sexta-feira, 28 de março de 2014

SÍNTESE HISTÓRICA DA HOMEOPATIA

Dr. SAMUEL HAHNEMANN


         SÍNTESE HISTÓRICA DA CIÊNCIA DA HOMEOPATIA

        “Os mais inestimáveis tesouros são: a consciência irrepreensível e a boa saúde. O amor a Deus e o estudo de si mesmo oferecem uma; a Homeopatia oferece a outra.” 
                                                              DR. SAMUEL HAHNEMANN.

        O vocábulo Homeopatia, derivada das palavras gregas homoios, que quer dizer "semelhante", e páthos, que se traduz por "sofrimento", essencialmente, significa tratar o semelhante com o semelhante.
        O Pai da Medicina, Hipócrates, nascido na Grécia em 460 a.C. na ilha de Cós, e falecido em 370 a.C. em Tessália, foi o precursor desta nobre Ciência.
Muito estudioso e pesquisador do campo da saúde viveu na mesma época que os grandes filósofos gregos Sócrates e Platão.
        Sua família já era tradicionalmente conhecida por legar de uma geração para a outra a prática do que viria a constituir a Medicina. Hipócrates parece ter percorrido toda a Grécia e chegou até o Oriente Próximo. Ele dirigiu a importante Escola de Cós, que via a enfermidade como um mecanismo mórbido que deve ser analisado em suas variadas manifestações, independente de sua causa original.
        A medicina seria definida, portanto, como o ofício de cuidar do doente, conforme as regras estabelecidas pela própria práxis, sob a inspiração do exame atento e detalhado da situação em questão. Este movimento na área da saúde é completamente atrelado à presença de Hipócrates em sua liderança.
        O Pai da Medicina estabeleceu, em sua prática, quatro princípios fundamentais: jamais prejudicar o enfermo; não buscar aquilo que não é possível oferecer ao paciente, os famosos milagres; lutar contra o que está provocando a enfermidade; acreditar no poder de cura da Natureza.
        Desta forma o verdadeiro médico, para cumprir os preceitos de Hipócrates, precisa seguir algumas normas, como: combater a raiz da enfermidade através de seus opostos; atuar habilmente; agir no organismo enfermo com equilíbrio e bom senso; oferecer ao doente a necessária educação; cuidar do indivíduo levando em conta sua singularidade, seu tipo físico, sexo, faixa etária, entre outros fatores; perceber o momento mais adequado de intervir no tratamento; levar em conta não só a fração do organismo afetada, mas o seu todo; sempre se deixar guiar pela ética.
        Hipócrates criou a célebre doutrina dos quatro humores: sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra, para melhor entender o funcionamento do corpo humano, englobando a própria personalidade do Homem.
        Conforme estes humores alcançam o necessário equilíbrio, a saúde está presente no organismo; se um deles está em menor proporção ou em quantidade excessiva, o desequilíbrio se instaura, provocando dor e enfermidades. Esta visão hipocrática perdurou até o século XVIII.
        O grande estudioso, que lutou constantemente contra o pensamento mágico e supersticioso, oferecia três espécies de tratamento, a sangria, para acabar com os excessos; o purgante, com o objetivo de complementar a purificação do organismo; e a dieta, para prevenir a constituição dos maus humores.
        O contato com a natureza é igualmente uma prescrição significativa, segundo o famoso médico.
        Para Hipócrates, as doenças estavam igualmente relacionadas ao meio ambiente, ao clima, a uma determinada raça e à alimentação. Seus principais conceitos estão contidos em sua obra Aforismos, e muitos deles ainda têm validade no mundo contemporâneo.
        Fundamental também é sua ética, resumida no célebre Juramento de Hipócrates. De acordo com alguns pesquisadores, porém, este paradigma que até hoje se esforça para guiar a conduta médica pode ter sido criado bem depois da época de Hipócrates. Mas com certeza foi pelo menos inspirado em suas atitudes éticas.
        Assim, Hipócrates percebeu que havia dois meios básicos de tratar o paciente: através dos contrários (Alopatia) e através dos semelhantes (Homeopatia).
Na forma dos "Contrários", a medicação age contra os sintomas.
        Na forma dos "Semelhantes", os medicamentos têm capacidade de produzir os mesmos sintomas apresentados pela pessoa que sofre, "A lei dos semelhantes".
        Em ambos os casos ele acreditava que o médico estava apenas criando condições corretas para aumentar o poder de recuperação interno, Vis medicatrix naturae, que levava à cura.
