A IMPORTÂNCIA DO ACONSELHAMENTO BÍBLICO EFICAZ
Todos nós, em algum
momento, enfrentamos a necessidade de aconselhar alguém. Mesmo que o
aconselhamento não seja uma função específica nossa, haverá oportunidade em que
seremos demandados para opinar sobre determinada questão. Deus vocaciona alguns
para conselheiros, porém todos nós estamos na posição de aconselhar. O que
fazer? Em primeiro lugar, entender que a sabedoria não vem do conselheiro, mas
do relacionamento com Deus por meio do conhecimento da Bíblia com a prática, da
oração, do jejum e da busca incessante por sabedoria vinda do alto. Nem sempre
uma solução para um determinado caso poderá ser usado para solucionar outro
caso semelhante. As pessoas são diferentes, com motivações diferentes. Por essa
razão, é necessário que a comunhão com Deus esteja mantida, pois é dele que vem
a resposta. O papel do conselheiro é, antes de tudo, ser submisso à voz de Deus
para entregar ao aconselhado a mensagem que vem da boca do Senhor.
A pessoa do aconselhado
sempre está em posição de fragilidade emocional. É, portanto, papel do
conselheiro ensinar o aconselhado a depender de Deus e não dele. A
questão física deve ser tratada, mas a espiritual somente Deus revela. Logo, o
aconselhado deve ser orientado a procurar profissionais de saúde, quando for o
caso e a buscar a Deus para se fortalecer na graça e no conhecimento do nosso
Senhor Jesus.
O cristão deve está
separado de tudo que o identifica com o mundo secular. Somos chamados para
sermos luz e sal da terra. Devemos transformar nossa mente e não tomar forma
deste mundo. O papel do cristão, principalmente do que aconselha, é está
separado dos valores deste mundo para entender qual seja a boa, perfeita e
agradável vontade de Deus e, assim, ter testemunho diante de Deus e dos homens.
Suas palavras ao aconselhar não deve ser do tipo “ eu acho”, “eu penso”, mas do
tipo “a Bíblia assim diz”, “ O Senhor assim determina em sua Palavra”. Para ter
essa segurança, é necessário que o cristão saiba se comportar no ambiente
secular, dando testemunho de integridade, retidão e comunhão com Deus.
A PESSOA DO CONSELHEIRO
É imprescindível que
haja relacionamento do conselheiro com Deus. O suporte para aconselhar vem de
Deus. A pessoa dá o que tem. Se tiver relacionamento com Deus, tem a base para
o aconselhamento. Deus prometeu utilizar-se dos ministros da sua Palavra para,
por meio deles, efetuar a pregação que regenera e, por conseguinte, a
santificação, a mudança progressiva rumo à imagem de Cristo.
Ninguém está forte sem a
presença de Deus e ninguém vai para frente deixando Deus para trás, por ser
isso impossível, pois o profeta Isaías garante: Agindo Deus, quem impedirá? O
conselheiro depende da renovação das forças que o Senhor dá. Ele precisa da
sabedoria que vem do alto. É confortante para o aconselhado ouvir de seu
conselheiro que Jesus Cristo é seu salvador pessoal e que ele não o vê mais
como um na multidão. Isso é importante no processo de aconselhamento e fator
crucial para a mudança do comportamento pecaminoso do aconselhado para uma
novidade de vida.
O aconselhado necessita
de um histórico pessoal que atue como suporte. É a luta diária e como se sai.
Deus permite certas pessoas a passarem por luta, para serem usadas por Deus. Há
um esvaziamento de si mesmo nas lutas do dia a dia. Deus é o que dá a
graça. O conselheiro que tem histórico como suporte para o aconselhamento
pode estimular o aconselhado a mudar de comportamento, de cárter e de vida.
Todo cristão tem plena condição de desenvolver os frutos do Espírito e assim
libertar-se do jugo do pecado e da escravidão em que vive. Esse comportamento
passa a assumir uma mudança na estrutura de pensamento em que antes estava
alicerçada. É fundamental que exista a esperança para se prosseguir. Com isso,
o histórico pessoal ganha a cada dia dados para um aconselhamento eficaz.
O aconselhado precisa de
busca pessoal por sabedoria. Nada sabe o conselheiro, mas Deus tudo sabe. A
orientação que vem do alto para cada situação é que vai valer. Deve
cuidar para que as palavras sejam bênçãos e não maldição. O suporte não deve
ser o mesmo de um determinado aconselhado, mas a fortaleza que recebe de Deus e
a orientação é que vão nortear o que se deve falar, orientar. Antes de
atender ao aconselhado, ora e pede a Deus sabedoria.
A certeza e a efetiva
preservação dos santos na fé implica fidedignidade da Palavra do senhor, que é
inspirado por Ele mesmo, e útil para ao aconselhamento, isto é, para o ensino,
repreensão, correção e a educação na justiça, provocando a benfazeja mudança,
tornando o aconselhado perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.
Forma de aconselhar, cuja base e dependência encontrarem-se no homem e não em
Deus é absolutamente indesejável e causa transgressão das disposições
estabelecidas por Deus mesmo em sua Palavra, pois dele somos dependentes. E a
dependência se enquadra também no aconselhamento.
O conselheiro deve ter
consciência de sua própria limitação. Saber o tempo de dizer “não posso
aconselhar neste caso” é uma ordenança do ministério de aconselhamento. Os
conselhos que vêm de Deus prosperam. O conselheiro só vai saber que não sabe,
quando busca de Deus uma resposta. E deve saber a hora de dizer: vamos aguardar
uma resposta de Deus em oração. Ao submeter-se aos interesses e
prioridades dos outros, o conselheiro se torna servo, qualidade de quem busca a
Deus e amigo, ao ofertar sua vida como sustentação para os outros. O
conselheiro torna-se um profeta, pois passa a ouvir de Deus o que deve exortar,
confortar e consolar.
Na função de
conselheiro, não se troca problemas, mas passa força a outros. Portanto, o
conselheiro não deve tratar problemas pessoais com o aconselhado. Deve ser um
evangelista, no sentido de comunica de modo compreensível e por todos os meios
os propósitos de Deus. Um dos papéis mais importantes do conselheiro é o de
intercessor. Ele se coloca no lugar do outro e roga a Deus uma solução. Deve
evitar as palavras “eu acho” e “eu penso”. O conselheiro deve ser firme em suas
posições.
A PESSOA DO ACONSELHADO
O aconselhado
encontra-se em posição de fragilidade emocional. Portanto, é papel do conselheiro
ensiná-lo a depender de Deus. Não se tem controles sobre emoção. Por isso, é
importante que o conselheiro conheça bem as características do aconselhado.
Somos cheios de certezas, mas a verdade é uma só: Jesus. Ele deve ser a
essência dos conselhos, e a base deve ser o Espírito Santo e não a sabedoria do
conselheiro. Não devemos subestimar o sofrimento do aconselhado, mas mostrar a
ele a fortaleza de Deus e a graça redentora que pode levá-lo a encontrar
alternativas.
A RELAÇÃO ENTRE O CONSELHEIRO E O ACONSELHADO
O CONSELHEIRO não é um
solucionador de problemas e não tem a resposta para todo questionamento. É
necessário o desejo de aprender e aprender bem. O que exorta, faça-o com
dedicação (Romanos 12:87). Para que esse trabalho se efetive de maneira
adequada, é fundamental a unção do Espírito Santo e o conhecimento técnico e
teórico específico. O aconselhado deve está disposto a ceder ponto de
vista já formado e a procurar testar outras soluções para os problemas
apresentados. Os mais fortes devem suportar as fraquezas dos mais fracos
(Romanos 15:1). O conselheiro leva o indivíduo a mudar algumas formas de
pensar, que, por si só, não consegue enxergar alternativas que muitas vezes já
estão à sua disposição. A busca de auxílio se dá pelo desejo de mudança. O
conselheiro cristão deve compreender o outro como ser humano, com seus anseios,
medos, valores. Por isso, deve andar ao lado do aconselhado para o ajudar a
encontrar outros meios de sair do problema que o aflige.
Hebreus 3: 13
“exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de
que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado”.
O CRISTÃO E O AMBIENTE SECULAR DO MUNDO
Estamos no mundo, mas
não somos do mundo. Palavras tiradas do ensinamento de Jesus. O ambiente
secular não pode ser absorvido pela mente do cristão. Programas de televisão
que depõem contra a santidade, músicas profanas, companhias influenciadoras do
padrão do mundo não podem contribuir para a formação do pensamento do cristão.
O que a Bíblia nos diz sobre essa questão? Não devemos nos conformar com este
mundo, isto é, não devemos tomar a forma deste mundo. Mas transformar nossa
mente para sabermos qual a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Fomos
chamados para servir. Devemos remir o nosso tempo, servindo a Deus com
toda pureza e dedicação à sua obra. Somos transformados pela provação, mas Deus
tem um propósito em cada problema que enfrentamos. Devemos buscar a ajuda em
Deus para o mal de cada dia.
DEUS TEM UM PROPÓSITO POR TRÁS DE CADA PROBLEMA DA
VIDA
Ele usa as
circunstâncias para desenvolver nosso caráter. Na verdade, ele se utiliza mais
das circunstâncias para nos tornar semelhantes a Jesus do que da nossa leitura
da Bíblia. A razão é óbvia: você se defronta com as circunstâncias da vida 24 horas
por dia.
“... pois os nossos
sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que
pesa mais do que todos eles.” 2 Coríntios 4.17.
O Senhor Jesus nos
alertou dizendo que teríamos problemas no mundo. (João 16.33). Ninguém está
imune à dor ou livre de sofrer; e ninguém tem a oportunidade de atravessar a
vida sem problemas. A vida é uma série de problemas. Toda vez que você resolve
um, tem outro aguardando a vez. Nem todos são grandes, mas todos são
importantes para o processo de crescimento que Deus tem para você. Pedro nos
assegura de que problemas são normais: “Amados, não se surpreendam com o fogo
que surge entre vocês para os provar, como se algo estranho lhes estivesse
acontecendo. Mas alegrem-se à medida que participam dos sofrimentos de Cristo,
para que também, quando a sua glória for revelada, vocês exultem com grande
alegria.” (1Pedro 4.12-13).
