Dr. SAMUEL HAHNEMANN
SÍNTESE HISTÓRICA DA CIÊNCIA DA HOMEOPATIA
“Os
mais inestimáveis tesouros são: a consciência irrepreensível e a boa saúde. O
amor a Deus e o estudo de si mesmo oferecem uma; a Homeopatia oferece a outra.”
DR. SAMUEL HAHNEMANN.
O
vocábulo Homeopatia, derivada das palavras gregas homoios, que quer dizer
"semelhante", e páthos, que se traduz por "sofrimento",
essencialmente, significa tratar o semelhante com o semelhante.
O
Pai da Medicina, Hipócrates, nascido na Grécia em 460 a.C. na ilha de Cós, e
falecido em 370 a.C. em Tessália, foi o precursor desta nobre Ciência.
Muito estudioso e pesquisador do campo da saúde
viveu na mesma época que os grandes filósofos gregos Sócrates e Platão.
Sua
família já era tradicionalmente conhecida por legar de uma geração para a outra
a prática do que viria a constituir a Medicina. Hipócrates parece ter
percorrido toda a Grécia e chegou até o Oriente Próximo. Ele dirigiu a
importante Escola de Cós, que via a enfermidade como um mecanismo mórbido que
deve ser analisado em suas variadas manifestações, independente de sua causa
original.
A
medicina seria definida, portanto, como o ofício de cuidar do doente, conforme
as regras estabelecidas pela própria práxis, sob a inspiração do exame atento e
detalhado da situação em questão. Este movimento na área da saúde é
completamente atrelado à presença de Hipócrates em sua liderança.
O
Pai da Medicina estabeleceu, em sua prática, quatro princípios fundamentais:
jamais prejudicar o enfermo; não buscar aquilo que não é possível oferecer ao
paciente, os famosos milagres; lutar contra o que está provocando a
enfermidade; acreditar no poder de cura da Natureza.
Desta
forma o verdadeiro médico, para cumprir os preceitos de Hipócrates, precisa
seguir algumas normas, como: combater a raiz da enfermidade através de seus
opostos; atuar habilmente; agir no organismo enfermo com equilíbrio e bom
senso; oferecer ao doente a necessária educação; cuidar do indivíduo levando em
conta sua singularidade, seu tipo físico, sexo, faixa etária, entre outros
fatores; perceber o momento mais adequado de intervir no tratamento; levar em
conta não só a fração do organismo afetada, mas o seu todo; sempre se deixar
guiar pela ética.
Hipócrates
criou a célebre doutrina dos quatro humores: sangue, fleugma ou pituíta, bílis
amarela e bílis negra, para melhor entender o funcionamento do corpo humano,
englobando a própria personalidade do Homem.
Conforme
estes humores alcançam o necessário equilíbrio, a saúde está presente no
organismo; se um deles está em menor proporção ou em quantidade excessiva, o
desequilíbrio se instaura, provocando dor e enfermidades. Esta visão
hipocrática perdurou até o século XVIII.
O
grande estudioso, que lutou constantemente contra o pensamento mágico e
supersticioso, oferecia três espécies de tratamento, a sangria, para acabar com
os excessos; o purgante, com o objetivo de complementar a purificação do
organismo; e a dieta, para prevenir a constituição dos maus humores.
O
contato com a natureza é igualmente uma prescrição significativa, segundo o
famoso médico.
Para
Hipócrates, as doenças estavam igualmente relacionadas ao meio ambiente, ao
clima, a uma determinada raça e à alimentação. Seus principais conceitos estão
contidos em sua obra Aforismos, e muitos deles ainda têm validade no mundo
contemporâneo.
Fundamental
também é sua ética, resumida no célebre Juramento de Hipócrates. De acordo com
alguns pesquisadores, porém, este paradigma que até hoje se esforça para guiar
a conduta médica pode ter sido criado bem depois da época de Hipócrates. Mas
com certeza foi pelo menos inspirado em suas atitudes éticas.