        Centenas de anos depois de Hipócrates, na Europa do século XVI, Paracelso, recolocou os méritos do tratamento dos semelhantes pelos semelhantes.
        Paracelso era o pseudônimo de Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, nasceu em Einsiedeln, na Suíça em 17 de dezembro de 1493, e faleceu em Salzburgo, na Áustria, 24 de setembro de 1541 foi um médico, físico, pesquisador suíço-alemão. A ele também é creditado a criação do nome do elemento Zinco, chamando-o de Zincum. Seu pseudônimo significa "superior a Celso, médico romano". Ele é considerado por muitos como um reformador do medicamento. Também é aclamado por suas realizações em Química e como fundador da Bioquímica e da Toxicologia.
        Somente no século XVIII, entretanto, os princípios básicos foram formalizados em um verdadeiro sistema de medicina integrativa pelo Dr. Samuel Hahnemann.
        A Homeopatia é uma ciência baseada na experimentação, que pratica um sistema terapêutico que contempla a totalidade do ser humano em detrimento de doenças isoladas. Ela atua por meio de estímulos energéticos desencadeados por medicamentos homeopáticos com o intuito de reequilibrar a energia vital dos pacientes.
        A Homeopatia é uma filosofia, lato sensu, holística, vitalística, pelo fato de interpretar doenças e enfermidades como causadas pelo desequilíbrio ou distúrbio da energia vital ou força vital no organismo de quem as apresenta.         Desse modo, ela vê tais distúrbios como manifestações em sintomas únicos e bem definidos. Sustenta que a força vital tem o poder de se adaptar a causas internas ou externas. É a lei da suscetibilidade homeopática, sob a qual um estado mental negativo pode fazer surgir as manifestações genéticas hereditárias de predisposições às doenças, chamadas de miasmas, as quais invadem o organismo e produzem os sintomas das doenças.
        A Homeopatia utiliza substâncias dos reinos: vegetal, animal e mineral para a elaboração de seus medicamentos. Sua abrangência vai desde a infância à terceira idade.
        A Homeopatia é orientada por quatro princípios fundamentais: lei dos semelhantes, experimentação na pessoa sadia, doses infinitesimais e o medicamento único.
        O princípio da lei dos semelhantes estabelece que uma doença específica pode ser curada pela substância capaz de reproduzir os mesmos sintomas da doença. Ou seja: o que causa mal a alguém “saudável” pode curar alguém doente. Se um veneno produz efeitos como vômitos em uma pessoa, a versão homeopática, diluída, desse mesmo veneno poderá tratar pacientes com problemas de vômitos recorrentes, e assim por diante.
        A experimentação na pessoa sadia dita que os testes de medicamentos homeopáticos realizados em pessoas saudáveis. Desta maneira, é possível avaliar os efeitos objetivos e subjetivos e encontrar o “veneno que em doses homeopáticas cura”.
        As doses infinitesimais consistem na diluição dinâmica de um medicamento e agitação (dinamização) para despertar propriedades latentes.
        Neste princípio de tão diluído o remédio não há nenhuma molécula mensurável do princípio ativo original. Alguns experimentos indicam que os fenômenos da física quântica explicam a eficácia dos medicamentos homeopáticos.
        O princípio da administração do medicamento único, afirma que a intervenção inicial deverá ser realizada por vez, o paciente deverá tomar o medicamento que contenha o maior número de estímulos para os sintomas que o paciente apresenta, que é o simillimum do paciente.
        Desta forma, o homeopata conseguirá avaliar a eficácia da terapia de forma mais precisa.
        O Pai da Homeopatia foi o médico Dr. Christian Friedrich Samuel Hahnemann, mais conhecido como Dr. Samuel Hahnemann, nascido na Alemanha em 10 de Abril de 1755 e falecido em 02 de Julho de 1843 em Paris.
Era filho de um pintor das famosas cerâmicas de Meissen.
        O Dr. Samuel Hahnemann, assim como seus pais, teve uma sólida formação espiritual, possuía uma fé devocional prática no DEUS CRIADOR, O Doador da Vida, pois era cristão luterano tendo também uma origem judaica, como podemos observar pelo seu sobrenome Samuel, que foi adotado posteriormente como sendo o seu principal.
        O significado do nome SAMUEL, em hebraico, é profético, pois significa, "aquele que ouve ao Senhor DEUS".
        O Dr. Samuel Hahnemann foi formado em medicina pela Universidade de Erlandgen, em 1779, exerceu a profissão por vários anos, em Viena e passou a exercer a medicina oficial da época.
