestima e melhora o sono.
Além disso, fortalece o coração, faz
o corpo usar melhor o oxigênio, baixa a pressão, melhora o tônus muscular,
reduz a gordura do corpo, faz você ficar esbelto e saudável. As pesquisas têm
apontado que os exercícios são um eficiente, mas muitas vezes, subutilizado
meio de amenizar a depressão.
Qualquer que seja o tipo de
atividade física escolhida, ela pode colaborar para melhorar o quadro
depressivo.
Alguns pacientes precisam de
tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira,
para evitar o aparecimento de novos episódios de depressão.
A psicoterapia ajuda o paciente, mas
não previne novos episódios, nem cura a depressão.
A técnica auxilia na reestruturação
psicológica do indivíduo, além de aumentar a sua compreensão sobre o processo
de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto provocado
pelo estresse.
Não há diferença no modo de sentir a
depressão. Tanto homens quanto mulheres vivenciam de modo singular seu estado
depressivo.
Você que é mulher que se identificou
com o assunto, procure um Especialista, um Terapeuta, Psicanalista, Psicólogo.
Ajude-se. Não espere agravar sua situação.
Se perceber em alguma amiga ou
familiar esses sinais de modo constante, esteja atenta.
Converse com ele. Incentive-a a
tomar coragem e buscar acompanhamento profissional. Não permita que ela caminhe
sozinha e tome atitudes inesperadas. Ajude-a com o primeiro passo: a aceitação
que precisa de ajuda.
PREVENÇÃO
Alguns tipos de depressão não podem
ser evitados já que algumas teorias científicas indicam que eles podem ser
causados pelo mau funcionamento do cérebro. Mas há boas evidências de que ela
pode ser evitada com bons hábitos de saúde. Uma alimentação adequada,
exercícios, férias, não trabalhar em excesso e guardar um tempo para fazer as
coisas que curte são algumas das coisas que ajudam a deixar a tristeza de lado.
DEPRESSÃO CLÁSSICA
Uma pessoa em depressão clássica
sente um profundo e constante sentimento de desesperança e desespero.
A depressão clássica é manifestada
por uma combinação de sintomas que interferem na habilidade de trabalhar,
estudar, dormir, comer e realizar atividades antes prazerosas.
É comum que episódios de depressão
ocorram várias vezes durante a vida.
A depressão ocorre em homens e
mulheres de qualquer idade.
Porém ela acomete mais as mulheres.
Há de duas a três mulheres deprimidas para cada homem.
Não se pode ao certo determinar o
motivo disso, mas os médicos avaliam fatores genéticos e hormonais.
Os homens que sofrem de depressão
clássica tendem a procurar menos ajuda do que as mulheres.
FATORES DE RISCO
Dor (perda de uma pessoa amada, fim
de um casamento).
Disputas interpessoais (conflitos
com pessoas queridas, chefes ou abusos sexual, físico ou emocional).
Mudanças na vida (mudança de casa,
graduação, troca de emprego, aposentadoria).
Déficits interpessoais (lidar com o
isolamento social ou sentimentos de privação).
Nem todo mundo tem um motivo tem um
motivo desses.
DIAGNÓSTICO
Se você está deprimido ou tem
sintomas que duram mais de duas semanas, procure um médico ou um psiquiatra.
Seu médico lhe fará passar por uma avaliação, prestando bastante atenção ao seu
histórico familiar e psiquiátrico. Não há exames específicos para detectar a
depressão. Mas um exame de sangue, por exemplo, pode apontar doenças com
sintomas parecidos com a depressão, como o hipotireoidismo.
DISTIMIA (DEPRESSÃO CRÔNICA)
A distimia, também chamada de
depressão crônica, é a forma menos intensa de depressão, mas seus sintomas
duram por um longo período, inclusive anos. As pessoas que sofrem de distimia
geralmente vivem normalmente, mas parecem estar sempre infelizes.
É comum quem tem distimia também
enfrentar a depressão clássica por um período. Isso é chamado de depressão
dupla.
Os sintomas são os mesmos da
depressão clássica.
Tristeza e pessimismo persistente
Sentimento de culpa, desesperança ou que nada vale a pena Perda de interesse ou
prazer por atividades que antes você curtia. Isso inclui o sexo. Dificuldade de
concentração e reclamações de memória fraca.Ganho ou perda de peso. Fadiga,
baixa energia.
Ansiedade, agitação e
irritação.Pensamentos suicidas.
Movimentos e fala lentos. Dor de
cabeça, de estômago e problemas digestivos.
TRATAMENTO
A distimia é uma doença séria, mas
tratável. Algumas pessoas vão reagir bem só com a terapia. Mas outras irão
precisar da medicação.
DEPRESSÃO ATÍPICA
Quem tem esse tipo de depressão
sofre um aumento de apetite e, consequentemente, de peso. A pessoa tende a
dormir muito e a ter alterações de humor ao longo do dia.
DOENÇA MANÍACO-DEPRESSIVA
É um transtorno bipolar que acomete
cerca de 1% da população. Em geral, manifesta seus primeiros sintomas na
adolescência, quando o jovem alterna fases depressivas com outras de euforia ou
irritação. Pode também ter uma redução no número de horas necessárias de sono,
hiperatividade e aumento da autoestima. Ao mesmo tempo, não consegue realizar
tarefas por causa de uma grande desconcentração.
DEPRESSÃO SAZONAL
É aquela depressão que aparece todo
ano, sempre na mesma época. É comum ocorrer no inverno, quando, além dos
sintomas tradicionais da depressão, a pessoa sente uma extrema falta de
energia, um aumento na necessidade de dormir, vontade de comer carboidratos,
aumento do apetite, fome e desejo de ficar sozinho. É mais comum observá-la em
pessoas que vivem em regiões de altas altitudes, onde as variações climáticas
são maiores. Além disso, a luminosidade também pode ter um papel importante
nesse tipo de depressão. Por isso, além dos remédios, o médico pode receitar
mais luzes em sua casa ou escritório.
Além dos sintomas da depressão, a
depressão psicótica também inclui algumas características da psicose, como
alucinação e ilusões (pensamentos irracionais e medos).
Os sintomas mais comuns são:
Ansiedade; Agitação; Hipocondria;
Insônia; Imobilidade física;
Constipação;Dificuldade intelectual;
Psicose.
O tratamento pode incluir uma
internação hospitalar e a constante visitação médica.
Uma combinação de antidepressivos e
medicamentos antipsicóticos costumam fazer os sintomas ficarem mais leves.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
É uma complexa mistura de mudanças
físicas, emocionais e de comportamento que ocorre após o parto.
Essa depressão é atribuída a
alterações químicas, sociais e psicológicas. Afeta de 50% a 75% das mulheres no
período que vai do parto até o restabelecimento dos órgãos genitais da mulher
(puerpério). Cerca de 10% das mulheres desenvolvem um tipo de depressão mais
grave, que se estende por um longo período pós-parto. E uma a cada um milhão de
mulheres tem a psicose pós-parto, a modalidade mais séria de depressão
pós-parto.
Alguns fatores aumentam o risco de
depressão pós-parto:
Ter um histórico de depressão ou de
tensão pré-menstrual.
A idade na época da gravidez. Quanto
mais nova você for, maiores as chances. Pouco apoio. Filhos. Quantos mais
filhos você tiver, mais chance há de desenvolver a doença.
Conflitos no casamento. Dúvidas
sobre a gravidez.
Se você está deprimido e apresenta
sintomas por mais de duas semanas, visite um especialista, Terapeuta,
Psicanalista, Psicólogo, e um Psiquiatra. Assim como em outros tipos de
depressão, não existem exames físicos capazes de detectar a distimia. Só um
profissional especialista poderá detectá-la.
3-PROBLEMAS CARDIOVASCULARES
As doenças cardiovasculares são um
conjunto de problemas que atingem o coração e os vasos sanguíneos, afetando,
geralmente, mais homens do que mulheres, em idades acima dos 50 anos.
TIPOS DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Pode se considerar 2 tipos de
doenças cardiovasculares: aquelas que apresentam sintomas, como angina ou
arritmias cardíacas e aquelas como aterosclerose ou hipertensão, que em geral
não apresentam sintomas. Estes, por serem silenciosos, são motivos para que o
indivíduo procure o cardiologista regularmente, principalmente para quem já tem
histórico familiar de doenças no coração.
AS DOENÇAS DO CORAÇÃO MAIS COMUNS
-Hipertensão;
-Infarto agudo do miocárdio;
-Angina do peito;
-Doenças nas válvulas cardíacas;
-Doenças cardíacas congênitas;
-Endocardite;
-Arritmias cardíacas;
-Miocardite;
-Tumores no coração.
As doenças cardiovasculares em
idosos são mais comuns e podem ser resultado dos maus hábitos de vida, como má
alimentação, tabagismo ou sedentarismo. O tratamento das doenças
cardiovasculares em idosos deve ser indicado pelo cardiologista e tem como
objetivo, prevenir o agravamento do problema.
Os sintomas das doenças
cardiovasculares são variáveis e estão normalmente associados ao tipo de doença
que o indivíduo tem. Normalmente, os sintomas só começam a aparecer em fases em
que a doença já está instalada, dificultando a sua prevenção. Alguns sintomas
podem ser: dificuldade em respirar, dor no peito, desmaio, alterações no ritmo
cardíaco.
PREVENÇÃO DAS DOENÇAS
CARDIOVASCULARES
A prevenção das doenças
cardiovasculares é o
melhor modo de evitar o aparecimento
destas doenças. Algumas orientações para prevenir as doenças cardiovasculares:
-Deixar de fumar;
-Controle da pressão arterial, dos
níveis de açúcar e da gordura no sangue;
-Alimentação saudável, evitando
gorduras e comendo mais verduras, frutas e cereais;
-Prática de exercício físico
regularmente;
Evitar consumo de bebidas
alcoólicas;
-Reduzir o peso.
Nos casos em que as doenças
cardiovasculares estão já em fase avançada, pode ser necessário o uso de medicamentos
como diuréticos, agentes betabloqueadores, anticoagulantes ou estatinas para
reduzir o risco de lesões no organismo.
Quando na presença de sinais ou
sintomas característicos de doenças cardiovasculares, o paciente deve consultar
o seu médico cardiologista para realizar exames médicos complementares que
permitam fazer o diagnóstico e evitar lesões mais graves para o indivíduo.
Para prevenir as doenças cardíacas,
recomenda-se uma alimentação saudável com pouco sal, açúcar e também pouca
gordura, além da prática regular de exercícios físicos. Quem não tem tempo
livre, deve fazer escolhas acertadas, como evitar o elevador e subir de
escadas, não usar o controle remoto e levantar para mudar o canal de TV e
outras atitudes que façam o corpo se esforçar mais e gastar mais energia.
CAUSAS DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES
As causas das doenças
cardiovasculares são as mais diversas, mas podem estar relacionadas com o
estilo de vida do indivíduo e a sua alimentação.
-Idade: indivíduos com mais de 50
anos têm maior risco de ter doença cardiovascular;
-Sexo: os homens normalmente são
mais acometidos por problemas cardiovasculares;
-História familiar de doenças
cardiovasculares;
-Tabaco;
-Colesterol alto;
-Hipertensão;
-Obesidade;
-Vida sedentária;
-Diabetes;
-Anticoncepcionais orais;
-Maus hábitos alimentares;
-Estresse.
SINAIS E SINTOMAS
-Falta de ar, no repouso ou no
esforço;
-Dor no peito, devido à má
circulação sanguínea no local;
Cansaço fácil;
Desmaio;
Palpitações ou taquicardia;
Tosse seca persistente;
-Hipertensão arterial (Pressão
alta);
-Cor azulada nas pontas dos dedos ou
unhas;
-Tonturas;
-Má circulação nas pernas
-Impotência sexual;
-Inchaço nos tornozelos;
Os indivíduos com maior propensão
para desenvolverem as doenças do coração são: os sedentários, os obesos, os
indivíduos com colesterol alto, os diabéticos e os com histórico de doença
cardíaca na família. Estes devem ter uma atenção especial à sua saúde, evitando
o sobrepeso e a má alimentação, que são fatores de risco para o desenvolvimento
das doenças cardíacas.
A maioria das doenças cardíacas não
surge de repente. Elas vão se desenvolvendo ao longo dos anos, muitas vezes sem
apresentar nenhum sintoma. Algumas, só são descobertas quando o indivíduo submete-se
a exames, como um simples eletrocardiograma (ECG) ou um teste de esforço, por
exemplo.
INFARTO DO MIOCÁRDIO
O infarto do miocárdio é
consequência da obstrução de uma artéria coronária por um coágulo de sangue
sobre a placa de gordura que estava em sua parede, impossibilitando assim, que
uma quantidade suficiente de sangue chegue até aquela área do músculo cardíaco.
Esta porção do músculo cardíaco sofre um processo de morte celular e necrose,
podendo levar à morte súbita ou à insuficiência cardíaca que acarreta
limitações físicas até a recuperação do quadro clínico.
No Brasil, segundo estimativa do
Ministério da Saúde, ocorrem cerca de 300 mil infartos por ano, provocando
cerca de 80 mil mortes anualmente. Muitas mortes ou sequelas irreversíveis poderiam
ser evitadas, se o infartado recebesse os primeiros socorros de maneira
adequada e tivesse a sua artéria coronária desobstruída por medicamentos
(trombolíticos) ou através da angioplastia coronária o mais rápido possível.
Esta última é altamente efetiva e se caracteriza pela desobstrução mecânica
através de cateteres.
FATORES DE RISCO
Dentre os fatores de risco que podem
levar uma pessoa ao infarto estão o diabetes, o tabagismo, a hipertensão
arterial, histórico familiar de problemas coronarianos, alto índice de
colesterol, sedentarismo, obesidade, ansiedade e o estresse emocional.
TABAGISMO
Há cerca de 1,2 bilhão de fumantes
no mundo.
No país são 30,6 milhões.