Assim,
Hipócrates percebeu que havia dois meios básicos de tratar o paciente: através
dos contrários (Alopatia) e através dos semelhantes (Homeopatia).
Na forma dos "Contrários", a
medicação age contra os sintomas.
Na
forma dos "Semelhantes", os medicamentos têm capacidade de produzir
os mesmos sintomas apresentados pela pessoa que sofre, "A lei dos
semelhantes".
Em
ambos os casos ele acreditava que o médico estava apenas criando condições
corretas para aumentar o poder de recuperação interno, Vis medicatrix naturae,
que levava à cura.
Centenas
de anos depois de Hipócrates, na Europa do século XVI, Paracelso, recolocou os
méritos do tratamento dos semelhantes pelos semelhantes.
Paracelso
era o pseudônimo de Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, nasceu
em Einsiedeln,
na Suíça em 17 de dezembro de 1493, e faleceu em Salzburgo,
na Áustria, 24 de setembro de 1541 foi um médico, físico, pesquisador suíço-alemão.
A ele também é creditado a criação do nome do elemento Zinco, chamando-o de Zincum.
Seu pseudônimo significa "superior a Celso, médico romano". Ele é
considerado por muitos como um reformador do medicamento. Também é aclamado por
suas realizações em Química e como fundador da Bioquímica e da Toxicologia.
Somente
no século XVIII, entretanto, os princípios básicos foram formalizados em um
verdadeiro sistema de medicina integrativa pelo Dr. Samuel Hahnemann.
A
Homeopatia é uma ciência baseada na experimentação, que pratica um sistema
terapêutico que contempla a totalidade do ser humano em detrimento de doenças
isoladas. Ela atua por meio de estímulos energéticos desencadeados por
medicamentos homeopáticos com o intuito de reequilibrar a energia vital dos
pacientes.
A
Homeopatia é uma filosofia, lato sensu, holística, vitalística, pelo fato de
interpretar doenças e enfermidades como causadas pelo desequilíbrio ou
distúrbio da energia vital ou força vital no organismo de quem as apresenta. Desse modo, ela vê tais distúrbios como
manifestações em sintomas únicos e bem definidos. Sustenta que a força vital
tem o poder de se adaptar a causas internas ou externas. É a lei da
suscetibilidade homeopática, sob a qual um estado mental negativo pode fazer
surgir as manifestações genéticas hereditárias de predisposições às doenças,
chamadas de miasmas, as quais invadem o organismo e produzem os sintomas das
doenças.
A
Homeopatia utiliza substâncias dos reinos: vegetal, animal e mineral para a
elaboração de seus medicamentos. Sua abrangência vai desde a infância à
terceira idade.
A
Homeopatia é orientada por quatro princípios fundamentais: lei dos semelhantes,
experimentação na pessoa sadia, doses infinitesimais e o medicamento único.
O
princípio da lei dos semelhantes estabelece que uma doença específica pode ser
curada pela substância capaz de reproduzir os mesmos sintomas da doença. Ou
seja: o que causa mal a alguém “saudável” pode curar alguém doente. Se um
veneno produz efeitos como vômitos em uma pessoa, a versão homeopática,
diluída, desse mesmo veneno poderá tratar pacientes com problemas de vômitos
recorrentes, e assim por diante.
A
experimentação na pessoa sadia dita que os testes de medicamentos homeopáticos
realizados em pessoas saudáveis. Desta maneira, é possível avaliar os efeitos
objetivos e subjetivos e encontrar o “veneno que em doses homeopáticas cura”.
As
doses infinitesimais consistem na diluição dinâmica de um medicamento e
agitação (dinamização) para despertar propriedades latentes.
Neste
princípio de tão diluído o remédio não há nenhuma molécula mensurável do
princípio ativo original. Alguns experimentos indicam que os fenômenos da
física quântica explicam a eficácia dos medicamentos homeopáticos.
