domingo, 25 de maio de 2014

A IMPORTÂNCIA DO ACONSELHAMENTO BÍBLICO EFICAZ

A IMPORTÂNCIA DO ACONSELHAMENTO BÍBLICO EFICAZ
Todos nós, em algum momento, enfrentamos a necessidade de aconselhar alguém. Mesmo que o aconselhamento não seja uma função específica nossa, haverá oportunidade em que seremos demandados para opinar sobre determinada questão. Deus vocaciona alguns para conselheiros, porém todos nós estamos na posição de aconselhar. O que fazer? Em primeiro lugar, entender que a sabedoria não vem do conselheiro, mas do relacionamento com Deus por meio do conhecimento da Bíblia com a prática, da oração, do jejum e da busca incessante por sabedoria vinda do alto.  Nem sempre uma solução para um determinado caso poderá ser usado para solucionar outro caso semelhante. As pessoas são diferentes, com motivações diferentes. Por essa razão, é necessário que a comunhão com Deus esteja mantida, pois é dele que vem a resposta. O papel do conselheiro é, antes de tudo, ser submisso à voz de Deus para entregar ao aconselhado a mensagem que vem da boca do Senhor.
A pessoa do aconselhado sempre está em posição de fragilidade emocional. É, portanto, papel do conselheiro ensinar o aconselhado a depender de Deus e não dele.  A questão física deve ser tratada, mas a espiritual somente Deus revela. Logo, o aconselhado deve ser orientado a procurar profissionais de saúde, quando for o caso e a buscar a Deus para se fortalecer na graça e no conhecimento do nosso Senhor Jesus.
O cristão deve está separado de tudo que o identifica com o mundo secular. Somos chamados para sermos luz e sal da terra. Devemos transformar nossa mente e não tomar forma deste mundo. O papel do cristão, principalmente do que aconselha, é está separado dos valores deste mundo para entender qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus e, assim, ter testemunho diante de Deus e dos homens. Suas palavras ao aconselhar não deve ser do tipo “ eu acho”, “eu penso”, mas do tipo “a Bíblia assim diz”, “ O Senhor assim determina em sua Palavra”. Para ter essa segurança, é necessário que o cristão saiba se comportar no ambiente secular, dando testemunho de integridade, retidão e comunhão com Deus.
A PESSOA DO CONSELHEIRO
É imprescindível que haja relacionamento do conselheiro com Deus. O suporte para aconselhar vem de Deus. A pessoa dá o que tem. Se tiver relacionamento com Deus, tem a base para o aconselhamento. Deus prometeu utilizar-se dos ministros da sua Palavra para, por meio deles, efetuar a pregação que regenera e, por conseguinte, a santificação, a mudança progressiva rumo à imagem de Cristo.
Ninguém está forte sem a presença de Deus e ninguém vai para frente deixando Deus para trás, por ser isso impossível, pois o profeta Isaías garante: Agindo Deus, quem impedirá? O conselheiro depende da renovação das forças que o Senhor dá. Ele precisa da sabedoria que vem do alto. É confortante para o aconselhado ouvir de seu conselheiro que Jesus Cristo é seu salvador pessoal e que ele não o vê mais como um na multidão. Isso é importante no processo de aconselhamento e fator crucial para a mudança do comportamento pecaminoso do aconselhado para uma novidade de vida.
O aconselhado necessita de um histórico pessoal que atue como suporte. É a luta diária e como se sai. Deus permite certas pessoas a passarem por luta, para serem usadas por Deus. Há um esvaziamento de si mesmo nas lutas do dia a dia. Deus é o que dá a graça.  O conselheiro que tem histórico como suporte para o aconselhamento pode estimular o aconselhado a mudar de comportamento, de cárter e de vida. Todo cristão tem plena condição de desenvolver os frutos do Espírito e assim libertar-se do jugo do pecado e da escravidão em que vive. Esse comportamento passa a assumir uma mudança na estrutura de pensamento em que antes estava alicerçada. É fundamental que exista a esperança para se prosseguir. Com isso, o histórico pessoal ganha a cada dia dados para um aconselhamento eficaz.
O aconselhado precisa de busca pessoal por sabedoria. Nada sabe o conselheiro, mas Deus tudo sabe. A orientação que vem do alto para cada situação é que vai valer.  Deve cuidar para que as palavras sejam bênçãos e não maldição. O suporte não deve ser o mesmo de um determinado aconselhado, mas a fortaleza que recebe de Deus e a orientação é que vão nortear o que se deve falar, orientar.  Antes de atender ao aconselhado, ora e pede a Deus sabedoria.
A certeza e a efetiva preservação dos santos na fé implica fidedignidade da Palavra do senhor, que é inspirado por Ele mesmo, e útil para ao aconselhamento, isto é, para o ensino, repreensão, correção e a educação na justiça, provocando a benfazeja mudança, tornando o aconselhado perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. Forma de aconselhar, cuja base e dependência encontrarem-se no homem e não em Deus é absolutamente indesejável e causa transgressão das disposições estabelecidas por Deus mesmo em sua Palavra, pois dele somos dependentes. E a dependência se enquadra também no aconselhamento.
O conselheiro deve ter consciência de sua própria limitação. Saber o tempo de dizer “não posso aconselhar neste caso” é uma ordenança do ministério de aconselhamento. Os conselhos que vêm de Deus prosperam. O conselheiro só vai saber que não sabe, quando busca de Deus uma resposta. E deve saber a hora de dizer: vamos aguardar uma resposta de Deus em oração.  Ao submeter-se aos interesses e prioridades dos outros, o conselheiro se torna servo, qualidade de quem busca a Deus e amigo, ao ofertar sua vida como sustentação para os outros. O conselheiro torna-se um profeta, pois passa a ouvir de Deus o que deve exortar, confortar e consolar.
Na função de conselheiro, não se troca problemas, mas passa força a outros. Portanto, o conselheiro não deve tratar problemas pessoais com o aconselhado. Deve ser um evangelista, no sentido de comunica de modo compreensível e por todos os meios os propósitos de Deus. Um dos papéis mais importantes do conselheiro é o de intercessor. Ele se coloca no lugar do outro e roga a Deus uma solução. Deve evitar as palavras “eu acho” e “eu penso”. O conselheiro deve ser firme em suas posições.
A PESSOA DO ACONSELHADO
O aconselhado encontra-se em posição de fragilidade emocional. Portanto, é papel do conselheiro ensiná-lo a depender de Deus. Não se tem controles sobre emoção. Por isso, é importante que o conselheiro conheça bem as características do aconselhado. Somos cheios de certezas, mas a verdade é uma só: Jesus. Ele deve ser a essência dos conselhos, e a base deve ser o Espírito Santo e não a sabedoria do conselheiro. Não devemos subestimar o sofrimento do aconselhado, mas mostrar a ele a fortaleza de Deus e a graça redentora que pode levá-lo a encontrar alternativas.

A RELAÇÃO ENTRE O CONSELHEIRO E O ACONSELHADO
O CONSELHEIRO não é um solucionador de problemas e não tem a resposta para todo questionamento. É necessário o desejo de aprender e aprender bem. O que exorta, faça-o com dedicação (Romanos 12:87). Para que esse trabalho se efetive de maneira adequada, é fundamental a unção do Espírito Santo e o conhecimento técnico e teórico específico.  O aconselhado deve está disposto a ceder ponto de vista já formado e a procurar testar outras soluções para os problemas apresentados. Os mais fortes devem suportar as fraquezas dos mais fracos (Romanos 15:1). O conselheiro leva o indivíduo a mudar algumas formas de pensar, que, por si só, não consegue enxergar alternativas que muitas vezes já estão à sua disposição. A busca de auxílio se dá pelo desejo de mudança. O conselheiro cristão deve compreender o outro como ser humano, com seus anseios, medos, valores. Por isso, deve andar ao lado do aconselhado para o ajudar a encontrar outros meios de sair do problema que o aflige.
Hebreus 3: 13 “exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado”.

O CRISTÃO E O AMBIENTE SECULAR DO MUNDO
Estamos no mundo, mas não somos do mundo. Palavras tiradas do ensinamento de Jesus.  O ambiente secular não pode ser absorvido pela mente do cristão. Programas de televisão que depõem contra a santidade, músicas profanas, companhias influenciadoras do padrão do mundo não podem contribuir para a formação do pensamento do cristão. O que a Bíblia nos diz sobre essa questão? Não devemos nos conformar com este mundo, isto é, não devemos tomar a forma deste mundo. Mas transformar nossa mente para sabermos qual a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Fomos chamados para servir.  Devemos remir o nosso tempo, servindo a Deus com toda pureza e dedicação à sua obra. Somos transformados pela provação, mas Deus tem um propósito em cada problema que enfrentamos. Devemos buscar a ajuda em Deus para o mal de cada dia.

DEUS TEM UM PROPÓSITO POR TRÁS DE CADA PROBLEMA DA VIDA
Ele usa as circunstâncias para desenvolver nosso caráter. Na verdade, ele se utiliza mais das circunstâncias para nos tornar semelhantes a Jesus do que da nossa leitura da Bíblia. A razão é óbvia: você se defronta com as circunstâncias da vida 24 horas por dia.
“... pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles.” 2 Coríntios 4.17.
O Senhor Jesus nos alertou dizendo que teríamos problemas no mundo. (João 16.33). Ninguém está imune à dor ou livre de sofrer; e ninguém tem a oportunidade de atravessar a vida sem problemas. A vida é uma série de problemas. Toda vez que você resolve um, tem outro aguardando a vez. Nem todos são grandes, mas todos são importantes para o processo de crescimento que Deus tem para você. Pedro nos assegura de que problemas são normais: “Amados, não se surpreendam com o fogo que surge entre vocês para os provar, como se algo estranho lhes estivesse acontecendo. Mas alegrem-se à medida que participam dos sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada, vocês exultem com grande alegria.” (1Pedro 4.12-13).