5 milhões de pessoas morrem por ano
por doenças causadas pelo cigarro, sendo 80 mil no Brasil.
1/4 dos fumantes experimenta o
primeiro cigarro antes dos dez anos.
Dos seis tipos de câncer que podem
provocar mortes no Brasil, metade deles (pulmão, colo de útero e esôfago) tem o
cigarro como um dos fatores de riscos.
COLESTEROL ALTO
As altas taxas de colesterol são um
problema que atinge 40% da população brasileira, segundo o Ministério da Saúde,
sendo que os estados da Região Sul têm a população com a maior prevalência do
problema (24%).
O colesterol é um álcool que se
encontra dissolvido nas gorduras de origem animal, não estando presente nos
vegetais. Sua presença em nosso organismo, importante para o crescimento de
nossas células e hormônios decorre de sua produção pelo fígado (70%) e de sua
entrada pela alimentação rica em gorduras de origem animal.
Classificado como HDL, LDL e VLDL,
segundo sua densidade, o colesterol ruim é o LDL, que em excesso e no decorrer
do tempo, acumula-se nas paredes dos vasos, provocando a aterosclerose,
deteriorando as artérias reduzindo ou impedindo o fluxo de sangue levando à
angina e ao infarto. Já o HDL tem a função de transportar o colesterol dos
tecidos para o fígado, por isso ficou conhecido o bom colesterol.
AVC (ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL)
O acidente vascular cerebral (AVC),
conhecido popularmente como derrame cerebral, pode ser de dois tipos:
a) ACIDENTE VASCULAR ISQUÊMICO
Falta de circulação numa área do
cérebro provocada por obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose
ou embolia.
Ocorre, em geral, em pessoas mais
velhas, com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas
vasculares e fumantes.
-Perda repentina da força muscular
e/ou da visão;
-Dormência na face, braço ou perna;
-Dificuldade de comunicação oral
(fala arrastada) e de compreensão;
-Tonturas;
-Formigamento num dos lados do
corpo;
-Alterações da memória.
Algumas vezes, esses sintomas podem
ser transitórios – ataque isquêmico transitório (AIT). Nem por isso deixam de
exigir cuidados médicos imediatos.
b) ACIDENTE VASCULAR HEMORRÁGICO
Sangramento cerebral provocado pelo
rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo, em virtude de hipertensão
arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos. Pode ocorrer em
pessoas mais jovens e a evolução é mais grave.
Sintomas do AVC
-Dor de cabeça repentina;
-Edema cerebral;
-Aumento da pressão intracraniana;
-Náuseas e vômitos;
-Déficits neurológicos semelhantes
aos provocados pelo acidente vascular isquêmico.
FATORES DE RISCO
Os fatores de risco para AVC são os
mesmos que provocam ataques cardíacos:
-Hipertensão arterial;
-Colesterol elevado;
-Fumo;
-Diabetes;
-Histórico familiar;
-Ingestão de álcool;
-Vida sedentária;
-Excesso de peso;
-Estresse.
TRATAMENTO
Acidente vascular cerebral é uma
EMERGÊNCIA MÉDICA.
O paciente deve ser encaminhado
imediatamente para atendimento hospitalar. Trombolíticos e anticoagulantes
podem diminuir a extensão dos danos. A cirurgia pode ser indicada para retirar
o coágulo ou êmbolo (endarterectomia), aliviar a pressão cerebral ou
revascularizar veias ou artérias comprometidas.
Infelizmente, células cerebrais não
se regeneram nem há tratamento que possa recuperá-las. No entanto, existem
recursos terapêuticos capazes de ajudar a restaurar funções, movimentos e fala.
Quanto antes forem aplicados, melhores serão os resultados.
PREVENÇÃO
-Controle a pressão arterial e o
nível de açúcar no sangue. Hipertensos e diabéticos exigem tratamento e
precisam de acompanhamento médico permanente. Pessoas com pressão e glicemia
normais raramente têm derrames;
-Procure manter abaixo de 200 o
índice do colesterol total. Às vezes, só se consegue esse equilíbrio com medicamentos.
Não os tome nem deixe de tomá-los por conta própria.
Ouça sempre a orientação de um
médico;
-Adote uma dieta equilibrada,
reduzindo a quantidade de açúcar, gordura, sal e bebidas alcoólicas;
-Não fume. Está provado que o
cigarro é um fator de alto risco para acidentes vasculares;
-Estabeleça um programa regular de
exercícios físicos. Faça caminhadas de 30 minutos diariamente;
-Informe seu médico se em sua
família houver casos doenças cardíacas e neurológicas como o AVC;
-Procure distrair-se para reduzir o
nível de estresse. Encontre os amigos, participe de atividades culturais,
comunitárias, etc.
4-DIABETES MELLITUS
A diabetes mellitus é uma doença
caracterizada pelo excesso de açúcar no sangue, devido à atuação ineficaz da
insulina, que é o hormônio responsável por baixar a glicemia no sangue.
O paciente com diabetes mellitus tem
de fazer o teste de glicemia para saber o valor de açúcar no sangue que não
deve ser superior a 126 mg/dL em jejum e, o tratamento inclui o uso de
remédios, como antidiabéticos orais ou insulina, prática de exercício físico e
alimentação adequada.
TIPOS DE DIABETES MELLITUS
Existem diversos tipos de diabetes
mellitus, a diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e a diabetes gestacional e, as
suas diferenças incluem:
DIABETES MELLITUS TIPO 1
É uma doença crônica, pois não tem
cura e ocorre porque o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, sendo
geralmente frequente na infância ou na adolescência. Veja mais sobre a Diabetes
tipo 1 em: Diabetes tipo 1.
DIABETES MELLITUS TIPO 2
Resulta frequentemente de maus
hábitos alimentares e sedentarismo e é mais frequente nos adultos e idosos.
Neste tipo de diabetes, o pâncreas produz insulina em quantidades insuficientes
ou as células do organismo são resistentes à insulina e, por isso, o valor de
glicemia permanece superior ao normal. Saiba mais sobre a Diabetes tipo 2 em:
Diabetes tipo 2.
DIABETES GESTACIONAL
Caracteriza-se pelo excesso de
açúcar no sangue durante a gravidez, provocado pelas alterações hormonais,
porém, geralmente desaparece depois do parto.
Além destes tipos de diabetes,
existe também a DIABETES INSIPIDUS que não está relacionada com a diabetes
mellitus, pois é causada pelo mau funcionamento do hormônio antidiurético e
ocorre frequentemente devido a insuficiência renal.
SINTOMAS DA DIABETES MELLITUS
-Vontade de urinar muito e muitas
vezes;
-Sensação de sede constante;
-Fome excessiva;
-Perda de peso;
-Visão turva;
-Fraqueza e cansaço.
FATORES DE RISCO
Existem fatores que aumentam o risco
de uma pessoa desenvolver diabetes mellitus, como ter idade superior a 45 anos,
obesidade, hipertensão, colesterol elevado ou historial familiar de diabetes,
por exemplo. Estes indivíduos devem estar especialmente atentos aos sintomas da
diabetes e todos os anos consultar um clínico geral para despistar a doença.
VALORES DE REFERÊNCIA DA DIABETES
MELLITUS
Os valores de referência da diabetes
mellitus são identificados através do teste de glicemia, que é quando o
paciente faz a picada no dedo, sendo que em jejum o paciente deve ter até 126
mg/dL e a qualquer hora do dia inferior a 200mg/dL.
Além disso, quando o paciente com
diabetes mellitus faz o exame da hemoglobina glicosilada deve ter como valor de
referência inferior a 5,7%.
5-CERTOS TIPOS DE CÂNCER
Tumores, também chamados de
neoplasmas, ou neoplasias, são alterações celulares que provocam o aumento
anormal dos tecidos corporais envolvidos.
O câncer pode ser definido como uma
alteração celular, uma célula do organismo passa a se replicar de maneira
desordenada e descontrolada dando origem a uma neoplasia (popularmente
conhecida como tumor).
Tumor é um termo genérico que indicação
um aumento anormal de uma parte ou da totalidade de um tecido. Neoplasia é o
processo patológico que resulta no desenvolvimento de um neoplasma, isto é, o
crescimento anormal, incontrolado e progressivo de tecido, mediante
proliferação celular. Na verdade as palavras tumor e neoplasia são sinônimas.
Tanto o tumor quanto a neoplasia
podem ser benignos ou malignos. Quando uma neoplasia ou tumor é maligno, é que
é chamado câncer.
No organismo, verificam-se formas de
crescimento celular controladas e não controladas. A hiperplasia e a displasia são
exemplos de crescimento controlado, enquanto que as neoplasias correspondem às
formas de crescimento não controladas e são denominadas, na prática, de
tumores.
COMO SURGE O CÂNCER
As células do corpo se renovam
constantemente. Por fatores hereditários ou adquiridos, por exemplo, como
alimentação inadequada e cigarro, algumas células sofrem mutações. Em um
sistema saudável elas são eliminadas pelo sistema imunológico.
Quando não são eliminadas pelo
sistema imunológico, as células mutantes se reproduzem de forma descontrolada e
desordenada.
O câncer cresce em progressão
geométrica, ou seja, de forma acelerada, “alimentado” por nutrientes e oxigênio
transportados pelos vasos sanguíneos.
BENIGNO: Tem células que crescem
lentamente e semelhante às do tecido normal. Na maioria dos casos pode ser
totalmente removido (e o paciente curado) por meio de cirurgia.
São considerados benignos quando são
bem delimitados, de crescimento lento; e também não reincidem após sua remoção,
e nem se espalham.
Tumores benignos são constituídos
por células bem semelhantes às que os originaram. Isso não acontece no caso dos
tumores malignos, uma vez que infiltram outros tecidos e possuem alto índice de
duplicação celular. Esse fato permite com que alguns cânceres possuam a capacidade
de produzir antígenos. Tal característica pode ser muito útil para o
diagnóstico, inclusive precoce, dessas neoplasias; evitando procedimentos
invasivos visando este fim. Cânceres também podem apresentar algumas áreas com
necrose, ou mesmo hemorragias, e de graus variáveis.
Quanto à nomenclatura, tumores
benignos possuem o sufixo “oma”, que segue um prefixo referente ao seu tecido
originário. Exemplo: lipoma, tumor benigno do tecido adiposo.
MALIGNO: As células multiplicam-se
rapidamente e têm a capacidade de “invadir” estruturas próximas ao local de
origem. A cura neste tipo de tumor depende do diagnóstico precoce e do
tratamento adotado.
Já os malignos infiltram as células
adjacentes, têm crescimento rápido, e podem reincidir e se espalhar pelo
organismo, atacando outros órgãos, por via linfática ou sanguínea: são as
metástases. Nesse último caso, tais tumores também são chamados de câncer.
No caso dos malignos, sua
classificação dependerá da origem embrionária do tecido primeiramente
acometido. Exemplos: carcinomas, tumores malignos formados a partir de tecidos
de revestimento; e sarcomas, tumores malignos formados a partir de tecidos
conjuntivos ou mesenquimais. Vale lembrar que existem exceções.
É a proliferação descontrolada de
células anormais do organismo.
As células normais do corpo vivem,
se dividem e morrem de forma controlada. As células cancerosas são diferentes,
não obedecem a esses controles e se dividem sem parar. Além disso, não morrem
como as células normais e continuam a se proliferar e a produzir mais células
anormais.
Essa divisão descontrolada das
células é provocada por danos no DNA, o material genético presente em todas as
nossas células e que comanda todas as suas atividades, inclusive as ordens para
a célula se dividir. Na maior parte das vezes, o próprio DNA detecta e conserta
seus erros. Nas células cancerosas, porém, o mecanismo de reparo não funciona.
Esses defeitos no mecanismo de reparo podem ser herdados e estão na origem dos
cânceres hereditários. Na maioria dos casos, porém, o DNA se altera por causa
da exposição a fatores ambientais, entre eles, o fumo, sol, alguns vírus e
alimentação.
As células cancerosas geralmente
formam um tumor, uma massa de células com crescimento anormal. Existem
exceções, como as leucemias, em que as células doentes estão presentes no
sangue e percorrem o corpo todo. Frequentemente, as células cancerosas se
desprendem do tumor, viajam para outra parte do corpo onde passam a crescer e a
substituir o tecido sadio, num processo chamado metástase.
Nem todos os tumores são cancerosos.
Os chamados tumores benignos não têm a capacidade de se espalhar para outras
partes do corpo, mas merecem atenção e podem exigir tratamento, dependendo do
local onde aparecem.
Diferentes tipos de câncer têm
comportamentos diferentes, exigem tratamentos diferentes até mesmo quando se
trata de câncer do mesmo órgão.
O câncer é a segunda causa de morte
nos Estados Unidos e está entre as três primeiras no Brasil. A cada ano, 8
milhões de pessoas em todo o planeta recebem o diagnóstico de câncer. De forma
geral, uma em cada três mulheres e um em cada dois homens tem, teve ou terá
câncer.
Quanto mais cedo a doença é
detectada, maiores as chances de sobrevivência.
As causas dos tumores podem ser
biológicas, como alterações genéticas ou hormonais, ou mesmo infecções;
químicas, como o cigarro; e físicas, como exposição a radiações. O tratamento
pode ser medicamentoso ou cirúrgico. No caso de tumores malignos, há também a
quimioterapia e a radioterapia como medidas efetivas para contemplar este
objetivo.
6- DOENÇAS PELO HPV
O papilomavírus humano, mais
conhecido pela sigla HPV, é um vírus que pode ser transmitido pela via sexual
ou pelo contato direto com a pele.
O HPV é responsável pelo
aparecimento das verrugas comuns da pele e pelas verrugas genitais, conhecidas
também como condiloma acuminado ou crista de galo.
Mas o que o torna o HPV um vírus de
grande relevância é o fato dele estar relacionado a praticamente 100% dos casos
de câncer de colo do útero, um dos tipos de câncer mais comuns na população
feminina.