O
princípio da administração do medicamento único, afirma que a intervenção
inicial deverá ser realizada por vez, o paciente deverá tomar o medicamento que
contenha o maior número de estímulos para os sintomas que o paciente apresenta,
que é o simillimum do paciente.
Desta
forma, o homeopata conseguirá avaliar a eficácia da terapia de forma mais
precisa.
O
Pai da Homeopatia foi o médico Dr. Christian Friedrich Samuel Hahnemann, mais
conhecido como Dr. Samuel Hahnemann, nascido na Alemanha em 10 de Abril de 1755
e falecido em 02 de Julho de 1843 em Paris.
Era filho de um pintor das famosas cerâmicas de
Meissen.
O
Dr. Samuel Hahnemann, assim como seus pais, teve uma sólida formação
espiritual, possuía uma fé devocional prática no DEUS CRIADOR, O Doador da
Vida, pois era cristão luterano tendo também uma origem judaica, como podemos
observar pelo seu sobrenome Samuel, que foi adotado posteriormente como sendo o
seu principal.
O
significado do nome SAMUEL, em hebraico, é profético, pois significa,
"aquele que ouve ao Senhor DEUS".
O
Dr. Samuel Hahnemann foi formado em medicina pela Universidade de Erlandgen, em
1779, exerceu a profissão por vários anos, em Viena e passou a exercer a medicina
oficial da época.
Isto aconteceu antes de desiludir-se com os
tratamentos médicos brutais e duvidosos daqueles tempos.
Em
função disso desistiu de praticar a medicina tradicional da época, começou a
estudar química e sustentava-se modestamente com seus escritos e traduções. Até
voltar à prática da medicina, já com o enfoque homeopático.
A
partir de 1804 intensificou suas pesquisas no campo da nova ciência e
finalmente em 1810 publicou O primeiro tratado sobre Homeopatia, O ORGANON, A
ARTE DE CURAR.
Esta
data ficou sendo um marco para a história da Ciência da Homeopatia mundial.
O
Dr. Samuel Hahnemann verificou que chacoalhando vigorosamente cada dose
diluída, o remédio resultante não só produzia menores agravamentos como se
tornara mais potente. Isto foi chamado de potencialização.
Também
o conceito de força vital foi fundamental para o estudo da Homeopatia.
Para
o Dr. Samuel Hahnemann, o medicamento não atuava sobre a doença, mas sobre a
força vital do paciente, restaurando-lhe o equilíbrio interno.
O
Dr. Samuel Hahnemann, contudo, rejeitou a ideia de ser a doença algo separado,
como uma entidade invasora e insistiu em que ela faz parte do mecanismo
metabólico de um todo vital, ou seja nos aspectos do mental, do emocional e do
físico, onde se manifesta de modo visível, os desequilíbrios energéticos e as
desarmonias dos campos mentais e emocionais.
O
Dr. Samuel Hahnemann publicou vários livros com suas experimentações, através
dos quais foi difundindo a medicina homeopática.
À
época de sua morte aos 88 anos, em 1843 a Homeopatia já havia sido divulgada e
espalhada em toda a Europa, sendo esta ciência espalhada pelo mundo.
Na
Inglaterra, O Dr. Harvey Quin fundou em 1844 a Sociedade Homeopática Britânica
e colaborou com abertura do Hospital Homeopático de Londres, em 1850. No final do século XIX, já existiam hospitais
homeopáticos em toda a Europa, Rússia, nas Américas e na Índia.
Aqui
no Brasil, em 1810, o estadista brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva, o
Patriarca da Independência, grande naturalista e estudioso da mineralogia,
conheceu e interessou-se pela Ciência da Homeopatia ao se corresponder com o
Dr. Samuel Hahnemann, considerado o maior químico da época.
Em
1840, chegou ao Rio de Janeiro o conceituado médico francês Dr. Benoit Jules
Mure, para implantar uma colônia com mais cem famílias.