A RAZÃO DOS PROBLEMAS DA VIDA
Deus utiliza os problemas para trazê-lo para perto de si. A Bíblia diz: “O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito abatido.” (Salmos 34.18). Suas mais íntimas e profundas experiências de adoração ocorrerão provavelmente nos dias mais sombrios, quando seu coração estiver partido, você se sentir abandonado, não tiver mais nenhuma opção, a dor for intensa, e você buscar somente a Deus. É durante períodos de sofrimento que aprendemos a fazer nossas orações mais sinceras, autênticas e honestas para com Deus. Quando sentimos dor física ou emocional, não temos disposição para orações superficiais.
Quando a vida é um mar de rosas, podemos passar o tempo adquirindo conhecimentos sobre o Senhor Jesus, imitando-o, citando-o e falando sobre ele. Mas é somente ao sofrer que conheceremos o Senhor Jesus. No sofrimento, aprendemos coisas a respeito de Deus que não podemos aprender de nenhuma outra forma.
Deus podia ter mantido José fora da cadeia, (Gênesis 39.20-22) Daniel fora da cova dos leões, (Daniel 6.16-23) evitado que Jeremias fosse lançado em um poço de lama, (Jeremias 38.6) impedido os três naufrágios de Paulo, (2 Coríntios 11.25) evitado que os três jovens hebreus fossem jogados na fornalha em chamas (Daniel 3.1-26), mas não o fez. Ele deixou que esses problemas ocorressem, e, em decorrência deles, cada um desses homens foi trazido para mais perto de Deus.
Os problemas nos forçam a olhar para Deus e a depender dele em vez de confiar em nós mesmos. Paulo testificou desse benefício: De fato, já tínhamos sobre nós a sentença de morte, para que não confiássemos em nós mesmos, mas em Deus, que ressuscita os mortos. Ele nos livrou e continuará nos livrando de tal perigo de morte. Nele temos colocado a nossa esperança de que continuará a livrar-nos. (2 Coríntios 1.9-10) Você nunca saberá que Deus é tudo o que você precisa até que ele seja tudo o que você tiver. Independentemente da causa, nenhum de seus problemas poderia acontecer sem a permissão de Deus. Tudo o que ocorre a um filho de Deus é filtrado por ele, e ele pretende usar tudo isso para o bem, mesmo que Satanás e outros tencionem usar para o mal.
Uma vez que Deus está soberanamente no controle, acidentes são apenas circunstâncias do plano de Deus para você. Como todos os dias de sua vida foram escritos no calendário de Deus antes que você nascesse (Salmos 139.16), tudo que acontece com você tem significado espiritual. Tudo! Romanos 8.28,29 explica por quê: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Romanos 8.28,29).
Essa é uma das passagens bíblicas mais incompreendidas e erroneamente citadas. Ela não diz: “Deus faz que tudo saia da forma que eu quero”. É lógico que isso não pode ser verdade. Também não diz: “Deus faz que tudo na terra acabe com um final feliz”. Isso também não é verdade. Existem muitos finais infelizes sobre a terra.
Vivemos em um mundo caído. Somente no céu tudo é perfeito, da forma que Deus quer. É por isso que temos de orar: Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. (Mateus 6.10) Para compreender inteiramente Romanos 8.28, você deve examinar frase por frase:
“Sabemos...” Nossa esperança em tempos difíceis não é fundamentada em pensamentos positivos, em anseios ou em um otimismo natural. É uma certeza que se baseia na verdade de que Deus tem pleno controle do Universo e ama a todos nós.
“... que Deus age...” Há um Grande Projetista por trás de tudo. Nossa vida não é o resultado de um acaso fortuito, destino ou sorte. Existe um plano-mestre. A história pertence a Deus. É Deus quem controla o leme. Nós cometemos erros, mas Deus jamais. Deus não pode cometer um erro, porque Ele é Deus.
“... em todas as coisas...” O plano de Deus para nossa vida envolve tudo que nos acontece: erros, pecados e mágoas. Ele inclui doenças, dívidas, acontecimentos infelizes, divórcio e a morte de pessoas queridas. Deus pode fazer o bem aflorar da pior perversidade. Ele fez isso no Calvário. Não de forma isolada ou independentemente; os fatos de sua vida agem em conjunto, conforme o plano de Deus. Não são atos isolados, mas partes interdependentes do processo que o tornarão semelhante a Cristo. Para fazer um bolo, você utiliza farinha, sal, ovos crus, açúcar e óleo. Comidos isoladamente, cada ingrediente é bastante desagradável ou mesmo amargo. Mas asse-os juntos, e se tornarão deliciosos. Se você der a Deus todas as suas experiências horríveis e desagradáveis, ele as misturará para que se tornem agradáveis.
“... para o bem...” Isso não quer dizer que tudo na vida seja bom. Grande parte do que acontece no nosso mundo é mau e cruel, mas Deus é especialista em extrair o bem de tudo isso. Na genealogia oficial de Jesus Cristo, (Mateus 1.1-16) existem quatro mulheres listadas: Tamar, Raabe, Rute e Bate-Seba. Tamar seduziu seu sogro para engravidar. Raabe era prostituta. Rute nem mesmo era judia, e infringiu a lei casando com um judeu. Bate-Seba cometeu adultério com Davi, o que acabou causando o assassinato do marido. Não são exatamente reputações excelentes, mas Deus fez que o bem resultasse do mal, e Jesus veio através dessa linhagem. O propósito de Deus é maior que nossos problemas, nosso sofrimento e até mesmo nossos pecados.
“... daqueles que o amam e são chamados...” Essa promessa é somente para os filhos De Deus, não para todos. Todas as coisas contribuem para o mal daqueles que vivem em oposição a Deus, insistindo em seguir o próprio caminho.
“... de acordo com o seu propósito...” Que propósito é esse? É que sejamos “iguais a seu Filho”. Tudo que Deus deixa acontecer na nossa vida é permitido por causa desse propósito!

EDIFICANDO UM CARÁTER SEMELHANTE AO DE CRISTO
Somos como joias moldadas com o martelo e o cinzel da adversidade. Se o martelete do Joalheiro não for forte o suficiente para aparar nossas arestas, ele usará uma marreta. Se formos realmente obstinados, ele utilizará uma britadeira. Usará o que for necessário.
Cada problema é uma oportunidade para edificação do caráter, e, quanto mais difícil for, maior será o potencial para o desenvolvimento de músculos espirituais e de fibra moral. Paulo disse: Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. (Romanos 5.3-4) O que acontece exteriormente em sua vida não é tão importante quanto o que acontece dentro de você. As circunstâncias da vida são temporárias, mas o caráter durará para sempre.
A Bíblia frequentemente compara as provações ao fogo que refina o metal, queimando as impurezas. Pedro disse: Nisso vocês exultam, ainda que agora, por um pouco de tempo, devam ser entristecidos por todo tipo de provação. Assim acontece para que fique comprovado que a fé que vocês têm, muito mais valiosa do que o ouro que perece, mesmo que refinado pelo fogo é genuína e resultará em louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo for revelado.(1Pedro 1.6-7) Foi feita a seguinte pergunta a um ourives: “Como você sabe que a prata é pura?”. Ele respondeu: “Quando vejo meu reflexo nela”. Quando você é refinado pelas provações, as pessoas podem ver o reflexo de Jesus em você. Tiago disse: “Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.” (Tiago 1.2-4)
            Visto que Deus tenciona torná-lo semelhante a Jesus, ele o fará passar pelas mesmas experiências que Jesus passou. Isso inclui solidão, tentação, pressão, críticas, rejeição e muitos outros problemas. A Bíblia diz que Jesus aprendeu a obedecer por meio dos seus sofrimentos e foi aperfeiçoado por meio dos seus sofrimentos. (Hebreus 5.8.9) Por que Deus nos eximiria de passar por aquilo que permitiu que seu próprio Filho passasse? Paulo disse: Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória. (Romanos 8.17).