A RAZÃO DOS PROBLEMAS DA
VIDA
Deus utiliza os
problemas para trazê-lo para perto de si. A Bíblia diz: “O Senhor está perto
dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito abatido.” (Salmos
34.18). Suas mais íntimas e profundas experiências de adoração ocorrerão
provavelmente nos dias mais sombrios, quando seu coração estiver partido, você
se sentir abandonado, não tiver mais nenhuma opção, a dor for intensa, e você
buscar somente a Deus. É durante períodos de sofrimento que aprendemos a fazer
nossas orações mais sinceras, autênticas e honestas para com Deus. Quando
sentimos dor física ou emocional, não temos disposição para orações
superficiais.
Quando a vida é um mar
de rosas, podemos passar o tempo adquirindo conhecimentos sobre o Senhor Jesus,
imitando-o, citando-o e falando sobre ele. Mas é somente ao sofrer que
conheceremos o Senhor Jesus. No sofrimento, aprendemos coisas a respeito de
Deus que não podemos aprender de nenhuma outra forma.
Deus podia ter mantido
José fora da cadeia, (Gênesis 39.20-22) Daniel fora da cova dos leões, (Daniel
6.16-23) evitado que Jeremias fosse lançado em um poço de lama, (Jeremias 38.6)
impedido os três naufrágios de Paulo, (2 Coríntios 11.25) evitado que os três
jovens hebreus fossem jogados na fornalha em chamas (Daniel 3.1-26), mas não o
fez. Ele deixou que esses problemas ocorressem, e, em decorrência deles, cada
um desses homens foi trazido para mais perto de Deus.
Os problemas nos forçam
a olhar para Deus e a depender dele em vez de confiar em nós mesmos. Paulo
testificou desse benefício: De fato, já tínhamos sobre nós a sentença de morte,
para que não confiássemos em nós mesmos, mas em Deus, que ressuscita os mortos.
Ele nos livrou e continuará nos livrando de tal perigo de morte. Nele temos
colocado a nossa esperança de que continuará a livrar-nos. (2 Coríntios 1.9-10)
Você nunca saberá que Deus é tudo o que você precisa até que ele seja tudo o
que você tiver. Independentemente da causa, nenhum de seus problemas poderia
acontecer sem a permissão de Deus. Tudo o que ocorre a um filho de Deus é
filtrado por ele, e ele pretende usar tudo isso para o bem, mesmo que Satanás e
outros tencionem usar para o mal.
Uma vez que Deus está
soberanamente no controle, acidentes são apenas circunstâncias do plano de Deus
para você. Como todos os dias de sua vida foram escritos no calendário de Deus
antes que você nascesse (Salmos 139.16), tudo que acontece com você tem
significado espiritual. Tudo! Romanos 8.28,29 explica por quê: “Sabemos que
Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram
chamados de acordo com o seu propósito.Pois aqueles que de antemão conheceu,
também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que
ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Romanos 8.28,29).
Essa é uma das passagens
bíblicas mais incompreendidas e erroneamente citadas. Ela não diz: “Deus faz
que tudo saia da forma que eu quero”. É lógico que isso não pode ser verdade.
Também não diz: “Deus faz que tudo na terra acabe com um final feliz”. Isso
também não é verdade. Existem muitos finais infelizes sobre a terra.
Vivemos em um mundo
caído. Somente no céu tudo é perfeito, da forma que Deus quer. É por isso que
temos de orar: Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. (Mateus
6.10) Para compreender inteiramente Romanos 8.28, você deve examinar frase por
frase:
“Sabemos...” Nossa
esperança em tempos difíceis não é fundamentada em pensamentos positivos, em
anseios ou em um otimismo natural. É uma certeza que se baseia na verdade de
que Deus tem pleno controle do Universo e ama a todos nós.
“... que Deus age...” Há
um Grande Projetista por trás de tudo. Nossa vida não é o resultado de um acaso
fortuito, destino ou sorte. Existe um plano-mestre. A história pertence a Deus.
É Deus quem controla o leme. Nós cometemos erros, mas Deus jamais. Deus não
pode cometer um erro, porque Ele é Deus.
“... em todas as
coisas...” O plano de Deus para nossa vida envolve tudo que nos acontece:
erros, pecados e mágoas. Ele inclui doenças, dívidas, acontecimentos infelizes,
divórcio e a morte de pessoas queridas. Deus pode fazer o bem aflorar da pior
perversidade. Ele fez isso no Calvário. Não de forma isolada ou
independentemente; os fatos de sua vida agem em conjunto, conforme o plano de
Deus. Não são atos isolados, mas partes interdependentes do processo que o
tornarão semelhante a Cristo. Para fazer um bolo, você utiliza farinha, sal,
ovos crus, açúcar e óleo. Comidos isoladamente, cada ingrediente é bastante
desagradável ou mesmo amargo. Mas asse-os juntos, e se tornarão deliciosos. Se
você der a Deus todas as suas experiências horríveis e desagradáveis, ele as
misturará para que se tornem agradáveis.
“... para o bem...” Isso
não quer dizer que tudo na vida seja bom. Grande parte do que acontece no nosso
mundo é mau e cruel, mas Deus é especialista em extrair o bem de tudo isso. Na
genealogia oficial de Jesus Cristo, (Mateus 1.1-16) existem quatro mulheres
listadas: Tamar, Raabe, Rute e Bate-Seba. Tamar seduziu seu sogro para
engravidar. Raabe era prostituta. Rute nem mesmo era judia, e infringiu a lei
casando com um judeu. Bate-Seba cometeu adultério com Davi, o que acabou
causando o assassinato do marido. Não são exatamente reputações excelentes, mas
Deus fez que o bem resultasse do mal, e Jesus veio através dessa linhagem. O
propósito de Deus é maior que nossos problemas, nosso sofrimento e até mesmo
nossos pecados.
“... daqueles que o amam
e são chamados...” Essa promessa é somente para os filhos De Deus, não para
todos. Todas as coisas contribuem para o mal daqueles que vivem em oposição a
Deus, insistindo em seguir o próprio caminho.
“... de acordo com o seu
propósito...” Que propósito é esse? É que sejamos “iguais a seu Filho”. Tudo
que Deus deixa acontecer na nossa vida é permitido por causa desse propósito!
EDIFICANDO UM CARÁTER SEMELHANTE AO DE CRISTO
Somos como joias
moldadas com o martelo e o cinzel da adversidade. Se o martelete do Joalheiro
não for forte o suficiente para aparar nossas arestas, ele usará uma marreta.
Se formos realmente obstinados, ele utilizará uma britadeira. Usará o que for
necessário.
Cada problema é uma
oportunidade para edificação do caráter, e, quanto mais difícil for, maior será
o potencial para o desenvolvimento de músculos espirituais e de fibra moral.
Paulo disse: Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque
sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter
aprovado; e o caráter aprovado, esperança. (Romanos 5.3-4) O que acontece
exteriormente em sua vida não é tão importante quanto o que acontece dentro de
você. As circunstâncias da vida são temporárias, mas o caráter durará para
sempre.
A Bíblia frequentemente
compara as provações ao fogo que refina o metal, queimando as impurezas. Pedro
disse: Nisso vocês exultam, ainda que agora, por um pouco de tempo, devam ser
entristecidos por todo tipo de provação. Assim acontece para que fique
comprovado que a fé que vocês têm, muito mais valiosa do que o ouro que perece,
mesmo que refinado pelo fogo é genuína e resultará em louvor, glória e honra,
quando Jesus Cristo for revelado.(1Pedro 1.6-7) Foi feita a seguinte pergunta a
um ourives: “Como você sabe que a prata é pura?”. Ele respondeu: “Quando vejo
meu reflexo nela”. Quando você é refinado pelas provações, as pessoas podem ver
o reflexo de Jesus em você. Tiago disse: “Meus irmãos, considerem motivo de
grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que
a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa,
a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.”
(Tiago 1.2-4)
Visto que Deus tenciona torná-lo semelhante a Jesus, ele o fará passar pelas
mesmas experiências que Jesus passou. Isso inclui solidão, tentação, pressão,
críticas, rejeição e muitos outros problemas. A Bíblia diz que Jesus aprendeu a
obedecer por meio dos seus sofrimentos e foi aperfeiçoado por meio dos seus
sofrimentos. (Hebreus 5.8.9) Por que Deus nos eximiria de passar por aquilo que
permitiu que seu próprio Filho passasse? Paulo disse: Se somos filhos, então
somos herdeiros; herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo, se de fato
participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória.
(Romanos 8.17).
REAGINDO AOS PROBLEMAS COMO O SENHOR JESUS REAGIRIA
Os problemas não
produzem automaticamente a vontade de Deus. Muitas pessoas se tornam mais
amargas em vez de melhorar, e nunca crescem. Você tem de reagir da forma que
Jesus reagiria.
Lembre-se de que o plano
de Deus é bom. Ele sabe o que é melhor para você e visa apenas a seu bem. Deus
disse a Jeremias: Os planos que tenho para vocês são planos de fazê-los
prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.
(Jeremias 29.11) José compreendeu essa verdade quando, falando aos seus irmãos
que o venderam como escravo, disse: Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus
o tornou em bem. (Gênesis 50.20) Ezequias expressou os mesmos sentimentos em
relação à doença que ameaçava tirar sua vida: Foi para o meu beneficio que
tanto sofri. (Isaías 38.17)
É vital que você se
mantenha concentrado no plano de Deus, não no seu problema ou sofrimento. Foi
assim que Jesus suportou o sofrimento na cruz, e somos exortados a seguir o seu
exemplo: tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé.
(Hebreus 12.2a) Corrie Tem Boom, que sofreu em um campo de concentração
nazista, explicou o poder da concentração: “Se você olhar para o mundo, ficará
aflito. Se olhar para si, ficará deprimido. Mas, se olhar para Cristo, ficará
descansado!”. Seu enfoque determinará seus sentimentos. O segredo da
resistência é lembrar-se de que o sofrimento é temporário, mas sua recompensa
será eterna. Moisés aguentou uma vida de problemas porque contemplava a sua
recompensa. (Hebreus 11.26) Paulo suportou as adversidades da mesma forma. Ele
disse: pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós
uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. (2Coríntios 4.17).
Não se renda a
considerações de curto prazo. Mantenha-se concentrado no resultado final:
Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a
glória que em nós será revelada.(Romanos 8.18).
Exulte e agradeça. A
Bíblia diz: Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de
Deus para vocês em Cristo Jesus. (1Tessalonicenses 5.18) Como isso é possível?
