CONCEITO
O Behaviorismo, também conhecido como
comportamentalismo, é uma área da Psicologia, que tem o comportamento como
objeto de estudo.
O Behaviorismo surgiu como oposição ao funcionalismo e
estruturalismo, e é uma das três principais correntes da Psicologia, juntamente
com a Psicologia da forma (Gestalt) e Psicologia analítica (Psicanálise).
Esta palavra tem origem no termo behavior, que em
inglês significa comportamento ou conduta.
Em 1913, foi publicado um artigo com o nome
“Psicologia: como os behavioristas a veem” da autoria do psicólogo
estadunidense John Watson (reconhecido como pai do Behaviorismo Metodológico).
Mais tarde, em 1914, na obra de 1914 intitulada Behavior, Watson abordou mais
uma vez o conceito de Psicologia do comportamento. Watson se baseou em teorias
e noções de vários pensadores e autores como Descartes, Pavlov, Loeb e Comte.
O Behaviorismo contempla o comportamento como uma
forma funcional e reacional de organismos vivos. Esta corrente psicológica não
aceita qualquer relação com o transcendental, com a introspecção e aspectos
filosóficos, mas pretende estudar comportamentos objetivos que podem ser
observados.
De acordo com Watson, o estudo do meio que envolve um
indivíduo possibilita a previsão e o controle do comportamento humano.
O BEHAVIORISMO RADICAL DE SKINNER
O Behaviorismo radical, conceito proposto pelo
psicólogo americano Burrhus Frederic Skinner, era oposto ao Behaviorismo de
Watson. Segundo Skinner, o Behaviorismo radical é a filosofia da ciência do
comportamento humano, onde o meio ambiente era o responsável pelo comportamento
humano. Esta vertente do Behaviorismo teve grande popularidade no Brasil e nos
Estados Unidos
Skinner era claramente contra a utilização de
elementos não observáveis para explicar a conduta humana. Assim, os aspectos
cognitivos não são considerados, porque o ser humano é visto como um ser
homogêneo, e não como um ser que é composto pelo corpo e mente.
O Behaviorismo radical contempla os estímulos dados
aos indivíduos pelo meio ambiente. De acordo com Skinner, esses meios eram
conhecidos como punição, reforço positivo e reforço negativo.
A INFLUÊNCIA DO BEHAVIORISMO NA EDUCAÇÃO
No âmbito da educação, o Behaviorismo remete para uma
alteração do comportamento dos elementos envolvidos no processo de
aprendizagem, sendo que essa mudança nos professores e alunos poderia melhorar
a aprendizagem. Para Watson, a educação é um importante elemento capaz de
transformar a conduta de indivíduos.
Além disso, Watson acreditava que com os estímulos
específicos, era possível "transformar" e "moldar" o
comportamento de uma criança, para que ela pudesse exercer qualquer profissão
por ele escolhida.
A teoria também é conhecida por
comportamentalismo, teoria comportamental, análise experimental do
comportamento, análise do comportamento, etc. O Behaviorismo surgiu como uma
proposta para a Psicologia, para tomar como seu objeto de estudo o
comportamento, pois este é visível e, portanto, passível de observação
por uma ciência positivista. É a parte da Psicologia que vai dizer que o meio
determina o sujeito. A sua meta é a previsão e controle do comportamento.
O
termo "Behaviorismo" foi utilizado inicialmente em 1913 em um artigo
denominado “Psicologia: como os behavioristas a veem” por John B. Watson.
O Behaviorismo nasceu como uma reação ao mentalismo, ao introspeccionismo e à
Psicanálise, que tentavam lidar com o funcionamento interior e não observável
da mente.
J.
B. Watson (1878-1958) é considerado o autor do Behaviorismo, mas é necessário
dizer que Watson foi, na verdade, o porta-voz dessa abordagem, devendo ser
lembrado que antes de Watson, dois pesquisadores deram os primeiros passos
dessa abordagem: o americano E. L. Thorndike (1874-1949) e o russo Ivan Pavlov
(1849-1936).
Na
Idade Média, a igreja explicava a ação e o comportamento do homem pela posse de
uma alma. Depois, os cientistas o faziam pela existência de uma mente. As
faculdades ou capacidades da alma causavam e explicavam o comportamento do
homem. Os objetos e eventos criavam ideias em suas mentes e essas ideias
geravam seu comportamento. Veja que ambas são posições essencialmente
dualistas: o homem é concebido como tendo duas naturezas, uma divina e uma
material, ou uma mental e uma física, como preferir. Além disso, note a
circularidade do argumento: ao mesmo tempo em que essa alma ou mente causavam e
explicavam o comportamento, esse comportamento era a única evidência desta alma
ou desta mente.
Ao
mesmo tempo em que os psicólogos tentavam fazer da Psicologia uma ciência
objetiva, a teoria da evolução estava tendo um efeito profundo sobre a
Psicologia ao definir os seres humanos não mais como entes separados das outras
coisas vivas, dando a todas as espécies a mesma história evolutiva. Presumia-se
assim, que poderia também se ver a origem de nossos traços mentais em outras
espécies, mesmo que de forma mais simples e rudimentar. Por conta disso, no
final do século XIX e início do século XX, alguns psicólogos passaram a
conduzir experimentos com animais.
Watson
é conhecido como o pai do Behaviorismo Metodológico ou Clássico, que crê ser
possível prever e controlar toda a conduta humana, com base no estudo do meio
em que o indivíduo vive e nas teorias de Pavlov sobre o condicionamento, a
conhecida experiência com o cachorro, que saliva ao ver comida, mas também ao
mínimo sinal, som ou gesto que lembre a chegada de sua refeição. Mas nem toda
conduta individual pode ser detectada seguindo-se esse modelo teórico, daí a geração
de outras teses.
Comportamento
é o observável e, por definição, observável pelo outro, isto é, externamente
observável. Comportamento, para ser objeto de estudo do behaviorista, deve
ocorrer afetando os sentidos do outro, deve poder ser contado e medido pelo
outro. O sentido de "Behaviorismo" foi sendo modificado com o correr
do tempo e hoje já não se entende o comportamento como uma ação isolada do
sujeito, mas uma interação entre o ambiente (onde o "fazer" acontece)
e o sujeito (aquele que "faz"), passando o "Behaviorismo" a
se dedicar ao estudo das interações entre o sujeito e o ambiente, e as ações
desse sujeito (suas respostas) e o ambiente (os estímulos). Por exemplo, a
aprendizagem é descrita como uma mudança no comportamento observável, devido à
alteração da força com que a resposta está associada a estímulos externos ou
estímulos internos no corpo. Aprendizagem = Condicionamento. Se quisermos que
uma pessoa aprenda um comportamento, devemos condicioná-la a uma aprendizagem.
A
palavra "estímulo" veio de Pavlov (outra influência sofrida por
Watson e os behavioristas da época e da qual também Skinner não conseguiu se
livrar) e referia-se à troca de energia entre o ambiente e o organismo, quanto
à operação realizada pelo experimentador em seu laboratório, uma parte ou
mudança em parte do mundo físico que causava uma mudança no organismo ou parte
do organismo, a resposta. Essa mudança observável no organismo biológico seria
o comportamento. Comportamento = Estímulo + Resposta. A manipulação experimental
por excelência seria a reprodução desse modelo, a operação "S ->
R".
S
= o estímulo do ambiente (estímulos).
R
= resposta ou o comportamento do indivíduo como resultado de uma estimulação.
SKINNER
E O COMPORTAMENTO OPERANTE
Após
Watson, o mais importante behaviorista foi B. F. Skinner.