REAGINDO AOS PROBLEMAS COMO O SENHOR JESUS REAGIRIA
Os problemas não produzem automaticamente a vontade de Deus. Muitas pessoas se tornam mais amargas em vez de melhorar, e nunca crescem. Você tem de reagir da forma que Jesus reagiria.
Lembre-se de que o plano de Deus é bom. Ele sabe o que é melhor para você e visa apenas a seu bem. Deus disse a Jeremias: Os planos que tenho para vocês são planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro. (Jeremias 29.11) José compreendeu essa verdade quando, falando aos seus irmãos que o venderam como escravo, disse: Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem. (Gênesis 50.20) Ezequias expressou os mesmos sentimentos em relação à doença que ameaçava tirar sua vida: Foi para o meu beneficio que tanto sofri. (Isaías 38.17)
É vital que você se mantenha concentrado no plano de Deus, não no seu problema ou sofrimento. Foi assim que Jesus suportou o sofrimento na cruz, e somos exortados a seguir o seu exemplo: tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. (Hebreus 12.2a) Corrie Tem Boom, que sofreu em um campo de concentração nazista, explicou o poder da concentração: “Se você olhar para o mundo, ficará aflito. Se olhar para si, ficará deprimido. Mas, se olhar para Cristo, ficará descansado!”. Seu enfoque determinará seus sentimentos. O segredo da resistência é lembrar-se de que o sofrimento é temporário, mas sua recompensa será eterna. Moisés aguentou uma vida de problemas porque contemplava a sua recompensa. (Hebreus 11.26) Paulo suportou as adversidades da mesma forma. Ele disse: pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. (2Coríntios 4.17).
Não se renda a considerações de curto prazo. Mantenha-se concentrado no resultado final: Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada.(Romanos 8.18).
Exulte e agradeça. A Bíblia diz: Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. (1Tessalonicenses 5.18) Como isso é possível? Repare que Deus nos manda dar graças “em todas as circunstâncias”, e não “por todas as circunstâncias”. Deus não espera que você seja agradecido pelo mal, pelo pecado, pelo sofrimento ou por suas consequências dolorosas neste mundo. Em vez disso, Deus quer que você seja grato por ele usar os problemas que o afligem para o cumprimento de seus propósitos.
A Bíblia diz: Alegrem-se sempre no Senhor. (Filipenses 4.4) Ela não diz: “Alegrem-se no seu sofrimento”. Isso é masoquismo. Você se alegra “no Senhor”. Não importa o que aconteça você pode se alegrar no amor, na atenção, na sabedoria, no poder e na fidelidade de Deus. Jesus disse: Regozijem-se nesse dia e saltem de alegria, porque grande é a sua recompensa no céu. (Lucas 6.23).
Nós também podemos nos alegrar ao saber que Deus está passando pelo sofrimento junto conosco. Não servimos a um Deus distante e desligado, que se distancia de nós e tenta nos motivar com frases feitas. Ao contrário, ele entra no nosso sofrimento. Jesus fez isso ao encarnar, e hoje é seu Espírito que faz isso em nós. Deus jamais nos deixará por nossa conta.
Recuse-se a desistir. Seja paciente e persistente. A Bíblia diz: “Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.” (Tiago 1.2-4)
A construção do caráter é um processo lento. Sempre que tentamos evitar ou escapar das dificuldades da vida, invalidamos o processo, atrasamos nosso crescimento e na verdade acabamos com um tipo de sofrimento ainda pior, o tipo inútil, que acompanha a negação e a rejeição. Quando você compreende as consequências eternas do desenvolvimento de seu caráter, faz menos orações do tipo “Consola-me” (“Faze que eu me sinta melhor”) e mais orações do tipo “Torna-me adequado” (“Usa isso para tornar-me mais semelhante a ti”).
Você sabe que está amadurecendo quando começa a ver a mão de Deus nos acontecimentos aleatórios e confusos e nas circunstâncias da vida aparentemente sem sentido.
            Se você estiver enfrentando problemas neste exato momento, não pergunte: “Por que eu?”. Em vez disso, pergunte: “O que você quer que eu aprenda?”. Então confie em Deus e siga fazendo o que é certo. Vocês precisam perseverar, de modo que, quando tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que ele prometeu. (Hebreus 10.36) Não desista, cresça! Agindo dessa forma, o ambiente secular vai está longe do nosso pensamento!!

A PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO BÍBLICO
Aconselhar: Dar um parecer, opinião sobre o que convém fazer.
O Cristianismo possui, em seu bojo, um caráter de orientar e instruir o caminho, que as pessoas devem andar (Sl 32:8); a isto chamamos de aconselhamento; dar um parecer bíblico como resposta a um problema ou a uma dúvida, ditando uma solução ou resposta que se tornará eficiente se for acompanhada pela obediência. Sem sombra de dúvida, se não houver uma atitude de obediência, o aconselhamento será infrutífero. Portanto, é de suma importância que o conselheiro instrua a pessoa no caminho da obediência (não só ouvir, mas praticar aquilo que está recebendo como conselho divino). Na verdade, nosso Deus é conselheiro (Is 9:6,7). Ele ocupa esta posição, e para nós é um grande refrigério, pois, sabemos que Ele é perfeito em tudo que faz, e na Luz deste Conselheiro, nós veremos a nossa luz (Sl 36:9).
A UNIVERSALIDADE DO MINISTÉRIO DE ACONSELHAMENTO
Todo cristão é chamado para um ministério de encorajamento e ajuda aos outros, especialmente aos da família da fé. Nós precisamos adquirir a ousadia e a intrepidez de Deus, para encorajarmos e auxiliarmos os membros de uma comunidade local, fazendo com que haja no nosso meio um sentimento de amor e fraternidade, aonde um venha levar a carga do outro, e também um possa orar pelo outro.
O encorajamento é uma espécie de ministério de aconselhamento que está a disposição de todo crente.
ACONSELHAMENTO COMO MINISTÉRIO
Na gloriosa epístola de Paulo aos efésios, temos a descrição dos dons ministeriais (4:11,12), onde vemos o ministério pastoral entrando como uma parte importante do corpo de Cristo, que tem por característica tônica "o tratar e apascentar o rebanho". No item anterior, vimos que todos podem e devem exercer o ministério de encorajamento e ajuda, contudo, agora veremos aqueles que possuem o "Dom de Ministério". Como saberei que fui chamado?
Primeiramente, você deverá ser ungido por uma autoridade eclesiástica que analisará diante de Deus a tua vocação. É claro que em sua vida você deverá apresentar marcas como: preocupação e zelo pelo rebanho; desejo de participar dos problemas com objetivo de saná-los pelo poder de Deus; o amor é a marca evidente do ministro de aconselhamento, sendo a visita o resgate das almas que, por algum motivo, estão se desviando do caminho, ou ainda precisando de fortalecimento. Estas são características que confirmam a unção no ministério de aconselhamento.
O apostolo Paulo diz que os dons ministeriais visam o desenvolvimento dos santos e o seu equipamento. Notem que este ministério é de grande importância, visto que, não podemos perder nenhuma das ovelhas que o Senhor nos concedeu. O Eterno Eu Sou quer encher sua casa (igreja), mas todos nós sabemos que isto nunca acontecerá se o número de ovelhas perdidas continuar aumentando. Por isso, o ministério de aconselhamento é aquele que fecha a "brecha", para não perdemos ninguém, e com júbilo apresentarmos o rebanho ao Senhor, naquele dia em que Ele vier arrebatar a igreja. Aleluia !
O equipamento é justamente, o fazer discípulos para o ministério, dando-lhes o conhecimento e as estratégias de Deus para que se tornem também resgatadores de almas.
Podemos dizer que aconselhar é exortar, pois a palavra exortar (paraclesis), significa "andar ao lado para ajudar" (Rm 12:8). Implica em atividades tais como: advertir, apoiar e encorajar. Ele é mencionado entre os dons espirituais possuídos por algumas pessoas e não por todas. Ser conselheiro é receber uma capacitação sobrenatural de Deus, para levá-las a verdade através da orientação e do ensino.