Repare que Deus nos manda dar graças “em todas as circunstâncias”, e não “por todas
as circunstâncias”. Deus não espera que você seja agradecido pelo mal, pelo
pecado, pelo sofrimento ou por suas consequências dolorosas neste mundo. Em vez
disso, Deus quer que você seja grato por ele usar os problemas que o afligem
para o cumprimento de seus propósitos.
A Bíblia diz: Alegrem-se
sempre no Senhor. (Filipenses 4.4) Ela não diz: “Alegrem-se no seu sofrimento”.
Isso é masoquismo. Você se alegra “no Senhor”. Não importa o que aconteça você
pode se alegrar no amor, na atenção, na sabedoria, no poder e na fidelidade de
Deus. Jesus disse: Regozijem-se nesse dia e saltem de alegria, porque grande é
a sua recompensa no céu. (Lucas 6.23).
Nós também podemos nos
alegrar ao saber que Deus está passando pelo sofrimento junto conosco. Não
servimos a um Deus distante e desligado, que se distancia de nós e tenta nos
motivar com frases feitas. Ao contrário, ele entra no nosso sofrimento. Jesus
fez isso ao encarnar, e hoje é seu Espírito que faz isso em nós. Deus jamais
nos deixará por nossa conta.
Recuse-se a desistir.
Seja paciente e persistente. A Bíblia diz: “Meus irmãos, considerem motivo de
grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que
a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa,
a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.”
(Tiago 1.2-4)
A construção do caráter
é um processo lento. Sempre que tentamos evitar ou escapar das dificuldades da
vida, invalidamos o processo, atrasamos nosso crescimento e na verdade acabamos
com um tipo de sofrimento ainda pior, o tipo inútil, que acompanha a negação e
a rejeição. Quando você compreende as consequências eternas do desenvolvimento
de seu caráter, faz menos orações do tipo “Consola-me” (“Faze que eu me sinta
melhor”) e mais orações do tipo “Torna-me adequado” (“Usa isso para tornar-me
mais semelhante a ti”).
Você sabe que está
amadurecendo quando começa a ver a mão de Deus nos acontecimentos aleatórios e
confusos e nas circunstâncias da vida aparentemente sem sentido.
Se você estiver enfrentando problemas neste exato momento, não pergunte: “Por
que eu?”. Em vez disso, pergunte: “O que você quer que eu aprenda?”. Então
confie em Deus e siga fazendo o que é certo. Vocês precisam perseverar, de modo
que, quando tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que ele prometeu.
(Hebreus 10.36) Não desista, cresça! Agindo dessa forma, o ambiente secular vai
está longe do nosso pensamento!!
A PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO BÍBLICO
Aconselhar: Dar um
parecer, opinião sobre o que convém fazer.
O Cristianismo possui,
em seu bojo, um caráter de orientar e instruir o caminho, que as pessoas devem
andar (Sl 32:8); a isto chamamos de aconselhamento; dar um parecer bíblico como
resposta a um problema ou a uma dúvida, ditando uma solução ou resposta que se
tornará eficiente se for acompanhada pela obediência. Sem sombra de dúvida, se
não houver uma atitude de obediência, o aconselhamento será infrutífero.
Portanto, é de suma importância que o conselheiro instrua a pessoa no caminho da
obediência (não só ouvir, mas praticar aquilo que está recebendo como conselho
divino). Na verdade, nosso Deus é conselheiro (Is 9:6,7). Ele ocupa esta
posição, e para nós é um grande refrigério, pois, sabemos que Ele é perfeito em
tudo que faz, e na Luz deste Conselheiro, nós veremos a nossa luz (Sl 36:9).
A UNIVERSALIDADE DO
MINISTÉRIO DE ACONSELHAMENTO
Todo cristão é chamado
para um ministério de encorajamento e ajuda aos outros, especialmente aos da
família da fé. Nós precisamos adquirir a ousadia e a intrepidez de Deus, para
encorajarmos e auxiliarmos os membros de uma comunidade local, fazendo com que
haja no nosso meio um sentimento de amor e fraternidade, aonde um venha levar a
carga do outro, e também um possa orar pelo outro.
O encorajamento é uma
espécie de ministério de aconselhamento que está a disposição de todo crente.
ACONSELHAMENTO COMO
MINISTÉRIO
Na gloriosa epístola de
Paulo aos efésios, temos a descrição dos dons ministeriais (4:11,12), onde
vemos o ministério pastoral entrando como uma parte importante do corpo de
Cristo, que tem por característica tônica "o tratar e apascentar o
rebanho". No item anterior, vimos que todos podem e devem exercer o
ministério de encorajamento e ajuda, contudo, agora veremos aqueles que possuem
o "Dom de Ministério". Como saberei que fui chamado?
Primeiramente, você
deverá ser ungido por uma autoridade eclesiástica que analisará diante de Deus
a tua vocação. É claro que em sua vida você deverá apresentar marcas como:
preocupação e zelo pelo rebanho; desejo de participar dos problemas com
objetivo de saná-los pelo poder de Deus; o amor é a marca evidente do ministro
de aconselhamento, sendo a visita o resgate das almas que, por algum motivo,
estão se desviando do caminho, ou ainda precisando de fortalecimento. Estas são
características que confirmam a unção no ministério de aconselhamento.
O apostolo Paulo diz que
os dons ministeriais visam o desenvolvimento dos santos e o seu equipamento.
Notem que este ministério é de grande importância, visto que, não podemos
perder nenhuma das ovelhas que o Senhor nos concedeu. O Eterno Eu Sou quer
encher sua casa (igreja), mas todos nós sabemos que isto nunca acontecerá se o
número de ovelhas perdidas continuar aumentando. Por isso, o ministério de
aconselhamento é aquele que fecha a "brecha", para não perdemos
ninguém, e com júbilo apresentarmos o rebanho ao Senhor, naquele dia em que Ele
vier arrebatar a igreja. Aleluia !
O equipamento é
justamente, o fazer discípulos para o ministério, dando-lhes o conhecimento e
as estratégias de Deus para que se tornem também resgatadores de almas.
Podemos dizer que
aconselhar é exortar, pois a palavra exortar (paraclesis), significa
"andar ao lado para ajudar" (Rm 12:8). Implica em atividades tais
como: advertir, apoiar e encorajar. Ele é mencionado entre os dons espirituais
possuídos por algumas pessoas e não por todas. Ser conselheiro é receber uma
capacitação sobrenatural de Deus, para levá-las a verdade através da orientação
e do ensino.
O ALVO DO ACONSELHAMENTO
Observe o que poderia
ser uma conversa típica entre um conselheiro e seu "aconselhado".
Aconselhado: - Estou tão
desanimado! Acho que vou desistir. Deve haver algum modo de me ajudar. Se mais
uma coisa não der certo, vou enlouquecer.
Conselheiro: - Fale
mais! (é importante você ganhar a confiança e deixá-la a vontade. Ouça antes de
falar, não roube o lugar daquele que precisa de aconselhamento; neste período
fique em oração, sabendo que a resposta deverá vir de Deus e não de você).
Aconselhado: - Embora eu
seja cristão e creia na Bíblia, nada está dando certo. Já tentei orar,
confessar, dar, me arrepender, tudo. Alguma coisa deve estar errado.
Conselheiro: - Eu sei
que a tua resposta está mesmo em Deus, Vamos examinar as coisas, a fim de ver o
que pode estar bloqueando a obra de Deus na tua vida.
Agora, a dependência do
Espírito é fundamental, pois, Ele, somente Ele, tem a resposta para o problema.
Lembre-se você deve ser o instrumento por onde a ministração irá fluir. Não é
você, mas o Senhor que deve falar.
Todo
"aconselhado" tem por objetivo alcançar o bem estar ou a felicidade,
e não há nada de errado nisso. Contudo, muitas pessoas buscam a felicidade
pessoal de forma obsessiva e não entendem que sua felicidade é possível a
partir do momento em que ela aprender o caminho bíblico.
O Senhor nos disse que
existem prazeres para sempre a Sua destra. Se desejamos estes prazeres,
precisamos aprender o que significa estar a destra de Deus. Paulo nos diz que
Cristo foi exaltado a destra de Deus (Ef 1:20). Segue-se naturalmente que,
quanto mais eu permanecer em Cristo, mas gozarei os prazeres provenientes da
comunhão com Deus. Se quero experimentar verdadeira felicidade, devo desejar
acima de tudo tornar-me mais como o Senhor, viver em sujeição a vontade do Pai.
Muitos de nós
estabelecemos como prioridade não o ser igual a Cristo, mas o encontrar a
felicidade. Quero ser feliz, mas a verdade paradoxal é que nunca serei feliz se
minha preocupação primordial for buscar a felicidade. Meu alvo supremo tem que
ser, em todas as circunstâncias, reagir de acordo com os ensinamentos bíblicos,
ou seja, colocar o Senhor em primeiro lugar, procurar me comportar como Ele
deseja. A verdade maravilhosa é que, enquanto eu devotar minha vida a tarefa de
me tornar como Cristo, Ele me encherá de gozo indizível e paz que sobrepuja
tudo o que o mundo possa oferecer. Devo rejeitar o alvo de tornar-me feliz e
adotar o alvo de tornar-me mais parecido com o Senhor. E o resultado será
felicidade, gloria a Deus, aleluia, enquanto permanecer a destra de meu Pai ao
lado do meu Senhor em plena comunhão, eu terei os tesouros do Todo Poderoso
para me deleitar e ser feliz (Cl 1:27 ; 2:2,3,9,10).
A felicidade é uma
consequência real de uma vida frutífera com o Senhor, de uma fé, de uma
confiança inabalável, que, em todas as coisas, crê no impossível e que, para
alcançá-la, nada mais devo fazer do que servir, servir e servir.
Paulo disse que sua
ambição (seu alvo) não era ser feliz, mas agradar a Deus a cada momento. Que
pensamento transformador!
Quando estou dirigindo o
carro e alguém de repente corta minha frente imprudentemente, ou quando algo
sai errado, eu me lembro de que, em primeiro lugar, devo agradar a Deus e
testemunhar minha nova vida. Então dou glória ao nome do Senhor !
Em Hb 13:15,16 diz que
os crentes são sacerdotes e possuem uma dupla função (1) oferecer sacrifícios
de louvor e adoração, (2) oferecer sacrifício de serviço aos outros.