Neste artigo vamos explicar o que é
o vírus HPV, como ele é transmitido, quais são os seus sintomas e complicações,
quais são as opções de tratamento e as suas chances de cura.
O HPV é um vírus que infecta
exclusivamente os seres humanos e ataca as células do epitélio da pele e da
mucosa. A ação do vírus sobre as células da pele favorece a formação de
tumores, a maioria deles pequenos e benignos, tais como as verrugas comuns de
pele ou as verrugas genitais. Porém, quando área infectada é a mucosa do colo
do útero, da vagina, do pênis ou do ânus, o vírus pode induzir a formação de
tumores malignos, gerando, por exemplo, o câncer do colo do útero e o câncer
anal.
Existem mais de 150 subtipos de HPV.
Cada subtipo do vírus tem atração por uma determinada área do corpo. Por
exemplo, o HPV- 2 e o HPV-4 estão associados às verrugas comuns de pele,
enquanto o HPV-1 provoca verrugas que acometem preferencialmente as plantas dos
pés. Já o HPV-6 e o HPV-11 estão relacionados ao desenvolvimento das verrugas
genitais. O câncer do colo uterino pode ser provocado por vários subtipos,
conforme veremos a seguir, mas a maioria dos casos ocorre quando a mulher se
infecta com o HPV-16 ou o HPV-18.
CÂNCERES RELACIONADOS AO HPV
Como já referido, o que torna o HPV
um problema sério de saúde pública é a sua capacidade de provocar alguns tipos
de câncer. 99% dos cânceres de colo de útero, 93% dos cânceres de ânus, 60% dos
cânceres da vulva e 50% dos cânceres de pênis e vagina estão relacionados à
infecção pelo HPV.
Raramente, o HPV também é capaz de
provocar câncer da laringe, da boca, dos seios nasais e do esôfago.
Dentre todos esses cânceres citados,
o câncer do colo uterino é disparado o mais comum, motivo pelo qual é muito
mais frequente ouvirmos falar sobre a sua associação com o HPV do que em
relação aos outros tipos de câncer.
Todavia, é importante frisar que nem
toda infecção pelo HPV leva à formação de um tumor maligno.
Dentre os mais de 150 subtipos de
HPV conhecidos, alguns são considerados mais perigosos, como os subtipos 16,
18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 68, enquanto outros são menos
agressivos, com baixo risco de transformação maligna, como os subtipos 6, 11,
40, 42, 43, 44, 53, 54, 61, 72, 73 e 81.
Na verdade, cerca de 70% dos casos
de câncer do colo de útero são provocados por apenas 2 subtipos, 50% pelo
HPV-16 e 20% pelo HPV-18. O HPV-16 também está por trás da maioria dos casos de
câncer anal, peniano, vaginal, vulvar e de alguns tipos de câncer da
orofaringe, sendo este, portanto, o subtipo de HPV mais perigoso, tanto para
homens quanto para mulheres.
Além do subtipo do HPV, outro fator
importante para a geração de um tumor maligno é o tempo de infecção. A maioria
das pessoas contaminadas pelo HPV consegue se livrar espontaneamente do vírus após
1 ou 2 anos. Para tanto, basta ter um sistema imunológico capaz de lidar com o
HPV. Cerca de 10% dos indivíduos contaminados, porém, desenvolvem o que
chamamos de infecção persistente. São essas as pessoas que apresentam o maior
risco de terem câncer.
O HPV precisa de 10 a 20 anos para
conseguir provocar alterações celulares capazes de gerar um tumor maligno. Por
isso, exames de rastreio do câncer do colo do útero, como o famoso exame
Papanicolau (exame ginecológico preventivo), são essenciais para que possamos
identificar a ocorrência de alterações pré-malignas, que surgem anos antes do
tumor maligno aparecer.
FORMAS DE TRANSMISSÃO DO HPV
Os HPV que infectam a pele e
provocam as verrugas comuns são normalmente contraídos quando há pequenas
lesões da pele, como cortes ou arranhões, que permitem a invasão do vírus para
dentro do organismo. A transmissão é feita, portanto, com o contato de pele com
pele.
Os subtipos de HPV que provocam as
verrugas comuns não têm relação com os cânceres que ocorrem na mucosa da
genitália, do ânus ou do colo do útero, pois eles não têm capacidade de
infectar esta região. O oposto também é verdadeiro, já que os subtipos que
habitualmente provocam lesão das mucosas não costumam atacar a pele.
Entretanto, existem algumas exceções
à regra acima.
Alguns subtipos capazes de provocar
verrugas na pele também podem, eventualmente, provocar verrugas genitais, tais
como o HPV-1, HPV-2 e HPV-4.
Esses subtipos, porém, raramente
causam verrugas genitais e quando o fazem têm baixa capacidade de gerar tumores
malignos.
O contágio das mucosas da vagina,
vulva, ânus, pênis e colo do útero se dá através da via sexual. Muitos não
sabem, mas a infecção pelo HPV é a doença sexualmente transmissível mais comum
em todo o mundo, muito mais frequente que AIDS, gonorreia, sífilis ou qualquer
outra DST famosa.
A transmissão do HPV pelo sexo oral
é possível, mas é bem menos comum do que a transmissão através do sexo vaginal
ou anal. Alguns casos de câncer da orofaringe, laringe e esôfago estão
relacionados a este tipo de contaminação.
Exceto pelo compartilhamento de
objetos sexuais, a transmissão do HPV por outros tipos de objetos inanimados,
como toalhas, roupa de cama ou roupas íntimas, não parece ocorrer. Da mesma
forma, não se pega HPV em banheiros públicos, piscina, sauna ou praia.
SINTOMAS DO HPV
Como já explicado, cada subtipo de
HPV tem preferência por determinada área do corpo:
Os subtipos 1, 2, 4, 26, 27, 29, 41,
57, 65 e 75 a 78 costumam causar as verrugas comuns de pele.
Os subtipos 3, 10, 27, 28, 38, 41 e
49 também provocam verrugas na pele, mas são geralmente as chamadas verrugas
planas.
Os subtipos 1, 2, 4, 60, 63 provocam
as verrugas nas plantas dos pés.
Os subtipos subtipos 1 a 6, 10, 11,
16, 18, 30, 31, 33, 35, 39 a 45, 51 a 59, 70 e 83 podem provocar verrugas
genitais ou anais (condiloma acuminado).
90% dos casos de verrugas genitais
são provocados pelos subtipos 6 e 11.
Os HPV-16 e HPV-18, que são aqueles
mais relacionados ao câncer do colo do útero, não costumam provocar sintoma
algum. A imensa maioria das mulheres contaminadas com HPV nem sequer desconfia
que tenha o vírus.
O diagnóstico da infecção ocorre
geralmente através do exame ginecológico preventivo.
DIAGNÓSTICO DO HPV
Nos casos das verrugas de pele ou
genitais, o diagnóstico do HPV é clínico, através de um simples exame físico.
Basta identificar a presença da verruga, não são necessários outros testes. No
caso específico das verrugas genitais, apesar do diagnóstico do HPV ser óbvio,
é importante que o(a) paciente seja testado(a) para outras DST, pois é muito
comum que uma pessoa tenha mais de uma DST ao mesmo tempo.
Já o diagnóstico do HPV nas mulheres
com o colo do útero infectado é mais complexo. Não há sintomas e nem sempre os
achados no exame Papanicolau são característicos de infecção pelo HPV.
Para pesquisar a presença do vírus,
o ginecologista precisa colher durante o exame ginecológico uma pequena amostra
de material do colo do útero e do interior da vagina.
Esse material é enviado para o
laboratório para que o mesmo possa procurar pela presença do HPV. Se houver HPV
presente, o laboratório é capaz de informar qual é o subtipo do vírus
responsável pela infecção.
TRATAMENTO DO HPV
Como já referido anteriormente,
cerca de 90% das infecções pelo HPV curam-se sozinhas após 1 ou 2 anos.
Na verdade, o HPV possui uma
característica curiosa: é uma infecção que não tem tratamento, mas tem cura.
Não existem medicamentos que matem o vírus ou acelerem o processo de cura.
A única opção é esperar que o
sistema imunológico elimine espontaneamente o vírus com o passar do tempo.
Nos pacientes que desenvolvem
verrugas, o tratamento é voltado apenas para a eliminação da lesão. Quando a
verruga é removida isso não significa que o vírus tenha sido eliminado do
organismo.
O paciente continua infectado e pode
desenvolver novas verrugas enquanto o HPV estiver presente.
A situação é igual à das mulheres
que desenvolvem lesões pré-malignas (neoplasias intraepiteliais) do colo do
útero.
Quando uma lesão pré-maligna é
identificada, o ginecologista a remove cirurgicamente, mas isso não significa
que a paciente ficou curada do HPV. Se ela permanecer infectada, novas lesões
potencialmente malignas podem surgir ao longo dos anos.
PREVENÇÃO DO HPV
Apesar de ser uma importante medida
de prevenção, a camisinha não é 100% eficaz contra a transmissão do HPV. Isso
ocorre porque o vírus pode estar presente em áreas da genitália que não ficam
cobertas pelo preservativo.
Para haver real prevenção da
infecção pelo vírus, a melhor opção é a vacina. Existem 2 vacinas contra o HPV,
uma que protege contra os subtipos 16 e 18, os mais perigosos para o câncer de
colo do útero, e outra que protege contra os subtipos 16, 18, 6 e 11, eficaz
contra o câncer do colo do útero e contra as verrugas genitais.
As vacinas contra HPV são muito
eficazes, com taxas de sucesso acima de 95%, principalmente quando
administradas em meninas jovens, que ainda não começaram a sua vida sexual e,
portanto, nunca tiveram contato com o vírus HPV.
Apesar da frequentes campanhas
obscurantistas e caluniosas que tentam desqualificar a importância da
vacinação, o fato é que a vacina contra o HPV apresenta sólida base científica,
tanto na questão da eficácia quanto da sua segurança.
A infecção pelo papilomavírus
humano, mais conhecido pela sigla HPV, é a doença sexualmente transmissível
mais comum no mundo.
A forma de apresentação clínica do
HPV depende do estado imunológico do paciente e do subtipo do HPV pelo qual o
mesmo foi infectado. Algumas pessoas com HPV podem não desenvolver sinal ou
sintoma algum; alguns indivíduos desenvolvem verrugas genitais, enquanto outros
apresentam alterações a nível celular que podem predispô-las a terem
determinados tipos de câncer. Praticamente todos os casos de câncer do colo do
útero e um grande percentual dos casos de câncer anal e de pênis estão
relacionados à infecção pelo HPV.
HPV TEM CURA
Existe diferença entre curar o HPV e
curar as lesões provocadas pelo HPV. Portanto, para chegarmos à resposta
correta, é preciso antes explicarmos como age o HPV e como é a evolução natural
do papilomavírus dentro do nosso organismo.
Para resumir o que será explicado ao
longo deste artigo, podemos fazer 3 afirmações:
O HPV costuma curar-se
espontaneamente em 80 a 90% dos casos. Após 1 ou 2 anos, o sistema imunológico
da maioria das pessoas é capaz de destruir o HPV e eliminá-lo por completo do
nosso organismo.
A lesões provocadas pelo HPV, sejam
elas verrugas ou neoplasias do colo do útero, têm cura através de tratamento
médico. Todavia, é importante lembrar que curar as lesões do HPV não significa
eliminar o HPV do organismo.
Quando o sistema imunológico do
paciente não consegue eliminar o HPV por conta própria, o paciente fica
contaminado por toda a vida, já que ainda não existem remédios que curem o HPV.
O HPV é um vírus que possui mais de
150 subtipos diferentes. Nem todos são capazes de causar câncer e nem todos
atacam a região genital. Alguns subtipos do HPV, como, por exemplo, os HPV-1,
HPV-2 e HPV-4 ficam restritos à pele, causando verrugas simples nas mãos, pés,
joelhos e cotovelos. Nestes casos, a transmissão do HPV não é por via sexual.
Quem teve verruga na infância sabe
que, na maioria dos casos, a lesão desaparece com ou sem tratamento após cerca
de 1 ou 2 anos. Novas verrugas podem aparecer ao longo dos anos, mas, em geral,
ao chegar na fase adulta, a maioria das pessoas já não está mais contaminada
com nenhum subtipo de HPV que provoca verrugas na pele. Apenas 10 a 15% dos
pacientes com verrugas comuns são adultos.
É importante destacar que a maioria
das pessoas que se contaminam com os subtipos do HPV responsáveis pela
ocorrência de verrugas não desenvolvem verrugas. O paciente se contamina, não
desenvolve sintoma algum e após 1 ou 2 anos o seu sistema imunológico se livra
do vírus sem que o indivíduo nem sequer tenha tomado conhecimento da infecção.
Portanto, existe cura para o HPV que
provoca verrugas na pele, e ela é espontânea na grande maioria dos casos. Nos
pacientes que desenvolvem verrugas, o tratamento com medicamentos ajuda a
acelerar o processo de eliminação da verruga em si, mas não elimina o HPV do
organismo.
É importante destacar que uma
parcela pequena dos indivíduos permanecem tendo verrugas durante a vida adulta.
São pessoas cujo o sistema imunológico não conseguem se livrar do HPV. Neste
indivíduos, não há cura para o HPV. O que se pode fazer é tratar
individualmente cada verruga que surge, caso seja este o desejo do paciente, já
que a verruga em si não causa nenhuma complicação além do indesejável efeito
estético.
Assim como existem subtipos do HPV
que causam verrugas nas mãos e nos pés, existem também vários subtipos do HPV
que são responsáveis pelo surgimento de verrugas nos órgãos genitais.
Também chamado de condiloma
acuminado, essas verrugas são causadas por subtipos do HPV transmitidos
sexualmente e podem acometer o pênis, uretra, nádegas, ânus, vagina e regiões
próximas no períneo.
Vários subtipos de HPV podem causar
verrugas genitais, mas cerca de 90% dos casos são provocadas por apenas 2
subtipos: HPV-6 e HPV-11. Felizmente, esses dois subtipos têm baixo potencial
de gerar câncer.