Skinner
criou, na década de 40, o Behaviorismo Radical, como uma proposta filosófica
sobre o comportamento do homem. Ele foi radicalmente contra causas internas, ou
seja, mentais, para explicar a conduta humana e negou também a realidade e a
atuação dos elementos cognitivos, opondo-se à concepção de Watson, que só não
estendia seus estudos aos fenômenos mentais pelas limitações da metodologia,
não por eles serem irreais. Em resumo, ele acredita que o indivíduo é um ser
único, homogêneo, não um todo constituído de corpo e mente. Enquanto a
principal preocupação dos outros eram os métodos das ciências naturais, a de
Skinner era a explicação científica definindo como prioridade para a ciência do
comportamento, o desenvolvimento de termos e conceitos que permitissem
explicações verdadeiramente científicas. A expressão utilizada pelo próprio
Skinner em 1945 tem como linha de estudo a formulação do "comportamento
operante".
O
condicionamento operante explica os comportamentos aprendidos durante a
ontogenia do organismo. A diferença fundamental entre o condicionamento
clássico e condicionamento operante é que o segundo pressupõe um ser ativo no
seu ambiente.
Com
uma experiência, ele condicionou o animal para ele obter algo desejado. Depois
ele “descondicionou” o animal. Nos humanos vemos essa experiência, por exemplo,
nas viagens: ao chegar numa cidade você procura um local para comer. Se der
tudo certo, você sempre, ao voltar na cidade, irá comer naquele mesmo local.
Nas publicidades nós vemos muito isso: ao vender o produto te dão algo que
traga felicidade (Como viagens, festas, prêmios etc), assim o consumidor ficará
condicionado a comprar sempre daquela marca para poder reviver aquela
felicidade, aquela satisfação.
A
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA
Apesar
do Behaviorismo não ocupar mais um espaço mais predominante na Psicologia,
ainda tem sido um tanto influente nesta esfera. Os críticos dizem que o
Behaviorismo simplifica demasiado o comportamento humano e que vê o ser humano
como um autômato ao invés de uma criatura com vontade e metas. O
desenvolvimento das Neurociências, que ajuda a compreender melhor, hoje, o que
ocorre na mente humana em seus processos internos, aliado à perda de prestígio
dos estímulos como causas para a conduta humana, e somado às críticas de estudiosos
renomados como Noam Chomsky, o qual alega que esta teoria não é suficiente para
explicar fenômenos da linguagem e da aprendizagem, leva o Behaviorismo a perder
espaço entre as teorias psicológicas dominantes.
Quando
lidamos com seres humanos dotados de vontade livre, nossa predição e controle
falham. O homem tem liberdade de escolha.
Independente
do que os críticos dizem, a abordagem comportamentalista exerceu uma forte
influência na Psicologia aplicada, principalmente nos Estados Unidos, levando ao
estudo de problemas reais relativos a comportamento. E uma vez que aprendizagem
é uma forma de mudança de comportamento, o procedimento de modificação de
comportamento desenvolvido pelos comportamentalistas foi útil a muitos
professores.
Esta
linha de pensamento conduz a uma tese sobre o sistema de aprendizagem, apoiada
sobre mapas cognitivos, interações, estímulo, estímulos gerados nos mecanismos
cerebrais. Assim, para cada grupo de estímulos o indivíduo produz um
comportamento diferente e, de certa forma, previsível. Tolman, ao contrário de
Watson, vale-se dos processos mentais em suas pesquisas, reestruturando a linha
mentalista através da simbologia comportamental. Ele via também no
comportamento uma intencionalidade, um objetivo a ser alcançado, com traços de
uma intensa persistência na perseguição desta meta. Por estas características
presentes em sua teoria, este autor é considerado, portanto, um precursor da
Psicologia Cognitiva.
Skinner
criou, na década de 40, o Behaviorismo Radical, como uma proposta filosófica
sobre o comportamento do homem. Ele foi radicalmente contra causas internas, ou
seja, mentais, para explicar a conduta humana e negou também a realidade e a
atuação dos elementos cognitivos, opondo-se à concepção de Watson, que só não
estendia seus estudos aos fenômenos mentais pelas limitações da metodologia,
não por eles serem irreais. Skinner recusa-se igualmente a crer na existência
das variáveis mediacionais de Tolman. Em resumo, ele acredita que o indivíduo é
um ser único, homogêneo, não um todo constituído de corpo e mente.
O
Behaviorismo filosófico é uma teoria que se preocupa com o sentido dos
pensamentos e das concepções, baseado na ideia de que estado mental e
tendências de comportamento são equivalentes, melhor dizendo, as exposições dos
modos de ser da mente humana é semelhante às descrições de padrões
comportamentais. Esta linha teórica analisa as condições intencionais da mente,
seguindo os princípios de Ryle e Wittgenstein.
O
COMPORTAMENTO E A EDUCAÇÃO
John
Broadus Watson (1878-1958) nasceu na Carolina do sul, é considerado o primeiro
e mais sistemático dos behavioristas. Ele afirma em um de seus postulados que
existe uma resposta imediata para qualquer tipo de estímulo, do mesmo modo para
qualquer resposta existe um estímulo. A partir desse e de outros postulados ele
aplicou as teorias de estímulo e respostas em crianças pequenas, tentando
determinar tipos e diversidades de comportamentos congênitos, que pudessem ser
identificados e supostamente herdados. Além disso, este fez estudos sobre o
condicionamento pelo medo (condicionamento clássico) e a sua eliminação.
A
relação do Behaviorismo com a educação consiste na modificação do comportamento
tanto do professor como do aluno melhorando a aprendizagem. Watson era
categórico ao considerar que a transformação do indivíduo por meio da educação
era possível.
"Dêem-me
uma dúzia de crianças sadias, bem constituídas e a espécie de mundo que preciso
para as educar, e eu garanto que, tomando qualquer uma delas, ao acaso,
prepará-la-eí para se tornar um especialista que eu selecione: um médico, um
comerciante, um advogado e, sim, até um pedinte ou ladrão, independentemente
dos seus talentos, inclinações, tendências, aptidões, assim como da profissão e
da raça dos seus antepassados.” (WATSON)
Um
dos tipos de aprendizagem do Behaviorismo é o condicionamento clássico, que é
um processo de aprendizagem em que um estímulo neutro quando repetido com um
estímulo eficaz produz uma resposta que anteriormente não existia, ou seja,
ocorre um processo de associação.
Ivan
Pavlov (1849-1936) um fisiologista russo foi quem desenvolveu os princípios
básicos do condicionamento clássico através de experimentos com cães, onde ele
observou que esses ao verem a comida começavam a salivar, a partir disso ele
começou a tocar uma campainha (estímulo neutro) junto com a entrega da comida,
depois de várias repetições do experimento o cão começa a salivar quando a
campainha toca mesmo sem ver a comida. A comida inicialmente é um estímulo não
condicionado e a salivação é uma resposta não-condicionada, já com o término
dos experimentos a salivação se torna uma resposta condicionada enquanto que a
campainha passa a ser um estímulo condicionado.
O
outro tipo de aprendizagem é o condicionamento operante, que é um processo em que
respostas são aprendidas pelo indivíduo porque ele opera ou afeta o ambiente,
ou seja, ele é condicionado pela suas ações no meio em que vive.
B.F.
Skinner (1904-1990) um psicólogo americano foi quem estabeleceu os princípios
básicos desse condicionamento utilizando em seus experimentos ratos e pombos,
que segundo ele podiam ter seus princípios aplicados a humanos. O reforço é
entendido como qualquer ocorrência, situação que aumenta a intensidade de um
comportamento, ele é visto também como uma consequência do comportamento e se
não estiver presente até o seu final por um determinado tempo acarretará na sua
extinção.
Existem
dois tipos de reforços, o reforço positivo é um estímulo favorável que ocorre
após um comportamento desejado, como por exemplo, dar comida ao cachorro depois
que ele correu para pegar a bola e trouxe de volta. O reforço negativo é a
remoção de algo desfavorável, um evento aversivo, depois de um comportamento,
por exemplo, permitir que uma criança assista ao desenho depois que ela parar
de fazer má-criação. Existe ainda o reforço intermitente, que é aquele que
reforça uma resposta de maneira não tão contínua.