Se quero agradar a Deus
a cada momento, devo ocupar-me primordialmente com adoração e o serviço com os
necessitados.
A maior negligência na
maior parte dos aconselhamentos é esta: a razão bíblica básica de querer
resolver o seu problema pessoal, deveria ser o seu desejo de entrar num
relacionamento mais profundo com Deus, agradá-lo mais efetivamente através do
louvor e do serviço.
Toda tentativa de
sucesso será destruída se o "aconselhado" não entender que ele
necessita de comunhão. Muitas vezes nos ligamos tanto nos problemas que eles se
tornam a razão de nossa vida, dormimos pensando neles, ficamos doentes de tanta
ansiedade e o colocamos como um verdadeiro deus. Eles (os problemas) passam a
ocupar o primeiro lugar nas nossas vidas e desta forma nos distanciamos de Deus
e cada vez mais nos atolamos neste abismo chamado "problema pessoal".
As recompensas são
abundantes na vida daqueles que servem ao Senhor. Paulo foi grandemente
fortalecido em suas aflições (aleluia, glória a Deus, Ele nos dá força,
proteção e vitória em meio as aflições), pela esperança que vinha do céu. O
apóstolo teve lutas, contudo, sabia que o seu Redentor estava vivo e que seria
socorrido em momento oportuno. Nosso irmão Jó, é um exemplo de servidão em meio
a tribulação, continuou louvando o Senhor e crendo no Seu poder. Devemos
entender que "...todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a
Deus", nós somos propriedade de Deus, povo adquirido (2 Pe 2:9,10), e a
nossa melhor atitude em meio a adversidade é a de nos alegrarmos em Deus (Tg
1:2-4) e desta forma deixarmos o inimigo furioso com nossa gratidão e
confiança. Em todas as coisas somos mais que vencedores, é isto que a Palavra
do Deus vivo nos diz. Ainda que um exército se acampe contra mim o meu coração
não temerá, sabe por quê?
Ele esta comigo sua vara
e o seu cajado me consolam, Ele me deu a credencial de filho e me outorgou o
direito de ser herdeiro de suas promessas. Aleluia!
O que devo fazer é em
toda situação servi-lo e dignifica-lo através de uma vida correta e cheia de fé
e esperança.
Como a árvore dá o seu
fruto, assim, a vida cristã me dá a felicidade.
Aleluia, Bendito o nome
do Senhor!
A MATURIDADE CRISTÃ
É interessante
observarmos a forma de aconselhamento do apóstolo Paulo (Cl. 1:28). Ele sempre
tinha por objetivo promover a maturidade cristã, na forma espiritual e emocional,
em outras palavras o discipulado é de grande importância, pois a igreja de
Cristo deve andar pela fé e não pelas coisas que se veem. Entendo que no início
da vida cristã pode-se parecer difícil, mas na verdade não é.
Não creio que Deus nos
daria mecanismos complexos e difíceis de entendermos. A experiência cristã tem
início com a justificação, e depois que este processo se realiza temos a
regeneração, e por fim, a santificação que na verdade é o ato pelo qual Deus
nos leva a unidade de pensamentos e atitudes. A Bíblia diz que sem a
santificação ninguém verá o Senhor. A santidade se aproxima muito da
maturidade, sendo que a maturidade não pode existir sem antes ocorrer a
santificação. Na verdade a santidade pode ser definida como: "atitudes positivas
no cumprimento das verdades bíblicas". Quando buscamos a maturidade
cristã, ou, levamos pessoas a ela, estamos firmando um profundo e eficiente
alicerce, que a sustentará em todas as situações. Vocês já puderam observar um
salgueiro sacudido pelo vento? Notem como o vento o faz ir de um lado para o
outro, contudo, ele não cai. Sabe por quê? É por que possui um bom alicerce no
solo (grandes raízes). Assim também nós devemos ser, ainda que agitados e
açoitados, permanecemos firmes (Mt 7:24-27). Porque as angustias do tempo
presente, não podem ser comparadas com a gloria que se revelará no futuro. Ou
ainda, as lágrimas podem durar uma noite, mas jubilo virá pela manhã. Assim
como recebemos Jesus devemos fazer força para continuarmos nele, pois Ele é
tudo e quem tem o Senhor tem tudo, Ele leva nossas cargas, ansiedades e ainda
manda os seus anjos nos prestar auxilio. Nada pode nos acontecer sem a
permissão de Deus. A maturidade também descansa sobre um fundamento chamado
"certeza ou confiança", quando mostramos tal atitude estamos
externando maturidade.
O homem chamado José do
Egito é um bom exemplo de maturidade e firmeza (Gn 39 – 45).
Certa vez vieram até O
Senhor Jesus dizendo "....pedi aos seus discípulos que expulsassem o
demônio mas não puderam; a resposta de Jesus foi interessante: até quando
estarei convosco e sofrereis". O que isto significa? Que O Senhor Jesus
queria observar justamente a maturidade na vida dos discípulos. Como um bom
Mestre Ele quer nos ensinar, e se aprendermos rápido, sem sombra de dúvida
teremos mais condições de vencermos os conflitos desta vida.
Nada pode ser mais
importante do que: "servir a Deus e andar nos seus caminhos"
O SENHOR JESUS CRISTO COMO CONSELHEIRO EFICAZ
O Senhor Jesus Cristo é
certamente o melhor exemplo que possuímos de um "maravilhoso
conselheiro", cuja personalidade, conhecimento e habilidade capacitaram-no
eficazmente para assistir às pessoas que precisavam de ajuda. Quando tentamos
analisar o aconselhamento de Jesus, existe sempre a tendência, inconsciente ou
deliberada, de encarar o ministério de Cristo de modo a reforçar nossas
próprias opiniões sobre como as pessoas são ajudadas.
A personalidade de Jesus
era, entretanto, básica ao seu estilo de ajuda. Ele demonstrou em seu ensino,
cuidado e aconselhamento para com as vidas que ali estavam.
Todo cuidado demonstrado
por Jesus no atendimento público ou pessoal, era baseado solidamente no
verdadeiro sentido do amor.
Ele é amor diz o
apóstolo João e como um Senhor amoroso necessitava auxiliar o aflito. Por isso
entendemos que a mola mestre do aconselhamento é sem sombra de dúvida o amor.
Outra característica
importante era o desejo de ensinar verdades celestiais, princípios que mudariam
os hábitos de toda uma sociedade. Um dos adjetivos mais gloriosos a respeito do
nome de Jesus é sem sombra de dúvida a expressão Mestre. Ele veio ao mundo para
salvar os pecadores e dar ao homem um novo parâmetro de vida, e Ele sabia que
era necessário ensiná-los. Todo ensinamento visava levar o homem a um novo estado
de vida, por isso não podemos negligenciar este aspecto do ministério de Jesus.
Jesus servia muitas
vezes as pessoas através de sermões, mas também combateu os céticos, desafiou
os indivíduos, curou os doentes, falou com os necessitados, encorajou os desanimados
e deu exemplo de um estilo de vida santo. Em seus contatos com o povo, ele
compartilhou exemplos tirados de situações reais e buscou constantemente
estimular outros a pensarem e agirem de acordo com os princípios divinos. Tudo
isso faz parte de um aconselhamento eficaz.
O aconselhamento
realizado por Jesus não se baseava tão somente nas palavras, mas nas
manifestações do poder do Espírito Santo.
Algo interessante é a
simplicidade no tratar, muitas vezes Ele se utilizava de exemplos simples
tirados da natureza ou do dia a dia. A isto eu chamo de aconselhamento ao
alcance de todos. Aleluia!
Muitos ministros hoje se
veriam em dificuldades pelo fato de fugirem ou perderem a melhor forma de
aconselhamento a simplicidade. Podemos notar um intelectualismo forçado na
linguística de muitos ministros, coisa que na verdade não só intimida as
pessoas simples como também dificulta sua compreensão.
Se observarmos a
multiforme doutrina ensinada por Cristo veremos que Ele ministrou a respeito de
vários assuntos, isso nos leva a uma pergunta. Será que temos conhecimento
sobre os mais diversos temas ensinados pelo Senhor Jesus?
É preciso se preparar
melhor. O Senhor Jesus apesar de ser o Filho do Deus vivo sempre esteve orando,
estudando e se dedicando com afinco. Será que não temos que seguir o caminho do
Rei, será que não temos que pagar o mesmo preço ?
Em toda Bíblia vemos O
Senhor Jesus dando exemplos e parâmetros para seus seguidores e para a
humanidade. Vamos seguir os passos de Jesus !
O Senhor ao vir a este
mundo Ele teve que se esvaziar (Kenosis gr.), ou seja, seus atributos de poder
ficaram retidos no trono, pois, Ele assumiu a nossa natureza e na forma humana
venceu o pecado, contudo, quando Jesus foi batizado no rio Jordão logo após
sair da água o céu se abriu e Ele foi batizado com o poder do Espírito Santo.
Isso o capacitou para
realizar seu ministério, todos devemos buscar a mesma unção de poder para
realizarmos com sucesso o ministério.
Leia atentamente (Jo
14:12 ; Fl 4:13 ; At 1;8 ; 1 Jo 2:27). Notem que podemos ter grande sucesso no
ministério de aconselhamento se buscarmos o poder de Deus. O agir no
sobrenatural é uma benção deixada por Deus a sua igreja (Cl 2:8-9), agora o
corpo de Cristo é a igreja e sobre ela esta o poder de Deus para agirmos no sobrenatural.
Aleluia!
Não vamos esquecer Jesus
realizou seu ministério no poder de Deus (At 10:38) e nós temos que seguir seu
exemplo, atuarmos na unção e no poder do Espírito Santo.
O Senhor Jesus nos dá
vasto entendimento em sua Palavra a respeito das forças espirituais da maldade
nos lugares celestiais (Ef 6:10-18), temos que entender o reino espiritual e
sempre buscarmos discernimento de Deus para sabermos se o problema apresentado
não deriva de uma opressão ou até mesmo possessão demoníaca.
Veja o caso do gadareno,
o filho único de um velho senhor, e tantas outras referências que se fossemos
citar gastaríamos várias linhas.
Não se esqueça de que
nós somos os Embaixadores de Deus na terra, temos autoridade para desfazer as
obras do diabo e nada nos causará dano (Lc 10:19).