Isto aconteceu antes de desiludir-se com os tratamentos médicos brutais e duvidosos daqueles tempos.
        Em função disso desistiu de praticar a medicina tradicional da época, começou a estudar química e sustentava-se modestamente com seus escritos e traduções. Até voltar à prática da medicina, já com o enfoque homeopático.
        A partir de 1804 intensificou suas pesquisas no campo da nova ciência e finalmente em 1810 publicou O primeiro tratado sobre Homeopatia, O ORGANON, A ARTE DE CURAR.
        Esta data ficou sendo um marco para a história da Ciência da Homeopatia mundial.
        O Dr. Samuel Hahnemann verificou que chacoalhando vigorosamente cada dose diluída, o remédio resultante não só produzia menores agravamentos como se tornara mais potente. Isto foi chamado de potencialização.
        Também o conceito de força vital foi fundamental para o estudo da Homeopatia.
        Para o Dr. Samuel Hahnemann, o medicamento não atuava sobre a doença, mas sobre a força vital do paciente, restaurando-lhe o equilíbrio interno.
        O Dr. Samuel Hahnemann, contudo, rejeitou a ideia de ser a doença algo separado, como uma entidade invasora e insistiu em que ela faz parte do mecanismo metabólico de um todo vital, ou seja nos aspectos do mental, do emocional e do físico, onde se manifesta de modo visível, os desequilíbrios energéticos e as desarmonias dos campos mentais e emocionais.
        O Dr. Samuel Hahnemann publicou vários livros com suas experimentações, através dos quais foi difundindo a medicina homeopática.
        À época de sua morte aos 88 anos, em 1843 a Homeopatia já havia sido divulgada e espalhada em toda a Europa, sendo esta ciência espalhada pelo mundo.
        Na Inglaterra, O Dr. Harvey Quin fundou em 1844 a Sociedade Homeopática Britânica e colaborou com abertura do Hospital Homeopático de Londres, em 1850. No final do século XIX, já existiam hospitais homeopáticos em toda a Europa, Rússia, nas Américas e na Índia.
        Aqui no Brasil, em 1810, o estadista brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, grande naturalista e estudioso da mineralogia, conheceu e interessou-se pela Ciência da Homeopatia ao se corresponder com o Dr. Samuel Hahnemann, considerado o maior químico da época.
        Em 1840, chegou ao Rio de Janeiro o conceituado médico francês Dr. Benoit Jules Mure, para implantar uma colônia com mais cem famílias.
        Em sua curta estada no Rio de Janeiro, Dr. Mure clinicou e difundiu a Ciência da Homeopatia. Nesse mesmo período, conheceu Souto Amaral, célebre cirurgião brasileiro, a quem ensinou os preceitos da Homeopatia.
        O Dr. Mure recebeu uma licença imperial para colonizar a península de Saí, em Santa Catarina, aonde chegou em 21 de novembro, data escolhida para comemorar o Dia da Homeopatia e o Dia dos Homeopatas, no Brasil. Foi o Dr. Mure que organizou a Escola Suplementar de Medicina e Instituto Homeopático de Saí. No dia 21 de novembro de 1840 o médico homeopata francês Benoit Jules Mure, fiel seguidor de Hahnemann, desembarcava na região litorânea que divide os estados do Paraná e Santa Catarina conhecida por Barra do Sahy.
        O Dr. Mure chegou ao Brasil com o objetivo de introduzir a homeopatia, mas antes tentou implantar um projeto de colonização de orientação socialista francesa, o Falastério do Saí. Em novembro de 1842 fundou a Escola Suplementar de Medicina e Instituto Homeopático de Saí.      Como não deu certo, pois não encontrou respaldo, mudou-se para o Rio de Janeiro onde fundou o Instituto Homeopático do Brasil, em 10 de dezembro de 1843, com a finalidade de difundir a Homeopatia para o povo e de propagá-la em favor das classes pobres.
        Segundo seus estatutos apresentados naquela ocasião (Apud GALHARDO, 1928, p.305-307), o Instituto tinha por fim "Propagar a homeopatia por meio de ensino, publicações, experiências e prática desta ciência; e pela preparação dos remédios homeopáticos, os mais puros e homogêneos que seja possível obter." (art.1º).
        A entidade era constituída por médicos, cirurgiões e outras pessoas que se mostrassem interessadas em contribuir "com seus serviços, meios pecuniários e valimento, na conformidade dos regulamentos e por espontaneidade." (art.2º).