O
castigo (punição) que é uma consequência do comportamento, tanto pode ocorrer
pela apresentação de um estímulo desagradável quanto pela retirada de um
estímulo agradável, por exemplo, o menino desobediente fica sem assistir
televisão ou então apanha para aprender a obedecer.
Modelação
é o reforço dos eventos que mais se aproximam do comportamento desejado, por
exemplo, se uma pessoa quer treinar um cão para que ele toque uma campainha, o
dono precisa reforçar com um alimento toda vez que ele se aproxima da mesma,
exigindo que o cachorro se aproxime cada vez mais até que ele a toque.
A
eficiência no ensino pode ser melhorada, segundo Skinner, através da
organização dos conteúdos em unidades simples compostas por pequenos tópicos
ensinados passo a passo. O progresso do aluno se dá por avaliações objetivas
contendo uma única alternativa. Se o aluno deve aprender mais sobre aquele assunto
deve-se introduzir pequenos textos que contenham algo sobre o assunto com
informações incorretas e outras corretas. O comportamento desejado leva o aluno
para a próxima unidade, assim, recebe um reforçador. Se não, ele retorna a
unidade. Esse método possibilita o aluno estudar praticamente sozinho em seu
ritmo de aprendizagem. A garantia de assimilação e fixação se dá pelo
fornecimento de estímulos reforçadores.
Para
Skinner, as escolas perdem muito tempo no ensino de conteúdos que poderiam ser
ministrados de forma mais rápida e eficiente. Uma forma de favorecer esse modo
de ensino seria a elaboração de aulas com conhecimentos simples, sem grandes
divagações exigindo do aluno resposta objetivas sobre os assuntos abordados.
Os
professores, pais e mães por mais que não percebam utilizam princípios
behavioristas na educação. A utilização de reforços como notas por
participação, comportamento, atividades feitas e entregues em prazo
pré-estabelecido, lazer em troca das atividades domésticas realizadas, entre outras,
são baseadas nas abordagens comportamentalista do ensino.
Algumas
atitudes punitivas com intenção de diminuir determinados comportamentos
incompatíveis com a sala de aula podem reforçar o comportamento. Isso mostra
que o professor deve levar em consideração a história de cada um dos alunos ou
da turma. Assim, o professor pode modificar suas próprias atitudes melhorando
os processos de aprendizagem.
Albert
Bandura (1925...) nasceu em uma pequena cidade do Canadá, onde desenvolveu seus
estudos sobre aprendizagem a partir do condicionamento operante de Skinner. A
partir de observações ele percebeu que o reforço não precisava ser
obrigatoriamente ofertado ao indivíduo que emitiu uma resposta, ou seja, um
reforço que é recebido por um determinado indivíduo pode ter um efeito sobre os
demais sujeitos que vão passar a imitá-lo, com o objetivo de igualmente
receberem o mesmo reforço, esses reforços foram denominados de vicariantes. Os
reforços vicariantes, portanto, ao agirem sobre o indivíduo de forma separada,
estendem o poder da sua ação a todos os outros, esse tipo de condicionamento
social encontra-se muito presente em sala de aula.
APLICAÇÃO
DO BEHAVORISMO EM CLASSE
Segundo
a teoria do Behaviorismo, a combinação entre as formas de medir o desempenho
dos alunos e outros fatores presentes no ambiente determinam a forma como se dá
o processo de aprendizado. Os professores podem usar esta teoria em sala de
aula para treinar os alunos a exibirem comportamentos positivos e para
ensiná-los quando não estão se comportando de forma adequada.
DEIXE
CLARO OS OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Os
alunos tendem a não levar tarefas a sério quando não entendem seu propósito. Dê
a um aluno uma lista de resultados observáveis e mensuráveis, para que ele
possa entender o objetivo da lição que você quer ensinar e da tarefa que lhe
foi dada. Se ele entender o que deve aprender ao final de cada lição, d cada
semestre ou mesmo de um ano letivo, as chances de que ele preste atenção e seja
um aluno aplicado serão maiores. Ele saberá que seu desempenho será avaliado e
não desejará ter resultados ruins.
MOSTRE
UMA ATITUDE POSITIVA
Se
você for mal educado com seus alunos, eventualmente eles associarão sua aula
com o desrespeito. Isso fará com que alguns alunos hesitem em ir para a aula e
fiquem muito ansiosos enquanto estiverem em sala. Em vez de focar em aprender e
escutar o que está sendo ensinando, eles vão concentrar seus esforços em não
fazer nada que possa gerar gritos como resposta. Evite esse tipo de situação
cumprimentando seus alunos com um sorriso ao entrarem na sala. Faça com que o
horário de aula comece da forma certa, tranquilizando os alunos e permitindo
que eles se concentrem no que você está ensinando.
DIFERENCIE
A IMPORTÂNCIA DAS TAREFAS
As
tarefas que você dá aos seus alunos não possuem igual importância. Você pode
querer que o aluno concentre mais esforços em escrever uma pesquisa do que
estudando para um teste semanal. Deixe que seus alunos saibam a importância
dessas tarefas, dando pesos diferentes de acordo com sua significatividade. Por
exemplo, as pesquisas podem ter peso de 25% da nota final, enquanto os testes
semanais pesarão apenas 10% do total. Isso ajuda os alunos a administrarem
melhor o tempo, sabendo qual tarefa exigirá mais dedicação.
REFORCE
COMPORTAMENTOS
Use
reforços positivos para elogiar um aluno por fazer algo certo. Por exemplo, se
levantar a mão e responder a uma pergunta corretamente, dê ao aluno um adesivo.
Reforços negativos também devem ser usados para punir um comportamento ruim.
Por exemplo, se o aluno não estiver preparado para a aula, desconte pontos de
participação. Sempre informe aos alunos de que seus comportamentos estão sendo
elogiados ou reprimidos, para que possam aprender o que é ou não aceitável.
O
BEHAVIORISMO E A PSICANÁLISE
Dentre
as várias abordagens possíveis na Psicologia, com concepções de homem e mundo
diferentes, duas delas, talvez as mais comuns no Brasil, são o Behaviorismo
Radical do americano Skinner (1904-1990), e a Psicanálise iniciada por Freud
(1856-1939). O Behaviorismo nos parece a mais fácil, a mais ajustada aos moldes
da sociedade e que cai como uma luva ao que as pessoas querem: diagnósticos e
soluções rápidas. Sem, contudo, deixar de ter seus pontos que nos agradam.
É
possível que Skinner se alegrasse em pensar uma sociedade onde os governantes
teriam como braços direito um psicólogo responsável para pensar em práticas
culturais. Os psicólogos seriam capazes de gerir contingências que
possibilitassem o “bem” da cultura; Skinner falava em sobrevivência da cultura.
Isto algo bem ao estilo dos americanos.
Entre
os vários assuntos abordados, um deles, objetivo de estudo em grande número de
pesquisas nessa área, é a tal das habilidades sociais. Isto é uma forma de você
adaptar o sujeito à sociedade. É uma técnica muito eficaz, digamos, pelo menos
para o sujeito comum que não se aventurou muito nos terrenos explosivos da
filosofia.
Uma
das formas usada até pelo próprio Skinner, na qual é manjada entre as disputas
psicanalíticas e behavioristas, as piadas que fazem entre eles, é aquela que
ironiza os conceitos de ego, superego e id que Freud usa como elementos
reguladores dos comportamentos. Os três elementos não passam de conceitos
criados para criar um possível sistema teórico-conceitual, ainda mais para
Freud onde o “real” jamais pode ser atingível!
A
perspectiva da Psicanálise é tão útil pode que ser com a forma tal como explica
o comportamento como sendo algo sempre controlado pelas contingências presentes
no ambiente e requer-se pensar em 3 níveis de seleção, biológico, social e
cultural e assim podemos dizer que toda explicação comportamental está no
ambiente.