Os demônios perderam no
alto da cruz, eles foram despojados e humilhados (Cl 213-15). A pior derrota é
aquela que o inimigo é despojado, isto é, sinônimo de grande assolação,
destruição total. Aleluia, gloria ao Senhor dos Exércitos !
Leia atentamente (Mc
16:15-20) e veja que você tem autoridade. Quando você expulsa um demônio você
simplesmente esta obedecendo uma ordem do Senhor Jesus, por isso, não temas
eles não podem te tocar.
O bom senso e o saber o
que vai se falar, é uma sabedoria que todos devem buscar. O nosso querido
Senhor é um exemplo em tanto "...em quem todos os tesouros da sabedoria e
do conhecimento estão ocultos (Cl 2:3)". O irmão do Senhor Jesus, Tiago
diz que se alguém tem falta de sabedoria peça a Deus, pois este dá graciosamente.
Nosso objetivo nunca
deve ser o de atacar ou muito menos de ofender alguém. O Senhor Jesus é um
exemplo de cordialidade e estima, leia (Jo. 4:1-30).
O PROPÓSITO DO
ACONSELHAMENTO CRISTÃO
Certo dia, em que
ensinava a seus seguidores, Jesus contou a razão de sua vinda a terra: dar-nos
vida em abundância e em toda sua plenitude. Antes disso, no versículo que é
hoje certamente o mais conhecido das Escrituras, Jesus falara sobre o propósito
de Deus ao enviar seu Filho, "para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha vida eterna". Jesus tinha, portanto, dois propósitos
para a humanidade: vida abundante na terra e vida eterna no céu.
O conselheiro que é um
seguidor de Jesus Cristo tem o mesmo objetivo de vida, receber a dupla benção.
No aconselhamento
cristão é muito importante viver o Evangelho, ser um vaso vivo que todos olhem
e vejam a gloria de Deus.
Vamos reconhecer, porém,
que existem muitos cristãos sinceros que terão uma vida eterna nos céus, mas
não gozam de uma vida plena (abundante) na terra. Essas pessoas precisam de
aconselhamento que envolva mais do que evangelização ou educação cristã tradicional.
Elas precisam conhecer o plano de Deus e o poder de Deus, que libertará de uma
vida frustrante e sem proporção. O Espírito Santo sabe o que ela precisa e por
isso o ministro deve ser sensível a orientação deste Deus consolador e
conselheiro.
PASSOS A SEREM
OBSERVADOS E ENSINADOS
AUTOCOMPREENSÃO: Compreender
a si mesmo é, no geral, o primeiro passo para a cura. Muitos problemas são
autoimpostos, mas a pessoa que está sendo ajudada talvez não reconheça que seus
problemas derivam de suas atitudes e de seu comportamento autodestrutivo. Por
exemplo: "ninguém gosta de mim"; mas não percebe que suas reclamações
são a razão de ser tão rejeitado pelos outros. A confissão negativa traz
consequências terríveis. Toda palavra tem poder, para edificar ou destruir.
COMUNICAÇÃO: É bem
conhecido que muitos problemas no casamento estão relacionados com uma falta de
comunicação entre os cônjuges. O mesmo se aplica a outros problemas. Na verdade
as pessoas são incapazes ou não estão dispostas a comunicar-se. O conselheiro
precisa aprender a comunicar sentimentos, pensamentos e atitudes de modo
correto e eficaz. E ainda ensinar o "aconselhado", a ser comunicativo
e temperante, para desta forma obter vitória na vida de relacionamento.
Comportamento: Quase
todo comportamento é fruto de um aprendizado. O conselheiro tem por função
levar o "aconselhado" a um novo molde de vida e comportamento,
livrando-o de maus hábitos e atitudes. Isto geralmente pode ser feito através
de estudo e analise de resultados (por exemplo: o teu mau hábito esta
destruindo o teu casamento etc).
AUTORREALIZAÇÃO (OU
CRISTO REALIZAÇÃO): Tem por objetivo mostrar a importância da vida do indivíduo
e revelar que Cristo, somente Ele poderá trazer um glorioso sentido de
realização e satisfação. Tal conhecimento é de muita importância para o
conselheiro e "aconselhado".
Apoio: O principal
objetivo é mostrar que ele não esta sozinho, que além da ajuda do próprio Deus,
também poderá contar com o conselheiro para auxiliá-lo a levar suas cargas.
A NECESSIDADE DE
ACONSELHAMENTO
O aconselhamento é,
primariamente, uma relação em que uma pessoa, o ajudador, busca assistir outro
ser humano nos problemas da vida. De modo diferente das discussões casuais
entre amigos, a relação de ajuda, é constituída de forma a auxiliá-lo de modo
prático e ativo.
Todo conselheiro deve
demonstrar no ato do aconselhamento uma notória atenção. Este deve conceder
atenção integral ao aconselhado. Isto é feito mediante contato dos olhos,
contudo, com cuidado; nunca arregalar os olhos (diante de qualquer revelação),
mostrar sobriedade, compreensão e muito interesse; muito cuidado com a postura
e ainda com a própria aparência (roupas discretas, banho, dentes etc.); não
utilize gírias, pois isto não deve fazer parte da vida do cristão.
Na verdade o que a
pessoa espera é que dos teus lábios fluam a gloriosa orientação de Deus (Ml
2:7).
Por favor, deixe sua
Bíblia a vista e a utilize, pois não somos psicólogos, mas sim, instrumentos de
revelação, e nossa sabedoria não esta firmada nas coisas deste mundo.
O ambiente também é
importante, deve ser um lugar tranqüilo onde ninguém venha incomodar.
A oração antes do
momento de aconselhar é muito importante, pois neste momento preparamos o
terreno para lançarmos a semente e desfazemos as obras do diabo e ainda
podem-se receber estratégias de Deus para o aconselhamento.
Ouvir é uma arte, tudo
que ouvimos deve ser filtrado pelo Espírito Santo e analisado a luz das
Escrituras. Note, qualquer conselho dado fora das sãs palavras é de nenhum
valor e ainda possui um caráter herético. Já ouvi várias pessoas que disseram
terem sido aconselhadas por "ministros" (sei lá do que) a deixarem
seus maridos e abandonarem seus lares. Outro que recebeu a seguinte revelação
que: "...deveria deixar sua mulher de 45 anos e se casar com uma de 20
anos". Tudo isto é blasfêmia e engano, gostaria de ver alguém receber a
seguinte revelação: "...deixe uma de 20 e se case com uma de 45 ou 55
anos", interessante é que a isto, ninguém nunca obedeceria. Enquanto utilizarmos
a Bíblia como referencial único de aconselhamento e vida cristã, sem sombra de
dúvida seremos bons ministros do reino. Ouvir é importantíssimo porque daquilo
que recebermos através das palavras, utilizaremos para dar o parecer bíblico.
Usarei esta ilustração para melhor entendermos: "...ouvir é como auscultar
o coração de um paciente e desta forma diagnosticar o perfeito
tratamento".
Responder é uma
responsabilidade, imagine um médico dando um remédio errado para um paciente.
Alguém que tem "pressão alta" e é induzida por um médico a tomar um
medicamento que invés de abaixar sua pressão arterial, tem efeito contrário, ou
seja, ajuda a subir. Consequências terríveis poderão acontecer, desde um
derrame (A V C) até um quadro de óbito.
Assim é a palavra que
saí da nossa boca, vida ou morte. (Pv 18:21).
Somente devemos falar
aquilo que temos certeza que é palavra de Deus, nada mais, nada menos.
Perguntar é uma boa arma
que podemos utilizar, procure saber sobre a vida espiritual e outras coisas que
o Espírito te guiar. Procure descontrair o aconselhamento (tenha discernimento)
com perguntas que mostrem o lado bom de outras áreas da vida do aconselhado.
Muitas vezes as pessoas
só olham o lado em crise, faça com que olhem para o lado luminoso e reflitam a
cerca das coisas boas (se existirem).
A intimidade é para
muitos uma pedra de tropeço. É necessário um cuidado sobrenatural, pois,
satanás pode tentar criar situações de interesse e cobiça mútua. Por isso se o
aconselhamento partir por um lado de intimidade sexual, saia fora.
Aconselhamos os homens
ministrarem aos homens e as mulheres as mulheres, portanto, é indicado que
primeiramente os aconselhamentos sejam realizados por equipes de duas ou três
pessoas, sendo uma do sexo feminino. Se tanger para aquela área o ministro ou ministros
pedirão licença e se retirarão para que a ministração se efetue pela do mesmo
sexo e vice-versa.
Não é raro homens e
mulheres se sentirem atraídos pela intimidade dos outros. Vamos vigiar e não
darmos lugar ao diabo (Ef 4:27).
Demonstrar que o aconselhamento
será guardado em sigilo absoluto. Muitos perderam a credibilidade e magoaram
vidas, por não reconhecer a importância do segredo. Ninguém tem o direito de
expor ou ainda comentar a vida de outrem. Portanto, mostre que o teu ministério
é sério e respeitoso. Faça a pessoa sentir isso!
O confronto é uma
técnica de aconselhamento, ela se baseia em você lançar novos conceitos de vida
e conduta no lugar daqueles que infelizmente já existem. Por exemplo:
"...desafie a largar os vícios e mentiras, a deixar a prostituição e o
adultério e a viver a nova vida em Cristo".
Informar é o processo
pelo qual revelamos ao aconselhado as consequências e prejuízos de atitudes
errôneas. Mostrando a luz das Escrituras o que convém fazer.
Apoiar e encorajar
consiste na forma pela qual o conselheiro levanta o ânimo e a vida do
aconselhado, dizendo que existe esperança. O conselheiro lhe mostra o poder de
Deus, o propósito que jamais poderá ser impedido na vida do homem.
Enfim, Deus pode usa o
conselheiro de modo infinito e ilimitado, basta você ter o desejo de ajudar o
teu próximo. Deus é maravilhoso de diversos modos de atuação, contudo,
lembre-se que por mais multiforme e glorioso, Ele não anula a Sua Palavra. Tudo
que você fizer respalde-se na santa Palavra de Deus.
QUALIDADES ESPIRITUAIS DO CONSELHEIRO
PUREZA
A palavra de Deus fala
muito em santidade, no reto viver por parte dos embaixadores do céu. Isaias
52:11 assim o expressa: "Parti, parti ! Retirai-vos daí, não toqueis nada
de impuro ! Deixai estas paragens, purificai-vos, vos que levais os vasos do
Senhor". Deus pode usar qualquer tipo de utensílio, desde que seja limpo.
