segunda-feira, 14 de abril de 2014

A NECESSIDADE DA PSICOTERAPIA



CONCEITO DE TERAPIA
Terapia vem da palavra grega therapeia de therapeúein, e tem os significados de servir, honrar, assistir, cuidar e tratar. Psicoterapia é um processo de busca de conhecimento crescimento e desenvolvimento pessoal e principalmente de ajuda. Tem como objetivo principal ajudar a atenuar o sofrimento humano seja ele expresso através de crises pessoais, crises profissionais, dificuldades nos relacionamentos afetivos, distúrbios emocionais refletidos no próprio corpo em forma de doenças e limitações físicas, fobias, medos, crises de pânico, depressão, timidez, baixa autoestima, lutos, a angústia muitas vezes vivida em silêncio por vítimas de violência física e/ou moral, dificuldades escolares, insônia e outros tantos entre uma variedade imensa de sintomas.
O papel do Psicoterapeuta é iluminar o caminho para permitir que você faça escolhas, é difícil escolher no escuro. É necessário primeiro que você entenda e perceba sua forma de se relacionar, suas pautas vinculares. Cada ser humano tem uma forma pessoal e particular de estabelecer relação com os outros, que chamamos de pautas vinculares. Estes padrões de vinculação são responsáveis por inúmeros problemas relacionais. Muitas vezes são inconscientes e quando conscientes estão muito enraizadas em crenças pessoais aprendidas e alimentadas ao longo da vida, o que dificulta sua mudança. A pessoa até sabe o que está errado, o que deveria fazer ou como deveria agir, mas não consegue colocar em prática.
Apesar da similaridade humana, as pessoas são diferentes, justamente por isso, cada processo de Psicoterapia é único, cada pessoa é especialmente diferente em suas necessidades, em seu ritmo, e em seus potenciais emocionais, físicos e intelectuais. Justamente por esses motivos os processos psicoterápicos variam em duração, e no caminho (metodologias e técnicas) que o Psicoterapeuta utiliza para alcançar o objetivo proposto no trabalho.
Psicoterapia é um processo de “mão dupla” é necessário alguém que queira ajudar (Psicoterapeuta), e alguém que queira ser ajudado, mas, principalmente, esteja disposto a se ajudar. Ninguém ajuda ninguém que não queira ser ajudado.
Quem são os Psicoterapeutas? São os profissionais da área da saúde (Médicos-Psiquiatras e Psicólogos) que se especializam no tratamento clínico e psicoterápico. Não é um doutrinador, alguém que vai impor seus valores morais, crenças e verdades próprias. Também não é um juiz que vai decidir entre certo/errado ou dar seu parecer sobre o que pensa a respeito deste ou daquele comportamento. É alguém que fará uma proposta de relação de respeito, aceitando você como é em sua completude, com suas particularidades incondicionalmente. O que basicamente orienta o psicólogo não é sua forma pessoal de compreender o mundo, o psicólogo não é um professor da vida, é um profissional treinado e habilitado para conduzi-lo nesse difícil processo de criar e desenvolver intimidade. É importante que você escolha alguém com quem você tenha um mínimo de empatia, que seja de sua confiança, ou indicado por alguém em quem confie, além é claro, de ser um profissional comprometido eticamente e preparado tecnicamente para essa função.

A IMPORTÂNCIA DA PSICOTERAPIA
Para diminuir seu sofrimento e tornar sua vida mais prazerosa e feliz.
O ser humano é resultado de sua historia, seus encontros e desencontros emocionais, suas doenças físicas e suas relações são o resultado da interação bio-psico-social, Para pensarmos em qualidade de vida é importante pensarmos no ser humano como um todo integrado onde estas instâncias tornam o organismo equilibrado. A saúde emocional mapeia e baliza esta integração.
Nascemos com potenciais de saúde (características herdadas) e necessitamos de provisão externa para nos desenvolver. Somos influenciados e influenciamos todo o tempo. Nascemos totalmente espontâneos, criativos e “desarmados” e somos moldados por nossas próprias experiências, para vivermos socialmente.
Recebemos modelos sociais todo o tempo, os mais fortes geralmente são os que surgem de nossas primeiras experiências de vida e de vivenciar a sociedade, que acontece primeiramente através de nossos pais, ou daqueles que fazem esse papel.
O processo de Psicoterapia é capaz de gerar transformações intensas e profundas na forma e na qualidade da interação que o indivíduo estabelece com o mundo e com si mesmo. Questionando e redimensionando crenças, mitos e verdades. Revela códigos que muitas vezes servem de parâmetros para avaliar e estabelecer relacionamentos expectativas e desejos, ajudando a trazê-los para a consciência.
Nós somos seres sociais, vivemos em relação todo o tempo necessitamos do outro para crescer e nos desenvolver fisicamente (nos primeiros anos de vida) e psicologicamente (durante nossa vida toda).
Somos o resultado de nossas características hereditárias e nosso potencial de saúde acrescido das influencias que recebemos resultantes das crenças e dos valores morais de nossos pais/educadores.
Temos o potencial para nos relacionarmos afetivamente e intimamente, mas dependemos do aprendizado. As vivências que temos durante nosso desenvolvimento emocional moldarão nossa forma de perceber e ver o mundo, e nos darão parâmetros para nos relacionarmos com ele. São dessas experiências que nascem nossa autoestima e nosso sentimento de segurança pessoal. O ser humano é dinâmico e sempre tem a possibilidade de crescimento e transformação, portanto as dificuldades emocionais que adquirimos como resultado de nossa historia de vida podem ser superadas.
Estamos continuamente aprendendo com nossas relações, todo o tempo. A relação de Psicoterapia torna-se um novo modelo, uma nova proposta, onde passamos a compreender nossa historia, perceber e entender a nossa real responsabilidade sobre o que nos acontece e onde contribuímos, mesmo sem perceber, para nossas dificuldades.
A Psicoterapia é um método de tratamento, uma aplicação dos conhecimentos da Psicologia e da Psicopatologia na clínica psicológica, sendo também chamada de Psicologia Clínica.
A Psicoterapia é um valioso recurso para lidar com as dificuldades da existência em todas as formas que o sofrimento humano pode assumir como transtornos psicopatológicos, distúrbios psicossomáticos, crises existenciais, estados de sofrimento, conflitos interpessoais, etc.
A Psicoterapia é também um espaço favorável ao crescimento e amadurecimento, um lugar/tempo/modo privilegiado de criar intimidade consigo mesmo, de estabelecer diálogos construtivos e transformar padrões estereotipados de funcionamento, restabelecendo o processo formativo e criativo de cada um.
A Psicoterapia oferece uma oportunidade de compreender e mudar os padrões relacionamento interpessoal. Os problemas vinculares são fonte de incontáveis sofrimentos, favorecendo a ocorrência de inúmeras doenças.
Em alguns casos, a Psicoterapia cumpre também uma função de educação para a vida, oferecendo um espaço de aprendizado, com instrumentos e conhecimentos que podem ajudar na orientação e condução da vida. Esta função torna-se fundamental em situações de desestruturação decorrente de crises ou casos de imaturidade psicológica, quando a pessoa se sente verdadeiramente inapta para lidar com os enfrentamentos e dificuldades em sua vida.