O ALVO DO ACONSELHAMENTO
Observe o que poderia ser uma conversa típica entre um conselheiro e seu "aconselhado".
Aconselhado: - Estou tão desanimado! Acho que vou desistir. Deve haver algum modo de me ajudar. Se mais uma coisa não der certo, vou enlouquecer.
Conselheiro: - Fale mais! (é importante você ganhar a confiança e deixá-la a vontade. Ouça antes de falar, não roube o lugar daquele que precisa de aconselhamento; neste período fique em oração, sabendo que a resposta deverá vir de Deus e não de você).
Aconselhado: - Embora eu seja cristão e creia na Bíblia, nada está dando certo. Já tentei orar, confessar, dar, me arrepender, tudo. Alguma coisa deve estar errado.
Conselheiro: - Eu sei que a tua resposta está mesmo em Deus, Vamos examinar as coisas, a fim de ver o que pode estar bloqueando a obra de Deus na tua vida.
Agora, a dependência do Espírito é fundamental, pois, Ele, somente Ele, tem a resposta para o problema. Lembre-se você deve ser o instrumento por onde a ministração irá fluir. Não é você, mas o Senhor que deve falar.
Todo "aconselhado" tem por objetivo alcançar o bem estar ou a felicidade, e não há nada de errado nisso. Contudo, muitas pessoas buscam a felicidade pessoal de forma obsessiva e não entendem que sua felicidade é possível a partir do momento em que ela aprender o caminho bíblico.
O Senhor nos disse que existem prazeres para sempre a Sua destra. Se desejamos estes prazeres, precisamos aprender o que significa estar a destra de Deus. Paulo nos diz que Cristo foi exaltado a destra de Deus (Ef 1:20). Segue-se naturalmente que, quanto mais eu permanecer em Cristo, mas gozarei os prazeres provenientes da comunhão com Deus. Se quero experimentar verdadeira felicidade, devo desejar acima de tudo tornar-me mais como o Senhor, viver em sujeição a vontade do Pai.
Muitos de nós estabelecemos como prioridade não o ser igual a Cristo, mas o encontrar a felicidade. Quero ser feliz, mas a verdade paradoxal é que nunca serei feliz se minha preocupação primordial for buscar a felicidade. Meu alvo supremo tem que ser, em todas as circunstâncias, reagir de acordo com os ensinamentos bíblicos, ou seja, colocar o Senhor em primeiro lugar, procurar me comportar como Ele deseja. A verdade maravilhosa é que, enquanto eu devotar minha vida a tarefa de me tornar como Cristo, Ele me encherá de gozo indizível e paz que sobrepuja tudo o que o mundo possa oferecer. Devo rejeitar o alvo de tornar-me feliz e adotar o alvo de tornar-me mais parecido com o Senhor. E o resultado será felicidade, gloria a Deus, aleluia, enquanto permanecer a destra de meu Pai ao lado do meu Senhor em plena comunhão, eu terei os tesouros do Todo Poderoso para me deleitar e ser feliz (Cl 1:27 ; 2:2,3,9,10).
A felicidade é uma consequência real de uma vida frutífera com o Senhor, de uma fé, de uma confiança inabalável, que, em todas as coisas, crê no impossível e que, para alcançá-la, nada mais devo fazer do que servir, servir e servir.
Paulo disse que sua ambição (seu alvo) não era ser feliz, mas agradar a Deus a cada momento. Que pensamento transformador!
Quando estou dirigindo o carro e alguém de repente corta minha frente imprudentemente, ou quando algo sai errado, eu me lembro de que, em primeiro lugar, devo agradar a Deus e testemunhar minha nova vida. Então dou glória ao nome do Senhor !
Em Hb 13:15,16 diz que os crentes são sacerdotes e possuem uma dupla função (1) oferecer sacrifícios de louvor e adoração, (2) oferecer sacrifício de serviço aos outros.
Se quero agradar a Deus a cada momento, devo ocupar-me primordialmente com adoração e o serviço com os necessitados.
A maior negligência na maior parte dos aconselhamentos é esta: a razão bíblica básica de querer resolver o seu problema pessoal, deveria ser o seu desejo de entrar num relacionamento mais profundo com Deus, agradá-lo mais efetivamente através do louvor e do serviço.
Toda tentativa de sucesso será destruída se o "aconselhado" não entender que ele necessita de comunhão. Muitas vezes nos ligamos tanto nos problemas que eles se tornam a razão de nossa vida, dormimos pensando neles, ficamos doentes de tanta ansiedade e o colocamos como um verdadeiro deus. Eles (os problemas) passam a ocupar o primeiro lugar nas nossas vidas e desta forma nos distanciamos de Deus e cada vez mais nos atolamos neste abismo chamado "problema pessoal".
As recompensas são abundantes na vida daqueles que servem ao Senhor. Paulo foi grandemente fortalecido em suas aflições (aleluia, glória a Deus, Ele nos dá força, proteção e vitória em meio as aflições), pela esperança que vinha do céu. O apóstolo teve lutas, contudo, sabia que o seu Redentor estava vivo e que seria socorrido em momento oportuno. Nosso irmão Jó, é um exemplo de servidão em meio a tribulação, continuou louvando o Senhor e crendo no Seu poder. Devemos entender que "...todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus", nós somos propriedade de Deus, povo adquirido (2 Pe 2:9,10), e a nossa melhor atitude em meio a adversidade é a de nos alegrarmos em Deus (Tg 1:2-4) e desta forma deixarmos o inimigo furioso com nossa gratidão e confiança. Em todas as coisas somos mais que vencedores, é isto que a Palavra do Deus vivo nos diz. Ainda que um exército se acampe contra mim o meu coração não temerá, sabe por quê?
Ele esta comigo sua vara e o seu cajado me consolam, Ele me deu a credencial de filho e me outorgou o direito de ser herdeiro de suas promessas. Aleluia!
O que devo fazer é em toda situação servi-lo e dignifica-lo através de uma vida correta e cheia de fé e esperança.
Como a árvore dá o seu fruto, assim, a vida cristã me dá a felicidade.
Aleluia, Bendito o nome do Senhor!

A MATURIDADE CRISTÃ
É interessante observarmos a forma de aconselhamento do apóstolo Paulo (Cl. 1:28). Ele sempre tinha por objetivo promover a maturidade cristã, na forma espiritual e emocional, em outras palavras o discipulado é de grande importância, pois a igreja de Cristo deve andar pela fé e não pelas coisas que se veem. Entendo que no início da vida cristã pode-se parecer difícil, mas na verdade não é.
Não creio que Deus nos daria mecanismos complexos e difíceis de entendermos. A experiência cristã tem início com a justificação, e depois que este processo se realiza temos a regeneração, e por fim, a santificação que na verdade é o ato pelo qual Deus nos leva a unidade de pensamentos e atitudes. A Bíblia diz que sem a santificação ninguém verá o Senhor. A santidade se aproxima muito da maturidade, sendo que a maturidade não pode existir sem antes ocorrer a santificação. Na verdade a santidade pode ser definida como: "atitudes positivas no cumprimento das verdades bíblicas". Quando buscamos a maturidade cristã, ou, levamos pessoas a ela, estamos firmando um profundo e eficiente alicerce, que a sustentará em todas as situações. Vocês já puderam observar um salgueiro sacudido pelo vento? Notem como o vento o faz ir de um lado para o outro, contudo, ele não cai. Sabe por quê? É por que possui um bom alicerce no solo (grandes raízes). Assim também nós devemos ser, ainda que agitados e açoitados, permanecemos firmes (Mt 7:24-27). Porque as angustias do tempo presente, não podem ser comparadas com a gloria que se revelará no futuro. Ou ainda, as lágrimas podem durar uma noite, mas jubilo virá pela manhã. Assim como recebemos Jesus devemos fazer força para continuarmos nele, pois Ele é tudo e quem tem o Senhor tem tudo, Ele leva nossas cargas, ansiedades e ainda manda os seus anjos nos prestar auxilio. Nada pode nos acontecer sem a permissão de Deus. A maturidade também descansa sobre um fundamento chamado "certeza ou confiança", quando mostramos tal atitude estamos externando maturidade.
O homem chamado José do Egito é um bom exemplo de maturidade e firmeza (Gn 39 – 45).
Certa vez vieram até O Senhor Jesus dizendo "....pedi aos seus discípulos que expulsassem o demônio mas não puderam; a resposta de Jesus foi interessante: até quando estarei convosco e sofrereis". O que isto significa? Que O Senhor Jesus queria observar justamente a maturidade na vida dos discípulos. Como um bom Mestre Ele quer nos ensinar, e se aprendermos rápido, sem sombra de dúvida teremos mais condições de vencermos os conflitos desta vida.
Nada pode ser mais importante do que: "servir a Deus e andar nos seus caminhos"