Vasilha imunda, porém, Ele nem quer e nem pode usar. Não é necessário que tenha
talento ou tampouco dotado de uma superpersonalidade ou ainda eloquente. O que
Deus precisa é de pureza e andar reto.
O salmista assim cantou
a respeito: "Quem subirá ao monte do Senhor? Quem a de permanecer no seu
santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega sua alma
a falsidade, nem jura dolosamente. Este obterá do Senhor a benção e a justiça
do Deus da sua salvação." (Sl 24:3-5).
No célebre sermão da
montanha, quando nosso Salvador pronunciava as benditas promessas que
conhecemos como bem aventuranças, Ele afirmou: "Bem aventurados os limpos
de coração, porque verão a Deus" (Mt 5:8). E em Hebreus 12:14, salienta a
mesma verdade: "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém
verá o Senhor".
Essa pureza de coração,
essa santidade é, evidentemente, a justiça que o crente recebe de Cristo por
ocasião de sua salvação. Sem santidade ninguém pode ver a Deus ou entrar em sua
cidade celestial. Contudo as passagens têm aplicação secundária que ensina que
a justiça na vida da pessoa é condição essencial para se ver no serviço
cristão. A pureza é vitalmente importante para o conselheiro. Veja a referência
de Pedro "Como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos vós mesmos
em todo vosso procedimento, porque escrito está; "Sede santos porque Eu
sou santo" (1 Pe 1:15-16). Paulo admoestou os crentes de Tessalônica :
"...abster-se de toda forma de mal", acrescentando: "O mesmo
Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam
conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo" (1 Ts 5:22-23). Notem o ser conhecido como um homem de Deus não
depende do cargo que você ocupa, mas, sim do estilo de vida que você leva.
Existem muitos que gostam dos cargos, mas será que eles gostam mesmo de Ter uma
vida reta diante de Deus e dos homens?
Isto o fará um homem de
Deus, o Evangelho não pode ser blasfemado, por isso, nós servos devemos ser
"santos servos", padrões para uma sociedade corrompida e destruída
pelo pecado.
Por favor, se sua vida
estiver "podre" não se diga servo do Senhor, não se intitule
"homem de Deus ou ungido do Senhor", pois, sua igreja e
principalmente seus trabalhadores devem ser santos. Aleluia!
Charles G. Finney diz:
"Conserva-te puro: em propósito, em pensamento, em sentimento, em palavra
e ação".
O PODER DOS JOELHOS EM
ORAÇÃO
Se o conselheiro não
aprender a andar de joelho, sem dúvida nada acontecerá no seu ministério. Não
existe nada que substitua este "estilo de vida". A prédica notável
não lhe toma o lugar, nem tampouco o título de doutor (Phd) em alguma área da
teologia, nada faz diferença se o homem de Deus não andar de joelho, aos pés da
Cruz do nosso Senhor Jesus Cristo. Veja o que grandes pregadores disseram a
respeito: Jonathan Edwards falava em "assaltar o céu"; John Knox
lutava com Deus, bradando: "Ó Deus, dá-me a Escócia ou eu morro !";
Martinho Lutero confessou: "Se deixo de orar pelo menos duas horas cada
manhã, o diabo ganha a vitória durante o dia"; Spurgeon :"Devemos Ter
por norma jamais vermos a face dos homens antes de vermos a face de Deus".
Notem que devoções
apresadas produzem fé débil, convicções fracas e piedade duvidosa. Estar pouco
na companhia de Deus é uma forte atenuante para conquistarmos a derrota diária
na vida pessoal. A oração ligeira produzirá aconselhamento ligeiro (sem
atuação, convicção e resultado), a oração dá corpo ao aconselhamento e
produzirá respostas positivas por parte do aconselhado. Nunca se esqueça que
homens de oração são homens de poder!
Vejamos as exortações
bíblicas no que diz respeito a vida de oração:
(Ef
6:18 ; Lc 6:12 ; Lc 19:46 ; At 1:14 ; At 2:42 ; At 6:4 ; At 12:5 ; Ef
1:16). Toda
Bíblia fala de oração e a nós, que conhecemos e ainda servimos ao Senhor num
ministério, só nos resta obedecer. Tal negligência redundará em desgraça e
decepção, portanto, melhor é obedecer do que sacrificar.
O que é muito difícil
para muitos, é compreender que a obra de Deus deve ser realizada dentre os
moldes já estabelecidos por Deus.
Obedecer é melhor do que
sacrificar, façamos aquilo que é tão somente necessário, e a oração ocupa esta
posição.
ESTUDO DAS ESCRITURAS
SAGRADAS
Deveria ser evidente
para todos que o íntimo conhecimento da Palavra de Deus é necessário para quem
queira pregar ou aconselhar com poder. Entretanto, por mais estranho que
pareça, muitos ministros, não abrem a Bíblia a não ser para procurar um
"texto apropriado", que se adapte as suas idéias. É em primeiro lugar
ao ministro que é dirigida a mensagem de 2 Tm 2:15 "Procura apresentar-te
a Deus, aprovado como obreiro que não tem que se envergonhar, que maneja bem a
Palavra da verdade". Se houver falha neste item, será impossível cumprir o
chamado ministerial e demonstrar maturidade na observância das orientações de
Deus. Leia 1 Pe 3:15 "Santificai a Cristo, como Senhor, em vossos
corações, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir
razão da esperança que há em vós, fazendo-o com mansidão e temor".
Nenhum ministro poderá
ser um homem cheio do Espírito no ministério, sem que primeiro, seja um homem
cheio das Escrituras na sua vida particular. Observe o glorioso exemplo dado
por Spurgeon "o príncipe dos pregadores": "Certa vez ele em sua
casa observou pela janela que um homem vez após vez, ia levando água numa
antiga canga com dois baldes; ia ao poço e voltava e de repente lá estava
aquele senhor indo e voltando novamente. Então Spurgeon chegou a uma conclusão:
Esse homem esta buscando água para os outros, pois não é possível que precise
de tanta só para ele".
Eis uma verdade que o
ministro deverá aprender no que se refere a busca da água da vida no poço que é
a Palavra de Deus. O homem que tira água para os outros, precisará muito mais
do que o homem que vai busca-la só para si. O fiel ministro deve ler, reler,
pesquisar e se firmar em cima de verdades sólidas e imutáveis. João Wesley
dizia: "Sê homem de um livro"; Dr. R. A Torrey: "Olha: podes
falar em poder, mas se negligenciares o único livro que Deus te deu como único
instrumento pelo que Ele transmite e exerce poder, não o terás. Poderás ler
muitos livros, assistir a muitas conferencias, realizar reuniões de vigília
para pedir o poder do Espírito Santo: se não te mantiveres em constante contato
com o livro único, a Bíblia, não terás poder. E se alguma vez obtivesse o poder
, não o conservarás senão pelo estudo diário, empenhado e intensivo desse
livro". Que assunto glorioso, você já pensou que este livro é maravilhoso,
pois, é através dele que nós cristãos temos o testemunho de Deus e conhecemos
aquilo que nos foi deixado como herança. Dê um gloria a Deus! Aleluia!
Leia estes textos (Sl
19:10-11 ; Jó 23:10-12 ; Jr 15:16 ; Sl 119:72 ; Fp 4:8 ; Cl 3:16).
Que o nosso clamor se
assemelhe ao do salmista que diz :"Desvenda os meus olhos para que eu
contemple as maravilhas da tua lei" (Sl 119:18). As palavras deste livro
possuem a vida de Deus (Jo 6:63), pois este Livro na verdade não foi escrito
com tinta comum, mas sim com o precioso sangue do cordeiro (Aleluia). Temos
segurança e certeza que tudo que foi deixado possui um propósito e este é:
"...que todo homem de Deus seja perfeito e instruído em toda
verdade". Glorifique ao Senhor pela sua Palavra e mostre ao mundo que você
a ama. A Bíblia é o cajado do viajante, a lanterna que ilumina o caminho, o martelo
que esmiuça a penha, o fogo que devora o inimigo, a coluna de nuvem durante o
dia e a coluna de fogo durante a noite que nos ensina o caminho e sacia nossa
sede em dias de seca, sem ela não sobrevivemos na vida devocional e nem
tampouco nos tornamos forte aos olhos de Deus.
UM HOMEM ZELOSO PELA
OBRA DE DEUS
Quanto a este assunto me
refiro a transpiração; dinamismo e prática do homem de Deus, tudo isto
relacionado ao entusiasmo de servir a Deus e ao próximo. Lembrem-se disso:
"O homem que possui a verdade deve ser possuído por ela". O trabalho
no ministério de aconselhamento, não é lugar para pessoas ligadas e casadas com
a preguiça, nem tampouco aos medrosos. É necessário ousadia no espírito
juntamente com coragem para resgatar as almas dos perdidos em meios aos
conflitos e lutas diárias.
Leia este comentário
feito por um homem de Deus: "Um homem de capacidade mediana fará, com ela,
mais do que um homem que, sendo dez vezes mais erudito, não as possui".
Isto ele disse a respeito de alguém que na força de Deus se supera pela
incansável e inesgotável paixão pelas almas, alguém que se supera através da
dedicação e do dinamismo de querer servir a Deus em espírito e em verdade. Veja
o dinamismo dos profetas, apóstolos e seguidores de Jesus. Olhe para vida do
filho de Deus, Jesus, Ele é o exemplo de zelo no cuidado das almas e também nas
coisas do seu Pai.
Ao zelo podemos associar
a palavra "organização", pois muitos fracassam e nunca saem do lugar,
porque, não se organizam dentro de uma estratégia de Deus. São guiados por
impulsos que dizem ser "direção do Espírito", não é verdade, o reino
de Deus é organizado e planejado. Analise o A T. e veja o turno dos sacerdotes,
os trabalhos que eram realizados de modo específico, não existe zelo sem
organização. Se olharmos para as igrejas mais prosperas no mundo, veremos a
marca da organização estampada nos umbrais. Sem esta qualidade o ministro se
verá numa situação de perigo e cobrança da parte de Deus.