Assim como ocorre nas verrugas
simples, a maioria das infecções pelo HPV que provoca verrugas genitais é
subclínica. Cerca de 80 a 90% dos pacientes ficam livres do HPV de forma
espontânea após 1 ou 2 anos, e muitos nem ficam sabendo que estiveram
infectados, pois não chegaram a desenvolver verrugas aparentes.
Há, porém, casos em que o paciente
desenvolve uma ou mais verrugas genitais clinicamente aparentes e permanece com
elas por vários anos. Entre os pacientes que se contaminam com o HPV e
desenvolvem verrugas, a taxa de remissão espontânea para cada verruga é de 30 a
40% dentro de 6 meses a 1 ano. Contudo, o desaparecimento da verruga não
significa necessariamente eliminação do HPV do organismo. Por isso, a taxa de
recorrência é alta.
Na maioria dos casos, a verruga
genital é um problema estritamente estético.
O risco de evolução para câncer é
baixo na maioria dos subtipos de HPV e sintomas como dor, coceira ou obstrução
do canal anal ou vaginal são incomuns. Se o paciente optar pelo tratamento é
importante lembrar que os medicamentos agem apenas contra as verrugas, não
tendo efeito sobre a presença do vírus no organismo. Por isso, a taxa de
recorrência das verrugas genitais chega a ser de 30% dentro do período de 1
ano.
Em geral, o objetivo é ir tratando
as verrugas até que o organismo do paciente consiga eliminar o HPV
definitivamente. Em alguns casos isso ocorre, em outros não. Depende do grau de
competência do sistema imunológico de cada um.
Portanto, existe cura para o HPV que
provoca verrugas genitais, e ela é espontânea em muitos casos.
O tratamento das verrugas com medicamentos
ajuda a acelerar o processo de eliminação da verruga em si, mas não elimina o
HPV do organismo.
Em alguns casos porém, o sistema
imunológico do paciente não é capaz de eliminar o HPV de forma definitiva, e
uma infecção permanente pode ocorrer. Nestes casos, mesmo que cada verruga
individualmente possa ser curada, novas lesões podem sempre surgir, já que o
vírus continua presente no organismo.
EXISTE CURA PARA OS SUBTIPOS DE HPV
QUE PROVOCAM CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
Alguns subtipos de HPV,
principalmente os HPV-16 e HPV-18, estão relacionados ao surgimento do câncer
do colo do útero. O HPV-16 é responsável por 50% dos casos e o HPV-18 por cerca
de 20%.
Assim como ocorre nos outros casos
de infecção pelo HPV, os subtipos que podem causar câncer do colo uterino
também costumam desaparecer espontaneamente nos primeiros 2 anos de infecção.
Mesmo nas pacientes que já apresentam lesões pré-malignas do colo do útero,
chamadas de neoplasia intraepitelial cervical (NIC), a taxa de regressão
espontânea da lesão e cura do vírus é bastante alta.
Os casos de cânceres do colo do
útero ocorrem nas pacientes que têm um subtipo mais agressivo (HPV-16 u HPV-18)
e cujo o sistema imunológico não consegue eliminar o vírus a curto/médio prazo.
Em geral, são necessários cerca de 10 a 20 anos de infecção para que o
Papilomavírus humano possa provocar o aparecimento de um câncer do colo de
útero.
Os pacientes que a longo prazo não
conseguem se ver livres dos subtipos perigosos do HPV devem fazer
acompanhamentos a cada 6 meses ou 1 ano com o ginecologista. Se houver sinais
de evolução da lesão pré-maligna, a região com risco de desenvolvimento do
tumor deve ser excisada cirurgicamente.
Mais uma vez, é importante frisar
que a excisão da lesão cura a neoplasia intraepitelial cervical (lesão
pré-maligna), impedindo que a mesma evolua pra um câncer, porém, não afeta em
nada o estado do HPV no organismo. A paciente precisa continuar sendo monitorizada
para que, caso novas lesões pré-malignas surjam, elas possam ser tratadas
precocemente.
Independente do subtipo, a cura do
HPV só ocorre de forma espontânea.
Não existem tratamentos ou remédios
que ataquem diretamente o vírus, eliminando-o do organismo.
Por outro lado, as lesões provocadas
pelo HPV, sejam elas verrugas ou neoplasias pré-malignas, podem ser curadas
através de uma série de tratamentos, que variam desde a aplicação local de
substâncias até a excisão cirúrgica da lesão. Porém, como esses tratamentos não
atacam diretamente o vírus, as lesões podem surgir novamente com o passar dos
anos.
Portanto, a infecção pelo HPV dá
razão ao famoso ditado que diz que prevenir é melhor que remediar.
No caso do HPV, já existe prevenção
efetiva, que é feita através da vacinação.
VERRUGAS COMUNS | VERRUGAS GENITAIS
Verrugas são pequenos tumores
benignos que aparecem na pele causados pela infecção pelo Papiloma vírus humano
(HPV), o mesmo vírus que costuma causar o câncer do colo do útero, do ânus ou
do pênis. Apesar de serem causadas pelo mesmo tipo de vírus, as verrugas e o
cânceres nos órgãos sexuais geralmente tem origem em subtipos distintos do HPV.
Existem mais de 150 subtipos do HPV
que é um vírus que infecta principalmente o epitélio da pele e das mucosas.
Cada subtipo de vírus tem tropismo (atração) por uma área do corpo. Por
exemplo, o HPV-2 e HPV-4 estão associados a verrugas comuns de pele, o HPV-1 a
verrugas que acometem a planta dos pés e os HPV-6 e HPV-11 costumam infectar a
região dos ânus e dos genitais.
As verrugas são mais comuns em
crianças, adolescentes e adultos jovens.
É importante saber que uma pessoa
com verrugas comuns não transmite o HPV pela via sexual nem corre risco de
desenvolver câncer do colo do útero. A infecção fica confinada àquela área da
pele. Uma verruga na mão, significa uma infecção pelo HPV restrita à mão.
A verruga comum de pele é um doença
benigna, não causa câncer e costuma desaparecer espontaneamente com o tempo. A
ocorrência de câncer está geralmente relacionado a alguns poucos subtipos do
HPV, à infecções genitais e à presença de imunossupressão.
Já as verrugas genitais, também
chamadas de condilomas, são altamente contagiosas pela via sexual, seja ela
oral, vaginal ou anal. A contaminação das mucosas do ânus e dos genitais pelo
HPV acarreta em um maior risco de desenvolvimento de câncer no pênis, ânus e
colo do útero, principalmente se forem causados pelos subtipos 6, 11, 16, 18,
31 ou 35.
Nem todo subtipo do HPV provoca
verrugas e o surgimento do câncer não está ligado a presença destas. Os
subtipos HPV-6 e HPV-11, responsáveis por mais de 90% dos casos verrugas
genitais, apresentam baixo potencial de transformação em câncer quando
comparados aos subtipos HPV-16 e HPV-18, que causam verrugas menos
frequentemente, mas apresentam elevado risco de câncer do colo do útero.
Entretanto, é muito muito comum que mulheres que apresentam verrugas genitais
também tenham lesões pré-malignas no colo uterino.
Vamos, então, falar um
especificamente sobre verrugas comuns e verrugas genitais (condilomas).
VERRUGAS COMUNS
Os HPVs que infectam a pele são
normalmente contraídos quando há lesões como cortes e arranhões que permitem a
invasão do vírus para dentro do organismo. A transmissão é de pele para pele,
mas pode ocorrer também através de objetos como toalhas e roupas. O vírus
também pode contaminar outras áreas do corpo do próprio paciente. Pessoas com
doenças de pele ou lesões apresentam maior risco de serem contaminadas.
Desde a contaminação com o HPV até o
aparecimento da verruga pode haver um intervalo de até 6 meses.
Cada organismo reage a infecção pelo
HPV de modo diferente, o que significa nem todo mundo que é contaminado pelo
vírus desenvolve verrugas. Quanto mais fraco o sistema imune, maior o risco de
tê-las, isso inclui transplantados e pacientes com HIV. Na verdade estima-se
que até 80% da população venha a ser infectado pelo HPV em algum momento da
vida, porém, apenas 5% destes irão desenvolver verrugas.
VERRUGA PLANTAR
As verrugas costumam surgir mais
frequentemente nas mãos, nos pés, joelhos, cotovelos e na face, porém, qualquer
região do corpo pode ser afetada. A verruga pode ser única ou múltiplas, e
apresentar diversos aspectos, variando de tamanho, cor e formato.
TRATAMENTO DAS VERRUGAS COMUNS
Um vez que o HPV fica restrito à
região da verruga, a maioria dos tratamentos atuais não visam atacar o vírus
propriamente, mas sim destruir a região da pele contaminada, tentando ao máximo
preservar a parte sadia ao redor.
Antes de se submeter a um
tratamento, é importante saber que 2/3 das verrugas se curam espontaneamente em
um prazo de dois anos.
Existem várias opções para se tratar
as verrugas, algumas mais efetivas, algumas menos dolorosas e algumas mais
lentas. O tratamento das verrugas comuns é diferente do das verrugas genitais,
apesar de algumas substâncias usadas serem as mesmas.
O uso de nitrogênio líquido é
bastante eficaz, porém costuma ser algo doloroso e crianças tendem a não
tolerá-lo. O tratamento precisa ser repetido algumas vezes e dura em média 3
meses. Como ele pode causar um clareamento da pele tratada, deve ser bem
discutido se o paciente tiver pele escura.
O ácido salicílico é uma opção menos
dolorosa e apresenta taxa de sucesso ao redor dos 70%. Outras opções incluem
substância à base de cantarina, ácido bicloroacético, tretinoína,
5-fluorouracil ou excisão cirúrgica de lesão.
O Imiquimod é uma substância que
parece agir de modo distinto, estimulando o sistema imune a destruir o HPV. Ele
é normalmente usado em associação com uma das opção de tratamento descritas
acima
Se você tem uma verruga e deseja
retirá-la, procure um dermatologista e discuta as opções mais adequadas para o
seu caso.
VERRUGA GENITAL (CONDILOMA)
As verrugas anais e genitais recebem
o nome de condiloma acuminado. Popularmente essas verrugas genitais são
conhecidas como crista de galo.
O HPV genital é uma doença altamente
transmissível pela via sexual, e como já foi explicado, o surgimento da verruga
depende do subtipo do HPV infectante.
A infecção genital pelo HPV, com ou
sem condiloma, é a doença sexualmente transmissível (DST) mais comum no mundo,
sendo mais comum que a gonorreia e a clamídia.
Como qualquer DST, o seu principal
fator de risco é a prática de sexo sem preservativos, principalmente se for com
vários parceiros(as). A camisinha diminui o risco de contágio, mas no caso
específico do HPV, a sua eficácia parece ficar em torno de 70%, muito abaixo
das de outras DSTs.
Mais uma vez é importante lembrar
que uma pessoa pode estar infectada pelo HPV mesmo que não possua verrugas visíveis.
O parceiro(a) contaminado também pode ou não desenvolver condilomas.
O condiloma acuminado pode demorar
até 8 meses para se desenvolver após o contágio pela via sexual. O condiloma
anal normalmente ocorre em pessoas que praticam sexo anal, porém, principalmente
em mulheres, não necessariamente indica que o paciente teve relação sexual pela
via anal.
Nas mulheres as lesões do HPV
genital costumam acometer a vulva, colo do útero, vagina, períneo e ânus. A
presença de condiloma, em qualquer área da região genital, é um fator de risco
para o desenvolvimento do câncer de colo uterino.
Nos homens as lesões do HPV costumam
aparecer no pênis, próximo a glande.
Outros pontos possíveis são a bolsa
escrotal e o ânus, este último principalmente, mas não exclusivamente, após
relação homossexual.
A prevalência do condiloma acuminado
é maior em pacientes com imunossupressão, principalmente nos portadores de HIV
com AIDS (SIDA).
As verrugas genitais costumam ser
assintomáticas, causando apenas desconforto estético no caso de condilomas
grandes e visíveis. Às vezes, a verruga é tão pequena que o paciente nem se dá
conta da sua existência. Em alguns casos, entretanto, podem haver queixas de
comichão, dor, queimação, sangramento e, nas mulheres, corrimento vaginal.
As infecções genitais pelo HPV estão
relacionadas a um maior risco de câncer anal, peniano, vaginal e de colo do
útero.
TRATAMENTO DA VERRUGA GENITAL
(CONDILOMA ACUMINADO)
Entre as substâncias mais usadas
incluem-se o nitrogênio líquido, podofilina, Imiquimod, ácido tricloroacético
ou ácido bicloroacético. Nos condilomas grandes, a excisão cirúrgica ou com
laser é muitas vezes necessária.
VACINA CONTRA HPV
A vacina contra o HPV visa a
prevenção contra o câncer do colo de útero. Existem 2 vacinas contra o HPV: uma
inclui os subtipos 6, 11, 16 e 18, e outra os 45 e 31. Portanto, a vacina
inclui os principais, mas não todos os subtipos relacionados ao câncer de colo
uterino. Logo, a vacinação não elimina a necessidade do exame preventivo anual
já que não elimina em 100% o risco de câncer.
Apesar do objetivo principal ser a
prevenção contra o câncer de colo uterino, a presença dos subtipos HSV-6 e
HSV-11 na vacina ajuda também na prevenção do condiloma acuminado.
7-CANCER DE MAMA
O câncer da mama, como outras
neoplasias malignas, é uma doença de origem celular que se caracteriza por uma
multiplicação incontrolável de células anormais. À medida que essas células se
dividem, desenvolvem maior agressividade para o organismo, pois novas células
são geradas (sub-populações tumorais) e essas adquirem modificações genéticas
com capacidade de disseminação para outros órgãos, podendo matar por invasão
destrutiva órgãos normais, por ocupação do espaço funcional.