O SENHOR JESUS CRISTO COMO CONSELHEIRO EFICAZ
O Senhor Jesus Cristo é certamente o melhor exemplo que possuímos de um "maravilhoso conselheiro", cuja personalidade, conhecimento e habilidade capacitaram-no eficazmente para assistir às pessoas que precisavam de ajuda. Quando tentamos analisar o aconselhamento de Jesus, existe sempre a tendência, inconsciente ou deliberada, de encarar o ministério de Cristo de modo a reforçar nossas próprias opiniões sobre como as pessoas são ajudadas.
A personalidade de Jesus era, entretanto, básica ao seu estilo de ajuda. Ele demonstrou em seu ensino, cuidado e aconselhamento para com as vidas que ali estavam.
Todo cuidado demonstrado por Jesus no atendimento público ou pessoal, era baseado solidamente no verdadeiro sentido do amor.
Ele é amor diz o apóstolo João e como um Senhor amoroso necessitava auxiliar o aflito. Por isso entendemos que a mola mestre do aconselhamento é sem sombra de dúvida o amor.
Outra característica importante era o desejo de ensinar verdades celestiais, princípios que mudariam os hábitos de toda uma sociedade. Um dos adjetivos mais gloriosos a respeito do nome de Jesus é sem sombra de dúvida a expressão Mestre. Ele veio ao mundo para salvar os pecadores e dar ao homem um novo parâmetro de vida, e Ele sabia que era necessário ensiná-los. Todo ensinamento visava levar o homem a um novo estado de vida, por isso não podemos negligenciar este aspecto do ministério de Jesus.
Jesus servia muitas vezes as pessoas através de sermões, mas também combateu os céticos, desafiou os indivíduos, curou os doentes, falou com os necessitados, encorajou os desanimados e deu exemplo de um estilo de vida santo. Em seus contatos com o povo, ele compartilhou exemplos tirados de situações reais e buscou constantemente estimular outros a pensarem e agirem de acordo com os princípios divinos. Tudo isso faz parte de um aconselhamento eficaz.
O aconselhamento realizado por Jesus não se baseava tão somente nas palavras, mas nas manifestações do poder do Espírito Santo.
Algo interessante é a simplicidade no tratar, muitas vezes Ele se utilizava de exemplos simples tirados da natureza ou do dia a dia. A isto eu chamo de aconselhamento ao alcance de todos. Aleluia!
Muitos ministros hoje se veriam em dificuldades pelo fato de fugirem ou perderem a melhor forma de aconselhamento a simplicidade. Podemos notar um intelectualismo forçado na linguística de muitos ministros, coisa que na verdade não só intimida as pessoas simples como também dificulta sua compreensão.
Se observarmos a multiforme doutrina ensinada por Cristo veremos que Ele ministrou a respeito de vários assuntos, isso nos leva a uma pergunta. Será que temos conhecimento sobre os mais diversos temas ensinados pelo Senhor Jesus?
É preciso se preparar melhor. O Senhor Jesus apesar de ser o Filho do Deus vivo sempre esteve orando, estudando e se dedicando com afinco. Será que não temos que seguir o caminho do Rei, será que não temos que pagar o mesmo preço ?
Em toda Bíblia vemos O Senhor Jesus dando exemplos e parâmetros para seus seguidores e para a humanidade. Vamos seguir os passos de Jesus !
O Senhor ao vir a este mundo Ele teve que se esvaziar (Kenosis gr.), ou seja, seus atributos de poder ficaram retidos no trono, pois, Ele assumiu a nossa natureza e na forma humana venceu o pecado, contudo, quando Jesus foi batizado no rio Jordão logo após sair da água o céu se abriu e Ele foi batizado com o poder do Espírito Santo.
Isso o capacitou para realizar seu ministério, todos devemos buscar a mesma unção de poder para realizarmos com sucesso o ministério.
Leia atentamente (Jo 14:12 ; Fl 4:13 ; At 1;8 ; 1 Jo 2:27). Notem que podemos ter grande sucesso no ministério de aconselhamento se buscarmos o poder de Deus. O agir no sobrenatural é uma benção deixada por Deus a sua igreja (Cl 2:8-9), agora o corpo de Cristo é a igreja e sobre ela esta o poder de Deus para agirmos no sobrenatural. Aleluia!
Não vamos esquecer Jesus realizou seu ministério no poder de Deus (At 10:38) e nós temos que seguir seu exemplo, atuarmos na unção e no poder do Espírito Santo.
O Senhor Jesus nos dá vasto entendimento em sua Palavra a respeito das forças espirituais da maldade nos lugares celestiais (Ef 6:10-18), temos que entender o reino espiritual e sempre buscarmos discernimento de Deus para sabermos se o problema apresentado não deriva de uma opressão ou até mesmo possessão demoníaca.
Veja o caso do gadareno, o filho único de um velho senhor, e tantas outras referências que se fossemos citar gastaríamos várias linhas.
Não se esqueça de que nós somos os Embaixadores de Deus na terra, temos autoridade para desfazer as obras do diabo e nada nos causará dano (Lc 10:19).
Os demônios perderam no alto da cruz, eles foram despojados e humilhados (Cl 213-15). A pior derrota é aquela que o inimigo é despojado, isto é, sinônimo de grande assolação, destruição total. Aleluia, gloria ao Senhor dos Exércitos !
Leia atentamente (Mc 16:15-20) e veja que você tem autoridade. Quando você expulsa um demônio você simplesmente esta obedecendo uma ordem do Senhor Jesus, por isso, não temas eles não podem te tocar.
O bom senso e o saber o que vai se falar, é uma sabedoria que todos devem buscar. O nosso querido Senhor é um exemplo em tanto "...em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos (Cl 2:3)". O irmão do Senhor Jesus, Tiago diz que se alguém tem falta de sabedoria peça a Deus, pois este dá graciosamente.
Nosso objetivo nunca deve ser o de atacar ou muito menos de ofender alguém. O Senhor Jesus é um exemplo de cordialidade e estima, leia (Jo. 4:1-30).

O PROPÓSITO DO ACONSELHAMENTO CRISTÃO
Certo dia, em que ensinava a seus seguidores, Jesus contou a razão de sua vinda a terra: dar-nos vida em abundância e em toda sua plenitude. Antes disso, no versículo que é hoje certamente o mais conhecido das Escrituras, Jesus falara sobre o propósito de Deus ao enviar seu Filho, "para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna". Jesus tinha, portanto, dois propósitos para a humanidade: vida abundante na terra e vida eterna no céu.
O conselheiro que é um seguidor de Jesus Cristo tem o mesmo objetivo de vida, receber a dupla benção.
No aconselhamento cristão é muito importante viver o Evangelho, ser um vaso vivo que todos olhem e vejam a gloria de Deus.
Vamos reconhecer, porém, que existem muitos cristãos sinceros que terão uma vida eterna nos céus, mas não gozam de uma vida plena (abundante) na terra. Essas pessoas precisam de aconselhamento que envolva mais do que evangelização ou educação cristã tradicional. Elas precisam conhecer o plano de Deus e o poder de Deus, que libertará de uma vida frustrante e sem proporção. O Espírito Santo sabe o que ela precisa e por isso o ministro deve ser sensível a orientação deste Deus consolador e conselheiro.

PASSOS A SEREM OBSERVADOS E ENSINADOS
AUTOCOMPREENSÃO: Compreender a si mesmo é, no geral, o primeiro passo para a cura. Muitos problemas são autoimpostos, mas a pessoa que está sendo ajudada talvez não reconheça que seus problemas derivam de suas atitudes e de seu comportamento autodestrutivo. Por exemplo: "ninguém gosta de mim"; mas não percebe que suas reclamações são a razão de ser tão rejeitado pelos outros. A confissão negativa traz consequências terríveis. Toda palavra tem poder, para edificar ou destruir.
COMUNICAÇÃO: É bem conhecido que muitos problemas no casamento estão relacionados com uma falta de comunicação entre os cônjuges. O mesmo se aplica a outros problemas. Na verdade as pessoas são incapazes ou não estão dispostas a comunicar-se. O conselheiro precisa aprender a comunicar sentimentos, pensamentos e atitudes de modo correto e eficaz. E ainda ensinar o "aconselhado", a ser comunicativo e temperante, para desta forma obter vitória na vida de relacionamento.
Comportamento: Quase todo comportamento é fruto de um aprendizado. O conselheiro tem por função levar o "aconselhado" a um novo molde de vida e comportamento, livrando-o de maus hábitos e atitudes. Isto geralmente pode ser feito através de estudo e analise de resultados (por exemplo: o teu mau hábito esta destruindo o teu casamento etc).
AUTORREALIZAÇÃO (OU CRISTO REALIZAÇÃO): Tem por objetivo mostrar a importância da vida do indivíduo e revelar que Cristo, somente Ele poderá trazer um glorioso sentido de realização e satisfação. Tal conhecimento é de muita importância para o conselheiro e "aconselhado".
Apoio: O principal objetivo é mostrar que ele não esta sozinho, que além da ajuda do próprio Deus, também poderá contar com o conselheiro para auxiliá-lo a levar suas cargas.

A NECESSIDADE DE ACONSELHAMENTO
O aconselhamento é, primariamente, uma relação em que uma pessoa, o ajudador, busca assistir outro ser humano nos problemas da vida. De modo diferente das discussões casuais entre amigos, a relação de ajuda, é constituída de forma a auxiliá-lo de modo prático e ativo.
Todo conselheiro deve demonstrar no ato do aconselhamento uma notória atenção. Este deve conceder atenção integral ao aconselhado. Isto é feito mediante contato dos olhos, contudo, com cuidado; nunca arregalar os olhos (diante de qualquer revelação), mostrar sobriedade, compreensão e muito interesse; muito cuidado com a postura e ainda com a própria aparência (roupas discretas, banho, dentes etc.); não utilize gírias, pois isto não deve fazer parte da vida do cristão.
Na verdade o que a pessoa espera é que dos teus lábios fluam a gloriosa orientação de Deus (Ml 2:7).
Por favor, deixe sua Bíblia a vista e a utilize, pois não somos psicólogos, mas sim, instrumentos de revelação, e nossa sabedoria não esta firmada nas coisas deste mundo.
O ambiente também é importante, deve ser um lugar tranqüilo onde ninguém venha incomodar.
A oração antes do momento de aconselhar é muito importante, pois neste momento preparamos o terreno para lançarmos a semente e desfazemos as obras do diabo e ainda podem-se receber estratégias de Deus para o aconselhamento.
Ouvir é uma arte, tudo que ouvimos deve ser filtrado pelo Espírito Santo e analisado a luz das Escrituras. Note, qualquer conselho dado fora das sãs palavras é de nenhum valor e ainda possui um caráter herético. Já ouvi várias pessoas que disseram terem sido aconselhadas por "ministros" (sei lá do que) a deixarem seus maridos e abandonarem seus lares. Outro que recebeu a seguinte revelação que: "...deveria deixar sua mulher de 45 anos e se casar com uma de 20 anos". Tudo isto é blasfêmia e engano, gostaria de ver alguém receber a seguinte revelação: "...deixe uma de 20 e se case com uma de 45 ou 55 anos", interessante é que a isto, ninguém nunca obedeceria. Enquanto utilizarmos a Bíblia como referencial único de aconselhamento e vida cristã, sem sombra de dúvida seremos bons ministros do reino. Ouvir é importantíssimo porque daquilo que recebermos através das palavras, utilizaremos para dar o parecer bíblico. Usarei esta ilustração para melhor entendermos: "...ouvir é como auscultar o coração de um paciente e desta forma diagnosticar o perfeito tratamento".
Responder é uma responsabilidade, imagine um médico dando um remédio errado para um paciente. Alguém que tem "pressão alta" e é induzida por um médico a tomar um medicamento que invés de abaixar sua pressão arterial, tem efeito contrário, ou seja, ajuda a subir. Consequências terríveis poderão acontecer, desde um derrame (A V C) até um quadro de óbito.
Assim é a palavra que saí da nossa boca, vida ou morte. (Pv 18:21).
Somente devemos falar aquilo que temos certeza que é palavra de Deus, nada mais, nada menos.
Perguntar é uma boa arma que podemos utilizar, procure saber sobre a vida espiritual e outras coisas que o Espírito te guiar. Procure descontrair o aconselhamento (tenha discernimento) com perguntas que mostrem o lado bom de outras áreas da vida do aconselhado.
Muitas vezes as pessoas só olham o lado em crise, faça com que olhem para o lado luminoso e reflitam a cerca das coisas boas (se existirem).
A intimidade é para muitos uma pedra de tropeço. É necessário um cuidado sobrenatural, pois, satanás pode tentar criar situações de interesse e cobiça mútua. Por isso se o aconselhamento partir por um lado de intimidade sexual, saia fora.
Aconselhamos os homens ministrarem aos homens e as mulheres as mulheres, portanto, é indicado que primeiramente os aconselhamentos sejam realizados por equipes de duas ou três pessoas, sendo uma do sexo feminino. Se tanger para aquela área o ministro ou ministros pedirão licença e se retirarão para que a ministração se efetue pela do mesmo sexo e vice-versa.
Não é raro homens e mulheres se sentirem atraídos pela intimidade dos outros. Vamos vigiar e não darmos lugar ao diabo (Ef 4:27).
Demonstrar que o aconselhamento será guardado em sigilo absoluto. Muitos perderam a credibilidade e magoaram vidas, por não reconhecer a importância do segredo. Ninguém tem o direito de expor ou ainda comentar a vida de outrem. Portanto, mostre que o teu ministério é sério e respeitoso. Faça a pessoa sentir isso!
O confronto é uma técnica de aconselhamento, ela se baseia em você lançar novos conceitos de vida e conduta no lugar daqueles que infelizmente já existem. Por exemplo: "...desafie a largar os vícios e mentiras, a deixar a prostituição e o adultério e a viver a nova vida em Cristo".
Informar é o processo pelo qual revelamos ao aconselhado as consequências e prejuízos de atitudes errôneas. Mostrando a luz das Escrituras o que convém fazer.
Apoiar e encorajar consiste na forma pela qual o conselheiro levanta o ânimo e a vida do aconselhado, dizendo que existe esperança. O conselheiro lhe mostra o poder de Deus, o propósito que jamais poderá ser impedido na vida do homem.
Enfim, Deus pode usa o conselheiro de modo infinito e ilimitado, basta você ter o desejo de ajudar o teu próximo. Deus é maravilhoso de diversos modos de atuação, contudo, lembre-se que por mais multiforme e glorioso, Ele não anula a Sua Palavra. Tudo que você fizer respalde-se na santa Palavra de Deus.