Em
sua curta estada no Rio de Janeiro, Dr. Mure clinicou e difundiu a Ciência da
Homeopatia. Nesse mesmo período, conheceu Souto Amaral, célebre cirurgião
brasileiro, a quem ensinou os preceitos da Homeopatia.
O
Dr. Mure recebeu uma licença imperial para colonizar a península de Saí, em
Santa Catarina, aonde chegou em 21 de novembro, data escolhida para comemorar o
Dia da Homeopatia e o Dia dos Homeopatas, no Brasil. Foi o Dr. Mure que
organizou a Escola Suplementar de Medicina e Instituto Homeopático de Saí. No
dia 21 de novembro de 1840 o médico homeopata francês Benoit Jules Mure, fiel
seguidor de Hahnemann, desembarcava na região litorânea que divide os estados
do Paraná e Santa Catarina conhecida por Barra do Sahy.
O
Dr. Mure chegou ao Brasil com o objetivo de introduzir a homeopatia, mas antes tentou
implantar um projeto de colonização de orientação socialista francesa, o
Falastério do Saí. Em novembro de 1842 fundou a Escola Suplementar de Medicina e
Instituto Homeopático de Saí. Como
não deu certo, pois não encontrou respaldo, mudou-se para o Rio de Janeiro onde
fundou o Instituto Homeopático do Brasil, em 10 de dezembro de 1843, com a finalidade
de difundir a Homeopatia para o povo e de propagá-la em favor das classes
pobres.
Segundo
seus estatutos apresentados naquela ocasião (Apud GALHARDO, 1928, p.305-307), o
Instituto tinha por fim "Propagar a homeopatia por meio de ensino,
publicações, experiências e prática desta ciência; e pela preparação dos
remédios homeopáticos, os mais puros e homogêneos que seja possível obter."
(art.1º).
A
entidade era constituída por médicos, cirurgiões e outras pessoas que se
mostrassem interessadas em contribuir "com seus serviços, meios
pecuniários e valimento, na conformidade dos regulamentos e por espontaneidade."
(art.2º).
Os
estatutos estabeleciam ainda que a sociedade se dividia em duas seções: “Central
e filiais”. (art.3º). As exigências para a constituição de uma filial eram as
de “Se localizar fora da Corte, ter de 20 a 50 sócios, que também escolhiam uma
diretoria de três médicos ou cirurgiões ou pessoas hábeis a exercer a
homeopatia, além de sustentar pelo menos um consultório gratuito.”.
O
seu primeiro secretário, João Vicente Martins, dirigiu-se à Câmara dos
Deputados em fevereiro de 1850, oferecendo medicamentos homeopáticos para
tratamento da epidemia da cólera e propondo que fossem criados hospitais onde
estes pudessem ser ministrados, deixando a cargo do doente a escolha pelo
tratamento alopático ou homeopático. No mês seguinte, não tendo obtido
resposta, encaminhou novo oferecimento, sendo então ameaçado de deportação por
sua insistência e crítica ao tratamento utilizado pela medicina alopática.
Em
1847, surgiu uma dissidência entre os homeopatas que admitiam certos princípios
e práticas da alopatia, e que por isso julgavam primordiais os diplomas de
médico ou de farmacêutico conferidos pelas instituições de ensino oficiais
alopatas, para o exercício da medicina e farmácia homeopáticas.
Denominados
"evolucionistas", opunham-se aos chamados "puristas",
reunidos em torno de Benoit Jules Mure e do Instituto, que defendiam a
liberdade de profissão, entendendo que a homeopatia podia ser praticada por
quem desejasse, após receber noções na Escola Homeopática do Brasil por meio de
livros, para os que residissem fora da capital do Império. Estes consideravam
que a alopatia, diversa da homeopatia, não podia habilitar ninguém a exercer a
doutrina de Hahnemann.
Os
seguidores da homeopatia estudavam o Organon e Doenças Crônicas, enfatizando o
cuidado com o doente e não com a doença, assim como davam ênfase a importância
da tratamento dos miasmas, a origem das desarmonias.