O que resulta desse processo desordenado
de crescimento celular é uma produção em excesso dos tecidos do corpo (podendo
ser processos inflamatórios, infecciosos ou mesmo o crescimento de células benignas),
formando um tumor.
Quanto mais rápido e precoce o
diagnóstico, menor é a chance de comprometimento em outros órgãos (gânglios
linfáticos, ossos, pulmão, medula, fígado, rins, intestino, dentre outros) e
maior a possibilidade de cura da paciente.
Várias classificações já foram
propostas para as neoplasias. A mais utilizada leva em conta dois aspectos
básicos: o comportamento biológico e a histogênese do tumor. Segundo o
comportamento biológico, os tumores podem ser agrupados em três tipos:
benígnos, limítrofes e malignos. Um dos pontos mais importantes no estudo das
neoplasias é estabelecer os critérios de diferenciação entre cada uma dessas
lesões, o que, algumas vezes, torna-se difícil.
Os tumores benígnos tendem a
apresentar crescimento lento e expansivo, determinando a compressão dos tecidos
vizinhos, o que leva à formação de uma pseudo cápsula fibrosa.
Já nos casos dos tumores malignos, o
crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo não permite a
formação dessa pseudocápsula; esse sim é tratado como tecido maligno.
Assim sendo, todas as mulheres, e
não só aquelas que podem possuir fatores de risco, devem ser estimuladas à
realização de exame clínico e mamografia como exame de rotina após os 35 anos
de idade.
PREVENÇÃO
Tudo começa em você mesma!
É importante a prática do auto-exame
para conhecimento e percepção do corpo, e do exame clínico com profissional de
saúde treinado e qualificado para melhor detecção;
Em mulheres com menos de 40 anos, proceder
a exames clínicos da mama com o acompanhamento de
um ginecologista a cada três anos;
Para as mulheres com existência de
fator de risco, o exame clínico e a mamografia são indicados anualmente a
partir dos 35 anos de idade;
Mulheres com mais de 40 anos, sem o
fator de risco, os exames devem ser feitos anualmente ou a critério
médico;
Mulheres entre 50 e 69 anos deve-se
fazer uma mamografia pelo menos a cada dois anos;
Nas mamografias regulares é que se
pode descobrir o câncer cedo inicialmente, de dois a cinco anos antes de o
tumor ficar grande o bastante para sentí-lo como um caroço;
Portanto, manter o peso corporal
numa faixa saudável, pois o excesso de gordura no organismo da mulher gera
acúmulos em lugares de difícil remoção, inclusive nas mamas, podendo gerar
também outros males como, o sedentarismo, a hipertensão, a diabete;
Seguir uma dieta com baixo teor de gordura animal e pouca carne vermelha, mas dentro do possível, com grande quantidade de legumes, verduras e frutas;
Seguir uma dieta com baixo teor de gordura animal e pouca carne vermelha, mas dentro do possível, com grande quantidade de legumes, verduras e frutas;
Praticar exercícios físicos
regularmente, manter o corpo em movimento seja numa aula de ginástica,
musculação ou uma simples caminhada, além de saudável, evita uma série de
outros problemas que o corpo com pouca mobilidade acolhe;
Não fumar- lembrando sempre que
existe uma relação de vários outros tipos de câncer provenientes do habito de
fumar;
Evitar o uso de bebidas alcoólicas;
Procurar levar a vida numa boa,
evitando o estresse que gera fadiga, ansiedade, insônia, náusea, irritabilidade;
Sempre que possível procure terapias
alternativas com profissionais sérios e qualificados, para melhor superar toda
a dureza e a dificuldade do seu dia-a-dia.
Resgate o momento íntimo, para
caminhar na praia, andar num jardim, ler aquele livro, ligar o som com a música
que gosta, sentar no chão e ver o álbum de fotos, estar com amigos, escrever,
etc.
SINTOMAS
São alterações no aspecto da mama,
aréola e mamilos e axilas como: dor, sensibilidade incomum, enrugamento,
endurecimento da mama;
De uma forma palpável na mama tais
alterações são o nódulo (caroço) ou o tumor, também verificado na axila e na
proximidade das costelas que podem crescer lenta ou rapidamente;
Podem ser dolorosos ou sem dor;
Dependendo do tipo e estágio podem
aparecer: retrações na pele, abaloamentos, a pele pode ficar com o aspecto de
casca de laranja;
Em outros casos pode sair pelo
mamilo um liquido sanguinolento e mal cheiroso, em estágios mais avançados da
doença, podem aparecer feridas (ulceração) que não cicatrizam na pele da mama
ou ainda ela ficar inchada, quente e avermelhada;
Em alguns casos a doença deixa as
mamas assimétricas modificando o seu formato e ou tamanho;
Cada mulher deve conhecer o seu
corpo, mesmo sabendo que as mamas sofrem alterações desde as primeiras
menstruações devido às ações dos hormônios, somente cada uma pode inicialmente
perceber qualquer alteração nas mamas e com isso recorrer à ajuda médica e a
exames mais detalhados. Quanto antes diagnosticado o caso, melhor a escolha do
tratamento e maiores são as chances de recuperação total.
DETECÇÃO
A detecção precoce ainda é a maior
arma na luta pela vida quando se trata de câncer de mama. Por isso devemos
fazer um trabalho massificante junto ás mulheres da importância de se conhecer
e ter consciência de que a detecção precoce é vital porque oferece a melhor
chance de obter um tratamento bem-sucedido e, portanto, representa a esperança
de salvar mais vidas. E você, já fez seu auto exame este mês ?
A detecção precoce pode ocorrer de
duas maneiras mais eficazes, o exame clinico da mama (palpação) e a mamografia,
que é um raio-X da mama, onde o médico pode detectar alterações na estrutura
interna da mama e nas porções próximas da axila.
Geralmente o indicio é: caroço
acompanhado ou não de dor, alterações na pele e bico da mama, caroço na axila;
Autoexame: ajuda no conhecimento do
próprio corpo da mulher, porém não substitui o exame feito por um profissional
de saúde qualificado (profissional médico ou do corpo de enfermagem);
Exame clínico: exame realizado por
profissional de saúde treinado; Consiste na observação e palpação das mamas e
axilas, no caso de suspeições ou paciente com fator de risco, o médico deverá
pedir um exame mais detalhado.
Mamografia: exame realizado em um
mamógrafo, tipo de maquina de raio X, que emite radiação não prejudicial para a
saúde, onde as mamas são prensadas em placas (existe o desconforto que é
suportável) e radiografadas para poder ter uma melhor percepção de pequenas
alterações nas mamas e porções axilares, eficaz nos casos iniciais.
DIAGNÓSTICOS
Quanto antes a descoberta do tipo de
tumor, melhor para a paciente. Conforme já sabido, o diagnóstico precoce
auxilia no tipo de tratamento, para saber quanto tempo de tratamento poderá ser
necessário, ou melhor, qual o planejamento de ação acerca do seu caso,
intervenção cirúrgica, quimioterapia, radioterapia. Algumas vezes esse tratamento
tem que ser radical,no caso, a retirada da mama (mastectomia) por prevenção ou
pelo tempo decorrido, outras vezes, somente o tratamento de rádio ou
quimioterápico é suficiente para chegar à cura.
O autoexame, na verdade, é o início
de tudo, pois a percepção do seu corpo é que vai determinar a suspeição de um
nódulo ou tumor no seu seio.
Procurar um médico e fazer os exames
clínicos periódicos é o correto, porque no caso de dúvida este recorrerá a
exames mais específicos.
Os procedimentos básicos no
rastreamento e no diagnóstico do câncer de mama são:
O autoexame das mamas: que é um
método de diagnóstico pelo qual a própria mulher faz um exame visual e de
palpação na mama em frente a um espelho. Este exame deve ser feito
aproximadamente sete dias após cada menstruação ou, se a mulher não menstrua
mais, pelo menos uma vez por mês a qualquer tempo.
Exame clínico das mamas: Exame feito
por um médico ou auxiliar de saúde treinado. Através da palpação acham-se os
nódulos da mama. Verificando tamanho, textura, mobilidade ou fixação, o médico
poderá perceber se é um nódulo benigno ou maligno.
Mamografia: É um exame realizado
através de um aparelho de raios X desenvolvido especialmente para este fim.
Esse aparelho é formado por duas placas, entre as quais a mulher deve colocar
seu seio para que se faça o exame. Essas placas irão achatar levemente as mamas
por alguns segundos. Essa compressão é requisito essencial para a obtenção de
resultados precisos; portanto, é interessante evitar o período anterior ao da
menstruação, pois as mamas ficam inchadas e doloridas, o que poderá causar
incômodo durante o exame. Recomenda-se que o exame seja realizado na semana
seguinte ao final da menstruação.
A mamografia vem sendo o melhor meio
para se diagnosticar o câncer de mama, devido à capacidade de detectar o tumor
antes mesmo que ele se torne palpável. Quando o diagnóstico é feito dessa
forma, ainda no início da formação do tumor, as chances de cura são muito
maiores, descartando a necessidade de retirada da mama para o tratamento.
Apesar de ser um método eficaz, a mamografia não descarta o exame clínico feito
pelo ginecologista ou mastologista, já que alguns nódulos, apesar de palpáveis,
não são detectados pela mamografia.
OPROCEDIMENTOS AUXILIARES AO
DIAGNÓSTICO
Ultrassonografia: Utilização de
ondas de alta freqüência para demonstrar se um nódulo é sólido ou se está
preenchido com líquido. É um exame complementar à mamografia.
Core Biopsia: É uma biopsia de mama
feita com anestesia local onde introduz-se uma micro agulha que é guiada
através de ultrassom e retira-se uma pequenos fragmentos do tecido da mama .
Para cada fragmento, é necessária uma punção e após a retirada do material que
o especialista que estiver conduzindo o exame achar necessário, este, vai para
análise com um médico anatomo patológico para se obter o diagnostico.
Exame citológico: Uma das técnicas
mais comuns de coleta de material citológico da mama é a punção aspirativa do
tumor com agulha fina e a coleta direta do material de descargas papilar que
resultarão na observação e no estudo das células da mama que apresentam
alterações ao microscópio.
Exame histopatológico (biópsia): O
tipo de biópsia varia de acordo com a quantidade e a qualidade do tecido a ser
estudado. Pode-se fazer uma biópsia por aspiração com uma agulha fina, com uma
agulha mais grossa ou ainda uma pequena cirurgia para retirar toda a massa ou
nódulo para que possa ser estudado. Um fragmento do tecido é examinado,
avaliando-se então toda a sua composição. O exame histopatológico é mais
preciso que o exame citológico por permitir afirmar com certeza a natureza de
uma lesão. O fato de se fazer uma biópsia não significa ter câncer de mama.
Exame anatomopatológico: É a
avaliação microscópica do material; é o exame que confirma se é câncer ou não.
TRATAMENTOS
Toda forma de tratamento deverá ser
planejada por um médico, que acompanha o caso. Aqui descreveremos apenas as
formas de tratamento usuais sem indicar ou recomendar, porque cada caso é
particular, sendo assim, respeitamos cada paciente e seu médico. Atualmente com
o avanço da medicina, o tratamento de casos de câncer de mama (Neoplasia
Maligna) tornou-se um tratamento por equipe multidisciplinar, pois ajudarão a
este paciente, profissionais de diferentes especialidades como: mastologista,
oncologista, cirurgião plástico, patologista, radioterapeuta, fisioterapeuta,
psicólogos, assistentes sociais.
A Cirurgia Mastectomia é a retirada
total do seio e dos linfonodos regionais (debaixo da axila perto do seio
afetado) devido à avaliação medica em seu comprometimento ou risco com o tumor.
Pode ser também uma cirurgia do quadrante
da mama “quadrantectomia”, retira-se somente a parte afetada, com uma margem de
segurança, isto é, onde localiza-se o tumor e faz-se o esvaziamento cirúrgico da
axila (linfonodos regionais).
O que apresenta bons resultados de
sobrevida e garante um melhor efeito estético.
Pesquisa do Linfonodo Sentinela. A
abordagem do linfonodo sentinela é outro destaque recente no tratamento atual
do câncer da mama. Consiste na identificação com o uso de corante ou de
marcador radioativo do primeiro linfonodo(s) que recebe(m) a drenagem linfática
da mama. Uma vez identificado e retirado cirurgicamente, esse linfonodo
(gânglio) é enviado para estudo anátomo patológico. Caso o mesmo esteja livre
de comprometido por doença, não há indicação de retirada dos demais linfonodos
presentes na axila.
Este tipo de abordagem tem grande
valor nos casos diagnosticados precocemente, onde o índice esperado de
comprometimento dos linfonodos axilares é pequeno. Sendo assim, é possível
evitar uma cirurgia mais radical diminuindo o risco de complicações ou seqüelas
para a paciente.
Quimioterapia: É a utilização de
componentes químicos que agem diminuindo a multiplicação celular detendo a
expansão do tumor. Estes compostos afetam também as células normais e em maior
grau e eficiência as células malignas.
Radioterapia: Aplicação de radiação ionizante
para destruição das células tumorais. Pode ser local ou regionalmente, indicado
exclusivamente ou associado a outros métodos de tratamento.
Cirurgia conservadora com
radioterapia intra-operatória (IORT): Representa em nossos dias um dos maiores avanços
no tratamento do câncer da mama. O procedimento consiste na retirada do tumor
com margem de segurança e no mesmo tempo cirúrgico a aplicação da radioterapia
no leito tumoral. O tempo da aplicação é de cerca de dez minutos, sendo a dose
aplicada equivalente ao tratamento padrão de cinco semanas. Por se tratar de
uma nova modalidade de tratamento há ainda necessidade de maior seguimento para
validação dos resultados. Porém, este parece ser um método promissor de
irradiação para pacientes tratadas com cirurgia conservadora, evitando assim
longos períodos de radioterapia no pós-operatório, fato bastante difícil para
muitos pacientes.
Hormonioterapia: Consiste na
utilização de hormônios para impedir o crescimento de células tumorais.