        Os estatutos estabeleciam ainda que a sociedade se dividia em duas seções: “Central e filiais”. (art.3º). As exigências para a constituição de uma filial eram as de “Se localizar fora da Corte, ter de 20 a 50 sócios, que também escolhiam uma diretoria de três médicos ou cirurgiões ou pessoas hábeis a exercer a homeopatia, além de sustentar pelo menos um consultório gratuito.”.
        O seu primeiro secretário, João Vicente Martins, dirigiu-se à Câmara dos Deputados em fevereiro de 1850, oferecendo medicamentos homeopáticos para tratamento da epidemia da cólera e propondo que fossem criados hospitais onde estes pudessem ser ministrados, deixando a cargo do doente a escolha pelo tratamento alopático ou homeopático. No mês seguinte, não tendo obtido resposta, encaminhou novo oferecimento, sendo então ameaçado de deportação por sua insistência e crítica ao tratamento utilizado pela medicina alopática.
        Em 1847, surgiu uma dissidência entre os homeopatas que admitiam certos princípios e práticas da alopatia, e que por isso julgavam primordiais os diplomas de médico ou de farmacêutico conferidos pelas instituições de ensino oficiais alopatas, para o exercício da medicina e farmácia homeopáticas.
        Denominados "evolucionistas", opunham-se aos chamados "puristas", reunidos em torno de Benoit Jules Mure e do Instituto, que defendiam a liberdade de profissão, entendendo que a homeopatia podia ser praticada por quem desejasse, após receber noções na Escola Homeopática do Brasil por meio de livros, para os que residissem fora da capital do Império. Estes consideravam que a alopatia, diversa da homeopatia, não podia habilitar ninguém a exercer a doutrina de Hahnemann.
        Os seguidores da homeopatia estudavam o Organon e Doenças Crônicas, enfatizando o cuidado com o doente e não com a doença, assim como davam ênfase a importância da tratamento dos miasmas, a origem das desarmonias.
        Os "evolucionistas", separaram-se do Instituto Homeopático do Brasil e de sua Escola, e fundaram a Academia Médico-Homeopática do Brasil. Criou-se daí por diante uma polêmica constante pela imprensa entre os membros do Instituto, partidários de Mure, e os da Academia, ligados a Duque-Estrada.
        A partir de abril de 1848, com a partida de Benoit Jules Mure para a Europa, foram fundadas outras filiais da Escola Homeopática do Brasil, como em São Luís (Maranhão) em 1849, pelo professor Carlos Chidloé e o homeopata baiano Sabino Olegário Ludgero Pinho, que continuaram a obra de Mure, de ensinar a homeopatia para qualquer pessoa interessada.
        Após sair do Brasil, Mure casou-se com Sophie Lemaire, uma homeopata experiente e reconhecida e continuou a seguir seu ideal de fundar uma sociedade mais justa. Decidiu, então, ir para o Cairo e, ao mesmo tempo, descobrir a origem do Nilo, ainda desconhecida naquela época. Foram para o Sudão e depois para Gênova, onde abriram um ambulatório e também ensinavam a prática da homeopatia. Foi lá que os surpreendeu a epidemia de cólera de 1854. Dedicaram noites e dias ao atendimento dos doentes.
        Seu sucesso foi tal que chegavam doentes de localidades vizinhas para serem atendidos. Entretanto, o governo não só não reconheceu seus esforços como processou seus alunos por exercício ilegal da medicina. Mure, então, fechou o ambulatório, mas a multidão, furiosa, dirigiu-se até a prefeitura aos gritos de “Homeopatia ou morte!”. Foi necessário convocar o exército de Turim para conter a revolta. Mure e Sophie voltaram para o Egito, onde Mure passou os últimos dois anos de sua vida dedicado ao ensino da homeopatia para leigos. Depois de sua morte, em 1858, Sophie permaneceu mais dois anos no Cairo, atendendo doentes.
        Retornou para a França em 1860. Sabe-se que, 15 anos mais tarde, residia na ilha de Jersey, dedicada a cumprir a última vontade de Mure: tornar suas obras conhecidas do povo. Foi graças aos esforços de Sophie que as obras de Mure sobreviveram.
        Somente em 1912 foi criada a Faculdade de Medicina Homeopática do Rio de Janeiro e o Instituto Hahnemaniano, sem data certa, sendo hoje a Escola de Medicina e Cirurgia do Instituto Hahnemanniano com orientação totalmente alopática, contrariando os princípios da homeopatia.