QUALIDADES ESPIRITUAIS DO CONSELHEIRO
PUREZA
A palavra de Deus fala muito em santidade, no reto viver por parte dos embaixadores do céu. Isaias 52:11 assim o expressa: "Parti, parti ! Retirai-vos daí, não toqueis nada de impuro ! Deixai estas paragens, purificai-vos, vos que levais os vasos do Senhor". Deus pode usar qualquer tipo de utensílio, desde que seja limpo. Vasilha imunda, porém, Ele nem quer e nem pode usar. Não é necessário que tenha talento ou tampouco dotado de uma superpersonalidade ou ainda eloquente. O que Deus precisa é de pureza e andar reto.
O salmista assim cantou a respeito: "Quem subirá ao monte do Senhor? Quem a de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega sua alma a falsidade, nem jura dolosamente. Este obterá do Senhor a benção e a justiça do Deus da sua salvação." (Sl 24:3-5).
No célebre sermão da montanha, quando nosso Salvador pronunciava as benditas promessas que conhecemos como bem aventuranças, Ele afirmou: "Bem aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus" (Mt 5:8). E em Hebreus 12:14, salienta a mesma verdade: "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor".
Essa pureza de coração, essa santidade é, evidentemente, a justiça que o crente recebe de Cristo por ocasião de sua salvação. Sem santidade ninguém pode ver a Deus ou entrar em sua cidade celestial. Contudo as passagens têm aplicação secundária que ensina que a justiça na vida da pessoa é condição essencial para se ver no serviço cristão. A pureza é vitalmente importante para o conselheiro. Veja a referência de Pedro "Como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos vós mesmos em todo vosso procedimento, porque escrito está; "Sede santos porque Eu sou santo" (1 Pe 1:15-16). Paulo admoestou os crentes de Tessalônica : "...abster-se de toda forma de mal", acrescentando: "O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Ts 5:22-23). Notem o ser conhecido como um homem de Deus não depende do cargo que você ocupa, mas, sim do estilo de vida que você leva. Existem muitos que gostam dos cargos, mas será que eles gostam mesmo de Ter uma vida reta diante de Deus e dos homens?
Isto o fará um homem de Deus, o Evangelho não pode ser blasfemado, por isso, nós servos devemos ser "santos servos", padrões para uma sociedade corrompida e destruída pelo pecado.
Por favor, se sua vida estiver "podre" não se diga servo do Senhor, não se intitule "homem de Deus ou ungido do Senhor", pois, sua igreja e principalmente seus trabalhadores devem ser santos. Aleluia!
Charles G. Finney diz: "Conserva-te puro: em propósito, em pensamento, em sentimento, em palavra e ação".
O PODER DOS JOELHOS EM ORAÇÃO
Se o conselheiro não aprender a andar de joelho, sem dúvida nada acontecerá no seu ministério. Não existe nada que substitua este "estilo de vida". A prédica notável não lhe toma o lugar, nem tampouco o título de doutor (Phd) em alguma área da teologia, nada faz diferença se o homem de Deus não andar de joelho, aos pés da Cruz do nosso Senhor Jesus Cristo. Veja o que grandes pregadores disseram a respeito: Jonathan Edwards falava em "assaltar o céu"; John Knox lutava com Deus, bradando: "Ó Deus, dá-me a Escócia ou eu morro !"; Martinho Lutero confessou: "Se deixo de orar pelo menos duas horas cada manhã, o diabo ganha a vitória durante o dia"; Spurgeon :"Devemos Ter por norma jamais vermos a face dos homens antes de vermos a face de Deus".
Notem que devoções apresadas produzem fé débil, convicções fracas e piedade duvidosa. Estar pouco na companhia de Deus é uma forte atenuante para conquistarmos a derrota diária na vida pessoal. A oração ligeira produzirá aconselhamento ligeiro (sem atuação, convicção e resultado), a oração dá corpo ao aconselhamento e produzirá respostas positivas por parte do aconselhado. Nunca se esqueça que homens de oração são homens de poder!
Vejamos as exortações bíblicas no que diz respeito a vida de oração:
(Ef 6:18 ; Lc 6:12 ; Lc 19:46 ; At 1:14 ; At 2:42 ; At 6:4 ; At 12:5 ; Ef 1:16). Toda Bíblia fala de oração e a nós, que conhecemos e ainda servimos ao Senhor num ministério, só nos resta obedecer. Tal negligência redundará em desgraça e decepção, portanto, melhor é obedecer do que sacrificar.
O que é muito difícil para muitos, é compreender que a obra de Deus deve ser realizada dentre os moldes já estabelecidos por Deus.
Obedecer é melhor do que sacrificar, façamos aquilo que é tão somente necessário, e a oração ocupa esta posição.
ESTUDO DAS ESCRITURAS SAGRADAS
Deveria ser evidente para todos que o íntimo conhecimento da Palavra de Deus é necessário para quem queira pregar ou aconselhar com poder. Entretanto, por mais estranho que pareça, muitos ministros, não abrem a Bíblia a não ser para procurar um "texto apropriado", que se adapte as suas idéias. É em primeiro lugar ao ministro que é dirigida a mensagem de 2 Tm 2:15 "Procura apresentar-te a Deus, aprovado como obreiro que não tem que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade". Se houver falha neste item, será impossível cumprir o chamado ministerial e demonstrar maturidade na observância das orientações de Deus. Leia 1 Pe 3:15 "Santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o com mansidão e temor".
Nenhum ministro poderá ser um homem cheio do Espírito no ministério, sem que primeiro, seja um homem cheio das Escrituras na sua vida particular. Observe o glorioso exemplo dado por Spurgeon "o príncipe dos pregadores": "Certa vez ele em sua casa observou pela janela que um homem vez após vez, ia levando água numa antiga canga com dois baldes; ia ao poço e voltava e de repente lá estava aquele senhor indo e voltando novamente. Então Spurgeon chegou a uma conclusão: Esse homem esta buscando água para os outros, pois não é possível que precise de tanta só para ele".
Eis uma verdade que o ministro deverá aprender no que se refere a busca da água da vida no poço que é a Palavra de Deus. O homem que tira água para os outros, precisará muito mais do que o homem que vai busca-la só para si. O fiel ministro deve ler, reler, pesquisar e se firmar em cima de verdades sólidas e imutáveis. João Wesley dizia: "Sê homem de um livro"; Dr. R. A Torrey: "Olha: podes falar em poder, mas se negligenciares o único livro que Deus te deu como único instrumento pelo que Ele transmite e exerce poder, não o terás. Poderás ler muitos livros, assistir a muitas conferencias, realizar reuniões de vigília para pedir o poder do Espírito Santo: se não te mantiveres em constante contato com o livro único, a Bíblia, não terás poder. E se alguma vez obtivesse o poder , não o conservarás senão pelo estudo diário, empenhado e intensivo desse livro". Que assunto glorioso, você já pensou que este livro é maravilhoso, pois, é através dele que nós cristãos temos o testemunho de Deus e conhecemos aquilo que nos foi deixado como herança. Dê um gloria a Deus! Aleluia!
Leia estes textos (Sl 19:10-11 ; Jó 23:10-12 ; Jr 15:16 ; Sl 119:72 ; Fp 4:8 ; Cl 3:16).
Que o nosso clamor se assemelhe ao do salmista que diz :"Desvenda os meus olhos para que eu contemple as maravilhas da tua lei" (Sl 119:18). As palavras deste livro possuem a vida de Deus (Jo 6:63), pois este Livro na verdade não foi escrito com tinta comum, mas sim com o precioso sangue do cordeiro (Aleluia). Temos segurança e certeza que tudo que foi deixado possui um propósito e este é: "...que todo homem de Deus seja perfeito e instruído em toda verdade". Glorifique ao Senhor pela sua Palavra e mostre ao mundo que você a ama. A Bíblia é o cajado do viajante, a lanterna que ilumina o caminho, o martelo que esmiuça a penha, o fogo que devora o inimigo, a coluna de nuvem durante o dia e a coluna de fogo durante a noite que nos ensina o caminho e sacia nossa sede em dias de seca, sem ela não sobrevivemos na vida devocional e nem tampouco nos tornamos forte aos olhos de Deus.
UM HOMEM ZELOSO PELA OBRA DE DEUS
Quanto a este assunto me refiro a transpiração; dinamismo e prática do homem de Deus, tudo isto relacionado ao entusiasmo de servir a Deus e ao próximo. Lembrem-se disso: "O homem que possui a verdade deve ser possuído por ela". O trabalho no ministério de aconselhamento, não é lugar para pessoas ligadas e casadas com a preguiça, nem tampouco aos medrosos. É necessário ousadia no espírito juntamente com coragem para resgatar as almas dos perdidos em meios aos conflitos e lutas diárias.
Leia este comentário feito por um homem de Deus: "Um homem de capacidade mediana fará, com ela, mais do que um homem que, sendo dez vezes mais erudito, não as possui". Isto ele disse a respeito de alguém que na força de Deus se supera pela incansável e inesgotável paixão pelas almas, alguém que se supera através da dedicação e do dinamismo de querer servir a Deus em espírito e em verdade. Veja o dinamismo dos profetas, apóstolos e seguidores de Jesus. Olhe para vida do filho de Deus, Jesus, Ele é o exemplo de zelo no cuidado das almas e também nas coisas do seu Pai.
Ao zelo podemos associar a palavra "organização", pois muitos fracassam e nunca saem do lugar, porque, não se organizam dentro de uma estratégia de Deus. São guiados por impulsos que dizem ser "direção do Espírito", não é verdade, o reino de Deus é organizado e planejado. Analise o A T. e veja o turno dos sacerdotes, os trabalhos que eram realizados de modo específico, não existe zelo sem organização. Se olharmos para as igrejas mais prosperas no mundo, veremos a marca da organização estampada nos umbrais. Sem esta qualidade o ministro se verá numa situação de perigo e cobrança da parte de Deus.
Tudo isto que descrevemos como sendo qualidades espirituais dos conselheiros, é aquilo que podemos evidenciar na vida e também no ministério de Jesus. Portanto, devemos ser instruídos nos mesmos princípios, pois, a Bíblia diz que: "....todo discípulo bem instruído será como seu mestre"(Lc 6:40). Jesus veio ao mundo para dar um parâmetro a sociedade, ensinando verdades e demonstrando o poder de Deus. Com isto quero dizer que se desejamos servi-lo no ministério cristão, deveremos fazê-lo da maneira certa, ou seja, em espelho. Refletindo suas atitudes e procurando ser como Ele é, sem isto, estaremos apresentando fogo estranho, sacrifício de tolo e negando seus ensinos através do não praticarmos a Sua Palavra. Vamos ser como o Mestre e isto nos basta.