Qualquer
comportamento pode ser explicado entre as várias abordagens de formas
diferentes, por vezes, o que é nocivo em uma é benéfico para outra. Resultados
também são produzidos em ambas. Torna-se muito mais importante que o
psicoterapeuta se relacione com as mais diversas abordagens oferecidas dentro
de suas áreas e trabalhar com a que parece melhor para potencializar a
superação dos problemas por parte do cliente. Também, inclusive, permutando
dois ou mais pontos de vista. Claro que decorrem as questões a se pensar: como
saber a abordagem que mais cabe ao cliente e Como usar de pensamentos
antagônicos, sem se perder num cenário terapêutico adotando vários pontos de vista.
Muitas
dessas questões decorrem da nossa própria cultura, bem como dos pressupostos
que formam as teorias, muitos dos quais criados dentro da lógica formal.
Ignorando que as coisas possam coexistir ao mesmo tempo, que os antagonismos
estão presentes e se completam, ou ainda, podem ser complementares e
conflituosos concomitantemente.
Certamente
que ninguém poderia conhecer a fundo tantas e tantas coisas, mas aceitar as
diversas perspectivas juntas e de alguma forma oferecer aquilo que talvez
melhor se dispusesse ao bem-estar do cliente implicaria em uma relação
diferente. Aliás, a compreensão de uma dada abordagem tanto mais clara pode
ficar conhecendo outras, bem como as críticas mais comuns a que lhe são
dirigidas; uma é essencial para a outra.
ENSINO,
APRENDIZAGEM E A MUDANÇA DE COMPORTAMENTO
A
aprendizagem está vinculada à história do homem, à sua construção e
evolução enquanto ser social com capacidade de adaptação a novas
situações.
Desde
sempre se ensinou e aprendeu, de forma mais ou menos elaborada e organizada,
já antes do início deste século existiam explicações para a aprendizagem,
mas o seu estudo está intimamente ligado ao desenvolvimento da Psicologia
enquanto ciência. Contudo, este estudo não se processou de forma uniforme e
concordante.
A
aprendizagem tem sido considerada um processo de associação entre uma
situação estimuladora e a resposta, como se verifica na teoria conexionista
da aprendizagem, ou o ajustamento ou adaptação do indivíduo ao ambiente,
conforme a teoria funcionalista.
Ernest
Hilgard, Professor e Psiquiatra americano, define a aprendizagem como um
processo pelo qual uma atividade tem origem ou é modificada pela reação a
uma situação encontrada, desde que as características da mudança de atividade
não possam ser explicadas por tendências inatas de respostas, maturação ou
estados temporários do organismo, por exemplo, fadiga ou drogas.
Especialistas
definem aprendizagem como o resultado da estimulação do ambiente sobre o
indivíduo já maduro, que se expressa, diante de uma situação - problema,
sob a forma de uma mudança de comportamento em função da experiência.
A
aprendizagem envolve o uso e o desenvolvimento de todos os poderes, capacidades
e potencialidades do homem, tanto físicas quanto mentais e afetivas. Isto
significa que a aprendizagem não pode ser considerada somente um processo de
memorização, tampouco que emprega apenas o conjunto das funções mentais ou
unicamente os elementos físicos ou emocionais, pois todos estes aspectos são
necessários.
Para
que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de comportamento e amplie cada
vez mais o potencial do educando, é necessário que ele perceba a relação
entre o que está aprendendo e a sua vida, ou seja, o sujeito precisa ser capaz
de reconhecer as situações em que aplicará o novo conhecimento ou
habilidade.
Podem-se
citar seis características básicas da aprendizagem:
1.
PROCESSO DINÂMICO: nesse processo a aprendizagem só se faz através da
atividade do aprendiz, envolvendo a participação total e global do
indivíduo.
Ou
seja, na escola, o aluno aprende pela participação em atividades, tais como
leitura de textos, ouvindo as explicações do professor, pesquisando e
interagindo. Assim, a aprendizagem escolar depende não só do conteúdo dos
livros, nem só do que o professor ensina, mas muito mais da reação dos
alunos.
2.
PROCESSO CONTÍNUO: a aprendizagem está sempre presente, desde o início da
vida. Por exemplo, ao sugar o seio materno, a criança enfrenta o primeiro
problema de aprendizagem: terá que coordenar movimentos de sucção,
deglutição e respiração. É um processo de aprendizagem desde a idade
escolar, na adolescência, na idade adulta e até em idade mais avançada, na
terceira idade.
3.
PROCESSO GLOBAL OU COMPÓSITO: o comportamento humano é considerado como
global ou compósito, pois inclui sempre aspectos motores, emocionais e
ideativos ou mentais. Portanto, a aprendizagem, envolvendo uma mudança de
comportamento, terá que exigir a participação total e global do indivíduo,
para que todos os aspectos constitutivos de sua personalidade entrem em
atividade no ato de aprender, a fim de que seja restabelecido o equilíbrio
vital, rompido pelo aparecimento de uma situação problemática.
4.
PROCESSO PESSOAL: a aprendizagem é considerada intransferível de um
indivíduo para outro: ninguém pode aprender por outrem. Portanto, a maneira
de aprender e o próprio ritmo da aprendizagem variam de indivíduo para
indivíduo, face ao caráter pessoal da aprendizagem.
5.
PROCESSO GRADATIVO: cada aprendizagem se realiza através de operações
crescentemente complexas, ou seja, em cada nova situação, envolve maior
número de elementos. Então, cada nova aprendizagem acresce novos elementos à
experiência anterior.
6.
PROCESSO CUMULATIVO: ao analisar o ato de aprender, verifica-se que, além da
maturação, a aprendizagem resulta de atividade anterior, ou seja, da
experiência individual, onde ninguém aprende senão por si e em si mesmo, pela
automodificação.
Desta
maneira, a aprendizagem constitui um processo cumulativo, em que a experiência
atual aproveita-se das experiências anteriores. E a acumulação das
experiências leva à organização de novos padrões de comportamento, que são
incorporados pelo sujeito.
Assim,
a função fundamental da aprendizagem humana é interiorizar ou incorporar a
cultura, para assim fazer parte dela. Fazemo-nos pessoas à medida que
personalizamos a cultura. Graças à aprendizagem, incorporamos a cultura que,
por sua vez, traz incorporadas novas formas de aprendizagem.
Cada
sociedade, cada cultura gera suas próprias formas de aprendizagem, seus meios
de aprendizagem. Desse modo, a aprendizagem da cultura acaba por levar a uma
determinada cultura de aprendizagem. E as atividades de aprendizagem devem ser
entendidas no contexto das demandas sociais que as geram. Além do fato de em
diferentes culturas se aprenderem coisas diferentes, as formas ou processos de
aprendizagem culturalmente relevantes também variam.
A
relação entre o aprendiz e os materiais de aprendizagem está mediada por
certas funções ou processos de aprendizagem que se derivam da organização
social dessas atividades e das metas impostas pelos instrutores ou professores.
Pode-se
afirmar que o aluno precisa elaborar hipóteses e experimentá-las para que se
alcance uma aprendizagem significativa.
Fatores
e processos afetivos, motivacionais e relacionais são importantes neste
momento. Os conhecimentos gerados na história pessoal e educativa têm um
papel determinante na expectativa que o aluno tem, da escola e de si mesmo, nas
suas motivações e interesses, em seu autoconceito e em sua autoestima. Com
isso torna-se fundamental que a intervenção do educador propicie um
desenvolvimento em direção a uma aprendizagem significativa, pois se esta for
uma experiência de sucesso, o aluno constrói uma representação de si mesmo
como alguém capaz.
Destacamos
as características do conceito de aprendizagem. Mediante os processos de aprendizagem,
incorporamos novos conhecimentos, valores e habilidades que são próprias da
cultura e da sociedade em que vivemos.