APLICAÇÕES DA PSICOTERAPIA
A Psicoterapia é um processo que permite transformações profundas da pessoa, com resultados evidentes em diversas situações como:
>Tratamento de transtornos psicológicos como transtorno do pânico, fobias, transtorno dissociativo, depressão, anorexia, estresse pós-traumático etc.
>Tratamento de transtornos de personalidade como transtorno borderline, transtorno esquizóide, transtorno paranóide, surto psicótico, etc.
>Trabalho sobre conflitos pessoais, conjugais, familiares, interpessoais e grupais que podem produzir ou contribuir para o sofrimento psicológico.
>Tratamento na elaboração de crises existenciais, de transições difíceis (luto, crises profissionais, etc) e dificuldades nas mudanças de fases de vida (puberdade, adolescência, vida adulta, menopausa, envelhecimento, etc.).
A Síndrome de Borderline, ou transtorno de personalidade Limítrofe, é uma grave doença psicológica. Os indivíduos com a síndrome de Borderline vivem no limite entre a normalidade e os surtos psicóticos.
As dificuldades para se relacionar, oscilações de humor e impulsividade são algumas características da síndrome de Borderline que o paciente pode apresentar, atingindo também as pessoas que o cercam. Esses sintomas começam a se manifestar na adolescência e se tornam mais frequentes no inicio da vida adulta.
A síndrome de Borderline é frequentemente confundida com esquizofrenia ou transtorno bipolar, porém possui características diferentes, como a duração e intensidade das emoções.
Sintomas da Síndrome de Borderline.
Os sintomas da Síndrome de Borderline podem ser oscilações de humor, agressividade, irritabilidade, depressão, automutilação, comportamentos suicidas, medo de abandono, dificuldade em lidar com as emoções, mudanças de planos profissionais e nos círculos de amizades, impulsividade e baixa autoestima.
Diagnóstico da Síndrome de Borderline.
O diagnóstico é feito através de características do transtorno, observadas por um psicólogo ou psiquiatra, e por experiências relatadas pelo individuo. É importante fazer exames fisiológicos, como hemograma e sorologia, para a exclusão de outras doenças.
O diagnóstico da síndrome de Borderline pode ser longo e complexo. Devido à semelhança com outras síndromes, é muito raro obter o diagnóstico precoce dessa doença.
Tratamento da Síndrome de Borderline.
O tratamento é feito através de uma combinação de medicamentos e de acompanhamento psicológico. Os medicamentos usados com mais frequência no tratamento da síndrome de Borderline incluem anti-depressivos, estabilizadores de humor e tranquilizantes.
A psicoterapia é o principal tratamento utilizado, porém requer paciência e força de vontade do paciente. É na psicoterapia que o individuo aprende a lidar e controlar as suas emoções.
A síndrome de Borderline não tem cura, porém o tratamento ajuda a diminuir as crises de personalidade na doença.
O transtorno de personalidade esquizóide carateriza-se pela indiferença e pelo isolamento social. Este transtorno é mais predominante nas pessoas que têm antecedentes familiares de esquizofrenia ou transtorno de personalidade esquizóide. Como todos os transtornos de personalidade têm o seu início na idade adulta e costuma dar-se em diversos contextos socioculturais. No transtorno de personalidade esquizóide, há uma predominância pelas atividades solitárias e a introspecção. Costuma dar-se com maior frequência em homens do que em mulheres, embora costume ser um transtorno comum.
Indiferença. A pessoa que sofre de transtorno de personalidade esquizóide carateriza-se por ser indiferente perante as relações sociais. Não demonstra ter desejos de intimidade e não se mostra a fim com o fato de formar parte de uma família ou de um grupo social. É uma pessoa solitária que prefere atividades que não impliquem outras pessoas.
Atividades solitárias. As suas atividades limitam-se a jogos de computador ou todos aqueles passatempos que impliquem o isolamento social. Tem especial atração por tarefas mecânicas e abstratas, como por exemplo, as matemáticas. No entanto, são limitadas às atividades que são do seu agrado.
Restrição emocional. Mostra-se indiferente perante as emoções, embora estas impliquem estímulos diretos, como por exemplo, provocação, flertes, etc. Tem escasso interesse perante as experiências sexuais com outras pessoas. Dado as suas características, não costuma ter relações amorosas estáveis, uma vez que não desfruta das relações interpessoais.
Críticas. Mostra-se indiferente perante as críticas ou elogios dos outros. Não se interessa pelo que os outros possam pensar dele. Não tem amigos de confiança, à excepção dos integrantes do seu núcleo familiar básico. Mostra uma frieza emocional que dificulta a aproximação das pessoas.
Normas sociais. Costuma ter comportamentos excêntricos que refletem uma inadequação para o reconhecimento e cumprimento das normas sociais. Devido a estes comportamentos, muitas vezes, é visto como socialmente inapto ou superficial. Como consequência destas caraterísticas, também costuma ter dificuldades no âmbito laboral.
Dificuldades emocionais. Quem sofre de transtorno de personalidade esquizóide, costuma ter dificuldade em expressar as suas emoções. Rara vez manifesta raiva ou alegria, mostra-se sim frio e distante. Reage passivamente perante os acontecimentos mais significativos da sua vida.
Transtornos associados. Em alguns casos, este transtorno vem acompanhado de um transtorno depressivo maior. Também pode aparecer como o antecedente de um transtorno delirante ou de esquizofrenia.
A característica essencial do Transtorno da Personalidade Esquizóide é um padrão invasivo de distanciamento de relacionamentos sociais e uma faixa restrita de expressão emocional em contextos interpessoais. Este padrão começa no início da idade adulta e se apresenta em variados contextos. Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide parecem não possuir um desejo de intimidade, mostram-se indiferentes às oportunidades de desenvolver relacionamentos íntimos, e parecem não obter muita satisfação do fato de fazerem parte de uma família ou de outro grupo social (Critério A1). Eles preferem passar seu tempo sozinhos a estarem com outras pessoas. Com freqüência, parecem ser socialmente isolados ou "solitários", quase sempre escolhendo atividades ou passatempos solitários que não envolvam a interação com outras pessoas (Critério A2). Eles preferem tarefas mecânicas ou abstratas, tais como jogos matemáticos ou de computador. Podem ter pouco interesse em experiências sexuais com outra pessoa (Critério A3) e têm prazer em poucas atividades (se alguma) (Critério A4). Existe, geralmente, uma experiência reduzida de prazer em experiências sensoriais, corporais ou interpessoais, tais como caminhar na praia ao pôr-do-sol ou fazer sexo. Esses indivíduos não têm amigos íntimos ou confidentes, exceto, possivelmente, algum parente em primeiro grau (Critério A5). Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide freqüentemente se mostram indiferentes à aprovação ou crítica e parecem não se importar com o que os outros possam pensar deles (Critério A6). Eles podem ignorar as sutilezas normais da interação social e com freqüência não respondem adequadamente aos indicadores sociais, de modo que parecem socialmente ineptos ou superficiais e absortos consigo mesmos. Eles geralmente exibem um exterior "insosso", sem reatividade emocional visível, e raramente retribuem gestos ou expressões faciais, tais como sorrisos ou acenos (Critério A7). Afirmam que raramente experimentam fortes emoções, tais como raiva e alegria, freqüentemente exibem um afeto restrito e parecem frios e indiferentes. Entretanto, em circunstâncias muito incomuns nas quais estes indivíduos, pelo menos temporariamente, sentem-se mais à vontade para se revelarem, podem reconhecer sentimentos dolorosos, particularmente relacionados a interações sociais. O Transtorno da Personalidade Esquizóide não deve ser diagnosticado se o padrão de comportamento ocorre exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia, Transtorno do Humor Com Aspectos Psicóticos, outroTranstorno Psicótico ou um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, ou se é decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma condição neurológica (por ex., epilepsia do lobo temporal) ou outra condição médica geral (Critério B).
Características e Transtornos Associados
Indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide podem ter uma particular dificuldade para expressar raiva, mesmo em resposta à provocação direta, o que contribui para a impressão de não possuírem emoções. Suas vidas freqüentemente parecem não ter um rumo, parecendo "andar a esmo", em termos de metas. Esses indivíduos muitas vezes reagem passivamente a circunstâncias adversas e têm dificuldade em responder adequadamente a acontecimentos importantes de suas vidas. Em vista de sua falta de habilidades sociais e de desejo de ter experiências sexuais, os indivíduos com este transtorno têm poucos relacionamentos, encontros românticos infreqüentes e comumente não se casam. O funcionamento ocupacional pode estar prejudicado, particularmente se houver necessidade de envolvimento pessoal, mas os indivíduos com este transtorno podem sair-se bem quando trabalham em condições de isolamento social. Particularmente em resposta ao estresse, os indivíduos com este transtorno podem vivenciar episódios psicóticos muito breves (durando de minutos a horas). Em alguns casos, o Transtorno da Personalidade Esquizóide pode aparecer como antecedente pré-mórbido de Transtorno Delirante ou Esquizofrenia. Os indivíduos com este transtorno podem, por vezes, desenvolver um Transtorno Depressivo Maior. O Transtorno da Personalidade Esquizóide ocorre mais freqüentemente com os Transtornos da Personalidade Esquizotípica, Paranóide e Esquiva. Características Específicas à Cultura, à Idade e ao Gênero Os indivíduos de variados contextos culturais por vezes exibem comportamentos defensivos e estilos interpessoais que podem ser erroneamente rotulados de esquizóides. Por exemplo, os indivíduos que se mudam de ambientes rurais para áreas metropolitanas podem reagir com uma "paralisia emocional" que pode perdurar por vários meses e se manifestar por atividades solitárias, afeto restrito e outros déficits de comunicação. Os imigrantes de outros países às vezes são erroneamente percebidos como frios, hostis ou indiferentes. O Transtorno da Personalidade Esquizóide pode aparecer pela primeira vez na infância ou adolescência na forma de solidão, fracos relacionamentos com seus pares e baixo rendimento escolar, o que pode deixar essas crianças e adolescentes marcados como diferentes e sujeitos a zombarias. O Transtorno da Personalidade Esquizóide é diagnosticado com uma freqüência levemente superior em homens, nos quais pode causar maior comprometimento.
Prevalência O Transtorno da Personalidade Esquizóide é raro em contextos clínicos.
Padrão Familial O Transtorno da Personalidade Esquizóide pode ter uma prevalência maior entre os parentes de indivíduos com Esquizofrenia ou Transtorno da Personalidade Esquizotípica.
Diagnóstico Diferencial. O Transtorno da Personalidade Esquizóide pode ser diferenciado de Transtorno Delirante, Esquizofrenia e Transtorno do Humor Com Aspectos Psicóticos, uma vez que todos esses transtornos caracterizam-se por um período de sintomas psicóticos persistentes (por ex., delírios e alucinações). Para um diagnóstico adicional de Transtorno da Personalidade Esquizóide, este deve ter estado presente antes do início dos sintomas psicóticos e persistir após a remissão destes. Quando um indivíduo tem um Transtorno Psicótico crônico do Eixo I (por ex., Esquizofrenia) que foi precedido pelo Transtorno da Personalidade Esquizóide, este último deve ser registrado no Eixo II, seguido da expressão "Pré-Mórbido", entre parênteses. Pode ser muito difícil distinguir entre indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide e aqueles com formas mais leves de Transtorno Autista e com Transtorno de Asperger. As formas mais leves de Transtorno Autista e o Transtorno de Asperger distinguem-se por uma interação social mais severamente prejudicada e estereotipia de comportamentos e interesses. O Transtorno da Personalidade Esquizóide deve ser distinguido de uma Alteração da Personalidade Devido a uma Condição Médica Geral, em que os traços emergem devido aos efeitos diretos de uma condição médica geral sobre o sistema nervoso central. Ele também deve ser diferenciado de sintomas que podem desenvolver-se em associação com o uso crônico de substâncias (por ex., Transtorno Relacionado à Cocaína Sem Outra Especificação). Outros Transtornos da Personalidade podem ser confundidos com o Transtorno da Personalidade Esquizóide, por terem certos aspectos em comum, o que torna importante distinguir esses transtornos com base nas diferenças em seus aspectos característicos. Entretanto, se um indivíduo tem características de personalidade que satisfazem os critérios para um ou mais Transtornos da Personalidade além do Transtorno da Personalidade Esquizóide, todos podem ser diagnosticados. Embora as características de isolamento social e afetividade restrita sejam comuns aos Transtorno da Personalidade Esquizóide, Esquizotípica e Paranóide, o Transtorno da Personalidade Esquizóide pode ser diferenciado do Transtorno da Personalidade Esquizotípica pela falta de distorções cognitivas ou perceptivas e do Transtorno da Personalidade Paranóide, pela falta de desconfianças e ideação paranóide. O isolamento social do Transtorno da Personalidade Esquizóide pode ser diferenciado daquele do Transtorno da Personalidade Esquiva, que é devido ao medo de sentir embaraço ou ser considerado inadequado e a uma excessiva previsão de rejeição. Em contraste, as pessoas com Transtorno da Personalidade Esquizóide têm um distanciamento mais abrangente e pouco desejo de intimidade social. Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva também podem apresentar um aparente distanciamento social, oriundo da dedicação ao trabalho e do desconforto com as emoções, mas eles têm uma capacidade básica para a intimidade. Os indivíduos "solitários" podem exibir traços de personalidade que poderiam ser considerados esquizóides, porém eles apenas constituem um Transtorno da Personalidade Esquizóide quando são inflexíveis e mal-adaptativos e causam prejuízo funcional significativo ou sofrimento subjetivo.