A PRÁTICA DA PREVENÇÃO
Existe na medicina ou na saúde pública um sistema de prevenção chamado de profilaxia que significa: o emprego de meios e atitudes para se evitar as doenças. O corpo de Cristo que é a Igreja do Deus vivo, pode trabalhar em cima de meios preventivos, para se evitar certos problemas pessoais na vida de seus membros. A igreja como uma comunidade terapêutica tem seu principal divã nos cultos, que devem objetivar o ensino das Escrituras de modo a levá-los a uma posição de adestramento espiritual, emocional e prático. Pois desta forma, estaremos inculcando nos corações e mentes verdades que quando desafiadas através das situações deste mundo, darão um pleno alicerce e muita segurança para o indivíduo. Notem que muitas das situações nos relacionamentos, poderiam ser evitadas se previamente nós utilizássemos meios de educação. A profilaxia cristã é baseada em cima do discipulado, portanto, não podemos deixar de preparar e treinar os membros do corpo nas mais diversas áreas. Se nosso método preventivo for realizado de modo eficiente, sem sombra de dúvida os casos caóticos serão reduzidos e até mesmo minimizados.
Lembrem-se a Bíblia diz que: "O meu povo é destruído pois lhe falta o conhecimento" (Os. 4:6). Se lermos Malaquias 2:7 "Pois os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos", veremos que a responsabilidade de instrução cabe aos sacerdotes que hoje poderíamos chamar de ministros e dos lábios do ministro o povo adquire o conhecimento. Isto é profilaxia, alertar e ensinar a respeito de atitudes certas para que o povo tenha vida tranquila e abastada.
Que Deus te abençoe e faça de você um verdadeiro ministro de aconselhamento, pois a igreja carece de obreiros treinados nesta área.
Se você desejar repita esta oração: "Deus em nome de Jesus Cristo eu oro e peço que a unção do teu Espírito me alcance e me habilite a exercer este ministério tão digno na tua casa, que eu possa ser um instrumento de consolação e conforto para os aflitos, amém".

PRINCIPAIS TÉCNICAS UTILIZADAS NO ACONSELHAMENTO BÍBLICO
Todo conhecimento, técnica e treinamento que uma pessoa possua, resume-se a muito pouco, caso ela não prime pela ética do aconselhamento.
AXIOMA MÁXIMO DA ÉTICA DO ACONSELHAMENTO:
Toda informação pessoal colhida em aconselhamento deve receber um tratamento confidencial irrestrito e sigiloso.
IMPORTANCIA DO SIGILO
Para o aconselhando o seu problema é singular, único e inédito. Sua dificuldade lhe causa preocupações em torno de sua autoimagem, do seu self.
A informação a respeito do seu sofrimento pode ameaçar o seu bem estar, realmente ou imaginariamente.
Por sentir ou imaginar estes perigos e ameaças ele procura alguém em quem possa confiar, e ele escolheu uma pessoa bem específica: VOCÊ.
Ele quer encontrar compreensão, simpatia e seriedade. Ele procura quem não jogue com as informações a respeito de seus problemas como se isto fosse de pouca importância, ou muito pior, nutrindo a curiosidade de outras pessoas.
A sensação é de que as informações pudessem destruir para sempre sua autoimagem, bem como seu próprio EU.
Informações sobre problemas e segredos das pessoas causam efeito e impacto sobre as outras pessoas.
Para um conselheiro habituado em ouvir todo tipo de problemas e revelações, tais informações podem não parecer chocantes. Ex. A primeira revelação de adultério de uma pessoa de renome da igreja. Para os familiares do aconselhando e seus amigos, estas informações podem ser devassadoras.
Angústia, insônia, agitação, etc.
CLAUSULA JURÍDICA SOBRE A OBRIGATORIEDADE DE DEPOIMENTO EM JUÍZO
Terapeutas, médicos, advogados, ministros religiosos e qualquer pessoa que possa afirmar que as informações que possui foram colhidas sob promessa de sigilo ético e/ou profissional, tendo a confirmação desta promessa pelo réu em questão ou pela regulamentação da profissão, ficam desincumbidos de depor em juízo caso assim lhes pareça por bem. Atenção: Isto também se refere ao aconselhamento de pessoas leigas, como líderes de grupos familiares, conselheiros pastorais, líderes de células e outras atividades sociais.
O SIGILO ABSOLUTO
Chave de ouro que resoluciona algumas das questões sobre o sigilo e a ética do aconselhamento. Em caso de intencionar abrir as informações colhidas em aconselhamento por qualquer motivo, é preciso solicitar a permissão do aconselhando. Caso este conceda a permissão, tendo especificado o que e com quem as informações serão tratadas, então se dissolve grande parte das tensões geradas diante da questão da ética do aconselhamento.
ARMADILHAS DE INFORMAÇÃO CONFIDENCIAL
Pedir que outros orem a respeito do problema tratado em aconselhamento, sem a permissão do aconselhando.
O conselheiro bem intencionado supõe que pessoas sérias, achegadas a ele e, ou ao aconselhando poderiam interceder junto ao trono de Deus buscando livramento, cura e graça. Muitos conselheiros decidem contar as informações aos seus cônjuges, solicitando inclusive que orem em favor do caso de atendimento.
De qualquer maneira, por melhores que sejam as intenções, estes procedimentos pecam contra a ética do aconselhamento.
MANUSEIO DE INFORMAÇÕES ESCRITAS
Todo trabalho de aconselhamento merece ser descrito, para posteriormente análise, para manter informações vivas, para poder orar a respeito, para poder pensar e ler a respeito dos referidos temas. As anotações darão ao aconselhando a impressão e a certeza de que ele está sendo levado a sério. Mas, qualquer material escrito, mesmo de formulário de avaliação e crescimento deve permanecer guardados em lugar sigiloso e trancado; inacessível a pessoas estranhas ao tratamento do caso.
A IMPORTÂNCIA DA SUPERVISÃO NO ACONSELHAMENTO
A supervisão e envolvimento de outras pessoas mais experientes no processo de aconselhamento. Um Terapeuta profissional, um diácono, um ancião experiente da igreja, etc. É sábio que o conselheiro não se tenha como tão pretensioso, achando que poderá resolver sozinho a todos os problemas que atende. Todos os conselheiros apresentam restrições e limitações em seu saber e nas suas habilidades de aconselhamento, e podem precisar de outra perspectiva que ajude a desencalhar um atendimento; para saber, como prosseguir. Não é aconselhável que o aconselhando veja as anotações do conselheiro a respeito da conversação pastoral. As anotações podem parecer frias e técnicas, podem ser incompreensíveis, portanto, assustarem a quem elas deveriam ajudar. As anotações podem transmitir informações que o aconselhando ainda não está preparado para ouvir e enfrentar.
O CUIDADO COM ILUSTRAÇÕES EM PREGAÇÕES E ESTUDOS BÍBLICOS
Quando as histórias ilustrativas têm a fonte revelada, especialmente quando esta reside na comunidade onde a ilustração é aplicada, então bastam algumas dicas para que o fato esteja descoberto com identidade e outros detalhes mais, o INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO entra em ação, e a verdade central da ilustração acaba se perdendo. Quem foi? É a grande questão. Se a própria pessoa estiver sentada entre os ouvintes, se sentirá traída, por mais que a ilustração tenha recebido um tratamento anônimo praticamente absoluto. A pessoa em questão terá o sentimento, “agora todos sabem”.
PRECAUSÕES NO USO DE ILUSTRAÇÕES
Não usar material de casos que estiver atendendo na ocasião.
É importante contar o "milagre", não é preciso contar o "santo". Assim, se quebra a curiosidade natural do “instituto de identificação”. Contar a fonte da ilustração no caso do aconselhamento tem muitas vezes um efeito de acariciar o ego do próprio conselheiro. Modificar as informações não essenciais à mensagem em questão. Em qualquer ilustração com implicações éticas, é sábio modificar as informações não essenciais que possam identificar o conselheiro e/ou o aconselhando. Proteção em caso de calúnia ou informações falsas a respeito do aconselhando. O conselheiro não deverá intervir, especialmente se a fonte das informações verdadeiras tiver que ser revelada - neste caso é melhor que o aconselhando seja informado, e este mesmo poderá corrigir os equívocos. As maiores armadilhas à ética do aconselhamento estão no próprio conselheiro através de suas necessidades não supridas, através de seus problemas pessoais não resolvidos e através de seus desejos não tratados diante de Deus.