As
aprendizagens que incorporamos fazem-nos mudar de condutas, de maneiras de
agir, de maneiras de responder. São produto da educação que outros
indivíduos, da nossa sociedade, planejaram e organizaram, ou melhor, do
contato menos planificado, não tão direto com as pessoas com quem nos
relacionamos.
A
aprendizagem tem haver com o desenvolvimento do ser humano, desde a sua nascença
até ao fim da sua vida. O processo de aprendizagem é evolutivo e que altera o
comportamento humano para o bem ou para o mal dependendo do critério que tiver
conveniente. Quem não frequentou a escola terá dificuldades em resolver um
exercício de matemática. Dizer também que quem muito aprender pode querer ser
dono de tudo. A aprendizagem fez com o homem dominasse tudo que o rodeia e
aprendeu a odiar o seu próximo. O comportamento humano depende do meio em que
vive, porque o meio determinará a sua aprendizagem.
Reconstruir
o projeto pedagógico significa assumir o compromisso com a educação como
processo, fruto da ação conjunta da dinâmica de aprendizagem significativa,
desenvolvendo o pensamento crítico-reflexivo e a formação de valores para novas
exigências da cidadania.
Entender
o comportamento humano (e mesmo o comportamento animal) é de grande utilidade
para a sociedade como um todo e de especial importância para a Psicologia.
Quanto
maior o saber da Psicologia sobre o comportamento e a aprendizagem de novos
comportamentos, maior a possibilidade de mudança, visando o bem-estar de todos.
Neste
texto, vamos apresentar três conceitos da Psicologia comportamental que são
muito importantes: 1) o comportamento e condicionamento respondente, 2) o
comportamento operante e 3) a modelagem.
A
Psicologia comportamental procura estudar e compreender o comportamento. Esta
abordagem da Psicologia é chamada Behaviorismo (behavior + ismo; a palavra
inglesa behavior significa comportamento).
Neste
ponto, podemos nos perguntar: como se dá a aprendizagem de novos
comportamentos?
A
aprendizagem pode se entendida enquanto uma mudança no comportamento, mudança
esta que se mantêm relativamente estável no futuro.
Ou
seja, havia uma série comportamentos, e agora encontramos no repertório um novo
comportamento, o organismo aprendeu e manteve uma nova possibilidade de alterar
o seu meio ambiente.
Pode
ser dizer que a aprendizagem dos seres humanos, peculiar e com grande
potencial, representa a sua possibilidade de evoluir, e ter sucesso em seu
processo evolutivo. É esse potencial de aprendizagem que permite as
transformações sociais, culturais e tecnológicas, que levam a espécie humana a
modificações importantes em seus meio.
CONDICIONAMENTO
RESPONDENTE
O
condicionamento respondente é particularmente importante no que diz respeito à
sobrevivência do organismo, além da manutenção do seu bom funcionamento, pois
possibilita uma aprendizagem rápida e relativamente simples.
Nos
seres humanos, o condicionamento respondente permite ao organismo uma adaptação
bem sucedida ao ambiente, como por exemplo, temos o caso de uma pessoa que
comeu feijoada, que foi consequenciada por mal-estar.
Posteriormente,
o leve cheiro de feijoada elicia respostas no organismo de mal-estar, o que lhe
permitia se preservar de um possível mal-estar, se comesse aquele prato.
COMPORTAMENTO
OPERANTE
O
comportamento operante é o comportamento que opera no meio e, portanto, o
modifica. É controlado principalmente pelas consequências que ocasiona a
resposta do organismo no meio.
A
diferença entre o operante e o respondente é que o primeiro produz
comportamento original, ou seja, passível de mudança ao serem mudadas as
consequências, enquanto que o respondente apenas coloca o comportamento reflexo
sob o controle de novos estímulos.
O
comportamento operante possui três componentes:
1)
O estímulo antecedente
2)
A resposta
3)
As consequências
Ou
seja: o estímulo antecedente, que estabelece ocasião para a resposta que por
sua vez produzirá consequências.
A
maior parte dos comportamentos dos seres humanos pode ser descrita como
comportamentos operantes.
Se
há a introdução de uma nova consequência, há mudança na resposta. Ou, ao
contrário, se há a retirada de uma determinada consequência, há a probabilidade
de que a pessoa não apresente mais a mesma resposta.
Por
exemplo, um casal de namorados se ama muito. Um belo dia, por uma série de
motivos, ela termina com ele.
No
começo, com a ausência dela (estímulo antecedente), ele liga (resposta) para
ela (que o atendia quando namoravam).
Como
eles terminaram, ela não mais atende suas ligações. O que acontece?
Ele
passa a ter, aos poucos, um novo comportamento, o de não ligar para ela.
A
MODELAGEM
A
modelagem se dá quando uma resposta específica é alcançada com aproximações
sucessivas às respostas almejadas. Essas aproximações são semelhantes, embora
menos específicas, à resposta final, de modo que ao longo do tempo possibilitam
ao organismo atingir aquela resposta última, através do reforçamento positivos
daquelas respostas iniciais.
Por
meio desse processo que ocorre ao longo de um determinado tempo, o novo
operante é produzido e inserido no repertório comportamental do organismo.
Como
exemplo de modelagem, temos a aprendizagem de um instrumento musical, o violão.
Inicialmente, o professor exige e reforça resposta simples e um pouco erradas,
para posteriormente, ao longo do tempo, passar a não reforçar tais respostas,
incidindo o reforço apenas nas respostas desejadas, mais específicas e
complexas. Do mesmo modo, se dá a aprendizagem da escrita de uma língua, seja
ela materna ou estrangeira, assim como a aprendizagem de um esporte, como o
futebol.
Aprendizagem
é toda mudança de comportamento em resposta a experiências anteriores porque
envolve o sujeito como um todo, considerando todos os seus aspectos, sendo eles
psicológicos, biológicos e sociais. Se algum desses aspectos estiver em
desequilíbrio haverá a dificuldade de aprendizagem.
Segundo
Jean Piaget, psicólogo, epistemólogo suíço, a aprendizagem só se dá com a
desordem e ordem daquilo que já existe dentro de cada sujeito. É necessário
obter contato com o difícil, com o incomodo para desestruturar o já existente e
em seguida estruturá-lo novamente, com a pesquisa e também motivações tanto
intrínseca como extrínseca para obter a aprendizagem, ressaltando que a
motivação intrínseca é mais importante porque o sujeito tem que estar
interessado em aprender, sendo que a junção dos dois (intrínseca e extrínseca)
formam importantes aliados para a melhor aprendizagem do sujeito.
O
processo do conhecimento se dá na interação entre sujeito e objeto, esta
interação Piaget chama de assimilação e acomodação.
Assimilação
para Piaget é “(...) uma integração a estruturas prévias, que podem permanecer
invariáveis ou são mais ou menos modificadas por esta própria integração, mas
sem descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem serem destruídas, mas
simplesmente acomodando-se à nova situação”. Simplificando, o processo de
assimilação é a articulação das ideias já existentes com as que estão sendo
aprendidas de forma que adapta o novo conhecimento com as estruturas cognitivas
existentes.
Acomodação
é toda mudança de comportamento, alteração do sujeito, este só acontece quando
o sujeito se transforma, amplia ou muda os seus esquemas. Esquema é a estrutura
da ação, ou seja, nós vamos integrando uma determinada coisa com outra coisa
que já entramos em contato anteriormente, assim vamos articulando o já
conhecido com o que está sendo apresentado, mudando ou ampliando o esquema já
existente.
Não
há assimilação sem acomodação e vice-versa, mas pode acontecer o predomínio de
uma ou de outra, para ocorrer este processo é preciso que o sujeito tenha
situações problemas que desafiem sua inteligência.