Critérios Diagnósticos para F60.1 - 301.20 Transtorno da Personalidade Esquizóide
A. Um padrão invasivo de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de expressão emocional em contextos interpessoais, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, como indicado por pelo menos quatro dos seguintes critérios:
(1) não deseja nem gosta de relacionamentos íntimos, incluindo fazer parte de uma família
(2) quase sempre opta por atividades solitárias
(3) manifesta pouco, se algum, interesse em ter experiências sexuais com outra pessoa
(4) tem prazer em poucas atividades, se alguma
(5) não tem amigos íntimos ou confidentes, outros que não parentes em primeiro grau
(6) mostra-se indiferente a elogios ou críticas de outros
(7) demonstra frieza emocional, distanciamento ou afetividade embotada.
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia, Transtorno do Humor Com Aspectos Psicóticos, outro Transtorno Psicótico ou um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, nem é decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral. Se os critérios são satisfeitos antes do início de Esquizofrenia, acrescentar "Pré-Mórbido", por ex., "Transtorno da Personalidade Esquizóide (Pré-Mórbido)".
TRANSTORNO PARANÓIDE
A característica essencial do Transtorno da Personalidade Paranóide é um padrão invasivo de desconfiança e suspeita quanto aos outros, de modo que seus motivos são interpretados como malévolos. Este padrão tem início no começo da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos. Os indivíduos com o transtorno supõem que as outras pessoas os exploram, prejudicam ou enganam, ainda que não exista qualquer evidência apoiando esta idéia (Critério A1). Eles suspeitam, com base em poucas ou nenhuma evidência, que os outros estão conspirando contra eles e que poderão atacá-los subitamente, a qualquer momento e sem qualquer razão. Estes indivíduos costumam acreditar que foram profunda e irreversivelmente prejudicados por outra(s) pessoa(s), mesmo que para tal não existam evidências objetivas. Eles preocupam-se com dúvidas infundadas quanto à lealdade e confiabilidade de seus amigos ou colegas, cujas ações são minuciosamente examinadas em busca de evidências de intenções hostis (Critério A2).  Qualquer desvio percebido na confiabilidade ou lealdade serve para apoiar suas suposições básicas. Eles sentem-se tão perplexos quando um amigo ou colega lhes demonstra lealdade que não conseguem confiar ou acreditar. Quando enfrentam dificuldades, esperam ser atacados ou ignorados por amigos e colegas. Os indivíduos com este transtorno relutam em ter confiança ou intimidade com outras pessoas, pelo medo de que as informações que compartilham sejam usadas contra eles (Critério A3). Eles podem recusar-se a responder a perguntas pessoais, afirmando que as informações "não são da conta de ninguém". Eles lêem significados ocultos, humilhantes e ameaçadores em comentários ou observações benignas (Critério A4). Por exemplo, um indivíduo com este transtorno pode interpretar um engano genuíno cometido por um balconista como uma tentativa deliberada de enganá-lo no troco, ou pode interpretar uma observação bem-humorada e casual feita por um colega de trabalho como um sério ataque a seu caráter. Elogios freqüentemente são mal interpretados (por ex., um cumprimento por uma nova aquisição é interpretado como uma crítica ao seu egoísmo; um elogio por uma conquista é interpretado como uma tentativa de forçá-lo a um desempenho maior e melhor). Eles podem interpretar uma oferta de auxílio como uma crítica por não estarem fazendo o suficiente por conta própria. Os indivíduos com este transtorno guardam rancores persistentes e relutam em perdoar os insultos, ofensas ou deslizes dos quais pensam ter sido vítimas (Critério A5). Pequenos deslizes causam grande hostilidade, e os sentimentos hostis persistem por muito tempo. Uma vez que estão constantemente vigilantes quanto às intenções nocivas dos outros, eles acham, muito freqüentemente, que seu caráter ou reputação foram atacados ou que de alguma forma foram menosprezados. Seu contra-ataque é rápido e reagem com raiva aos insultos percebidos (Critério A6). Os indivíduos com este transtorno podem ser patologicamente ciumentos, freqüentemente suspeitando da fidelidade de seu cônjuge ou parceiro sexual, sem qualquer justificativa adequada (Critério A7). Eles podem coletar "evidências" triviais e circunstanciais para apoiarem suas crenças ciumentas. Desejam manter um completo controle de relacionamentos íntimos para evitar traições, podendo constantemente questionar o paradeiro, as ações, intenções e fidelidade do cônjuge ou parceiro. O Transtorno da Personalidade Paranóide não deve ser diagnosticado se o padrão de comportamento ocorre exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia, Transtorno do Humor Com Aspectos Psicóticos, ou outro Transtorno Psicótico, ou se é decorrente de efeitos fisiológicos diretos de uma condição neurológica (por ex., epilepsia do lobo temporal) ou de outra condição médica geral (Critério B).
Características e Transtornos Associados.
Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Paranóide são, em geral, pessoas de difícil convivência, e com freqüência enfrentam problemas com relacionamentos íntimos. Suas desconfianças e excessiva hostilidade podem ser expressadas em discussões agressivas, queixas recorrentes ou afastamento silencioso e visivelmente hostil. Como são hipervigilantes para possíveis ameaças, eles podem comportar-se de maneira reservada, velada ou desviante e parecer "frios" e sem sentimentos de ternura. Embora possam parecer objetivas, racionais e não-emocionais, estas pessoas exibem, mais freqüentemente, uma labilidade afetiva, com predomínio de expressões hostis, obstinadas e sarcásticas. Sua natureza combativa e desconfiada pode provocar uma resposta hostil dos outros, o que então serve para confirmar suas expectativas originais. Uma vez que os indivíduos com Transtorno da Personalidade Paranóide não confiam nos outros, eles têm uma necessidade excessiva de auto-suficiência e um forte sentido de autonomia. Eles também precisam ter um alto grau de controle sobre as pessoas à sua volta. Esses indivíduos freqüentemente são rígidos, críticos em relação aos outros e incapazes de colaborar, embora tenham grande dificuldade em aceitar críticas a eles mesmos. Eles podem culpar os outros por suas dificuldades. Em vista de sua rapidez para contra-atacar em resposta às ameaças que percebem à sua volta, podem ser litigantes e freqüentemente se envolver em disputas legais. Os indivíduos com este transtorno tentam confirmar suas noções negativas pré-concebidas envolvendo pessoas ou situações que encontram, atribuindo motivações malévolas aos outros, que na verdade não passam de projeções de seus próprios temores. Eles podem apresentar fantasias grandiosas e irrealistas fracamente encobertas, em geral estão atentos a temas de poder e hierarquia e tendem a desenvolver estereótipos negativos de outros, particularmente de grupos populacionais distintos. Atraídos por formulações simplistas do mundo, eles freqüentemente evitam situações ambíguas. Estes indivíduos podem ser percebidos como "fanáticos" e formar "cultos" ou grupos estreitamente fechados com outros que compartilham seu sistema de crenças paranóides. Particularmente em resposta ao estresse, os indivíduos com este transtorno podem vivenciar episódios psicóticos muito breves (durando de minutos a horas). Em alguns casos, o Transtorno da Personalidade Paranóide pode aparecer como antecedente pré-mórbido do Transtorno Delirante ou da Esquizofrenia. Os indivíduos com este transtorno podem desenvolver um Transtorno Depressivo Maior e estar em risco aumentado para Agorafobia e Transtorno Obsessivo-Compulsivo. Freqüentemente ocorrem Abuso ou Dependência de Álcool ou de outra substância. Os Transtornos da Personalidade concomitantes mais freqüentes parecem ser os Transtornos da Personalidade Esquizotípica, Esquizóide, Narcisista, Esquiva e Borderline. Características Específicas à Cultura, à Idade e ao Gênero. Alguns comportamentos influenciados pelo contexto sócio-cultural ou circunstâncias de vida específicas podem ser erroneamente rotulados como paranóides e até mesmo ser reforçados pelo processo de avaliação clínica. Os membros de grupos minoritários, imigrantes, refugiados políticos e econômicos ou indivíduos de diferentes bagagens étnicas podem apresentar comportamentos reservados ou defensivos, devido à falta de familiaridade (por ex., barreiras lingüísticas ou falta de conhecimento de regras e regulamentos) ou em resposta a uma negligência ou indiferença percebida da parte da sociedade majoritária. Esses comportamentos, por sua vez, podem gerar raiva e frustração nas pessoas que lidam com esses indivíduos, desta forma estabelecendo-se um círculo vicioso de desconfiança mútua, que não deve ser confundido com Transtorno da Personalidade Paranóide. Alguns grupos étnicos também exibem comportamentos relacionados à cultura, que podem ser erroneamente interpretados como paranóides. O Transtorno da Personalidade Paranóide pode manifestar-se pela primeira vez na infância e adolescência, por uma tendência a ficar solitário, fracos relacionamentos com seus pares, ansiedade social, baixo rendimento escolar, suscetibilidade excessiva, pensamentos e linguagem peculiares e fantasias idiossincráticas. Essas crianças podem parecer "esquisitas" ou "excêntricas" e provocar zombaria. Em amostras clínicas, este transtorno parece ser diagnosticado com maior freqüência em homens. Prevalência. A prevalência relatada do Transtorno da Personalidade Paranóide é de 0,5-2,5% na população geral, 10-30% em contextos de internação psiquiátrica e 2-10% em ambulatórios de saúde mental. Padrão Familial
Existem algumas evidências de maior prevalência do Transtorno da Personalidade Paranóide em parentes de probandos com Esquizofrenia crônica e de um relacionamento familial mais específico com o Transtorno Delirante, Tipo Persecutório. Diagnóstico Diferencial
O Transtorno da Personalidade Paranóide pode ser diferenciado de Transtorno Delirante, Tipo Persecutório, Esquizofrenia, Tipo Paranóide e Transtorno do Humor Com Aspectos Psicóticos porque esses transtornos são caracterizados por um período de sintomas psicóticos persistentes (por ex., delírios e alucinações). Para que haja um diagnóstico adicional de Transtorno da Personalidade Paranóide, o Transtorno da Personalidade deve ter estado presente antes do início dos sintomas psicóticos e persistir quando os sintomas psicóticos estiverem em remissão. Quando um indivíduo tem um Transtorno Psicótico crônico do Eixo I (por ex., Esquizofrenia) precedido por um Transtorno da Personalidade Paranóide, este deve ser registrado no Eixo II seguido da expressão "Pré-Mórbido", entre parênteses. O Transtorno da Personalidade Paranóide deve ser diferenciado de uma Alteração da Personalidade Devido a uma Condição Médica Geral, na qual os traços emergem devido aos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral sobre o sistema nervoso central. Ele também deve ser distinguido de sintomas que podem desenvolver-se em associação com o uso crônico de substâncias (por ex., Transtorno Relacionado à Cocaína, Sem Outra Especificação). Finalmente, ele deve ser distinguido também de traços paranóides associados com o desenvolvimento de deficiências físicas (por ex., um prejuízo auditivo). Outros Transtornos da Personalidade podem ser confundidos com o Transtorno da Personalidade Paranóide, por terem certas características em comum. Portanto, é importante distinguir esses transtornos com base nas diferenças em seus aspectos característicos. Entretanto, se um indivíduo tem características de personalidade que satisfazem os critérios para um ou mais Transtornos da Personalidade além do Transtorno da Personalidade Paranóide, todos podem ser diagnosticados. O Transtorno da Personalidade Paranóide e o Transtorno da Personalidade Esquizotípica compartilham os traços de desconfiança, distanciamento interpessoal e ideação paranóide, mas o Transtorno da Personalidade Esquizotípica também inclui sintomas tais como pensamento mágico, experiências perceptivas incomuns e pensamento e discurso esquisitos. Os indivíduos com comportamentos que satisfazem os critérios para Transtorno da Personalidade Esquizóide freqüentemente são percebidos como estranhos, excêntricos, frios e distantes, mas geralmente não possuem ideação paranóide proeminente. A tendência dos indivíduos com Transtorno da Personalidade Paranóide a reagir com raiva a estímulos menores também é vista nos Transtornos da Personalidade Borderline e Histriônica. Entretanto, esses transtornos não estão associados, necessariamente, com desconfianças invasivas. Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquiva também podem relutar em confiar em outras pessoas, porém mais por causa do medo de sentirem embaraço ou serem considerados inadequados do que por medo das intenções maldosas dos outros. Embora um comportamento anti-social possa estar presente em alguns indivíduos com Transtorno da Personalidade Paranóide, ele geralmente não é motivado por um desejo de obter vantagens pessoais ou explorar os outros, como no Transtorno da Personalidade Anti-Social, porém se deve, mais freqüentemente, a um desejo de vingança. Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Narcisista podem às vezes apresentar desconfianças, retraimento ou afastamento social, mas estes derivam principalmente do medo de que sejam reveladas suas falhas ou imperfeições. Os traços paranóides podem ser adaptativos, particularmente em ambientes ameaçadores. O Transtorno da Personalidade Paranóide deve ser diagnosticado apenas quando esses traços são inflexíveis, mal-adaptativos e persistentes e causam prejuízo significativo ou sofrimento subjetivo.