Tudo isto que
descrevemos como sendo qualidades espirituais dos conselheiros, é aquilo que
podemos evidenciar na vida e também no ministério de Jesus. Portanto, devemos
ser instruídos nos mesmos princípios, pois, a Bíblia diz que: "....todo
discípulo bem instruído será como seu mestre"(Lc 6:40). Jesus veio ao
mundo para dar um parâmetro a sociedade, ensinando verdades e demonstrando o
poder de Deus. Com isto quero dizer que se desejamos servi-lo no ministério
cristão, deveremos fazê-lo da maneira certa, ou seja, em espelho. Refletindo
suas atitudes e procurando ser como Ele é, sem isto, estaremos apresentando
fogo estranho, sacrifício de tolo e negando seus ensinos através do não
praticarmos a Sua Palavra. Vamos ser como o Mestre e isto nos basta.
A PRÁTICA DA PREVENÇÃO
Existe na medicina ou na
saúde pública um sistema de prevenção chamado de profilaxia que significa: o
emprego de meios e atitudes para se evitar as doenças. O corpo de Cristo que é
a Igreja do Deus vivo, pode trabalhar em cima de meios preventivos, para se
evitar certos problemas pessoais na vida de seus membros. A igreja como uma
comunidade terapêutica tem seu principal divã nos cultos, que devem objetivar o
ensino das Escrituras de modo a levá-los a uma posição de adestramento
espiritual, emocional e prático. Pois desta forma, estaremos inculcando nos
corações e mentes verdades que quando desafiadas através das situações deste
mundo, darão um pleno alicerce e muita segurança para o indivíduo. Notem que
muitas das situações nos relacionamentos, poderiam ser evitadas se previamente
nós utilizássemos meios de educação. A profilaxia cristã é baseada em cima do
discipulado, portanto, não podemos deixar de preparar e treinar os membros do
corpo nas mais diversas áreas. Se nosso método preventivo for realizado de modo
eficiente, sem sombra de dúvida os casos caóticos serão reduzidos e até mesmo
minimizados.
Lembrem-se a Bíblia diz
que: "O meu povo é destruído pois lhe falta o conhecimento" (Os.
4:6). Se lermos Malaquias 2:7 "Pois os lábios do sacerdote devem guardar o
conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é
o mensageiro do Senhor dos Exércitos", veremos que a responsabilidade de
instrução cabe aos sacerdotes que hoje poderíamos chamar de ministros e dos
lábios do ministro o povo adquire o conhecimento. Isto é profilaxia, alertar e
ensinar a respeito de atitudes certas para que o povo tenha vida tranquila e
abastada.
Que Deus te abençoe e
faça de você um verdadeiro ministro de aconselhamento, pois a igreja carece de
obreiros treinados nesta área.
Se você desejar repita
esta oração: "Deus em nome de Jesus Cristo eu oro e peço que a unção do
teu Espírito me alcance e me habilite a exercer este ministério tão digno na
tua casa, que eu possa ser um instrumento de consolação e conforto para os
aflitos, amém".
PRINCIPAIS TÉCNICAS UTILIZADAS NO ACONSELHAMENTO
BÍBLICO
Todo conhecimento,
técnica e treinamento que uma pessoa possua, resume-se a muito pouco, caso ela
não prime pela ética do aconselhamento.
AXIOMA MÁXIMO DA ÉTICA
DO ACONSELHAMENTO:
Toda informação pessoal
colhida em aconselhamento deve receber um tratamento confidencial irrestrito e
sigiloso.
IMPORTANCIA DO SIGILO
Para o aconselhando o
seu problema é singular, único e inédito. Sua dificuldade lhe causa
preocupações em torno de sua autoimagem, do seu self.
A informação a respeito
do seu sofrimento pode ameaçar o seu bem estar, realmente ou imaginariamente.
Por sentir ou imaginar
estes perigos e ameaças ele procura alguém em quem possa confiar, e ele
escolheu uma pessoa bem específica: VOCÊ.
Ele quer encontrar
compreensão, simpatia e seriedade. Ele procura quem não jogue com as
informações a respeito de seus problemas como se isto fosse de pouca
importância, ou muito pior, nutrindo a curiosidade de outras pessoas.
A sensação é de que as
informações pudessem destruir para sempre sua autoimagem, bem como seu próprio
EU.
Informações sobre
problemas e segredos das pessoas causam efeito e impacto sobre as outras
pessoas.
Para um conselheiro
habituado em ouvir todo tipo de problemas e revelações, tais informações podem
não parecer chocantes. Ex. A primeira revelação de adultério de uma pessoa de
renome da igreja. Para os familiares do aconselhando e seus amigos, estas
informações podem ser devassadoras.
Angústia, insônia,
agitação, etc.
CLAUSULA JURÍDICA SOBRE
A OBRIGATORIEDADE DE DEPOIMENTO EM JUÍZO
Terapeutas, médicos,
advogados, ministros religiosos e qualquer pessoa que possa afirmar que as
informações que possui foram colhidas sob promessa de sigilo ético e/ou
profissional, tendo a confirmação desta promessa pelo réu em questão ou pela
regulamentação da profissão, ficam desincumbidos de depor em juízo caso assim
lhes pareça por bem. Atenção: Isto também se refere ao aconselhamento de
pessoas leigas, como líderes de grupos familiares, conselheiros pastorais,
líderes de células e outras atividades sociais.
O SIGILO ABSOLUTO
Chave de ouro que
resoluciona algumas das questões sobre o sigilo e a ética do aconselhamento. Em
caso de intencionar abrir as informações colhidas em aconselhamento por
qualquer motivo, é preciso solicitar a permissão do aconselhando. Caso este
conceda a permissão, tendo especificado o que e com quem as informações serão
tratadas, então se dissolve grande parte das tensões geradas diante da questão
da ética do aconselhamento.
ARMADILHAS DE INFORMAÇÃO
CONFIDENCIAL
Pedir que outros orem a
respeito do problema tratado em aconselhamento, sem a permissão do
aconselhando.
O conselheiro bem
intencionado supõe que pessoas sérias, achegadas a ele e, ou ao aconselhando
poderiam interceder junto ao trono de Deus buscando livramento, cura e graça.
Muitos conselheiros decidem contar as informações aos seus cônjuges,
solicitando inclusive que orem em favor do caso de atendimento.
De qualquer maneira, por
melhores que sejam as intenções, estes procedimentos pecam contra a ética do
aconselhamento.
MANUSEIO DE INFORMAÇÕES
ESCRITAS
Todo trabalho de
aconselhamento merece ser descrito, para posteriormente análise, para manter
informações vivas, para poder orar a respeito, para poder pensar e ler a
respeito dos referidos temas. As anotações darão ao aconselhando a impressão e
a certeza de que ele está sendo levado a sério. Mas, qualquer material escrito,
mesmo de formulário de avaliação e crescimento deve permanecer guardados em
lugar sigiloso e trancado; inacessível a pessoas estranhas ao tratamento do
caso.
A IMPORTÂNCIA DA
SUPERVISÃO NO ACONSELHAMENTO
A supervisão e
envolvimento de outras pessoas mais experientes no processo de aconselhamento.
Um Terapeuta profissional, um diácono, um ancião experiente da igreja, etc. É
sábio que o conselheiro não se tenha como tão pretensioso, achando que poderá
resolver sozinho a todos os problemas que atende. Todos os conselheiros
apresentam restrições e limitações em seu saber e nas suas habilidades de
aconselhamento, e podem precisar de outra perspectiva que ajude a desencalhar
um atendimento; para saber, como prosseguir. Não é aconselhável que o
aconselhando veja as anotações do conselheiro a respeito da conversação
pastoral. As anotações podem parecer frias e técnicas, podem ser
incompreensíveis, portanto, assustarem a quem elas deveriam ajudar. As anotações
podem transmitir informações que o aconselhando ainda não está preparado para
ouvir e enfrentar.
O CUIDADO COM
ILUSTRAÇÕES EM PREGAÇÕES E ESTUDOS BÍBLICOS
Quando as histórias
ilustrativas têm a fonte revelada, especialmente quando esta reside na comunidade
onde a ilustração é aplicada, então bastam algumas dicas para que o fato esteja
descoberto com identidade e outros detalhes mais, o INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO
entra em ação, e a verdade central da ilustração acaba se perdendo. Quem foi? É
a grande questão. Se a própria pessoa estiver sentada entre os ouvintes, se
sentirá traída, por mais que a ilustração tenha recebido um tratamento anônimo
praticamente absoluto. A pessoa em questão terá o sentimento, “agora todos
sabem”.
PRECAUSÕES NO USO DE
ILUSTRAÇÕES
Não usar material de
casos que estiver atendendo na ocasião.
É importante contar o
"milagre", não é preciso contar o "santo". Assim, se quebra
a curiosidade natural do “instituto de identificação”. Contar a fonte da
ilustração no caso do aconselhamento tem muitas vezes um efeito de acariciar o
ego do próprio conselheiro. Modificar as informações não essenciais à mensagem
em questão. Em qualquer ilustração com implicações éticas, é sábio modificar as
informações não essenciais que possam identificar o conselheiro e/ou o
aconselhando. Proteção em caso de calúnia ou informações falsas a respeito do
aconselhando. O conselheiro não deverá intervir, especialmente se a fonte das
informações verdadeiras tiver que ser revelada - neste caso é melhor que o
aconselhando seja informado, e este mesmo poderá corrigir os equívocos. As
maiores armadilhas à ética do aconselhamento estão no próprio conselheiro
através de suas necessidades não supridas, através de seus problemas pessoais
não resolvidos e através de seus desejos não tratados diante de Deus.
APLICAÇÃO DA ÉTICA NO ACONSELHAMENTO
Não falar acerca de
outros conselheiros (criticando, censurando, etc), pois as informações
fornecidas estão na perspectiva do aconselhando e, portanto, são unilaterais.
Há pessoas que peregrinam
de conselheiro em conselheiro, e onde passam, precisam justificar-se pela falta
de crescimento e dificuldade de mudar de vida.
Não falar também a
respeito de outras pessoas que não estejam em questão quanto aos problemas
tratados pelo aconselhando.
De qualquer forma,
frequentemente é importante voltar o foco à pessoa em atendimento, quando esta
estiver se desviando de seus assuntos para falar somente sobre terceiros; isto
é especialmente importante quando se fala sobre terceiros sem a finalidade de
crescimento pessoal.