Os
"evolucionistas", separaram-se do Instituto Homeopático do Brasil e
de sua Escola, e fundaram a Academia Médico-Homeopática do Brasil. Criou-se daí
por diante uma polêmica constante pela imprensa entre os membros do Instituto,
partidários de Mure, e os da Academia, ligados a Duque-Estrada.
A
partir de abril de 1848, com a partida de Benoit Jules Mure para a Europa, foram
fundadas outras filiais da Escola Homeopática do Brasil, como em São Luís
(Maranhão) em 1849, pelo professor Carlos Chidloé e o homeopata baiano Sabino
Olegário Ludgero Pinho, que continuaram a obra de Mure, de ensinar a homeopatia
para qualquer pessoa interessada.
Após
sair do Brasil, Mure casou-se com Sophie Lemaire, uma homeopata experiente e
reconhecida e continuou a seguir seu ideal de fundar uma sociedade mais justa.
Decidiu, então, ir para o Cairo e, ao mesmo tempo, descobrir a origem do Nilo,
ainda desconhecida naquela época. Foram para o Sudão e depois para Gênova, onde
abriram um ambulatório e também ensinavam a prática da homeopatia. Foi lá que
os surpreendeu a epidemia de cólera de 1854. Dedicaram noites e dias ao
atendimento dos doentes.
Seu
sucesso foi tal que chegavam doentes de localidades vizinhas para serem
atendidos. Entretanto, o governo não só não reconheceu seus esforços como
processou seus alunos por exercício ilegal da medicina. Mure, então, fechou o
ambulatório, mas a multidão, furiosa, dirigiu-se até a prefeitura aos gritos de
“Homeopatia ou morte!”. Foi necessário convocar o exército de Turim para conter
a revolta. Mure e Sophie voltaram para o Egito, onde Mure passou os últimos
dois anos de sua vida dedicado ao ensino da homeopatia para leigos. Depois de
sua morte, em 1858, Sophie permaneceu mais dois anos no Cairo, atendendo
doentes.
Retornou
para a França em 1860. Sabe-se que, 15 anos mais tarde, residia na ilha de
Jersey, dedicada a cumprir a última vontade de Mure: tornar suas obras
conhecidas do povo. Foi graças aos esforços de Sophie que as obras de Mure
sobreviveram.
Somente
em 1912 foi criada a Faculdade de Medicina Homeopática do Rio de Janeiro e o Instituto
Hahnemaniano, sem data certa, sendo hoje a Escola de Medicina e Cirurgia do
Instituto Hahnemanniano com orientação totalmente alopática, contrariando os
princípios da homeopatia.
Desde
o início, a homeopatia foi completamente livre no Brasil, pois Mure ensinou
esta doutrina para todos aqueles que tinham interesse em aprendê-la, não
necessitando de formação médica.
Quando o Dr. Mure veio para o Brasil, o Dr. Hahnemann
ainda era vivo e, com certeza, sabia do que ele fazia por aqui, pois mantinha
comunicação estreita com o seu mestre. Há 167 anos a homeopatia foi introduzida
no Brasil para o povo e somente a 29 anos é tida como uma especialidade médica.
Sigamos
o exemplo do Dr. Mure, o exemplo de Melanie, esposa de Hahnemann, que foi a
primeira homeopata não médica a exercer ativamente a homeopatia, recebendo até
mesmo autorização oficial para tal.
Continuemos
a seguir o exemplo de Hahnemann, usando a arte de curar, que prioriza os
sintomas de alta hierarquia, energéticos, na hora da escolha do remédio, bem
como a identificação das doenças pelos miasmas. Não deturpemos os ensinamentos
de Mure para o povo, que permaneceu ao lado dos “puristas”, que seguiam os
ensinamentos da verdadeira homeopatia pura enfatizada por Hahnemann durante
toda a sua vida.
Assim,
desde o ano 1840 a Homeopatia é exercida legalmente no Brasil.