Critérios Diagnósticos para F60.0 - 301.0 Transtorno da Personalidade Paranóide.
A. Um padrão de desconfiança e suspeitas invasivas em relação aos outros, de modo que seus motivos são interpretados como malévolos, que começa no início da idade adulta e se apresenta em uma variedade de contextos, como indicado por pelo menos quatro dos seguintes critérios:
(1) suspeita, sem fundamento suficiente, de estar sendo explorado, maltratado ou enganado pelos outros.
(2) preocupa-se com dúvidas infundadas acerca da lealdade ou confiabilidade de amigos ou colegas.
(3) reluta em confiar nos outros por um medo infundado de que essas informações possam ser maldosamente usadas contra si.
(4) interpreta significados ocultos, de caráter humilhante ou ameaçador, em observações ou acontecimentos benignos.
(5) guarda rancores persistentes, ou seja, é implacável com insultos, injúrias ou deslizes.
(6) percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são visíveis pelos outros e reage rapidamente com raiva ou contra-ataque.
(7) tem suspeitas recorrentes, sem justificativa, quanto à fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual.
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia, Transtorno do Humor Com Aspectos Psicóticos ou outro Transtorno Psicótico, nem é decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral. Nota: Se os critérios são satisfeitos antes do início de Esquizofrenia, acrescentar "Pré-Mórbido", por ex., "Transtorno da Personalidade Paranóide (Pré-Mórbido)".
SURTO PSICÓTICO
Algumas pessoas passam por um surto psicótico (ou surto psicológico)  único na vida e nunca mais voltam a passar por isso. Outras pessoas já passaram algumas vezes por surtos.
Manifestação do surto psicótico:
A pessoa repentinamente, e sem aviso, passa a ter:
- Delírios ou alucinações, ou seja, passar a ver ou ouvir coisas que não estão acontecendo.
- Falar de forma desorganizada, rápido demais ou fala coisas muito incoerentes.
- Se comportar de forma incoerente ou fica catatônica (paralisada e sem qualquer reação).
- Tumulto emocional.
- Oscilação de humor deprimido para euforia, e vice versa, muito acentuada.
Esta explicação é importante, pois muitas pessoas chamam de surto psicótico quando alguém teve um comportamento agressivo repentino em resposta a um desagrado, por exemplo alguém que foi cobrada indevidamente no restaurante e agiu impulsivamente gritando ou batendo na mesa.
Dizer que a pessoa “surtou” quando reagiu de forma intensa pode não ser correto quanto ao termo mas é correto quanto à percepção de que reações desproporcionais são sinais de que a pessoa não está bem psicologicamente. Seria muito interessante que esta pessoa entre em psicoterapia e identifique o porque destas reações para que o psicólogo aplique técnicas de reestruturação cognitiva para ajudá-lo a pensar de forma mais equilibrada e ter reações que tragam o resultado desejado (pois agredir e bater na mesa com certeza não resultará em algo positivo).
Causas do Surto Psicótico.
Em alguns casos é possível que a doença chamada Esquizofrenia esteja aparecendo.
Em outros casos é possível que a pessoa tenha feito uso de substancias alucinógenas ou medicações que tiveram forte efeito colateral.
O surto psicótico também pode surgir em decorrência de alguma condição médica geral como por exemplo um hematoma subdural.
Também pode surgir em decorrência de eventos extremamente estressantes ou um único evento muito estressante como, por exemplo, a morte de uma pessoa muito importante e querida, a perda do emprego quando a situação geral for muito delicada e esta perda acarretaria muitas outras perdas, ou quando a pessoa for frágil emocionalmente e mesmo que o evento estressante não causaria maiores danos a outras pessoas para ele acaba sendo muito mais significativo.
Consequências do surto psicótico.
A pessoa pode ter fortes consequências mesmo que o tempo do surto tenha sido pequeno pois nestas condições ele não poderá tomar decisões importantes e poderá não se alimentar ou cuidar de sua própria higiene, devido aos seus delírios.
Há risco de suicídio neste momento principalmente em pessoas mais jovens.
Qualquer pessoa está arriscada a passar por isso, mas as pessoas que sofrem estresse intenso e continuo, as pessoas com transtornos de personalidade Paranóide, Histriônica, Narcisista, Esquizotípica ou Borderline, correm maior risco.
Ocorre com maior frequência entre os 20 e 30 anos.
Pessoas com transtorno bipolar podem passar por surtos psicóticos com maior frequência que outras pessoas.
Ouvir vozes em cerimônias religiosas é considerado surto psicótico?
Não. Geralmente estas vozes não persistem e não consideradas anormais pelos membros de sua comunidade religiosa, sendo algumas vezes até considerado desejável pelo grupo religioso.
Uma pessoa pode simular um surto psicótico
Sim. Um bom ator, ou até mesmo uma pessoa que não seja da área das artes cênicas pode simular um surto, mas a necessidade de chamar a atenção para si com este comportamento também se mostra significativo em termos de saúde psicológica.
Como é o tratamento da pessoa com surto psicótico
A psicoterapia irá analisar a história de vida destas pessoas e identificar a possibilidade de esquizofrenia na família, eventos estressores que possam ter causado o surto ou fragilidades emocionais próprias deste paciente.
O psicólogo trabalhará no sentido de fortalecer esta pessoa para que ela tenha maior resistência psicológica aos eventos negativos da vida. Poderá ensinar assertividade se perceber que ele não sabe dizer “não” na hora certa. Trabalhará seus pensamentos disfuncionais para que a ansiedade seja mais bem controlada e a depressão evitada.

