A
Homeopatia baseia-se em leis naturais fixas e imutáveis e são 4 seus Princípios
Fundamentais:
1 . LEI DOS SEMELHANTES
Hahnemann
retomou o princípio da semelhança de Hipócrates (460 - 377 a.C.), quando
realizou a primeira experiência com quinino em si mesmo e sentiu que havia
encontrado a resposta à sua procura de uma arte de curar lógica e realmente
eficaz e curativa. Realizou suas experiências com metodologia científica,
obtendo resultados que podem ser reproduzidos quantas vezes se desejar.
Para
melhor compreensão da diferença entre o princípio dos semelhantes e o princípio
dos contrários vamos usar uma imagem criada pelo homeopata americano Dr.
Herbert A. Roberts. Imaginemos um trem, representando a enfermidade, que corre
a uma determinada velocidade. Para aniquilar essa enfermidade podemos enviar um
trem em sentido contrário (medicamento alopático), ou podemos modificá-la enviando
um trem no mesmo sentido (medicamento homeopático), mas numa velocidade maior e
que, após encontrá-lo, imprime ao conjunto uma nova velocidade. É assim que age
o medicamento homeopático: imprime à Energia Vital um padrão vibratório
semelhante e mais forte que o preexistente.
Pela
Lei dos Semelhantes, as substâncias existentes na natureza (de origem mineral,
vegetal e animal) têm a potencialidade de curar os mesmos sintomas que são
capazes de produzir. Exemplificando de uma maneira bem simples: se uma pessoa
ingerir doses tóxicas de uma substância chamada Arsenicum album, irá apresentar
sintomas tais como dores gástricas, vômitos e diarréia; se, por outro lado,
dermos essa mesma substância, preparada homeopaticamente, a um enfermo que
apresenta dores gástricas, vômitos e diarréia com características semelhantes
àquelas causadas pela substância em questão, obteremos como resultado a cura
desses sintomas.
2 . EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM SÃO
As
experimentações com substâncias preparadas homeopaticamente, devem ser
realizadas em homens sãos para que possam ser usados para curar homens doentes.
Por que em homens sãos e não em animais? A doença se manifesta não só por
sinais objetivos observáveis pelos sentidos, mas também por sintomas e
sensações subjetivas. Não seria possível registrar completa e fielmente as
sensações subjetivas de cães, ratos ou gatos, pois estes não poderiam
comunicá-los durante as experimentações.
Não
existem dois seres humanos exatamente iguais na saúde ou na doença; cada um tem
sua individualidade, sua impressão digital. Poderiam os animais assemelharem-se
aos seres humanos mais do que os próprios seres humanos entre si? Para
tratamento dos animais ou das plantas usamos os resultados das experimentações
nos seres humanos, por analogia de sintomas, até que sejam realizadas
experimentações específicas para cada espécie.
As
experimentações são realizadas pela administração de uma determinada substância
a um grupo de indivíduos (chamados de experimentadores), considerados saudáveis
após passarem por exames clínico e laboratorial, e que não sabem que substância
estão experimentando. Em cada experimentação, os sintomas físicos, mentais,
emocionais, as sensações e alterações no modo de ser e estar, de reagir e
interagir com o meio, que vão surgindo nos experimentadores, vão sendo
cuidadosamente anotados e, posteriormente, classificados e analisados, dando
origem ao que chamamos de Patogenesia.
Muitos
medicamentos foram experimentados e reexperimentados várias vezes e por muitos
autores. Outros medicamentos foram menos estudados e necessitam de novas
experimentações para ampliar nosso conhecimento com relação ao seu campo de
atuação ou potencialidade curativa. É a esses conjuntos de sintomas de um
determinado medicamento registrados em livros específicos, isto é, às
Patogenesias, que o médico homeopata recorre a fim de encontrar o medicamento
mais semelhante a cada caso, o medicamento que chamamos de Simillimum.
Diante
do exposto, é fácil entender a impropriedade e erro do conceito que "se o
medicamento homeopático não faz bem, mal não faz". Como vimos, o
medicamento homeopático pode, potencialmente, provocar os mesmos sintomas que é
capaz de curar.
3 . DOSES MÍNIMAS E DINAMIZADAS
No
início de suas experiências, Hahnemann usava medicamentos diluídos, porém ainda
contendo matéria. Com o tempo foi percebendo que essas diluições ainda eram
suficientemente fortes para causarem, às vezes, sérias agravações quando os
medicamentos eram administrados aos pacientes. Devido a essas reações
indesejáveis, passou a diluir cada vez mais os medicamentos, percebendo que
obtinha melhores resultados quando eram também agitados. Foi assim que chegou
às doses infinitesimais (extremamente diluídas) e dinamizadas.
Observou
que à medida em que a massa ia sendo diluída, mais energia as substâncias
pareciam desprender pelo processo de agitação. Não era a quantidade de
substância que importava, ao contrário, quanto menor a quantidade presente e
quanto mais agitada era a diluição, maior potencial de energia curativa
possuíam. Portanto, o medicamento homeopático é uma forma de energia que atua
sobre a Energia Vital dos seres vivos. A dose diminuta prescrita pelo
homeopata, não é mera diluição ou atenuação da droga forte. Ela é o que se
chama potência, isto é, algo que possui poder.
As
doses mínimas e dinamizadas, que sempre foram e continuam sendo inseparáveis da
prática homeopática, têm sido com certeza o maior obstáculo à aceitação e
adoção desse método terapêutico com maior amplitude pelos médicos em geral. Por
lidarmos com sintomas subjetivos e com um tipo de energia extremamente sutil,
as pesquisas devem ser realizadas dentro de um novo paradigma, com outros
instrumentos de avaliação e análise dos resultados.
4 . MEDICAMENTO ÚNICO
Hahnemann
recomendava o uso de apenas um medicamento de cada vez, ou seja, o medicamento
que contivesse o maior número de sintomas que o paciente apresenta.
Temos
basicamente duas tendências: a UNICISTA, que usa apenas um medicamento para
tratar todos os sintomas de um determinado paciente, e a PLURALISTA, que usa
vários medicamentos, um para cada grupo de sintomas do paciente, como é feito
na Alopatia.