Esta
Ciência não se trata apenas como uma especialidade da Medicina, mas tem amplo
uso de domínio público.
Muito
outros profissionais, ministros religiosos, teólogos, e até mesmo as senhoras
donas-de-casa, têm se valido dos benefícios desta eficaz terapia.
A
Homeopatia está consolidada no Brasil, pois além de ser reconhecida em 1980
pelo Conselho Federal de Medicina, a Homeopatia é estudada no Brasil, através
de Cursos de Extensão Universitária da Ciência da Homeopatia.
A
partir de 1979 a Homeopatia passou a constar no Conselho de Especialidades
Médicas da Associação Médica Brasileira e em 1980, do rol de especialidades do
Conselho Federal de Medicina, deixando de fazer parte das medicinas
alternativas e passando a constituir parte do que hoje se chama medicinas
integrativas.
O
SUS, Sistema Único de Saúde a inclui em suas rotinas de atendimento e hoje está
estabelecida como política de Estado.
Há
no País médicos, veterinários, odontólogos, além de farmacêuticos, teólogos,
psicanalistas, psicólogos, filósofos, agrônomos, e outros profissionais de
níveis superiores que trabalham oficialmente com a Homeopatia.
Há
também a notável formação em Ciência da Homeopatia ministrada em seu Curso de
Extensão Universitária, chancelado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV),
que com todo o seu embasamento legal e científico tem oficialmente formado os
Terapeutas Homeopatas, para o exercício desta profissão de grande relevância
para a saúde do povo brasileiro, em todo o território nacional.
Os
Terapeutas Homeopatas, em decorrência da sua formação e capacitação nesta
Ciência, têm todo o respaldo legal, para exercer os seus trabalhos profissionais,
no território nacional, em consonância com o que preceitua a Portaria 397 de
09/10/2002, do Ministério de Trabalho e Emprego, Classificação Brasileira de
Ocupações, C.B.O. 3221-25.
A
atuação profissional do Terapeuta Homeopata está consolidada nas legislações
pertinentes em vigor no País, e foi também validada pela Ação Civil Pública nº
2006.71.00.033780-3 (RS) em sentença da Justiça Federal do Brasil que confirma
a legalidade da Portaria 971 do Ministério da Saúde: "Com relação à
Homeopatia o seu exercício por profissionais não médicos está previsto pela Lei
n° 5.991/73".
A
Portaria nº 971, de 03 de Maio de 2006, que aprova a Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde, da
qual a Ciência da Homeopatia faz parte, é um grande avanço para a atuação dos
Terapeutas Homeopatas no SUS, à nossa população brasileira tão necessitada de
saúde integral para sua melhor qualidade de vida.
Entre
as universidades brasileiras que permitem o ensino da Ciência da Homeopatia, a
maioria deixa a critério dos alunos a opção entre estudá-las ou não, ao
definirem as disciplinas relacionadas ao método como eletivas.
A
Homeopatia foi difundida para todo o mundo e continua em plena atuação.
Atualmente,
a Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselha os seus estados membros a regular
a Homeopatia de forma a garantir a inocuidade dos produtos que são
comercializados sem prescrição médica.
A
OMS reconhece legalmente um aumento da utilização de produtos homeopáticos em
todo o mundo.
O
documento de Estratégia da OMS sobre medicina tradicional 2002-2005, aborda as
questões de segurança, qualidade e eficácia da medicina tradicional (MT) e
medicina complementar e alternativa (MCA).
O
principal objetivo destas estratégias é desenvolver um guia técnico de controle
de qualidade e segurança para produtos de MT/MCA.
Assim,
estes documentos oficiais produzidos pela Organização Mundial de Saúde afirma
que esta promove a implantação desta prática em todos os sistemas nacionais de
saúde, dos países que integram a ONU.