BENEFÍCIOS DA PSICOTERAPIA
>Desenvolvimento da capacidade de autogerenciamento, aprendendo a dialogar com os estados internos, a regular os estados emocionais e adquirir autonomia.
>Desenvolvimento da capacidade de auto-observação e auto-reflexão.
>Saída dos padrões estereotipados e criar novas narrativas de si, novos modos de compreender e conduzir a própria vida.
>Desenvolver habilidades interpessoais como capacidade empática, saber se colocar no lugar do outro, capacidade de comunicação, assertividade, resolução de conflitos, etc.
>Fortalecimento psicológico, ampliação da resiliência para aumentar a tolerância e a capacidade de crescer com as dificuldades que a vida apresenta.
>Favorecer a saúde integral, física e psicológica.
>Busca de sentido existencial.
>Amadurecimento psicológico.


A IMPORTÂNCIA DA RESILIÊNCIA
Resiliência significa voltar ao estado normal, e é um termo oriundo do latim resiliens. Resiliência possui diversos significados para a área da psicologia, administração, ecologia e física.
Resiliência é a capacidade de voltar ao seu estado natural, principalmente após alguma situação crítica e fora do comum.
Resiliência na Psicologia
Na área da psicologia, a resiliência é a capacidade de uma pessoa lidar com seus próprios problemas, vencer obstáculos e não ceder à pressão seja qual for a situação.
A teoria diz que resiliência é a possibilidade do indivíduo de tomar uma decisão quando tem a chance de tomar uma atitude que é correta, e ao mesmo tempo tem medo do que isso possa ocasionar. A resiliência demonstra se uma pessoa sabe ou não funcionar bem sob pressão.
Resiliência Ambiental
No contexto da ecologia, a resiliência é a aptidão de um determinado sistema que lhe permite recuperar o equilíbrio depois de ter sofrido uma perturbação. Este conceito remete para a capacidade de restauração de um sistema.
A noção de resiliência ambiental ficou conhecida a partir de 1970, graças ao trabalho do famoso ecologista canadiano C. S. Holling.
Resiliência na Física
Resiliência, também chamada de resilência, é a propriedade dos materiais que acumulam energias, quando são submetidos a situações de estresse, como rupturas. Esses materiais, logo após um momento de tensão, podem ou não ser danificado, e caso seja, se ele terá a capacidade de voltar ao normal.
Consiste na resistência que os materiais apresentam quando são expostos a um choque ou percussão. É medida em quilogrâmetros por centímetro quadrado (kgm/cm2) através do instrumento conhecido como pêndulo Charpy, no qual uma massa pesada cai sobre uma proveta de dimensões padronizadas, o que provoca a sua ruptura e a energia absorvida é registrada.
Resiliência na Administração
Na área da administração, resiliência faz parte dos processos de gestão de mudanças. Para as pessoas que trabalham nas organizações, elas devem ter um grande equilíbrio emocional, principalmente, para saber lidar com os problemas relacionados com o trabalho, quando as situações não ocorrem como elas esperavam. Além disso, a resiliência diz respeito à capacidade de tomar medidas que minimizam os problemas que surgem no contexto laboral.
Os resilientes são aquelas pessoas que passam por dificuldades, como todo mundo, só que a reação deles não é igual a de todo mundo, com eles a coisa é diferente, por mais fortes e traumáticas que sejam as dificuldades, eles superam.
O resiliente é aquele que, mesmo quando perde o emprego, morre o amigo, a esposa pede o divorcio, repete na escola, ainda assim, ele continua lá, firme e forte, ele não se deixa derrubar.
E você se pergunta: “Como esse cara consegue?”. Ele consegue porque é resiliente.
Resiliência é um atributo da personalidade, que pode ser desenvolvido.
Posso aprender resiliência.
Se você não nasceu resiliente, se você é do tipo que se abate até porque não te convidaram pra festa que nem queria ir, se abate até com o vizinho que  não te cumprimentou, ainda assim dá pra desenvolver resiliência, dá pra aprender a ser flexível e superar.
Diante dos problemas ocorre sempre uma desintegração psíquico-emocional.
Para encontrar novas formas de lidar com a vida, existem sete fatores importantes:
Estes sete fatores foram selecionados por serem bem concretos, e podem ser aprendidos no processo terapêutico.
Os fatores da resiliência são:
Administração das Emoções é a habilidade de se manter sereno diante de um problema. E também a capacidade de usar as pistas e “ler” as outras pessoas, pra saber o que fazer.
Controle de Impulsos, não se deixar levar impulsivamente por uma emoção.
Otimismo. É a crença de que as coisas podem melhorar. É esperança e, convicção na capacidade de controlar o seu destino.
Análise do Ambiente . É a capacidade de identificar as causas dos problemas, isso permite que a pessoa se coloque num lugar seguro. Saber identificar quando é hora de falar e quando é hora de calar.
Empatia significa a capacidade de compreender os estados psicológicos dos outros (as emoções e sentimentos) e saber como agir com as pessoas.
Auto Eficácia, É a crença de que você consegue resolver seus problemas.
Alcançar Pessoas. É a capacidade de se vincular a outras pessoas, sem receios e sem medo. É a capacidade de se entrosar com as outras pessoas, construir redes de apoio.
Há muito tempo a ciência vem observando certas pessoas, que têm a capacidade de superar as piores situações, e compara com outras que ficam presas, infelizes, na angústia.
Por que certas pessoas são capazes de se levantar mesmo depois um grande trauma e outros ficam no fundo do poço?
Estudos têm mostrado algumas explicações:
- A Biologia defende o ponto de vista de que cada ser humano é dotado de um potencial genético que faz com que ele seja mais resistente que outros.
- A Psicologia, vê a importância do relacionamento com a família, principalmente na infância, que vai construir a capacidade de suportar crises e suportar essas crises.
- A Sociologia diz que a influência da cultura, das tradições é que é importante.
- A Teologia vê a necessidade do sofrimento como fator de oportunidade de crescimento espiritual: o “dar a outra face”.
Mas não importa a explicação, o que importa é que tem um grupo de pessoas, homens, mulheres, crianças, velhos, que conseguem retomar a vida depois a morte de um filho, a perda de uma parte de seu corpo, a perda do emprego, doenças graves, físicas ou psíquicas, e olha que isso são razões suficientes para acabar com a vida de muita gente.
A resiliência é um termo que vem da física.
Se refere a capacidade dos materiais de resistirem aos choques.
Esse termo passou por uma adaptação nas ciências humanas e hoje representa a capacidade de um ser humano de sobreviver a um trauma, a resistência do individuo , não só a resistência física, mas a visão positiva pra reconstruir a vida,
Mas não se é resiliente sozinho, embora a resiliência seja íntima e pessoal. Um dos fatores de maior importância é o apoio, é o acolhimento feito por outra pessoa ou pessoas, e que pode ser também o terapeuta, o psicólogo.
E como que se sabe que a pessoa não foi afetada por um trauma? É quando ela ainda se mostra capaz de amar, de trabalhar e assumir seus direitos e deveres depois de ter acontecido algo muito ruim com ela.
Para se tornar resiliente você pode contar com um psicólogo que vai te ajudar a desenvolver a sua auto-estima e autoconfiança.
O que mais destrói uma pessoa é a descrença, a descrença que vem quando alguém sofre um problema sério, que, pode ser um irmão que só aprontou na vida e agora é você que tem que juntar os cacos, pode ser seus pais que estão doentes e você tem que cuidar deles, pode ser uma doença que apareceu pra você mesmo, , o namorado que deu o fora, a empresa que faliu,, nestas situações a pessoa tende a não ter mais vida, pra todo lado que olha só vê dificuldade e problemas, e não consegue analisar as alternativas de resolução.
Você pode estar pensando... “é isso aí, resiliência é a solução, é disso que preciso”, saiba que o desenvolvimento da resiliência começa pelo aceitar o desafio, onde se reconhece a existência do problema e também se percebe que existem soluções.
A palavra Resiliência vem do Latim. Resilire, que significa recusar, voltar atrás. E na psicologia, significa voltar ao estado anterior, voltar ao que você era antes dos problemas te pegarem.
Em física Resiliência é a capacidade que um material tem de suportar grandes impactos de temperatura e pressão, se deformar ao extremo, mas pouco a pouco conseguir se recuperar e voltar à sua forma anterior.
Ou seja, resiliência é a capacidade que um material tem de se deformar inteirinho, quase “morrer”, mas depois conseguir ir voltando ao que era antes e se refazer e se reconstruir.
Resiliência X Comportamento.
Quando falamos em comportamento, resiliência significa a construção de novos caminhos de vida a partir do enfrentamento de situações muito estressantes ou traumáticas.
Desde os fins dos anos 70 discute-se porque algumas crianças, por exemplo, criadas por pais alcoólatras, não apresentavam problemas de comportamento ou psicológico, mas tinham uma qualidade de vida interessante, e a partir dessas pessoas, naturalmente resilientes, é que começou todo o estudo sobre ao assunto, principalmente pra aprender com essas pessoas, e transmitir, para quem mais precisar, as estratégias certas pra que consigam também ser resilientes.
Existe um ciclo muito triste, a vítima tende a se tornar um agressor, ela passa a ser ela quem agride, e pode acabar em tentativas de suicídio, abuso de álcool ou drogas, depressão, automutilação e isolação, e outros sintomas.
Carlos Drumond de Andrade, uma vez escreveu: “A dor é inevitável. O sofrimento, opcional”.
Esta é a lucidez do poeta que, do seu modo, ta falando de, Resiliência.
Na neuropsiquiatria existem estudos demonstrando que nosso cérebro tem a capacidade de se modificar continuamente. Ou seja, temos uma capacidade de renovação eterna, podemos melhorar sempre é só saber como usar essa capacidade. E eu faço questão de frisar isso porque tem gente que diz, assim ”agora não dá mais tempo, já to velho” ou então fala assim.. “depois que eu passei por aquele trauma fiquei muito machucado, nunca mais vou me recuperar”, Recupera sim, a ciência ta mostrando que você pode ser uma nova pessoa, é só querer e trabalhar pra isso. Como eu sempre digo, não consegue sozinho? Conte com um psicólogo!
Infelizmente tem gente que acaba se deixando levar de forma passiva, nada saudável, pelos dissabores da vida. A resignação impede a luta contra os problemas,  vira acomodação, e você fica paralisado
A gente diz que essas pessoas sofrem da "Síndrome da Gabriela": "eu nasci assim, eu cresci assim, sempre fui assim. Gabriela, Sempre Gabriela". Lembram da musica?
Ser resiliênte é ser feliz?
Tem gente que acha que superar, enfrentar, é fazer o “jogo do contente”, não é não! Sorrir feito um João Bobo e fazer as pessoas pensarem que está tudo bem não resolve problema nenhum.
Outras pessoas são, totalmente, reativas. E só reagido aos outros, são os outros que determinam seu estado de espírito. Se te tratam bem, está feliz, se o tratam mal, fica mal, Suas reações são, reclamar e se lamentar.
A revolta é uma das principais características de comportamento do não resiliente, “isso não devia ser assim, o outro devia fazer assim”, revoltado e inconformado cheio de devias e deverias , “porque aquele cara fez aquilo, ele não podia ter feito“.
Desenvolvendo, aprendendo a ser resiliente você aprende a confrontar as situações, enfrentar as tensões, ter desenvoltura, de cada experiência você faz um aprendizado positivo. Ao invés de focar no problema, foca na solução.
Por exemplo: morreu seu cachorrinho, claro que vai ficar triste mas aprende sobre a finitude da vida, Foi demitido, claro que vai ser um choque, mas usa a oportunidade pra arranjar uma colocação melhor ainda porque agora conhece mais do mercado de trabalho.. e por aí vai.
Não é por casualidade que a palavra "desenvolvendo" foi adicionada na frase acima. Todo mundo pode desenvolver resiliência.
A Resiliência não é só um traço de caráter herediestário que você tem ou deixa de ter. É uma conquista pessoal.
Não é à toa que você cresce mais como ser humano justamente nos momentos de dificuldade!
O ser humano precisa enfrentar desafios para testar seus limites. Enquanto você não enfrenta uns desafios você fica medíocre.
Em todas as mudanças do ciclo da vida, mudar de solteiro pra comprometido, de casado pra divorciado, de empregado pra desempregado, em cada mudança é preciso abandonar sua atitudes antigas pra conseguir enfrentar as novas exigências.
Variáveis fundamentais para o fortalecimento da Resiliência: disciplina e autoconfiança
-Disciplina - O problema não está na realidade, mas na forma como reagimos a essa realidade. O problema não são as coisas que te acontecem, o problema é o que você faz com as coisas que te acontecem.
A gente sabe que não tem como evitar tudo quanto é situação desagradável, que acontece na sua vida na minha na sua, mas, a maneira como você reage a elas é que vai definir o seu sucesso.
-Autoconfiança - Essa é a maior característica do comportamento resiliente. A superação só acontece quando antes de tudo, você acredita em seu potencial, na sua capacidade de agir positivamente.
Outra análise pode ser feita em relação á vida profissional, a baixa Resiliência é a responsável pela saída de muitos profissionais no mundo corporativo, porque nunca, em momento algum, foi tão necessária a capacidade de flexibilização diante das dificuldades. A pessoa que não consegue administrar seus problemas precisa mudar o foco, precisa ajustar as velas, "resignificar", para que os obstáculos sirvam como alavanca de seu desenvolvimento profissional.
Antigamente uma pessoa conseguia um emprego, passava  a vida no mesmo emprego, que funcionava da mesma forma a vida toda, e nela a pessoa se aposentava, e isso era lindo!
Hoje as coisas mudam muito rápido, não basta só aprender informática, a cada hora tem um programa novo pra aprender, se a pessoa não for resistente e não gostar de desafios, está perdida, está fora do mercado.
A música ‘Volta por Cima’, de Paulo Vanzolini, tem muito a ensinar sobre Resiliência. O refrão diz: "Reconhece a queda e não desanima. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. É disso que falamos hoje, dar a volta por cima.
Lembram do Lars Grael, aquele esportista que sofreu um acidente terrível? Numa entrevista lhe perguntaram sobre qual teria sido a lição aprendida desse episódio, Lars Grael disse: "O erro das pessoas, em geral, é se voltar para trás. Comparar o agora com o que tinham antes. Se eu fosse comparar minha vida anterior com a vida que levo hoje, com certeza teria entrado em depressão. Mas não adianta ficar olhando para trás. Temos que lidar com o "aqui e agora”.
Cada um de nós tem um ponto frágil que precisa ser cuidado com mais atenção.
Quando alguma parte da vida esta aborrecida, sem graça ou difícil de ser contornada, é sinal de que precisa dar mais atenção a essa parte, mas tem gente que quando tem um problema vira avestruz, enfia a cabeça no buraco e espera o problema passar, mas não passa.
Se você perceber alterações de humor, de disposição para suas atividades, aumento de tensão e diminuição da alegria de viver, você precisa parar e ver o que pode fazer para mudar isso.
E não vai ser na farmácia mais próxima que você vai comprar uma vida mais bacana. É preciso conquistar, com esforço, a alegria de viver, e as lições estão dentro de você, basta saber ler estas lições.
Não consegue sozinho, pense na possibilidade pedir ajuda a um profissional, pense em você fazer sua terapia.
Desenvolva resiliência porque uma pessoa resiliente não se abate com facilidade, não culpa os outros pelos seus fracassos, ela luta.
Pensamentos como tudo é difícil, “não consigo mudar o rumo da minha vida” ou “ninguém faz nada por mim”, esses pensamentos são os que te derrubam, mas se você não consegue se livrar deles, precisamos fazer alguma coisa, o que não pode é ficar parado esperando a vida passar.
A gente sabe que toda mudança pode trazer insegurança, medo do novo, bate aquela vontade de manter o velho e confortável conhecido, claro é mais confortável.  Mas se você não fizer nada a tendência é de que os problemas fiquem cada vez piores a cada dia que passa, vão surgindo sintomas, de angústia, depressão, distúrbios psicossomáticos,
O autoconhecimento é a base para qualquer mudança de vida e, a ajuda de um psicólogo facilita esse processo.
Na vida, podemos ser problema, ou solução. Se você for só o problema, ninguém vai gostar de ficar do seu lado, porque você vai ser uma pessoa amarga. Mas, se você for solução, aí vai ter a chance de conquistar a maturidade com sabedoria. Cada um escolhe o seu caminho!
Resiliência pra quê?
Na vida é preciso desenvolver a resiliência para conseguir ultrapassar as fases de, adolescência, sair da fase adulta e ir para velhice, mudanças como de solteiro para casado, emprego novo, divorcio, aposentadoria, etc.
Quem não tem resiliência é o chamado "homem de vidro", que é aquele que se "quebra” diante de qualquer pressão. E olha que tem gente que se quebra com pressões bem estranhas, se quebra porque está chovendo, se quebra porque o filho vai viajar, porque tem que mudar de horário na faculdade, porque levou o fora da namorada,
Vou citar um poema, bonito, mas é um exemplo de não resiliência : (perdoe-me o autor, mas em minha pesquisa esse nome não apareceu, que souber por favor me mande um e-mail que, claro, eu mencionarei o crédito).
Hoje, a tristeza me visitou. Tocou a campainha, subiu as escadas, bateu à porta e entrou. Não ofereci resistência.
Hoje, a doença também me visitou. Chegou sem pedir licença, invadindo o ambiente.
Hoje, problemas do passado também me visitaram. Não vieram pelo telefone vieram pelo correio, impressos em papel e letras de baixa qualidade, anunciando sua condição de fantasmas eternos .
Diante deste quadro, não há como deixar de sentir-se apequenado. O desânimo comparece em ombros arqueados e olhos sem brilho que pedem para derramar lágrimas. Então, choro.
Esse é um exemplo de não resiliência.
Eu aprendi que não adianta brigar com problemas. Se a gente não enfrenta, acaba sendo destruído por eles.
E quando você não soluciona de forma adequada, ele volta, volta e lhe dá uma rasteira maior ainda.
A felicidade, como já mencionou um grande autor, não é a ausência de problemas. A ausência de problemas é o tédio.
As felicidades são grandes problemas bem administrados.
O importante é aprender a combater as doenças da mente. Esse é o trabalho da terapia. percebê-las, identificá-las, respeitá-las e, aniquilá-las.
Mas nem tudo está perdido para você que perde o controle diante do primeiro obstáculo.
É possível desenvolver essa característica.