Para
Piaget, o desenvolvimento cognitivo é dividido em quatro estágios. O estágio
Sensório motor vai aproximadamente entre 0 à 24 meses. Aqui a criança vai
percebendo aos pouco o seu meio e age sobre ele, o bebê age puramente através
de reflexos, com o tempo ele percebe que certos movimentos e atitudes movem o
seu externo, por exemplo, o choro, ela percebe que ao chorar vai vir alguém
acudi-la, neste período há várias assimilações e acomodações que criam esquemas
de ação. Há algumas características neste estágio: a primeira é o reflexo, na
qual ela não se diferencia do mundo exterior; a segunda são as primeiras
diferenciações, existe uma coordenação entre mão e boca, uma diferenciação
entre pegar e sugar surgem os primeiros sentimentos como a alegria, a tristeza,
o prazer e desprazer, que estão ligados a ação; a terceira é a reprodução de
eventos interessantes; a quarta é a coordenação de esquemas, ou seja, ela
começa a usar um esquema em outras coisas para ver se obtém o mesmo resultado,
por exemplo, a criança balança um chocalho e vê que aquilo faz barulho, ao
pegar outro objeto ela vai balançar para ver se aquilo também fará barulho; a
quinta é a experimentação, invenção de novos meios, a criança passa a inventar
novos comportamentos, ações a partir da tentativa e erro, consegue a
inteligência quando consegue solucionar problemas; a sexta é a representação,
ela começa a ter um sentimento de escolha, o que quer ou não fazer.
O
estágio Pré-operatório vai aproximadamente entre 2 à 6 anos. Aqui a criança
possui uma capacidade simbólica, uso de símbolos mentais como a linguagem e
imagens, nesta fase há uma explosão da linguística, algumas características
deste estágio são: primeira, a imitação diferida ou imitação de objetos
distantes; segunda, jogo simbólico é também imitativo, a criança não se
preocupa se o outro irá entendê-la, ela se preocupa com o seu entendimento, é
uma forma de se autoexpressar; terceira, desenho, é a sua forma de deixar uma
marca, ela desenha o que quer, sendo ou não real; quarta, imagem mental, as
imagens são estáticas, são imagens que representa o interno, algo que já foi
passado; quinta, linguagem falada, a criança começa a falar uma palavra como se
fosse uma frase, aos pouco ela vai aumentando o seu repertório vocábulo.
Neste
estágio há também as características do pensamento infantil, que são:
egocentrismo é a incapacidade de se colocar no ponto de vista do outro (por
volta dos 4 ou 5 anos), a criança acha que todo mundo pensa como ela, então ela
não questiona ninguém, por volta dos 6 ou 7 anos ela começa a ceder as pressões
das pessoas que vivem a seu redor, ela começa a se questionar porque gera um
conflito, assim ela começa a perceber que cada um pensa de um jeito; raciocínio
transformacional é a incapacidade para raciocinar com sucesso sobre
transformações, a criança não focaliza a transformação; centração a criança
centra alguma coisa limitadamente, não a vê como um todo, ela é incapaz de
explorar todos os aspectos, ela leva em consideração a percepção e não o
raciocínio. Após os 6 ou 7 anos o pensamento da criança toma uma posição
apropriada.
O
estágio Operatório concreto vai aproximadamente entre 7 à 11anos. Aqui a
criança desenvolve processos de pensamento lógico, não apresenta dificuldades
na solução de problemas de conservação e apresenta argumentos corretos para
suas respostas, a criança descentra suas percepções e acompanha as
transformações, ela também começa a ser mais social saindo da sua fase
egocêntrica ao fazer o uso da linguagem, a fala é usada com a intenção de se
comunicar, ela percebe que as pessoas podem pensar e chegar a diferentes
conclusões, sendo elas diferentes das suas, ela interage mais com as pessoas,
quando aparece um conflito ela usa o raciocínio para resolver.
As
operações lógicas é a ocorrência mais importante neste estágio porque as ações
cognitivas internalizadas permitem que a criança chegue a conclusões lógicas,
sendo elas controladas pela atividade cognitiva e não mais pela percepção e
construídas a partir das estruturas anteriores como uma função de assimilação e
acomodação.
O
estágio do Pensamento formal acontece após os 12 anos, a criança ou adolescente
começa ter um pensamento hipotético-dedutivo, ou seja, começa a levantar
hipóteses e deduzir conclusões. O adolescente usa esquemas aprendidos dos estágios
anteriores para fortalecer as hipóteses deste estágio, assim ele vai
aprimorando cada vez mais os estágios anteriores. Deste estágio em diante o que
ocorre é o aperfeiçoamento dos estágios passados.
Para
José Henrique Paim, professor e político brasileiro, o processo de aprendizagem
se inscreve na dinâmica da transmissão da cultura, que constitui a definição
mais ampla da palavra educação, atribuindo quatro funções interdependentes:
a)
Função mantenedora da educação: garante a continuidade da espécie humana por
meio da aprendizagem de normas que regem a ação.
b)
Função socializadora da educação: através da linguagem, do habitat transforma o
indivíduo em sujeito social.
c)
Função repressora da educação: um instrumento de controle que tem por objetivo
conservar.
d)
Função transformadora da educação: transforma o sujeito, de formas peculiares
de expressão revolucionária a partir de mobilizações primariamente emotivas
advindas das contradições do sistema.
Na
tentativa de uma definição da patologia da aprendizagem, ela a define como um
sintoma, no sentido de que o não aprender não configura um quadro permanente,
mas ingressa em uma constelação peculiar de comportamentos, assim, o seu
diagnóstico está constituído pelo seu significado.
A
aprendizagem possui dois tipos de condições: as externas, na qual é comum a
criança com problema de aprendizagem apresentar algum déficit real do meio
devido a confusão dos estímulos, a falta de ritmo ou a velocidade com que são
brindados ou a pobreza ou carência dos mesmos e, em seu tratamento, se vê
rapidamente favorecida mediante um material discriminado com clareza, fácil de
manipular, diretamente associado à instrução de trabalho e de acordo com um
ritmo apropriado para cada aquisição e as internas que estão ligadas a três aspectos:
o corpo como organismo que favorece ou atrasa os processos cognitivos, sendo
mediador da ação; a cognição, ou seja, à presença de estruturas capazes de
organizar os estímulos do conhecimento; condições internas que estão ligadas à
dinâmica de comportamento.
A
aprendizagem será cada vez mais rápida quando o sujeito sentir a necessidade e
urgência na compreensão daquilo que está sendo apresentado.
É
importante levar em consideração as estruturas cognitivas e a estrutura
desejante do sujeito, porque um depende do outro, é necessário que o sujeito
tenha desejo, pois este impulsiona o sujeito a querer aprender e este querer
faz com que o sujeito tenha uma relação com o objeto de conhecimento. Para ter
essa relação o sujeito precisa ter uma organização lógica, que depende dos
fatores cognitivos. No lado do objeto de conhecimento ocorre a significação
simbólica que depende dos fatores emocionais. Todo sujeito tem a sua modalidade
de aprendizagem e os seus meios de construir o próprio conhecimento, e isto depende
de cada um para construir o seu saber.
O
sujeito constrói esse saber a partir do momento que ele tem uma relação com o
conhecimento, com quem oferece e com a sua história. Para que o conhecimento
seja assimilado, é preciso que o sujeito seja ativo, transforme e incorpore o
seu saber, esquecendo-se de conhecimentos prévios que já não servem mais, é
importante também que o ensinante dê significado para este novo conhecimento,
despertando o desejo de querer saber do aprendente. O modo como uma pessoa relaciona-se
com o conhecimento se repete e muda ao longo de sua vida nas diferentes áreas.
O
conhecimento acontece quando alguns esquemas operaram e utilizam diferentes
situações de aprendizagem, é um molde relacional e móvel que se transforma com
o uso, é a organização do conjunto de aspectos (conscientes, inconscientes e
pré-conscientes) da ordem da significação, da lógica, da simbólica, da
corporeidade e da estética, tal organização ocorre espontaneamente, isto se
chama modalidade de aprendizagem, sendo que o problema de aprendizagem ocorre
quando essa modalidade se enrijece, congela.