Imunoterpia: Utilização de
substâncias que modificadoras das respostas imunológicas do organismo.
O pré-operatório inclui realização de vários exames, conhecidos como risco cirúrgico (hemograma, glicemia de jejum, coagulação sanguínea, eletrocardiograma, RX de tórax, entre outros) para se certificar das boas condições para anestesia e para a própria cirurgia.
O pré-operatório inclui realização de vários exames, conhecidos como risco cirúrgico (hemograma, glicemia de jejum, coagulação sanguínea, eletrocardiograma, RX de tórax, entre outros) para se certificar das boas condições para anestesia e para a própria cirurgia.
No pós-operatório, alguns cuidados
serão necessários para a limpeza e higienização do local da operação. O seu
médico dará todas as orientações sobre como proceder e a rotina da limpeza vai
ser uma tarefa bastante simples.
Essa cirurgia pode exigir que o
paciente mantenha por algum tempo no corpo um dreno para a eliminação dos
fluidos que naturalmente são produzidos pelo organismo. Se a cirurgia é
extensa, é utilizado um dreno a vácuo, que tem a forma de uma sanfona. No dreno
a vácuo vem acoplada uma pequena bolsa que precisa ser retirada a cada 24
horas, esvaziada e lavada apenas com água. Já as cirurgias de pequena extensão
utilizam um dreno simples e o local fica protegido com o uso de curativo
simples feito de gaze e esparadrapo antialérgico.
Qualquer que seja o dreno utilizado,
a região operada deve ser lavada com água e sabonete diariamente. O curativo
também deve ser trocado diariamente.
A secreção eliminada pelo dreno deve
ser observada pelo paciente. Quando se usa a bolsinha, a secreção deve ser
medida antes do esvaziamento e os dados, anotados, devem ser levados ao médico
na próxima consulta. Nas pequenas cirurgias, é necessário observar a quantidade
de líquido eliminado. Se a quantidade de sangue for muito grande, ao ponto de
encharcar o curativo várias vezes ao dia, a paciente deve se comunicar com o
médico.
Em geral, o período até a retirada
do dreno, que é feita pelo médico, transcorre sem problemas. O importante é
estar atento a quantidade de líquido eliminado se não é muito grande, à
presença de mau cheiro intenso no liquido, na eventual ocorrência de dores
muito fortes ou febre. Na ocorrência de algum tipo de problema, a paciente deve
comunicar-se com o médico.
É comum, a paciente se queixar de
dor na região do corte. Essa dor é tolerável e pode ser eliminada com
medicamentos contra dor, indicados pelo seu médico.
TIPOS DE CÂNCER
Nos diversos órgãos do nosso corpo,
as células estão constantemente se reproduzindo pelo processo chamado mitose
(divisão celular), em que uma célula adulta se divide. Assim, durante anos,
ocorrem crescimento e renovação de células. Quando há um descontrole da mitose,
algumas células reproduzem-se anormalmente, desencadeando o aparecimento de
massas celulares chamadas neoplasias (tumores).
TIPOS MALIGNOS
Nas neoplasias malignas, o
crescimento celular é mais invasivo, descontrolado e rápido; as células
originadas não são semelhantes àquelas que lhe deram origem. Tem a capacidade
de abandonar o tecido de origem e possivelmente invadir outros tecidos, o que
caracteriza a metástase, um principal indicador de malignidade.
De um modo geral, o câncer
apresenta-se como um nódulo. Os tumores malignos da mama são classificados
conforme as características de suas células e a relação com os tecidos ao seu
redor. Nas fases muito iniciais, ainda sem a presença de nódulos, as alterações
do tecido provocam o acúmulo de cálcio e podem ser identificadas pela
mamografia como um agrupamento de calcificações. As chamadas microcalcificações
e agrupadas podem indicar o câncer em fase muito precoce. Quando as células
estão anormais e não existe quebra das suas membranas ou seja, não existe
invasão de tecidos, o carcinoma é chamado de in situ. Se as células são provenientes
dos ductos o carcinoma é dito ductal e se oriundas em lóbulos mamários chama-se
de carcinoma lobular. Havendo quebra da barreira entre as células acrescenta-se
a denominação invasor.Resumindo, o câncer ou carcinoma de mama, pode ser ductal
ou lobular, in situ ou invasivo, cada qual com suas características próprias
influenciando o comportamento clínico e a decisão quanto ao tratamento a ser
adotado.
O carcinoma in situ: É quase sempre
detectado em fase sub-clínica, por meio de mamografia, e pela presença de micro
calcificações ou distorções dos tecidos, antes mesmo da formação de nódulos. O
correto tratamento atinge índices de curabilidade próximo de 100% e é baseado
na retirada de amplo setor da mama afetada ou da mastectomia subcutânea, onde se
preserva a pele e substitui a glândula mamária por uma prótese de silicone,
seguida de radioterapia e hormonioterapia, conforme análise da retirada
cirúrgica e as características específicas do tumor.
O carcinoma ductal in situ: Consiste
de células epiteliais malignas confinadas aos ductos mamários, sem evidências
microscópicas de invasão do tecido circunjacente. É dividido em cinco subtipos
arquiteturais: comedocarcinoma, papilífero, micropapilídero, cribriforme e
sólido.
Tipo comedo, podem atingir tamanhos
relativamente grandes e tornarem-se palpáveis. Histologicamente são
constituídos por células tumorais grandes, pleomórficas e hipercromáticas de
crescimento sólido ocupando os ductos, exibindo numerosas figuras de mitose, em
meio a tecido conjuntivo escasso. A necrose, que costuma sofrer calcificação, é
detectada na mamografia como aglomerados ou microcalcificações lineares e
ramificadas. É comum a ocorrência de fibrose concêntrica periductal e
inflamação crônica;
Tipo papilífero: Se iniciam em
grandes ductos e correspondem a uma pequena porcentagem dos tumores de mama.
Geralmente formam uma massa bem circunscrita ou pode se ramificar para dentro
de vários ductos para envolver todo o segmento da mama;
Tipo micropapilífero e tipo
cribriforme:são tumores bem diferenciados ou grau I, de baixo grau nuclear,
constituídos pela proliferação de células epiteliais pequenas e uniformes, com
núcleo central e redondo e com relação núcleo-citoplasmático aumentada. Estes
tumores não estão associados à necrose;
Tipo sólido: são tumores bem
circunscritos, constituídos por um único tipo e célula com considerável
pleomorfismo e atividade mitótica aumentada, o núcleo é hipercromático,
observa-se presença de necrose de coagulação.
Carcinoma ductal invasivo, infiltrante
ou invasor é classificado de acordo com as variações morfológicas, que são
inumeráveis, e o padrão de disseminação. Os CDI são tumores sólidos, firmes,
pouco circunscritos, com bordos infiltrativos e de consistência arenosa. A
superfície de corte é amarelada ou cinza-amarelada, com trabéculas irradiando
na gordura adjacente, conferindo ao tumor um aspecto estrelado ou espiculado.
Algumas vezes estes tumores podem ser delimitados, redondos, lobulados ou
multinodulares.
TIPOS BENIGNOS
Dentre as doenças benignas com
indicação de tratamento clínico ou cirúrgico destacam-se:
Mastalgia (dor mamária).
Mastalgia (dor mamária).
A mastalgia é o principal motivo da
consulta na área da mastologia. A preocupação e o medo que a dor mamária possa
estar associada ao câncer mamário, infelizmente faz com que muitas mulheres
sejam orientadas de forma equivocada.
Mastite: Infecção da glândula
mamária. Pode ser dividida em dois grupos: a mastite puerperal (relacionada à amamentação)
e a não puerperal.
Biopsia de nódulo: A cirurgia para retirada
(extirpação ) de nódulos mamários benignos vem sendo cada vez menos praticada
em nossos dias. O avanço tecnológico e a maior segurança nos exames de imagem
associados as punções nos permitem o simples acompanhamento de muitas
pacientes. As abordagens cirúrgicas do nódulo mamário benignos podem ser feitas
em duas situações: 1. Quando a paciente indicar; 2. Quando no acompanhamento o
nódulo crescer ou houver alteração da forma (morfologia) nos exames de imagem.
Descarga papilar: A descarga papilar
provocada em ambas as mamas, aquela encontrada durante a expressão papilar, é
um achado muito comum em mulheres adultas. Porém, a descarga papilar espontânea
(aquela percebida sem ter-se feito a pressão digital), apenas em uma mama e de
coloração cristalina ou com sangue, deve ser sempre investigada por um
mastologista.
Abscesso subareolar recorrente: Quadro
inflamatório crônico e que com frequência está associado à fístula na pele da
região periareolar. Este quadro é mais comumente encontrado em pacientes fumantes.
Importante destacar é que o tratamento dessa alteração é cirúrgico.
ESTÁGIOS DE CÂNCER
Para sabermos se um tumor está
avançado ou não, há uma classificação dos tumores, criado pela União
Internacional Contra o Câncer (UICC), “ denominada estadiamento e baseada no
fato de que os tumores seguem um curso biológico comum. Esta avaliação tem como
base a dimensão do tumor, a avaliação da extensão aos linfonodos e a presença
ou não de metástases para outras partes do corpo. Após a avaliação destes fatores,
os casos são classificados em estágios que variam de I a IV graus crescentes de
gravidade da doença.
São eles:
Estágio 0: É o chamado carcinoma in
situ que não se infiltrou pelos dutos ou lóbulos, sendo um câncer não invasivo.
O estágio zero significa que as células do câncer estão presentes ao longo da
estrutura de um lóbulo ou um ducto, mas não se espalharam para o tecido
gorduroso vizinho, isto é, as células cancerosas que ainda não invadiram os
tecidos circundantes;
Nos estágios I e II, o câncer expandiu-se
dos lóbulos ou ductos para o tecido próximo à mama.
Estágio I: O tumor invasivo é
pequeno (menos de 2cm de diâmetro) e não se espalhou pelos linfonodos, isto é,
o tumor que permaneceu no local no qual se originou sem disseminação para os
linfonodos ou locais distantes;
No estágio II: Algumas vezes, os linfonodos
podem estar envolvidos;
Estágio IIa: Qualquer das condições:
O tumor tem menos que 2 centímetros e infiltrou linfonodos axilares; ou O tumor
tem entre 2 e 5 centímetros, mas não atinge linfonodos axilares;
Estágio IIb: Qualquer das condições: obs. Não há evidência de tumor na mama, mas existe câncer nos linfonodos axilares.
Estágio IIb: Qualquer das condições: obs. Não há evidência de tumor na mama, mas existe câncer nos linfonodos axilares.
O tumor tem de 2 a 5 centímetros e
atinge linfonodos axilares; ou O tumor é maior que 5 centímetros, mas não
atinge linfonodos axilares;
O estágio III: É o câncer de mama localmente avançado, em que o tumor pode ser maior que 5cm de diâmetro e pode ou não ter se espalhado para os linfonodos ou outros tecidos próximos à mama.
O estágio III: É o câncer de mama localmente avançado, em que o tumor pode ser maior que 5cm de diâmetro e pode ou não ter se espalhado para os linfonodos ou outros tecidos próximos à mama.
Estágio IIIa: Qualquer das
condições: O tumor é menor que 5 centímetros e se espalhou pelos linfonodos
axilares que estão aderidos uns aos outros ou a outras estruturas vizinhas; ou
O tumor é maior que 5 centímetros, atinge linfonodos axilares os quais podem ou
não estar aderidos uns aos outros ou a outras estruturas vizinhas;
Estágio IIIb: O tumor infiltra a
parede torácica ou causa inchaço ou ulceração da mama ou é diagnosticado como
câncer de mama inflamatório. Pode ou não ter se espalhado para os linfonodos
axilares, mas não atinge outros órgãos do corpo;
Estágio IIIc: Tumor que qualquer
tamanho que não se espalhou para partes distantes, mas que atinge linfonodos
acima e abaixo da clavícula ou para linfonodos dentro da mama ou abaixo do
braço;
Estágio IV: É o câncer metastático.
O tumor de qualquer tamanho espalhou-se para outros locais do corpo como, ossos,
pulmões, fígado, rins, intestinos, cérebro.
Para sabermos se um tumor está
avançado ou não, há uma classificação dos tumores, criado pela União
Internacional Contra o Câncer (UICC), denominado estadiamento, baseado no fato
de que os tumores seguem um curso biológico comum. Esta avaliação tem como base
a dimensão do tumor, a avaliação da extensão aos linfonodos e a presença ou não
de metástases para outras partes do corpo. Após a avaliação destes fatores, os
casos são classificados em estágios que variam de I a IV graus crescentes de
gravidade da doença.
FATORES DE RISCO
Os fatores de risco envolvem a
paciente da seguinte maneira:
comportamento alimentar,
comportamento corporal e carga genética pessoal e familiar.
O câncer de mama é mais comum em
mulheres acima de 50 anos. Quanto maior a idade maior a chance de desenvolver
este câncer. Mulheres com menos de 20 anos raramente têm este câncer.