        Desde o início, a homeopatia foi completamente livre no Brasil, pois Mure ensinou esta doutrina para todos aqueles que tinham interesse em aprendê-la, não necessitando de formação médica.
Quando o Dr. Mure veio para o Brasil, o Dr. Hahnemann ainda era vivo e, com certeza, sabia do que ele fazia por aqui, pois mantinha comunicação estreita com o seu mestre. Há 167 anos a homeopatia foi introduzida no Brasil para o povo e somente a 29 anos é tida como uma especialidade médica.
        Sigamos o exemplo do Dr. Mure, o exemplo de Melanie, esposa de Hahnemann, que foi a primeira homeopata não médica a exercer ativamente a homeopatia, recebendo até mesmo autorização oficial para tal.
        Continuemos a seguir o exemplo de Hahnemann, usando a arte de curar, que prioriza os sintomas de alta hierarquia, energéticos, na hora da escolha do remédio, bem como a identificação das doenças pelos miasmas. Não deturpemos os ensinamentos de Mure para o povo, que permaneceu ao lado dos “puristas”, que seguiam os ensinamentos da verdadeira homeopatia pura enfatizada por Hahnemann durante toda a sua vida.
        Assim, desde o ano 1840 a Homeopatia é exercida legalmente no Brasil.
        Esta Ciência não se trata apenas como uma especialidade da Medicina, mas tem amplo uso de domínio público.
        Muito outros profissionais, ministros religiosos, teólogos, e até mesmo as senhoras donas-de-casa, têm se valido dos benefícios desta eficaz terapia.
        A Homeopatia está consolidada no Brasil, pois além de ser reconhecida em 1980 pelo Conselho Federal de Medicina, a Homeopatia é estudada no Brasil, através de Cursos de Extensão Universitária da Ciência da Homeopatia.
        A partir de 1979 a Homeopatia passou a constar no Conselho de Especialidades Médicas da Associação Médica Brasileira e em 1980, do rol de especialidades do Conselho Federal de Medicina, deixando de fazer parte das medicinas alternativas e passando a constituir parte do que hoje se chama medicinas integrativas.
        O SUS, Sistema Único de Saúde a inclui em suas rotinas de atendimento e hoje está estabelecida como política de Estado.
        Há no País médicos, veterinários, odontólogos, além de farmacêuticos, teólogos, psicanalistas, psicólogos, filósofos, agrônomos, e outros profissionais de níveis superiores que trabalham oficialmente com a Homeopatia.
        Há também a notável formação em Ciência da Homeopatia ministrada em seu Curso de Extensão Universitária, chancelado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), que com todo o seu embasamento legal e científico tem oficialmente formado os Terapeutas Homeopatas, para o exercício desta profissão de grande relevância para a saúde do povo brasileiro, em todo o território nacional.
        Os Terapeutas Homeopatas, em decorrência da sua formação e capacitação nesta Ciência, têm todo o respaldo legal, para exercer os seus trabalhos profissionais, no território nacional, em consonância com o que preceitua a Portaria 397 de 09/10/2002, do Ministério de Trabalho e Emprego, Classificação Brasileira de Ocupações, C.B.O. 3221-25.
        A atuação profissional do Terapeuta Homeopata está consolidada nas legislações pertinentes em vigor no País, e foi também validada pela Ação Civil Pública nº 2006.71.00.033780-3 (RS) em sentença da Justiça Federal do Brasil que confirma a legalidade da Portaria 971 do Ministério da Saúde: "Com relação à Homeopatia o seu exercício por profissionais não médicos está previsto pela Lei n° 5.991/73".
        A Portaria nº 971, de 03 de Maio de 2006, que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde, da qual a Ciência da Homeopatia faz parte, é um grande avanço para a atuação dos Terapeutas Homeopatas no SUS, à nossa população brasileira tão necessitada de saúde integral para sua melhor qualidade de vida.
        Entre as universidades brasileiras que permitem o ensino da Ciência da Homeopatia, a maioria deixa a critério dos alunos a opção entre estudá-las ou não, ao definirem as disciplinas relacionadas ao método como eletivas.
        A Homeopatia foi difundida para todo o mundo e continua em plena atuação.
        Atualmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselha os seus estados membros a regular a Homeopatia de forma a garantir a inocuidade dos produtos que são comercializados sem prescrição médica.
        A OMS reconhece legalmente um aumento da utilização de produtos homeopáticos em todo o mundo.