O
tratamento homeopático consiste em fornecer a um paciente sintomático doses
extremamente diluídas de compostos que são tidos como causas em pessoas
saudáveis dos sintomas que pretendem contrariar, sendo estes potencializados
através de técnicas de diluição, dinamização e sucussão que liberaram energia. Deste
modo, o sistema de cura natural da pessoa é estimulado a estabelecer uma reação
de restauração da saúde por suas próprias forças, de dentro para fora. Este
tratamento é destinado para a pessoa como um todo e não somente para a doença.
Para
a Homeopatia, os sinais e sintomas da maioria das doenças se instalam, devido a
um desequilíbrio do organismo no seu campo mais profundo que é a energia vital,
(organizadora de todos os sistemas). É possível que a energia vital seja a
reguladora do sistema psico-neuro-endócrino, que comandam todos os sistemas e
aparelhos do nosso corpo.
Desta
maneira, se o organismo estiver em equilíbrio, suas defesas estarão bem, o
suficiente para não permitir que desencadeiem as doenças, sejam elas psíquicas
ou orgânicas.
Outro
conceito relevante da Homeopatia diz respeito aos sinais e sintomas da
enfermidade, que são uma maneira do organismo reagir a alguma agressão
(estresse).
O
interessante na Homeopatia é que através dos sinais e sintomas peculiares ou
particulares de cada pessoa numa determinada doença, o profissional pode chegar
ao medicamento homeopático personalizado daquele paciente.
A
Homeopatia trabalha com medicamentos personalizados, em função do quadro
apresentado de cada paciente.
O
medicamento homeopático personalizado pode ajudar a reequilibrar a energia
vital desse paciente, para que o organismo possa retornar ao seu estado de
saúde.
O
medicamento homeopático personalizado pode ajudar na reestabilização do
organismo como um todo, para melhor lidar com essas situações.
Os
remédios homeopáticos não possuem princípios ativos químicos e sim atuam por
campo de energia vital metabólica. Para se preparar um medicamento homeopático,
o farmacêutico especializado em Homeopatia utiliza técnicas específicas para
extrair a energia da substância, que pode ser uma planta, ou mineral, ou
substância orgânica.
A
informação da energia extraída destas substâncias fica armazenada nas moléculas
de água do remédio. Ao ingerir o medicamento correto, este vai estimular o
organismo a se reorganizar no seu campo de energia para retornar ao seu
equilíbrio normal, assim vai reforçar suas defesas psíquicas e orgânicas
(sistema psico-neuro-endócrino), para combater a doença, bem como impedir que
haja a vulnerabilidade do organismo para a recidiva da enfermidade.
Com
isso a Homeopatia não só pode atuar no tratamento, mas também é notável na
prevenção das enfermidades.
Como
as doenças são desencadeadas por muitos fatores, faz-se necessário ao homeopata
investigar e orientar o paciente no melhor caminho, eliminando agentes
estressores, que podem ser: um erro na alimentação, sedentarismo, abuso de
substâncias, etc.
Deste
modo evita-se também os obstáculos na ação mais profunda da medicação
homeopática.
Em
geral, existe um remédio homeopático profundo, que mais se encaixa com a
personalidade do paciente, isto vai ajudar a manter um melhor equilíbrio do organismo
para lidar com o estresse do dia a dia, bem como facilitar a pessoa ter mais
equilíbrio e motivação para fazer escolhas mais conscientes e buscar seus
sonhos adormecidos.
O
que vai possibilitar melhor qualidade de vida ao nosso povo brasileiro, bem
como para todas as nações da Terra, com a prática da Ciência da Homeopatia.
"A
Homeopatia repousa unicamente sobre a experiência. Imitai-me, mas imitai-me bem
e vereis a cada passo a confirmação de minha afirmativa.
A
nossa arte com o tempo tornar-se-á o carvalho sagrado, o carvalho de Deus.
Estenderá seus ramos enormes, inabaláveis nas tempestades. A humanidade que
sofreu tantos males descansará sob sua sombra benéfica."
DR.
SAMUEL HAHNEMANN.