Cada
pessoa tem uma modalidade singular de aprendizagem, que se organiza a partir
dos ensinante (família e escola), considerando a criança como um ser aprendente
e que tem capacidade para pensar; do espaço saudável, ou seja, onde seja
possível fazer perguntas; das experiências vividas com satisfação em relação ao
aprender; do reconhecimento de si mesmo como autor; dos espaços objetivos e
subjetivos, onde o jogar seja aceito; de uma possível relação com sujeitos da
mesma idade; do modo de circulação do conhecimento nos grupos de pertencimento:
família, escola, contexto comunitário.
É
importante ressaltar que o sujeito é sempre ativo, é autor do seu conhecimento,
ele constrói sua modalidade de aprendizagem e a sua inteligência que marcará
uma forma particular de relacionar-se, buscar e construir conhecimentos, um
posicionamento de sujeito diante de si mesmo como autor de seu pensamento.
O
aprender significa também “perder” algo velho, mas utilizando-o para construir
o novo, é o reconhecimento da passagem do tempo, do processo construtivo, o
qual remete necessariamente, à autoria. Aprender é historiar-se, pois, sem esse
sujeito ativo e autor que significa o mundo, aprendizagem será apenas uma
tentativa de cópia.
Para
aprender precisamos entender e analisar a relação entre futuro e passado, assim
entenderemos todo o processo de aprendizagem, ou seja, o sujeito tem que ser
biógrafo de sua história.
O
aprender com compreensão é um processo pessoal, que acontece dentro da cabeça
de cada um. Esse processo exige que o aprendiz pense por si próprio.
Assim,
para a Psicologia Cognitiva, simplesmente receber informações de um professor
não é suficiente para que o aluno aprenda com compreensão, porque, nesse caso,
a criança fica passiva, não pensa com a própria cabeça.
A
Psicologia estudou também quais objetos ou atividades ajudam na aprendizagem.
Ela tem mostrado que o pensamento e o aprendizado da criança desenvolvem-se
ligados à observação e investigação do mundo. Quanto mais a criança explora as
coisas do mundo, mais ela é capaz de relacionar fatos e ideias, tirar
conclusões, ou seja, mais ela é capaz de pensar e compreender.
Sabe-se
que os princípios psicopedagógicos que estimulam as crianças a aprender, estão
interrelacionados e são interdependentes, sendo eles a autoestima, motivação,
aprendizagem e disciplina.
No
campo afetivo, devemos ajudar as crianças a criar sentimentos positivos em
relação a si mesma. Quando a criança se sente útil e segura, o processo de
aprendizagem escolar estará garantido. Sendo assim, a afetividade e atenção dos
pais são muito importantes.
No
campo cognitivo, devemos enriquecer e ampliar o vocabulário da criança. O
aprendizado de novas palavras tem como objetivo possibilitar a obtenção de
melhores resultados na escola e ajudar a criança a ordenar o pensamento em
função do mundo em que vive.
Deve-se
ainda, valorizar o desenvolvimento do raciocínio lógico e matemático, da
psicomotricidade, e do aspecto sócio-emocional contribuindo adequadamente para
que a criança seja ajudada amplamente, onde todas as partes do desenvolvimento
são atendidas no momento certo.
O
ser humano aprende o tempo todo, e as crianças também, mas não necessariamente
aquilo que os pais tentam ensinar-lhes de forma intencional.
O
processo ensino-aprendizagem nem sempre é direto, nem tudo que se ensina, se
aprende, e às vezes aprendem-se coisas que não se pretendem ensinar.
E
nada mais enriquecedor do que propor atividades criativas e desafiadoras que
podem acontecer em qualquer lugar, até mesmo na areia da praia.
O
lúdico através de jogos, brincadeiras, músicas, e dramatizações é muito
motivador, devendo acontecer em casa e na escola, em especial na sala de aula,
onde a aprendizagem vira ofício do brincar e a vida escolar um enorme prazer.
É
necessário identificar quais atividades são relevantes para modificar o
comportamento da criança e despertar o seu interesse, pois montar um
quebra-cabeça pode ser gratificante para uma criança, mas pode ser um castigo
para outra; o que revela o caráter subjetivo do reforço.
Aprende-se
também por meio da observação, por modelos e ações dos outros. A aprendizagem
por observação explica também certas tendências agressivas das crianças, os
impulsos consumistas induzidos pela publicidade e determinadas condutas
consideradas antissociais, entre outras manifestações de comportamento.
É
por meio da Experiência, da Observação e da Exploração de seu ambiente, que a
criança constrói seu conhecimento, modifica situações, reestrutura seus
esquemas de pensamento, interpreta e busca soluções para fatos novos o que
favorece e muito, o desenvolvimento intelectual da criança, principalmente, na
fase pré-escolar.
Sabe-se
que as crianças pensam de maneira diferente dos adultos, que cada criança pensa
diferentemente de outra e que o pensamento evolui, passa por estágios e em cada
estágio, a criança tem uma maneira especial de compreender e explicar as coisas
do mundo.
Concluímos
que a aprendizagem é uma mudança de comportamento, assimilações e informações
nas quais o sentido de aprender não é impor barreiras e limites para a
criatividade e disponibilidade de cada ser. O desenvolvimento de uma boa
aprendizagem é a integração de aspectos: afetivo, físico, emocional, social e
intelectual do aprendiz, ocasionando uma motivação interna e construindo o
conhecimento a todo o momento.
SÍNTESE
DIDÁTICA
O
Behaviorismo é um termo genérico para agrupar diversas e contraditórias
correntes de pensamento na Psicologia que tem como unidade conceitual o
comportamento, mesmo que com diferentes concepções sobre o que seja o
comportamento.
A
palavra inglesa behaviour (RU) ou behavior (EUA) significa comportamento,
conduta. Os behavioristas de orientação positivista trabalham com o princípio
de que a conduta dos indivíduos é observável, mensurável e controlável
similarmente aos fatos e eventos nas ciências naturais e nas exatas.
John
Broadus Watson (1878-1958) foi considerado o pai do Behaviorismo metodológico,
ao publicar, em 1913, o artigo "Psicologia vista por um
Behaviorista", que declarava a Psicologia como um ramo puramente objetivo
e experimental das ciências naturais, e que tinha como finalidade prever e
controlar o comportamento de todo e qualquer indivíduo. Watson era um defensor
da importância do meio na construção e desenvolvimento do indivíduo. Os seus
estudos basearam-se no condicionamento clássico, conceito desenvolvido pelo
fisiologista russo Ivan Pavlov (1849-1936), que ganhou o Premio Nobel de
Medicina pelo seu trabalho sobre a atividade digestiva dos cães. Pavlov
descobriu que os cães não salivavam apenas ao ver comida, mas também quando
associavam algum som ou gesto à "chegada de comida".
A
este fenômeno de associação ele denominou de condicionamento clássico. A partir
das descobertas de Pavlov, houve um fortalecimento da investigação empírica da
relação entre o organismo e o meio.
O
Behaviorismo metodológico e o BEHAVIORISMO metafísico tem as suas raízes nos
trabalhos pioneiros de Watson e Pavlov. O Behaviorismo radical foi desenvolvido
não como um campo de pesquisa experimental, mas sim uma proposta de filosofia
sobre o comportamento humano que utiliza como referência outros filósofos da
ciência do século XX, contextualizado por todas das crises de paradigmas
vivenciadas pelo pensamento científico até hoje, seu principal autor foi o
psicólogo americano Burruhs Skinner (1953), que além de ser representante mais
importante do Behaviorismo radical desenvolveu os princípios do condicionamento
operante e a sistematização do modelo de seleção por consequências para
explicar o comportamento. O condicionamento operante explica que quando após um
comportamento ou atitude é seguida a apresentação de um reforço, aquela
resposta (ação) tem maior probabilidade de se repetir com a mesma função.