        O documento de Estratégia da OMS sobre medicina tradicional 2002-2005, aborda as questões de segurança, qualidade e eficácia da medicina tradicional (MT) e medicina complementar e alternativa (MCA).
        O principal objetivo destas estratégias é desenvolver um guia técnico de controle de qualidade e segurança para produtos de MT/MCA.
        Assim, estes documentos oficiais produzidos pela Organização Mundial de Saúde afirma que esta promove a implantação desta prática em todos os sistemas nacionais de saúde, dos países que integram a ONU.
        O tratamento homeopático consiste em fornecer a um paciente sintomático doses extremamente diluídas de compostos que são tidos como causas em pessoas saudáveis dos sintomas que pretendem contrariar, sendo estes potencializados através de técnicas de diluição, dinamização e sucussão que liberaram energia. Deste modo, o sistema de cura natural da pessoa é estimulado a estabelecer uma reação de restauração da saúde por suas próprias forças, de dentro para fora. Este tratamento é destinado para a pessoa como um todo e não somente para a doença.
        Para a Homeopatia, os sinais e sintomas da maioria das doenças se instalam, devido a um desequilíbrio do organismo no seu campo mais profundo que é a energia vital, (organizadora de todos os sistemas). É possível que a energia vital seja a reguladora do sistema psico-neuro-endócrino, que comandam todos os sistemas e aparelhos do nosso corpo.
        Desta maneira, se o organismo estiver em equilíbrio, suas defesas estarão bem, o suficiente para não permitir que desencadeiem as doenças, sejam elas psíquicas ou orgânicas.
        Outro conceito relevante da Homeopatia diz respeito aos sinais e sintomas da enfermidade, que são uma maneira do organismo reagir a alguma agressão (estresse).
        O interessante na Homeopatia é que através dos sinais e sintomas peculiares ou particulares de cada pessoa numa determinada doença, o profissional pode chegar ao medicamento homeopático personalizado daquele paciente.
        A Homeopatia trabalha com medicamentos personalizados, em função do quadro apresentado de cada paciente.
        O medicamento homeopático personalizado pode ajudar a reequilibrar a energia vital desse paciente, para que o organismo possa retornar ao seu estado de saúde.
        O medicamento homeopático personalizado pode ajudar na reestabilização do organismo como um todo, para melhor lidar com essas situações.
        Os remédios homeopáticos não possuem princípios ativos químicos e sim atuam por campo de energia vital metabólica. Para se preparar um medicamento homeopático, o farmacêutico especializado em Homeopatia utiliza técnicas específicas para extrair a energia da substância, que pode ser uma planta, ou mineral, ou substância orgânica.
        A informação da energia extraída destas substâncias fica armazenada nas moléculas de água do remédio. Ao ingerir o medicamento correto, este vai estimular o organismo a se reorganizar no seu campo de energia para retornar ao seu equilíbrio normal, assim vai reforçar suas defesas psíquicas e orgânicas (sistema psico-neuro-endócrino), para combater a doença, bem como impedir que haja a vulnerabilidade do organismo para a recidiva da enfermidade.
        Com isso a Homeopatia não só pode atuar no tratamento, mas também é notável na prevenção das enfermidades.
        Como as doenças são desencadeadas por muitos fatores, faz-se necessário ao homeopata investigar e orientar o paciente no melhor caminho, eliminando agentes estressores, que podem ser: um erro na alimentação, sedentarismo, abuso de substâncias, etc.
        Deste modo evita-se também os obstáculos na ação mais profunda da medicação homeopática.
        Em geral, existe um remédio homeopático profundo, que mais se encaixa com a personalidade do paciente, isto vai ajudar a manter um melhor equilíbrio do organismo para lidar com o estresse do dia a dia, bem como facilitar a pessoa ter mais equilíbrio e motivação para fazer escolhas mais conscientes e buscar seus sonhos adormecidos.
        O que vai possibilitar melhor qualidade de vida ao nosso povo brasileiro, bem como para todas as nações da Terra, com a prática da Ciência da Homeopatia.

        "A Homeopatia repousa unicamente sobre a experiência. Imitai-me, mas imitai-me bem e vereis a cada passo a confirmação de minha afirmativa.
        A nossa arte com o tempo tornar-se-á o carvalho sagrado, o carvalho de Deus. Estenderá seus ramos enormes, inabaláveis nas tempestades. A humanidade que sofreu tantos males descansará sob sua sombra benéfica."
                                                              DR. SAMUEL HAHNEMANN.