O conselheiro não deverá
tocar o aconselhando desnecessariamente, especialmente se for do sexo oposto.
É importante ser
cordial, amável e afetuoso, mas também é importante ser discreto. Pessoas
tristes, depressivas ou perturbadas por experiências difíceis (ex. abuso
sexual) podem ter naturais e fortes desejos de afeto;
Casos de natureza sexual, problemas sexuais e conflitos envolvendo esta área
são frequentemente acompanhados de sentimentos sensuais e de excitação. Quando
o atendimento é de crise, quando as pessoas que sofrem são conhecidas como
amadurecidas emocionalmente e espiritualmente, então certamente não fará nenhum
mal se elas forem abraçadas ou tocadas descentemente.
A NATUREZA SENSUAL DO
ACONSELHAMENTO
Os seguintes argumentos
querem deixar claro que o aconselhamento implica em questões tão pessoais e
íntimas que se torna sensual em certo sentido.
O espaço do
aconselhamento é reservado, portanto, eroticamente carregado.
As seguintes
características são próprias do gabinete pastoral e também do recinto nupcial.
Confiança, proximidade,
temas íntimos e secretos, mistérios, privacidade, satisfação de estar juntos,
duas pessoas com objetivos comuns, confidências, isolamento, etc. Estas mesmas
características podem ser referidas quando à convivência de um casal em seu
habitat íntimo no quarto nupcial.
TRATAMENTO DE QUESTÕES
SEXUAIS
Embora os problemas
sexuais como impotência, frigidez ou outras dificuldades sejam assuntos que
podem muito bem ser tratados tecnicamente, as pessoas que tratam dos problemas
também são de carne e osso, têm sensações eróticas e fantasias diante do
assunto sexo. O tema sexo evoca facilmente o lúdico; a brincadeirinha pode
instalar-se como alívio de tensão; e desta forma, os limites podem diluir-se. A
comunicação melhorada supre necessidades, e assim se desencadeia o desejo de
mais; isto pode acontecer tanto com o conselheiro quanto com o aconselhando;
pois, muitas vezes o próprio conselheiro não consegue a qualidade comunicacional
em seu casamento que ele consegue produzir com seus aconselhados no
aconselhamento. Portanto, cuidado com as carências. Formas de contato íntimo,
que podem assumir conotação sexual. Piadas ambíguas, abraços, olhares, os olhos
são a janela da alma, revelam o mais profundo da essência humana, duração do
tempo do aconselhamento aumentado, sem limites claros, pode significar um
envolvimento afetivo e sentimental, pode significar uma transferência
passional. A atração, o fascínio do misterioso e do proibido.
O SECRETO SENTIMENTO DE
INVEJA
Enquanto o conselheiro
ouve a aconselhada, ele pode experimentar secretos desejos de experimentar
algumas vivências que ela teve/tem, ele pode sentir a vontade de estar no papel
do marido dela. Também a aconselhada pode desejar estar no lugar da esposa do
conselheiro, quando este descuidadamente revela sua vida pessoal; ela pode ter
inveja da esposa do conselheiro, achando que este trata a sua esposa da mesma
forma que trata a sua aconselhada.
O ACONSELHAMENTO PRESSUPÕE
DELEGAÇÃO DE PODER.
Quem busca
aconselhamento, delega poder ao seu conselheiro de interferir na sua vida. E
como qualquer oportunidade de poder se transforma em tentação, também no
aconselhamento o conselheiro se verá tentado a abusar e explorar as possibilidades
deste poder.
O LUGAR ADEQUADO DO
ACONSELHAMENTO
É como numa cirurgia: é
preciso que haja assepsia, esterilização, etc. Deve-se evitar: distrações,
escritório desarrumado, sons de ruídos internos e/ou externos, luzes
excessivamente forte ou penumbra, falta de privacidade, tais como querer
aconselhar numa esquina ou num estacionamento. Cuidado com portas fechadas e
suas possíveis interpretações e tentações.
Reuniões secretas; nem
sempre a casa, o lar é o melhor lugar para o aconselhamento, isto é, quando a
casa evoca reações inadequadas ao aconselhamento: Ex. a pessoa se sente
invadindo o espaço familiar, então é melhor achar outro lugar. O melhor lugar,
em geral, será o gabinete pastoral ou um escritório reservado, afastado de
interferências externas; pode ser a sala de uma casa.
LOCAL E HORÁRIOS FIXOS E
PRÉ-ESTABELECIDOS
Ajudam na estruturação
de uma situação de aconselhamento e facilitam um procedimento ético. O que é
feito rotineiramente evita a conotação de algo secreto.
OS ENCAMINHAMENTOS E AS
INDICAÇÕES
Todo conselheiro deve
reconhecer suas limitações. Quando as dificuldades, quando o quadro ou os
problemas fogem à formação acadêmica e profissional do conselheiro, ele deverá
estar preparado para encaminhar seu aconselhando. Isto é um gesto de amor, e
não de rejeição - isto é ético, e não relaxamento. É importante ter um arquivo
com cadastro de profissionais nas várias áreas em que as pessoas poderão
precisar de ajuda.
“Não havendo sábia
direção, cai o povo, mas na multidão de conselheiros há segurança”. (Provérbios
11:14).
“Onde não há
conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito”.
(Provérbios 15:22).
ONDE ENCONTRAR AJUDA NA BÍBLIA SAGRADA
RECEIOSO: Salmo 34.4, 2
Timóteo 1.7, Hebreus 13.5, 6.
ANSIOSO: Salmo 46, Mateus
6.19- 34, Filipenses 4.6, 1 Pedro 5.6-7, Salmo 51, 1 João 1.4-9.
ABANDONADO: Mateus 5.4,
2 Coríntios 1.3-4, 1 Coríntios 13.
CONSCIENTE DO PECADO:
Provérbios 28.13.
DERROTADO: Romanos
8.31-39.
DEPRIMIDO: Salmo 34,
Salmo 91, Salmo 118.5-6, Lucas 8.22-25.
DESENCORAJADO: Salmo 23,
Salmo 42.6-11, Salmo 55.22, Mateus 5.11-12, 2 Coríntios 4.8-18, Filipenses
4.4-7,Mateus 8.26, Hebreus 11.
ENFRENTANDO CRISE:Salmo
121, Mateus 6.25-34, Hebreus 4.16, Salmo 42.5, Hebreus 11.
FALTAM AMIGOS: Salmo
41.9-13, Lucas 17.3-4, Rm 12.14,17,19,21, 2Timóteo 4.16-18
AUSENTANDO-SE DO LAR:
Salmo 121, Mateus 10.16-20, Salmo 23, Hebreus 13.5-6, Salmo 27.1-6, Salmo 91,
Filipenses 4.19.
NECESSITANDO DE PAZ: João
14.1-4, João 16.33, Romanos 5.1-5, Filipenses 4.6-7, Romanos 12.
VENCIDO: Salmo 6,
Romanos 8.31-39, 1 João 1.4-9.
CONTRITO: Salmo 4, Salmo
42, Lucas 11.1-13, João 17, 1 João 5.14-15
AMPARADO: Salmo 18.1-3,
Salmo 34.7.
ENFERMO OU NA DOR: Salmo
38, Tiago 5.14-15, Romanos 8.28, 38-39, 2 Coríntios 12.9-10, 1 Pedro 4.12,13,19.
TRISTE: Salmo 51, Mateus
5.4, João 14, 2 Coríntios 1.3, 4, 1Tessalonissenses 4.13-18.
TENTADO:Salmo 1, Salmo
139.23-24, Mateus 26.41, 1 Coríntios 10.12-14, Filipenses 4.8, Tiago 4.7, 2
Pedro 2.9, 2 Pedro 3.17.
AGRADECIDO: Salmo 100, 1
Tessalonissenses 5.18, Hebreus 13.15.
VIAJANDO: Salmo 121.
EM DIFICULDADES: Salmo
16, Salmo 31, João 14.1-4, Hebreus 7.25.
CANSADO: Salmo 90,
Mateus 11.28-30, 1 Coríntios 15.58, Gálatas 6.9-10.
PREOCUPADO: Mateus
6.19-34, 1 Pedro 5.6-7.
ENSINOS SOBRE ALGUNS PROBLEMAS DA VIDA
ADVERSIDADE: Mateus
5.27-32, 1 Coríntios 6.9-11 Mateus 10.16-39.
IRA: Mateus 5.22-24
ANSIEDADE: Mateus 6.19-
34
VAIDADE: Lucas 18.9-14
AVAREZA: Marcos 7.21-23
CRIME: Mateus 15.17-20
MORTE: João 11.25-26
ENGANO: Mateus 23.27-28,
João 3.19-21, Marcos 10.2-12, Mateus 14.28-31, Lucas 21.34-36.
INIMIZADE: Mateus
5.43-48
DESCULPAS: Lucas
14.15-24, 1 Timóteo 6.7-12
INSENSATEZ: Mateus
7.24-27
FALSIDADE: Apocalipse
21.8
CENSURA: Mateus 7.1-5
TEMOR: Lucas 12.5
CARNE: Romanos 13:14,
Lucas 12.15-31, Mateus 5.43-48.
EXCESSO: Provérbios 20.1
JULGAMENTO: Mateus 7.1,
Mateus 7.21, Marcos 4.18-19.
ORGULHO: 1 João 2.15-17,
Mateus 5.43-48, Lucas 14.11, Lucas 18.11-12.
PECADO: João 8.34-36, 1
Pedro 2.13-17.
JURAMENTO: Colossenses
3.8, 1 Coríntios 10.13, João 16.33.
MUNDANISMO:1 João
2.15-17
O CAMINHO DA SALVAÇÃO ETERNA
João 14.6 - “Disse-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por
mim.”
Atos 16.31 - “E eles
disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.”
Rm 10.- “...Se, com a tua boca, confessares ao Senhor
Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.”
CONFORTO EM TEMPO DE SOLIDÃO
Hebreus 13.5-6 – “Sejam
os vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele
disse: Não te deixarei, nem te desampararei. E assim com confiança ousemos
dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem.”
Efésios 6.10-18 – “...
fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a
armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do
diabo; porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os
principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século,
contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto,
tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo
feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos
com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçados os pés na preparação
do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis
apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da
salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, orando em todo tempo
com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e
súplica por todos os santos.” Amém.
Pesquisa realizada pelo
Dr. Josué Campos Macedo