A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA CLÍNICA  INTEGRADA
A Psicologia Clínica ocupa um lugar fundamental na área da saúde, por oferecer uma visão integrada do ser humano, incluindo as dimensões psíquica, orgânica, social e espiritual agindo conjuntamente na produção da existência humana, assim como de seus equilíbrios e desequilíbrios.
Não é possível hoje se falar em "doenças orgânicas" sem uma consideração pela dimensão psicológica e emocional, sendo evidente a natureza psicossomática da existência humana.
Já há algum tempo as pesquisas científicas tem demonstrado que as experiências de vida influenciam diretamente o processo de ativação genética, assim como influenciam as mudanças estruturais que ocorrem no cérebro. Deste modo torna-se cada vez mais artificial a distinção entre doenças mentais e doenças orgânicas (1).
Cada ser humano, psicossomático por natureza vive uma história de interações, encontros e acontecimentos em que as doenças, quer se manifestem mais no corpo ou na "mente", sofrem forte influência dos desequilíbrios existenciais e de soluções inadequadas de vida. Os aspectos psicológicos participam não somente da formação de muitas doenças como tem um papel fundamental na sua recuperação. A Psicoterapia oferece recursos importantes para uma compreensão mais ampla do processo de adoecimento assim como estratégias para uma vida mais saudável e integrada.