Para certas pacientes, o histórico
familiar é considerado como indicio de fator de risco, mas isso não quer dizer
que esta paciente necessariamente terá câncer, logo essa informação deverá ser
levada em consideração cuidadosamente:
Parentes de primeiro grau (mãe, irmã
ou filha) que tiveram a doença antes da idade de 50 anos, ou antes, da
menopausa;
Parentes de primeiro grau (mãe, irmã
ou filha) que tiveram câncer de mama bilateral ou câncer de ovário;
Histórico familiar de câncer de mama
masculino na família aumenta a chance de ter a doença;
Portadoras de lesões pré-malignas,
isto é, quem já teve câncer de mama ou de ovário previamente;
Ter feito biópsias, mesmo que para
condições benignas, está associado a um maior risco de ter o câncer de mama
reincidente;
Histórico de exposição a radiações
ionizantes em idade inferior a 35 anos. Tratamento que era feito para doenças
benignas na região do tórax, atualmente esse procedimento é praticado
estritamente a tumores. Aos que necessitaram irradiar a região do tórax ou das
mamas têm o risco de desenvolver câncer de mama;
Histórico ginecológico: Nuliparidade,
não ter tido filhos;
Engravidar pela primeira vez tarde
(após os 35 anos) é fator de risco;
Menstruar muito cedo (com 11 anos ou
antes) ou parar de menstruar muito tarde, acaba expondo a mulher mais tempo aos
hormônios femininos aumentando assim o risco;
Exposição excessiva a hormônios:
Terapia de reposição hormonal (hormônios usados para combater os sintomas da
menopausa);
Uso de anticoncepcional oral
(pílula) tomado por muitos anos;
Mulheres obesas têm mais chance de
desenvolver câncer de mama, principalmente quando este aumento de peso se dá
após a menopausa ou após os 60 anos. Manter-se dentro de um peso ideal,
principalmente após a menopausa diminui o risco deste tipo de câncer;
Procedimento cirúrgico de retirada
dos ovários, diminui o risco de desenvolver o câncer de mama por diminuir a
produção de estrogênio (menopausa cirúrgica);
O câncer de mama é muito mais
freqüente em mulheres do que em homens, sendo estimado um caso masculino para
cem femininos.
Apesar de raro, homens também podem
ter câncer de mama e tendo um parente de primeiro grau, como o pai, irmão ou
filho, com este diagnóstico o que eleva o risco familiar para o câncer de mama.
O câncer de mama de caráter familiar
corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de mama.
O câncer de mama é o tipo de tumor
mais comum nas mulheres e é o segundo tipo de câncer em relação a todos os
tumores, só perdendo para o câncer de pulmão. Mesmo quando o diagnóstico não é
tão precoce, novas terapias possibilitam viver com o câncer de mama com boa
qualidade de vida.
O risco de uma mulher desenvolver
câncer de mama aumenta com a idade, de forma que de 3 em cada 4 casos acontece
em mulheres acima dos 50 anos de idade.
Atualmente, no Brasil, o câncer de
mama é o principal responsável pela morte de pessoas do sexo feminino,
correspondendo a 15% das mortes por câncer entre as mulheres.
Bebida e o câncer de mama.
Ingerir bebida alcoólica está associado
a um discreto aumento de desenvolver câncer de mama. A associação com a bebida
alcoólica é proporcional ao que se ingere, ou seja, quanto mais se bebe maior o
risco de ter este câncer. Os exercícios físicos normalmente diminuem as quantidades
de hormônios femininos circulantes. Como este tipo de tumor está associado aos
hormônios femininos, fazer exercício regularmente diminui o risco de ter câncer
de mama, principalmente em mulheres que fazem ou fizeram exercício regular
quando jovens.
Amamentar, principalmente por um
tempo longo, um ano ou mais somado todos os períodos de amamentação, pode
diminuir o risco do câncer de mama, por que, quando o bebe faz a sucção nos
mamilos é estimulado o hipotálamo que faz secretar o fator liberador da prolactina
mantendo seus níveis altos e, por conseguinte a produção de leite e também
atividade mamária.
O leite só começa a ser produzido
após o primeiro dia do nascimento até então haverá a secreção e a liberação do
colostro, um líquido aquoso de cor amarelada, rico em anticorpos da mãe.
As mulheres, a que se suspeitam ser
do grupo de risco, deve conversar com o seu médico para definir a necessidade
de fazer exames para identificar genes que possam estar presentes na família.
Se detectado um maior risco genético, o médico pode propor algumas medidas para
diminuir estes riscos.
Ao contrário do que é dito
popularmente, a maioria dos cânceres de mama não são familiares ou
hereditários, esses representam apenas 5 a 20% dos casos. A hereditariedade
desempenha um papel muito mais relevante nos casos de doenças cardíacas,
psiquiátricas, auto-imunes e reumáticas do que no câncer.
Os estudos indicam que os fatores
ambientais são responsáveis por pelo menos 80 % dos casos de câncer de mama.
As principais formas de câncer de
mama em mulheres são proporcionalmente:
Carcinoma Ductal Invasivo, (70% dos
casos);
Carcinoma Lobular Invasivo , (10%
dos casos);
Carcinomas Tubular, Mucinoso e
Medular, (12 % dos casos);
Carcinoma inflamatório (1 a 4 % dos
casos);
Doença de Paget,(1 % dos casos).
UM TIPO RARO DE TUMOR, A DOENÇA DE
PAGET.
Alguma coisa tem se falado, sobre a
doença de Paget, uma modalidade rara de câncer de mama.
São dois tipos de doença batizados
com esse nome: a doença Paget dos ossos, em que ocorrem fenômenos destrutivos e
reparadores que podem causar deformidades e fraturas, e a doença de Paget da
mama.
Caracteriza se por um tipo de lesão
na aréola. Os sintomas iniciais precisam ser diagnosticados corretamente, pois
são de fácil confusão com uma alergia, pois causam vermelhidão e coceira
constantes no local. Fatores externos como: cremes, perfumes, sabonetes e até
mesmo o tecido dos sutiãs podem causar alergias. Nestes casos, o uso indicado
de pomadas com corticóides pode resolver. Mas persistindo os sintomas é
necessário fazer uma avaliação mais precisa e só um médica poderá identificar a
origem do problema.
Inicialmente, esse câncer se
localiza apenas na pele da região da auréola mamilar. É mais comum após os
40-45 anos e também após os 65-70 anos, a doença de Paget se manifesta
inicialmente um quadro muito semelhante ao de eczema na região mamilar e a
coceira pode evoluir para pequenas ferida que não cicatrizam.
Em estágio mais avançado, a doença
de Paget, são freqüentes as feridas (como pequenas espinhas) que se espalham
não só no bico do seio, mas também na aréola. As dores, secreção, além de
intenso desconforto, são sintomas regulares. Curiosamente este tipo de câncer
costuma atingir apenas uma das mamas.
A suspeita da presença da doença
deve aumentar especialmente se a “coceira ou irritação” acometer apenas um dos
lados, e pontualmente se não desaparecer em curto espaço de tempo com as
medicações usadas habitualmente para as dermatites alérgicas.
Após a avaliação médica, poderá ser
indicada a realização de biopsia para confirmar (ou não) o diagnóstico. Para
auxiliar o diagnóstico complementar, a mamografia entra em cena como aliada na
fase mais avançada da doença, ajudando a detectar lesões na parte interna da
mama, que nem sempre são descobertas no exame clínico.
A preocupação imediata de mais de
80% dos pacientes que conseguem atingir a cura da neoplasia envolve aspectos
sexuais e reprodutivos. O relacionamento sexual e a capacidade de gerar seus
próprios filhos, seja por métodos naturais ou por reprodução assistida,
estimula a valorização do próprio paciente, propicia a comunicação e a
interação familiar, ajudando-o a reintegrar-se à sociedade.
Investigação a predisposição
genética. Em geral, um indício é a ocorrência de pelo menos dois ou três casos
de câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos na mesma família. Então, se
a mulher tem história de mãe, tia ou prima que desenvolveram câncer de mama
ainda jovens, pode ser que faça parte de uma família com mutação genética e deve
procurar um laboratório credenciado para realizar esses exames.
PREVENÇÃO
Atualmente, a detecção precoce
através do auto exame e exames periódicos podem detectar o câncer num estágio
inicial, onde, com o tratamento adequado oferecem a melhor chance de sobreviver
ao câncer de mama.
Os programas comunitários de
detecção e a mamografia representam a chave para a detecção precoce e são
ferramentas integrais na luta contra o câncer de mama.
O auto-exame da mama também é um
passo importante na prevenção e detecção deste câncer, motivo pelo qual as
mulheres devem examinar suas mamas regularmente. Se houver alguma alteração no
tamanho ou forma, protuberâncias ou secreção nos mamilos, elas devem consultar
um médico.
Porque o câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente na mulher, e quando se consegue diagnosticar logo existem muitas possibilidades de cura e, assim, de salvar mais vidas.
Porque o câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente na mulher, e quando se consegue diagnosticar logo existem muitas possibilidades de cura e, assim, de salvar mais vidas.
Se o câncer de mama for detectado em
seu estágio inicial, estiver pequeno e não tiver se alastrado para os nódulos
linfáticos sob o braço, sempre há uma melhor chance de cura do que quando o
câncer é descoberto em estágio mais avançado, tem um tamanho maior e se
alastrou para os nódulos linfáticos. Em uma etapa avançada, é mais provável que
algumas células cancerígenas tenham se deslocado e se instalado em outros
órgãos do corpo, o que torna seu tratamento e curo muito mais complexos.
O alastramento do câncer acontece
quando já é detectado num estágio mais avançado e as células cancerígenas já
proliferaram no que chamamos de metástase. Pode ocorrer de uma das seguintes
formas:
Alastramento Direto, o câncer
aumenta de tamanho e destrói o tecido normal da mama que o circunda.
Alastramento Linfático, as células
podem se separar do câncer primário e entrar nos vasos linfáticos. Estas
células podem se assentar e crescer nos nódulos linfáticos, fazendo com que as
glândulas se inflamem. As glândulas linfáticas mais próximas do câncer primário
são as primeiras a serem afetadas antes que o câncer se alastre a glândulas
mais distantes.
Alastramento por meio da Corrente
Sanguínea.
Este alastramento por meio da
corrente sanguínea afeta os ossos, fígado, pulmões e cérebro.
Os lugares mais comuns onde o câncer
de mama se alastra são os ossos (na coluna ou quadril), pulmões, fígado e, algumas
vezes, cérebro. As recaídas não ocorrem em todas as mulheres que tiveram câncer
de mama e não ocorrem em todos os lugares mencionados; normalmente, só afeta a
um deles.
Por isso, após ter sido operada, ter
se submetido aos tratamentos propostos, periodicamente seu médico irá solicitar
exames que irão monitorar todo o seu corpo, como exames de sangue, urina e
fezes, ultrassonografia abdominal, raio x de tórax, cintilografia óssea e
mamografia.
Esses resultados são importantes
para que se tenha segurança de não ter acontecido nenhuma recidiva em nenhuma
outra parte do corpo.
Sabe-se que o câncer de mama se
desenvolve em fases que vão desde uma etapa precoce até uma etapa avançada
(quando já se deslocou para outros órgãos). A etapa mais precoce pode ter só
algumas semanas de desenvolvimento quando detectado. O tratamento em etapa
precoce, que possivelmente envolve cirurgia e radiação combinados com fármacos,
é muito importante e provavelmente dure vários meses. No caso da terapia
endócrina, ela pode continuar por um período mais longo. Se um tumor é maligno,
ele pode formar novos tumores que os médicos chamam de recaídas ou metástases.
Homens têm câncer de mama.
Apesar de raro,o câncer de mama pode
ocorrer nos homens, mas é pouco freqüente, representando apenas cerca de 1% de
todos os casos.
Ainda não se sabe exatamente o que
causa o câncer, porém sabe-se que muitos fatores são considerados de risco como
por exemplo fatores externos (substâncias químicas, irradiação e vírus) e
internos (hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). Os fatores
causais podem agir em conjunto ou em seqüência para iniciar ou promover o
processo de carcinogênese. Em geral, dez ou mais anos se passam entre
exposições ou mutações e a detecção do câncer.
Em geral o câncer não é hereditário.
Existem apenas alguns raros casos que são herdados, tal como o retinoblastoma,
um tipo de câncer de olho que ocorre em crianças. No entanto, existem alguns
fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais sensíveis à ação dos
carcinógenos ambientais, o que explica por que algumas delas desenvolvem câncer
e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno. Como a causa do câncer
ainda é desconhecida, não se pode ignorar o histórico familiar e mulheres com
casos na família devem ter atenção redobrada em seus cuidados periódicos.
O câncer não é contagioso. Mesmo os
cânceres causados por vírus não podem ser passados de uma pessoa para a outra
por contágio. No entanto, alguns vírus oncogênicos, isto é, capazes de produzir
câncer, podem ser transmitidos através do contato sexual, de transfusões de
sangue ou de seringas contaminadas utilizadas para injetar drogas. Como
exemplos de vírus carcinogênicos têm-se o vírus da hepatite B (câncer de
fígado) e vírus HTLV – I / Human T-lymphotropic virus type I (leucemia e
linfoma de célula T do adulto).
O fato de a mulher se submeter à
mamografia não impede o surgimento do câncer. Porém, quem faz o exame
periodicamente tem mais chances de descobrir sinais da doença bem no início, o
que é altamente recomendável e traz mais chances de cura.
Hoje, com os novos procedimentos
cirúrgicos que preservam a mama já não ocorre mais. Essa possibilidade, porém,
depende de muitos fatores, tais como a relação entre o tamanho da mama e o do tumor,
o estágio da doença etc.
O câncer não distingue a quem
atinge. Ser filha ou irmã de mulheres que tiveram a doença é um fator de risco
importante, mais ainda nos casos em que o problema começou antes da menopausa.
Mas vir a desenvolver ou não um câncer de mama não depende da hereditariedade:
apenas 8% das pacientes têm, de fato, outros casos na família.
Ter nódulos durante um período ou
mesmo por muito tempo não significa que a mulher tenha mais ou menos propensão
a desenvolver esse tipo de câncer. E vale lembrar: um nódulo benigno sempre
será benigno.
As drogas da quimioterapia atacam
células que se reproduzem com mais rapidez, como as do bulbo capilar. Porém ao
final do tratamento normalmente os fios voltam.
Apesar do estresse estar associado a
diversas doenças e patologias não existem estudos que comprovem a associação ao
câncer de mama, até porque, esse tipo de câncer não está associado a uma causa
única pois sempre existem inúmeras razões possíveis e que podem ser combinadas
das mais diferentes formas.
Além de ser uma postura altamente
radical, mesmo com fatores genéticos pesando para esta decisão, como não se é
possível retirar 100% das mamas, o procedimento não elimina 100% dos riscos
existindo sempre um risco por menor que seja.
