segunda-feira, 24 de março de 2014

OS QUATRO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA HOMEOPATIA



A Homeopatia baseia-se em leis naturais fixas e imutáveis e são 4 seus Princípios Fundamentais:
1 . LEI DOS SEMELHANTES
Hahnemann retomou o princípio da semelhança de Hipócrates (460 - 377 a.C.), quando realizou a primeira experiência com quinino em si mesmo e sentiu que havia encontrado a resposta à sua procura de uma arte de curar lógica e realmente eficaz e curativa. Realizou suas experiências com metodologia científica, obtendo resultados que podem ser reproduzidos quantas vezes se desejar.
Para melhor compreensão da diferença entre o princípio dos semelhantes e o princípio dos contrários vamos usar uma imagem criada pelo homeopata americano Dr. Herbert A. Roberts. Imaginemos um trem, representando a enfermidade, que corre a uma determinada velocidade. Para aniquilar essa enfermidade podemos enviar um trem em sentido contrário (medicamento alopático), ou podemos modificá-la enviando um trem no mesmo sentido (medicamento homeopático), mas numa velocidade maior e que, após encontrá-lo, imprime ao conjunto uma nova velocidade. É assim que age o medicamento homeopático: imprime à Energia Vital um padrão vibratório semelhante e mais forte que o preexistente.
Pela Lei dos Semelhantes, as substâncias existentes na natureza (de origem mineral, vegetal e animal) têm a potencialidade de curar os mesmos sintomas que são capazes de produzir. Exemplificando de uma maneira bem simples: se uma pessoa ingerir doses tóxicas de uma substância chamada Arsenicum album, irá apresentar sintomas tais como dores gástricas, vômitos e diarréia; se, por outro lado, dermos essa mesma substância, preparada homeopaticamente, a um enfermo que apresenta dores gástricas, vômitos e diarréia com características semelhantes àquelas causadas pela substância em questão, obteremos como resultado a cura desses sintomas.

2 . EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM SÃO
As experimentações com substâncias preparadas homeopaticamente, devem ser realizadas em homens sãos para que possam ser usados para curar homens doentes. Por que em homens sãos e não em animais? A doença se manifesta não só por sinais objetivos observáveis pelos sentidos, mas também por sintomas e sensações subjetivas. Não seria possível registrar completa e fielmente as sensações subjetivas de cães, ratos ou gatos, pois estes não poderiam comunicá-los durante as experimentações.
Não existem dois seres humanos exatamente iguais na saúde ou na doença; cada um tem sua individualidade, sua impressão digital. Poderiam os animais assemelharem-se aos seres humanos mais do que os próprios seres humanos entre si? Para tratamento dos animais ou das plantas usamos os resultados das experimentações nos seres humanos, por analogia de sintomas, até que sejam realizadas experimentações específicas para cada espécie.
As experimentações são realizadas pela administração de uma determinada substância a um grupo de indivíduos (chamados de experimentadores), considerados saudáveis após passarem por exames clínico e laboratorial, e que não sabem que substância estão experimentando. Em cada experimentação, os sintomas físicos, mentais, emocionais, as sensações e alterações no modo de ser e estar, de reagir e interagir com o meio, que vão surgindo nos experimentadores, vão sendo cuidadosamente anotados e, posteriormente, classificados e analisados, dando origem ao que chamamos de Patogenesia.
Muitos medicamentos foram experimentados e reexperimentados várias vezes e por muitos autores. Outros medicamentos foram menos estudados e necessitam de novas experimentações para ampliar nosso conhecimento com relação ao seu campo de atuação ou potencialidade curativa. É a esses conjuntos de sintomas de um determinado medicamento registrados em livros específicos, isto é, às Patogenesias, que o médico homeopata recorre a fim de encontrar o medicamento mais semelhante a cada caso, o medicamento que chamamos de Simillimum.
Diante do exposto, é fácil entender a impropriedade e erro do conceito que "se o medicamento homeopático não faz bem, mal não faz". Como vimos, o medicamento homeopático pode, potencialmente, provocar os mesmos sintomas que é capaz de curar.

3 . DOSES MÍNIMAS E DINAMIZADAS
No início de suas experiências, Hahnemann usava medicamentos diluídos, porém ainda contendo matéria. Com o tempo foi percebendo que essas diluições ainda eram suficientemente fortes para causarem, às vezes, sérias agravações quando os medicamentos eram administrados aos pacientes. Devido a essas reações indesejáveis, passou a diluir cada vez mais os medicamentos, percebendo que obtinha melhores resultados quando eram também agitados. Foi assim que chegou às doses infinitesimais (extremamente diluídas) e dinamizadas.
Observou que à medida em que a massa ia sendo diluída, mais energia as substâncias pareciam desprender pelo processo de agitação. Não era a quantidade de substância que importava, ao contrário, quanto menor a quantidade presente e quanto mais agitada era a diluição, maior potencial de energia curativa possuíam. Portanto, o medicamento homeopático é uma forma de energia que atua sobre a Energia Vital dos seres vivos. A dose diminuta prescrita pelo homeopata, não é mera diluição ou atenuação da droga forte. Ela é o que se chama potência, isto é, algo que possui poder.
As doses mínimas e dinamizadas, que sempre foram e continuam sendo inseparáveis da prática homeopática, têm sido com certeza o maior obstáculo à aceitação e adoção desse método terapêutico com maior amplitude pelos médicos em geral. Por lidarmos com sintomas subjetivos e com um tipo de energia extremamente sutil, as pesquisas devem ser realizadas dentro de um novo paradigma, com outros instrumentos de avaliação e análise dos resultados.

4 . MEDICAMENTO ÚNICO
Hahnemann recomendava o uso de apenas um medicamento de cada vez, ou seja, o medicamento que contivesse o maior número de sintomas que o paciente apresenta.
Temos basicamente duas tendências: a UNICISTA, que usa apenas um medicamento para tratar todos os sintomas de um determinado paciente, e a PLURALISTA, que usa vários medicamentos, um para cada grupo de sintomas do paciente, como é feito na Alopatia.