ABORDAGENS TEÓRICAS
Há diversas escolas teóricas na Psicologia que podem ser agrupadas em cinco principais perspectivas, com seus ramos e derivações:
-Psicodinâmica (Psicanálise, Psicologia Analítica, etc)
-Humanista (Gestalt, Psicodrama, etc)
-Corporal (Reichiana, Bioenergética, etc)
-Cognitivo-comportamental
-Sistêmica
A diversidade decorre tanto da complexidade do tema a psiquê humana, como da origem e desenvolvimento da Psicologia a partir da influência de diferentes ramos do conhecimento, da Filosofia, da Medicina, das Religiões, etc.
No geral, as diferentes abordagens teóricas apresentam alguns elementos básicos, como: (1) uma teoria sobre o funcionamento mental, (2) uma teoria do desenvolvimento, (3) uma explicação sobre a origem do sofrimento (psicopatologia) e (4) uma visão sobre o processo terapêutico.
Ultimamente tem sido comum que terapeutas de uma abordagem teórica utilizem técnicas originadas em outras escolas. A busca de melhores resultados na clínica parece estar promovendo estes intercâmbios. Talvez isto indique um movimento na Psicologia de integração entre as diferentes abordagens teóricas.

TIPOS DE PSICOTERAPIA
Há alguns tipos de Psicoterapia, conforme as necessidades e a configuração dos problemas, sendo os principais:
Psicoterapia Individual para crianças, adolescentes, adultos e idosos.
Psicoterapia de Grupo
Psicoterapia de Casal
Psicoterapia de Família
Psicoterapia Institucional

OS PRAZOS VARIAM COM OS OBJETIVOS
Um século de pesquisas e desenvolvimento permitem que a Psicoterapia alcance resultados cada vez maiores e mais significativos.
No geral, os prazos de tratamento são relativos aos objetivos almejados e à gravidade do problema.
Há vários desenvolvimentos recentes em Psicoterapias breves, que são focadas em objetivos específicos. Atualmente é possível atingir resultados significativos em períodos de 6 a 12 meses e há processos terapêuticos mais profundos que se encerram satisfatoriamente em prazos inferiores a 3 anos.
Há casos que demandam um trabalho terapêutico mais demorado, geralmente com problemática mais séria, envolvendo traumas precoces, desorganização psicológica, problemas vinculares, imaturidade psicológica etc. Estes trabalhos podem exigir anos de trabalho contínuo, compensados por mudanças significativas que o trabalho psicoterapêutico pode propiciar.
Algumas pessoas encontram na terapia um ambiente fundamental de acompanhamento de seu processo de vida, de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, onde são trabalhadas transformações profundas ao longo de vários anos. São situações em que o processo terapêutico não tem um prazo definido, em comum acordo entre o profissional e o cliente.
Apesar de poder parecer, à primeira vista, um tratamento oneroso em termos de tempo e dinheiro, a Psicoterapia tem se mostrado, na realidade, um modo econômico de tratamento. Pesquisas indicam, por exemplo, que a Psicoterapia diminui os índices de consumo de medicamentos e de internações hospitalares (2). A Psicoterapia tem se mostrado também um tratamento economicamente compensador por prevenir e tratar problemas psicológicos que, quando não tratados, trazem enormes prejuízos financeiros para as pessoas, as famílias e mesmo para a economia do país (3).
Os tratamentos psicológicos demonstram uma grande potência de transformação das vidas, compensando os investimentos realizados.

O VÍNCULO NA PSICOTERAPIA
O ser humano nasce, cresce e vive em ambientes vinculares. Destes ambientes depende seu bem estar e suas realizações na vida. Os problemas vinculares da primeira infância à terceira idade afetam profundamente a capacidade que as pessoas têm de amar, trabalhar e viver. A Psicoterapia é um espaço para se esclarecer e transformar estas dificuldades vinculares. Este processo ocorre através de uma relação saudável com um profissional eticamente comprometido e tecnicamente qualificado.
A base de uma boa terapia está na relação terapêutica. A boa terapia se desenrola num enquadre clínico com um vínculo que favorece este processo. Aí está um dos segredos desta arte  e ciência: criar um ambiente que permita a revelação do mundo interno e favoreça o desenvolvimento do processo singular de cada um. Neste clima é possível que o ser mais oculto e amedrontado se mostre, seja ouvido e transforme-se, que o processo formativo possa prosseguir formando vida.

A PSICOTERAPIA FUNCIONA
As pesquisas demonstram uma grande eficácia da Psicoterapia (4). Mesmo as recentes tecnologias de mapeamento cerebral têm permitido demonstrar como o tratamento psicológico age transformando o funcionamento cerebral. A eficácia do tratamento psicológico, que já era conhecida há várias décadas, tem sido corroborado recentemente pelos novos conhecimentos das neurociências (5).
Existem centenas de livros e pesquisas explorando e explicando porque a Psicoterapia funciona. Porém, como simples exercício de compreensão, vamos listar alguns motivos para tentar entender um pouco sobre a efetividade da Psicoterapia.
No início da lista, organizada num continuum que vai do mais simples ao mais complexo, temos aqueles motivos que são comuns a outras relações de ajuda, mesmo não profissionais, como uma conversa íntima com um amigo, uma conversa sobre um problema pessoal com um professor, um médico, etc. Avançando na lista vamos chegando aos motivos que são próprios da Psicoterapia, até aqueles que lhe são exclusivos, possíveis pelo meticuloso treinamento teórico e técnico adquirido pelo psicólogo em sua trajetória de formação profissional.