TIPOS
DE BEHAVIORISMO
METODOLÓGICO
Consiste
na teoria explicativa do comportamento publicamente observável da Psicologia, a
qual postula que a esta deve ocupar-se do comportamento animal (humano e não
humano) apenas quando for possível uma observação pública para obter uma
mensuração, ao invés de ocupar-se dos estados mentais que possam gerar ou
influenciar tais comportamentos. Assim o Behaviorismo metodológico acredita na
existência da mente, mas a ignora em suas explicações sobre o comportamento.
Para o Behaviorismo metodológico os estados mentais não se classificam como
objetos de estudo empírico. Seus postulados foram formulados predominantemente
pelo psicólogo americano John Watson.
Em
oposição ao Behaviorismo metodológico foi proposto o Behaviorismo radical, desenvolvido
por Burrhus F. Skinner: Conceitos; Condicionamento operante; Condicionamento
clássico;
Reflexo
condicionado; Reforço positivo; Reforço negativo.
BEHAVIORISMO
RADICAL
O
Behaviorismo Radical consiste numa filosofia da Psicologia, o qual se propõe a
explicar o comportamento animal (humano e não humano) com base no modelo de
seleção por consequências e nos princípios do comportamento postulados pela
Análise Experimental do Comportamento (AEC). O nome que mais fortemente está
associado a esta linha do Behaviorismo é o de Burrhus Frederic Skinner.
FILOSÓFICO
O
Behaviorismo filosófico consiste na teoria analítica que trata do sentido e da
semântica das estruturas de pensamento e dos conceitos. Defende que a ideia de
estado mental, ou disposição mental, é na verdade a ideia de disposição
comportamental ou tendências comportamentais. Nesta concepção, são analisados
os estados mentais intencionais e representativos. Esta linha de pensamento
fundamenta-se basicamente nos postulados de Ryle e Wittgenstein.
BEHAVIORISTAS NOTÁVEIS
Burrhus Frederic Skinner (EUA)
C. Lloyd Morgan (Reino Unido)
Edward C. Tolman (EUA)
J.R. Kantor (EUA)
John Broadus Watson (EUA)
Joseph
Wolpe (South African)
Albert
Bandura (Aprendizagem por observação).
Segundo
essa concepção a aprendizagem ocorre através de contingências, surgimentos ao
acaso, de estímulos e respostas dos organismos, onde o comportamento é
observado como uma resposta às experiências (estímulos, ações) que pode ser
preconcebido. Nesse sentido para os teóricos dessa linha de pensamento o meio
em que as pessoas vivem exerce influência sobre o comportamento, no qual tanto
animais quanto seres humanos aprendem sobre o mundo de forma semelhante
reagindo às situações e características ambientais, que podem ser-lhes
favoráveis ou não. Dessa forma, os behavioristas tentam identificar através das
condições ambientais se um determinado comportamento vai ou não se repetir.
Os
principais teóricos behavioristas são: John Broadus Watson, Ivan Pavlov, B.F.
Skinner e Albert Brandura.
O
Behaviorismo é uma técnica de terapia e abordagem da pessoa baseada no
comportamento. Essa tendência surgiu com John Watson em 1912 começando assim o
período conhecido como o do Behaviorismo clássico que durou, mais ou menos, até
1930.
A
partir desse ano até 1940 surgiu o Neo-Behaviorismo, mais minucioso
experimentalmente e baseado na teoria do comportamento adaptado de Pavlov. Um
dos neo-behavioristas mais importante foi Skinner.
Pavlov
descreveu o processo do condicionamento clássico o qual consiste na
substituição de estímulos: "Um estímulo, antes neutro, adquire o poder de
eliciar a resposta que originalmente era eliciada por outro estímulo".
Skinner chama o experimento pavloviano de condicionamento do tipo S e o seu de
tipo R.
No
primeiro tipo as respostas são eliciadas (respondentes) e no segundo, emitidas
(operantes). O reforço no condicionamento operante é dado após a resposta
exigida, quando aparece a resposta condicionada. A ação do organismo produz o
agente que reforça. Portanto, o condicionamento do tipo S diz respeito a
respostas do sistema nervoso autônomo e o do tipo R ao comportamento motor
(músculos estriados).
Tipos
de Reforços: a) Reforço Positivo: é aquele que apresentado a uma situação
favorece o surgimento da resposta operante. Água e alimento, por exemplo.
b)
Reforço Negativo: é um estímulo que, removido, fortalece a probabilidade de uma
resposta operante. Choque elétrico, calor ou frio intenso, barulho etc.
c)
De Intervalo: é o reforço intermitente apresentado em intervalos fixos de tempo
(de 5 em 5 minutos, por exemplo).
d)
De Razão: o reforço é apresentado em intervalos de tempo padrão, após um número
x de respostas.
No
experimento do rato na caixa, um pedaço de queijo reforça a pressão da barra.
Ele só aparece quando o rato pressionar a barra e se for suspenso, dar-se-á a
extinção do operante. O rato também pode discriminar: só recebe alimento quando
a barra é pressionada e uma lâmpada acende; quando pressiona no escuro, não.
Por discriminação, só pressionará com a lâmpada acesa.
A
teoria de Skinner teve pronta aceitação porque na prática o reforço é dado
justamente pela ação do indivíduo. O pai só elogia o filho quando este dá a
resposta esperada; o filho, fazendo o desejado pelo pai recebe o prêmio, a recompensa
ou reforço positivo. E vai aprendendo a buscar o incentivo positivo com
diferentes tipos de comportamento.
Uma
série de ações operantes pode ser estabelecida, com reforços primários e
secundários (alimentos e palavras, por exemplo), formando encadeamentos.
Através de sucessivas aproximações é possível obter-se uma sequencia desejada.
Para
o Behaviorismo, o organismo se parece com um responding (um ser respondente) às
condições (estímulos), produto de processos ambientais e internos. O objeto da
Psicologia tinha sido até então a alma, ou a consciência, a mente.
A
personalidade para o behaviorista é um conjunto, um sistema de hábitos
condicionados através de reforços positivos e negativos. A maior importância é
dada aos fatores ambientais e a hereditariedade é relegada para segundo plano.
Para
o Behaviorismo ou Neo-Behaviorismo o ser humano é produto do ambiente e essa
afirmação é valida no sentido bem radical.
Podemos
resumir a posição de Skinner nas seguintes declarações: Quando ocorrer uma
reação, reforce-a e o sujeito tenderá a reagir de novo da mesma maneira. Negue
o reforço ou castigue o sujeito e a reação tenderá a desaparecer.
O
reforço operante é um meio extremamente possante para "modelar a
personalidade". Skinner e outros o usaram em grande número de problemas
práticos, incluindo aprendizagem programada e o tratamento de distúrbios
comportamentais.
O
Behaviorismo é aplicado todos os dias por todos os indivíduos. São as formas
comportamentais de cada um. São as respostas dadas pelos indivíduos através dos
estímulos. Desde do adestramento de um animal, a um marketing de um
refrigerante ou de qualquer outro produto, nas relações entre pessoas, seja em
uma empresa ou em qualquer outro tipo de instituição sempre haverá a aplicação
do Behaviorismo. Na resposta da ação de uma mulher sedutora ou de um homem
sedutor, nos relacionamentos de um casal ou de uma família ele sempre estará
presente. Desde a educação, à Psicologia Clínica, o Behaviorismo é importante,
nos ajudando a compreender o homem, o mundo e suas relações. Para uma
liderança, seja de qual for a área, é de suma importância compreender o
Behaviorismo. Enfim, não há como viver sem a aplicação desta avaliação
comportamental.
Pesquisa
realizada pelo Dr. Josué Campos Macedo