As doenças cardiovasculares ainda
estão no topo desse ranking a maior causa de mortalidade feminina no país.
Apesar de o número de casos de câncer de mama ter crescido nos últimos anos,
principalmente entre as jovens, houve um aumento significativo do índice de
sobrevivência das pacientes.
8-CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
O tumor de colo uterino é o segundo
mais frequente nas mulheres, atrás apenas do câncer de mama. Segundo o
Instituto Nacional do Câncer (INCA), 17.540 novos casos da doença foram
diagnosticados em 2012. Entretanto, quando detectado na fase precoce,
praticamente 100% das pacientes podem ser curadas.
Em geral, a doença atinge mulheres
com mais de 25 anos de idade.
O colo é a parte do útero que se
conecta a vagina. Localizado na parte inferior do órgão, é responsável por
produzir o muco que ajuda o esperma a mover-se em direção ao útero, além de ser
o canal por onde sai o fluxo menstrual e, nos casos de mulheres grávidas, o
bebê durante um parto normal.
CAUSAS E FATORES DE RISCO
Segundo o Ministério da Saúde, a
infecção persistente pelo vírus HPV, especialmente os subtipos HPV-16 e HPV-18,
está diretamente ligada ao câncer de colo de útero, cerca de 70% dos casos.
Entretanto, há outros fatores de
risco envolvidos como o início precoce da vida sexual e múltiplos parceiros.
O cigarro e o uso prolongado de
anticoncepcionais orais também favorecem o desenvolvimento do tumor, assim como
o histórico familiar.
SINTOMAS
O câncer de colo de útero, em geral,
demora anos para se desenvolver e provoca sintomas apenas nas fases mais
avançadas.
Entre os sinais podemos citar o
sangramento vaginal, especialmente depois das relações sexuais, no intervalo
das menstruações ou após a menopausa, assim como corrimento vaginal de cor
escura e odor desagradável.
Se isso acontecer, a mulher deve
procurar um médico imediatamente para investigar.
DIAGNÓSTICO E PREVENÇÃO
Felizmente o câncer de colo de útero
pode ser prevenido de maneira efetiva. O exame conhecido como Papanicolau,
detecta alterações nas células que podem desencadear a doença.
A recomendação é realizá-lo
anualmente. Em geral, as alterações no exame acontecem quando há infecção pelo
HPV.
9-AIDS
A AIDS/SIDA é uma doença sexualmente
transmissível causada por um vírus chamado HIV (Vírus da Imunodeficiência
Humana) que destrói as defesas do organismo. Por este motivo a pessoa infectada
pelo HIV fica sujeita a adquirir doenças graves que são chamadas oportunistas.
O vírus da imunodeficiência humana
(VIH), também conhecido por HIV (sigla em inglês para human imunodeficiency
virus), é da família dos retrovírus e o responsável pela SIDA (AIDS). Esta
designação contém pelo menos duas sub-categorias de vírus, o HIV-1 e o HIV-2.
Entre o grupo HIV-1 existe uma grande variedade de subtipos designados de A a
J.
Esses dois subtipos tem diferenças
consideráveis, sendo o HIV-2 mais comum na África Subsaariana e bem incomum em
todo o resto do mundo.
HIV é a abreviação usada para o
vírus humano da imunodeficiência. HIV é o vírus que causa AIDS (síndrome da
imunodeficiência adquirida), uma doença mortal.
O HIV ataca o sistema imunológico do
corpo. Normalmente, o sistema imunológico produz células de sangue e anticorpos
que atacam vírus e bactérias. As células que atacam a infecção são chamadas
linfócitos T. Meses ou anos após a pessoa ser infectada com HIV, o vírus
destrói os linfócitos T.
AIDS, ou Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida, é uma doença infecto-contagiosa causada pelo vírus
HIV (Human Immunodeficiency Virus), que leva à perda progressiva da imunidade.
A doença, na verdade uma síndrome,
caracteriza-se por um conjunto de sinais e sintomas advindos da queda da taxa
dos linfócitos CD4, células muito importantes na defesa imunológica do
organismo. Quanto mais a moléstia progride, mais compromete o sistema
imunológico e, consequentemente, a capacidade de o portador defender-se de
infecções.
SINTOMAS DA AIDS
Na maioria dos casos, os sintomas
iniciais podem ser tão leves que são atribuídos a um mal estar passageiro.
Quando se manifestam mais intensidade, são os mesmos de várias outras viroses,
mas podem variar de acordo com a resposta imunológica de que cada indivíduo.
Os mais comuns são febre constante,
manchas na pele (sarcoma de Kaposi), calafrios, ínguas, dores de cabeça, de
garganta e dores musculares, que surgem de 2 a 4 semanas após a pessoa contrair
o vírus.
Nas fases mais avançadas, é comum o
aparecimento de doenças oportunistas como tuberculose, pneumonia, meningite,
toxoplasmose, candidíase, etc.
A AIDS não se manifesta da mesma
forma em todas as pessoas. Entretanto, os sintomas iniciais são geralmente
semelhantes e além disso, comuns a várias outras doenças.
São eles:
- Febre constante;
- Emagrecimento muito rápido;
- Cansaço (sem esforço físico);
- Diarréia constante;
- Tosse crônica;
- Suores noturnos;
- Manchas esbranquiçadas na boca;
- Manchas arroxeadas na pele;
- Ínguas em vários pontos;
Com a progressão da doença e com o
comprometimento do sistema imunológico do indivíduo, começam a surgir doenças
oportunistas, tais como: tuberculose, pneumonia, alguns tipos de câncer,
candidíase e infecções do sistema nervoso (toxoplasmose e as meningites, por
exemplo) .
COMO SE PREVINIR
- Usando sempre camisinha em todas
as relações sexuais
- Exigindo sangue testado nas
transfusões
- Usando agulhas e seringas
descartáveis
- Exigindo que todo instrumental
medico ou dentário seja esterilizado.
DIAGNÓSTICO
COMO SABER SE É PORTADOR DO VÍRUS
HIV
Existe um exame de sangue específico
para o diagnóstico da AIDS, chamado teste Elisa. Em média, ele começa a
registrar que a pessoa está infectada 20 dias após o contato de risco. Se
depois de três meses o resultado for negativo, não há mais necessidade de
repetir o exame, porque não houve infecção pelo HIV.
No Centro de Referência em
Treinamento em DST/AIDS é possível realizar um teste laboratorial mais rápido,
cujo resultado sai algumas horas depois da coleta de sangue.
Os testes podem ser feitos nos
postos de saúde de forma gratuita. Por exemplo, existem os CTA (Centros de
Testagem e Aconselhamento) municipais e estaduais, que fazem o teste rápido com
resultados em uma hora.
É possível saber se uma pessoa é
portadora do vírus HIV através da pesquisa direta do vírus no sangue (exame de
carga viral para o HIV) ou pesquisando a presença de anticorpos que são
produzidos quando o vírus infecta uma pessoa (sorologia para HIV). O período
entre a contaminação e o início dos sintomas varia de pessoa a pessoa, mas, em
média, é de cinco a sete anos.
Para saber se uma pessoa tem o vírus
HIV será necessário fazer o exame, porém é muito importante que esta pessoa
seja orientada por um profissional de saúde para tirar todas as dúvidas que
surgem quando o diagnóstico é positivo.
TRANSMISSÃO DO VÍRUS HIV
O vírus HIV sobrevive em ambiente
externo por apenas alguns minutos. Mesmo assim, sua transmissão depende do
contato com as mucosas ou com alguma área ferida do corpo.
AIDS se transmite por meio que
envolva penetração sexual desprotegida, uso de agulhas ou produtos sanguíneos
infectados. Existe também a possibilidade da transmissão vertical, ou seja, da
mãe infectada para o feto durante a gestação e o parto (AIDS congênita).
Os pesquisadores sabem que sexo oral
é capaz de transmitir a síndrome. Há, descrição de pessoas que se infectaram ao
engolir esperma.
Após um período médio de cinco a
sete anos em que o paciente está contaminado, começam a surgir sintomas gerais
como perda de peso, febre baixa e suores noturnos.
Após uma relação sem proteção
(preservativo) você deve fazer o exame de HIV assim que possível para afastar a
possibilidade de você ter sido contaminado antes deste contato. Sendo negativo
no momento desta exposição o próximo teste deve ser feito em 30 dias e repetido
em dois meses. A soroconversão ocorre geralmente entre 3 a 12 semanas.
O líquido lubrificante que surge com
o estímulo sexual já é considerado contaminante, portanto utilizar preservativo
desde o início do contato sexual é muito importante.
A expectativa de vida, graças aos meorientaçãomentos
antirretrovirais, aumentou muito e hoje pode chegar a 30 anos. É esperado que
nos próximos anos, com o surgimento de novas drogas, um portador do vírus HIV
irá viver o mesmo tempo que um paciente que não tem HIV.
O vírus HIV é muito frágil e não
sobrevive fora das células humanas. Portanto, quando sangue, lágrimas ou suor
secam, o risco de transmitir é zero.
O risco de contágio é maior quanto
mais frequente for a exposição e quanto maior for a quantidade de vírus HIV
presente no sangue do soropositivo. Há a possibilidade de não se contrair o HIV
em uma relação, mas o risco, embora pequeno, ainda é real. Esteja atento e use
sempre preservativos.
Embora o risco seja considerado
baixo, a recomendação é para que sempre seja utilizado método de barreira (camisinha)
também durante o sexo oral.
Os casais em que um é soropositivo e
o outro não, são chamados de casais sorodiscordantes.
Quando estes casais decidem ter
filhos, como na pergunta acima, já é possível procurar na rede pública de saúde
do Estado de São Paulo o Programa de Reprodução Assistida. O programa orientará
os casais de uma forma a reduzir ao máximo o risco de transmissão do vírus HIV
através da técnica de lavagem do esperma.
Um destes centros pioneiros é o
CRASE, Centro de Reprodução Assistida em Situações Especiais, da Faculdade de
Medicina do ABC.
A rede pública de saúde oferece uma
estrutura voltada para o diagnóstico do HIV.
São os CTA (Centros de Testagem e
Aconselhamento) onde é possível realizar o teste rápido do HIV e tirar todas as
dúvidas com uma equipe multidisciplinar, composta de médicos, enfermeiros,
psicólogos, assistente social entre outros.
Se houver contato das secreções do
soropositivo com mucosas genital, anal ou boca, haverá o risco de contaminação.
O vírus HIV tem duas características
que dificultam sua eliminação do corpo humano. Uma delas é que ele infecta as
células do sistema imunológico, ou seja, as células que deveriam eliminar o
próprio vírus. A outra é que ele também infecta outras células chamadas células
santuários, onde os antirretrovirais não são capazes de atingi-lo.
Em nenhum processo seletivo ou exame
de rotina, quer seja em empresa privada ou pública, é realizado o teste de HIV.
Veja o que estabelece a Lei:
Portaria 1.246 / 2010 do Ministério
do Trabalho e Emprego.
Artigo 2º: "Não será permitida,
de forma direta ou indireta, nos exames médicos por ocasião da admissão, mudança
de função, avaliação periódica, retorno, demissão ou outros ligados à relação
de emprego, a testagem do trabalhador quanto ao HIV.
Os medicamentos antirretrovirais
(coquetel) são distribuídos gratuitamente nos ambulatórios especializados para
todos os pacientes portadores do vírus HIV que preenchem os critérios de início
de tratamento, conforme estabelece o Programa Nacional de DST/AIDS.
TRATAMENTO
Foi só no final de 1995, que o
coquetel de medicamentos pode ser prescrito para os portadores do HIV.
A possibilidade de associar várias
drogas diferentes, entre elas o AZT, mudou por completo o panorama do
tratamento da AIDS, que deixou de ser uma moléstia uniformemente fatal para
transformar-se em doença crônica passível de controle.
Hoje, desde que adequadamente
tratados, os HIV-positivos conseguem conviver com o vírus por longos períodos,
talvez até o fim de uma vida bastante longa.
As normas brasileiras e mundiais
determinam que não se deve introduzir o coquetel de medicamentos se as células
CD4 estiverem acima de 350. Quando seus valores estão entre 200 e 350, a
decisão de introduzi-lo deve ser tomada caso a caso. Abaixo de 200, ele é obrigatoriamente
indicado para corrigir a deficiência imunológica.
Dentre os efeitos colaterais do
coquetel, podemos citar a lipodistrofia, isto é, a redistribuição da gordura
pelo corpo. Ela diminui muito no rosto, que fica encovado, nos membros
superiores, inferiores e nas nádegas, deixa as veias muito visíveis e provoca
acúmulo de tecido adiposo no abdômen.
Além de tonturas, diarreia e enjoos,
a toxicidade dos remédios pode provocar danos para o fígado, para os rins,
assim como acentuar o processo de aterosclerose e aumentar o risco de doenças
coronarianas. No entanto, de modo geral, o tratamento é bem tolerado pelos
pacientes.
PREVENÇÃO
O uso do preservativo nas relações
sexuais é a forma mais eficaz de prevenção da AIDS. Também é imprescindível
usar somente seringas descartáveis.
Gestantes devem obrigatoriamente
fazer o teste de HIV durante o pré-natal. Se estiverem infectadas, é
fundamental iniciar logo o tratamento a fim de evitar que o vírus seja
transmitido para o feto. Hoje, é perfeitamente possível para uma mulher
infectada engravidar e dar à luz um bebê livre do vírus.
Use sempre o preservativo em todas
as relações sexuais;
Faça o teste Elisa ou o teste rápido
oferecido pelo Centro de Referência em Treinamento em DST/AIDS sempre que
houver qualquer possibilidade de você ter-se infectado. Mulheres devem
realizá-lo antes de engravidar;
Procure alimentar-se bem e dormir as
horas necessárias;
Não fume nem abuse de bebidas
alcoólicas.
Pesquisa realizada
pelo Dr. Josué Campos Macedo
Psicanalista Clínico
e Homeopata Clássico