MOTIVOS PELOS QUAIS A PSICOTERAPIA FUNCIONA
1-Ao dividir um problema você passa a ter "meio" problema. Compartilhar ajuda a aliviar a carga emocional e o sofrimento
2-Os vínculos de ajuda têm um poder curativo. É mais fácil superar as dores através de uma relação autêntica de respeito mútuo do que sozinho. A relação terapêutica é uma relação de ajuda, de compreensão e apoio.
3-O psicólogo clínico (Psicoterapeuta) é um outro, com o olhar e a perspectiva de um outro, o que lhe ajudará ver a sua vida de um modo diferente, lhe fazer perguntas diferentes, ajudá-lo a perceber as coisas de um ângulo que você não tinha visto antes e nem suspeitava ser possível. Assim, a Psicoterapia faz você parar para refletir sobre a própria vida. Parar, observar e refletir permite muitas mudanças de orientação, sentido, rumo e aprofundamento da experiência de vida.
4-O Psicoterapeuta conhece teorias psicológicas que ajudam na compreensão do que ocorre com você, auxiliam a identificar o que pode estar errado em sua vida, a direção que você está seguindo e as mudanças de rumo necessárias. A partir de seu conhecimento, o psicólogo pode apontar o que olhar como olhar e o que fazer com o que se descobre, para que estas descobertas possam ser construtivas em sua vida.
5-O Psicoterapeuta conhece métodos de investigação tornam possível descobrir aspectos da sua personalidade que seriam inacessíveis a uma observação não treinada ou a uma conversa comum. Há um amplo espectro de técnicas de investigação psicológica que permitem esclarecer problemas de modo extremamente eficaz.
6-O Psicoterapeuta domina técnicas terapêuticas que ajudam a realizar mudanças psicológicas profundas.
7-O Psicoterapeuta está preparado para te compreender a partir do vínculo que você estabelece com ele, das respostas emocionais que você suscita nele. Em seu treinamento ele afinou a si mesmo como instrumento de trabalho para reconhecer pequenas nuances do que você mostra na relação com ele (e consequentemente com "os outros") e assim poder compreender seus modos de vinculação e suas dificuldades nos relacionamentos.
8-O Psicoterapeuta é capaz de oferecer uma presença autêntica no vínculo com você. Esta relação funciona como catalisador de processos de mudança necessários em sua vida, incluindo a superação dos efeitos de traumas de relacionamentos anteriores.
9-O Psicoterapeuta passou por todos estes passos anteriores, tendo estado em todos os papéis, como cliente, como profissional e como observador, o que o habilita a "sentir-se em casa" em situações difíceis , poder caminhar por terrenos inóspitos, cheios de sofrimento e problemas emocionais e saber ajudar seu cliente a encontrar um caminho de melhora.
10-O Psicoterapeuta inicia seu cliente num caminho de transformação pessoal. Isto é possível porque o Psicoterapeuta tem um know-how, um saber fazer que vai além do conhecimento formal, da teoria e da técnica. É um saber baseado na experiência, experiência de vida e experiência da clínica.
Esta lista poderia ser estendida e aprofundada, mas pretendemos com ela dar uma idéia ao público leigo da natureza do trabalho da Psicologia Clínica numa linguagem diferente daquela do universo teórico, técnico e científico habitual na Psicologia.

UM CAMINHO DE MUDANÇA
O processo terapêutico é como atravessar um túnel. Neste túnel você vai rever muitas cenas da historia da sua vida de um ângulo completamente novo, fazendo conexões inusitadas entre os eventos e percebendo a potência do passado para moldar quem você é hoje e a potência do presente para construir novas possibilidades de vida.
Na travessia deste túnel você vai aprender a reconhecer os seus padrões de comportamento que levam você a se comportar de modo parecido em situações diferentes, muitas vezes "repetindo os mesmos erros". Você vai aprender a reconhecer o "como" do seu comportamento, como você age, como se relaciona, como pensa, como sente e vai aprender caminhos para poder influenciar e transformar estes padrões.
Esta é uma travessia acompanhada, acompanhada de alguém que pode ajudar você a se compreender. Alguém que pode te ajudar a transformar o seu jeito de ser, a mudar e a se conhecer profundamente. É uma travessia que pode mudar profundamente a sua vida.

REFERÊNCIAS FEITAS:
1-Kandel, Eric (1998) A New Intellectual Framework for Psychiatry. Am J Psychiatry, vol 155 p457-469
2-Gabbard, G O; Lazar, S G; Hornberger J; Spiegel D. (1997). Economic Impact of Psychotherapy: A Review. The American Journal of Psychiatry, vol 154:2 p147-155
3-Hanns, L A (2004) Regulamentação em Debate. Psicologia: Ciência e Profissão - Diálogos, ano 1, vol 1, p 6-13
4- Gabbard, A. (2001) Empirical Evidence and Psychotherapy: A Growing Scientific Base. The American Journal of Psychiatry, Volume 158(1), 1-3)
American Psychological Association (2009). How Psychotherapy Works. Six questions for Bruce E. Wampold. online.
Shedler, Jonathan (2010). The Efficacy of Psychodynamic Psychotherapy. American Psychologist, Vol. 65, No. 2, 98–109
5-Siegel, Daniel (2001) The Developing Mind: How Relationships and the Brain Interact to Shape Who We Are,New York, The Guilford Press
Cozolino, Louis (2002) The Neuroscience of Psychotherapy: Building and Rebuilding the Human Brain, New York, W W Norton
Cozolino, Louis (2006) The Neuroscience of Human Relationships: Attachment and the Developing Social Brain, New York, W W Norton

A DIFERENÇA ENTRE PSIQUIATRA, PSICÓLOGO E PSICANALISTA
Estes três diferentes tipos de profissionais trabalham com a saúde mental da sociedade humana.
A proposta deste texto é oferecer um entendimento didático e rápido a respeito das principais diferenças entre os trabalhos do Psiquiatra, do Psicólogo e do Psicanalista. Ao contrário do que se imagina, nem sempre as fronteiras que separam os trabalhos desses profissionais são tão claras e ocorrem muitas confusões na hora de estabelecer essas distinções.
Psicólogos e Psiquiatras
Um bom começo é abrir o dicionário. O dicionário Houaiss define a psiquiatria como ramo da medicina que se ocupa do diagnóstico, da terapia medicamentosa e da Psicoterapia de pacientes que apresentam problemas mentais e a Psicologia como ciência que trata dos estados e processos mentais, do comportamento do ser humano e de suas interações com um ambiente físico e social.
A psiquiatria então é uma especialidade da medicina que trabalha de várias maneiras: com o diagnóstico, com o tratamento medicamentoso e com a Psicoterapia. Portanto, afirmar que Psiquiatra é um médico que receita remédios seria uma definição reducionista. O Psicólogo não é um especialista, mas alguém graduado em Psicologia (e devidamente registrado em seu Conselho) que pode seguir várias áreas ou especialidades, entre as quais a Psicologia clínica. Na Psicologia clínica, o Psicólogo também trabalha com diagnóstico, muitas vezes através de uma avaliação psicodiagnóstica, e com Psicoterapia.
Bem, temos aí diagnóstico e Psicoterapia como atividades em que atuam Psicólogos e Psiquiatras. Muitos médicos, inclusive, formularam teorias psicológicas e, por isso, a atividade de Psicoterapia pode ser exercida por médicos e Psicólogos sem restrições (desde que ambos tenham o registro profissional). Só cabe lembrar que a prescrição de medicamentos é uma atividade exclusiva dos médicos e o uso de testes psicológicos, exclusiva dos Psicólogos.
Psicanalistas
O Houaiss diz que Psicanalista é: que ou aquele que é especializado em Psicanálise (diz-se de médico ou Psicólogo) e numa outra definição que ou aquele que trata pelo método da Psicanálise (diz-se de Terapeuta). A primeira definição me parece equivocada e, por isso, vamos fazer nela uma pequena emenda.
Os Psicanalistas merecem um espaço à parte porque não precisam ter uma graduação específica. Podem ser formados em qualquer curso superior, mas precisam cumprir certas exigências: fazer um curso de alguns anos numa instituição psicanalítica, se submeter à análise com um Didata da instituição e recorrer a supervisão de casos clínicos.
Assim como os Psicólogos, os Psicanalistas não podem prescrever medicamentos, a menos que sejam médicos. Por causa da sua origem, existem muitos médicos no mundo inteiro que atuam como Psicanalistas. A Psicanálise demanda um número maior de sessões por semana, normalmente três; já na Psicoterapia, em praticamente todas as abordagens é estabelecida uma sessão semanal. Muitas vezes, a Psicanálise é realizada sem contato visual entre analista e paciente e com o uso de divã, como fazia Freud.

CONCLUSÃO
A Classificação Brasileira de Ocupações, CBO, do Ministério do Trabalho e Emprego, descreve os seguintes códigos para descrever os respectivos profissionais:
2515-50, PSICANALISTA, 2515-10, PSICÓLOGO CLÍNICO e 2231-53, MÉDICO PSIQUIATRA.
Nem sempre é fácil estabelecer uma fronteira nítida entre os três profissionais porque com frequência eles mesclam suas formações, de maneira a acumular atividades. Por exemplo, um Psiquiatra Psicanalista, um Psicólogo Psicanalista ou um Psiquiatra Psicoterapeuta. Assim sendo, existem Psicanalistas que prescrevem medicamentos, pois são médicos, e outros que não o fazem. Da mesma forma, existem Psicoterapeutas que receitam remédios e outros não.
Não existe um profissional da área de saúde que seja mais importante que outro. Cada um tem a sua importância no tratamento de uma enfermidade mental.
Pesquisa realizada pelo Dr. Josué Campos Macedo