APLICAÇÃO DA ÉTICA NO ACONSELHAMENTO
Não falar acerca de outros conselheiros (criticando, censurando, etc), pois as informações fornecidas estão na perspectiva do aconselhando e, portanto, são unilaterais.
Há pessoas que peregrinam de conselheiro em conselheiro, e onde passam, precisam justificar-se pela falta de crescimento e dificuldade de mudar de vida.
Não falar também a respeito de outras pessoas que não estejam em questão quanto aos problemas tratados pelo aconselhando.
De qualquer forma, frequentemente é importante voltar o foco à pessoa em atendimento, quando esta estiver se desviando de seus assuntos para falar somente sobre terceiros; isto é especialmente importante quando se fala sobre terceiros sem a finalidade de crescimento pessoal.
O conselheiro não deverá tocar o aconselhando desnecessariamente, especialmente se for do sexo oposto.
É importante ser cordial, amável e afetuoso, mas também é importante ser discreto. Pessoas tristes, depressivas ou perturbadas por experiências difíceis (ex. abuso sexual) podem ter naturais e fortes desejos de afeto;
Casos de natureza sexual, problemas sexuais e conflitos envolvendo esta área são frequentemente acompanhados de sentimentos sensuais e de excitação. Quando o atendimento é de crise, quando as pessoas que sofrem são conhecidas como amadurecidas emocionalmente e espiritualmente, então certamente não fará nenhum mal se elas forem abraçadas ou tocadas descentemente.

A NATUREZA SENSUAL DO ACONSELHAMENTO
Os seguintes argumentos querem deixar claro que o aconselhamento implica em questões tão pessoais e íntimas que se torna sensual em certo sentido.
O espaço do aconselhamento é reservado, portanto, eroticamente carregado.
As seguintes características são próprias do gabinete pastoral e também do recinto nupcial.
Confiança, proximidade, temas íntimos e secretos, mistérios, privacidade, satisfação de estar juntos, duas pessoas com objetivos comuns, confidências, isolamento, etc. Estas mesmas características podem ser referidas quando à convivência de um casal em seu habitat íntimo no quarto nupcial.
TRATAMENTO DE QUESTÕES SEXUAIS
Embora os problemas sexuais como impotência, frigidez ou outras dificuldades sejam assuntos que podem muito bem ser tratados tecnicamente, as pessoas que tratam dos problemas também são de carne e osso, têm sensações eróticas e fantasias diante do assunto sexo. O tema sexo evoca facilmente o lúdico; a brincadeirinha pode instalar-se como alívio de tensão; e desta forma, os limites podem diluir-se. A comunicação melhorada supre necessidades, e assim se desencadeia o desejo de mais; isto pode acontecer tanto com o conselheiro quanto com o aconselhando; pois, muitas vezes o próprio conselheiro não consegue a qualidade comunicacional em seu casamento que ele consegue produzir com seus aconselhados no aconselhamento. Portanto, cuidado com as carências. Formas de contato íntimo, que podem assumir conotação sexual. Piadas ambíguas, abraços, olhares, os olhos são a janela da alma, revelam o mais profundo da essência humana, duração do tempo do aconselhamento aumentado, sem limites claros, pode significar um envolvimento afetivo e sentimental, pode significar uma transferência passional. A atração, o fascínio do misterioso e do proibido.
O SECRETO SENTIMENTO DE INVEJA
Enquanto o conselheiro ouve a aconselhada, ele pode experimentar secretos desejos de experimentar algumas vivências que ela teve/tem, ele pode sentir a vontade de estar no papel do marido dela. Também a aconselhada pode desejar estar no lugar da esposa do conselheiro, quando este descuidadamente revela sua vida pessoal; ela pode ter inveja da esposa do conselheiro, achando que este trata a sua esposa da mesma forma que trata a sua aconselhada.
O ACONSELHAMENTO PRESSUPÕE DELEGAÇÃO DE PODER.
Quem busca aconselhamento, delega poder ao seu conselheiro de interferir na sua vida. E como qualquer oportunidade de poder se transforma em tentação, também no aconselhamento o conselheiro se verá tentado a abusar e explorar as possibilidades deste poder.
O LUGAR ADEQUADO DO ACONSELHAMENTO
É como numa cirurgia: é preciso que haja assepsia, esterilização, etc. Deve-se evitar: distrações, escritório desarrumado, sons de ruídos internos e/ou externos, luzes excessivamente forte ou penumbra, falta de privacidade, tais como querer aconselhar numa esquina ou num estacionamento. Cuidado com portas fechadas e suas possíveis interpretações e tentações.
Reuniões secretas; nem sempre a casa, o lar é o melhor lugar para o aconselhamento, isto é, quando a casa evoca reações inadequadas ao aconselhamento: Ex. a pessoa se sente invadindo o espaço familiar, então é melhor achar outro lugar. O melhor lugar, em geral, será o gabinete pastoral ou um escritório reservado, afastado de interferências externas; pode ser a sala de uma casa.
LOCAL E HORÁRIOS FIXOS E PRÉ-ESTABELECIDOS
Ajudam na estruturação de uma situação de aconselhamento e facilitam um procedimento ético. O que é feito rotineiramente evita a conotação de algo secreto.
OS ENCAMINHAMENTOS E AS INDICAÇÕES
Todo conselheiro deve reconhecer suas limitações. Quando as dificuldades, quando o quadro ou os problemas fogem à formação acadêmica e profissional do conselheiro, ele deverá estar preparado para encaminhar seu aconselhando. Isto é um gesto de amor, e não de rejeição - isto é ético, e não relaxamento. É importante ter um arquivo com cadastro de profissionais nas várias áreas em que as pessoas poderão precisar de ajuda.
“Não havendo sábia direção, cai o povo, mas na multidão de conselheiros há segurança”. (Provérbios 11:14). 
 “Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito”. (Provérbios 15:22).

ONDE ENCONTRAR AJUDA NA BÍBLIA SAGRADA
RECEIOSO: Salmo 34.4, 2 Timóteo 1.7, Hebreus 13.5, 6.
ANSIOSO: Salmo 46, Mateus 6.19- 34, Filipenses 4.6, 1 Pedro 5.6-7, Salmo 51, 1 João 1.4-9.
ABANDONADO: Mateus 5.4, 2 Coríntios 1.3-4, 1 Coríntios 13.
CONSCIENTE DO PECADO: Provérbios 28.13.
DERROTADO: Romanos 8.31-39.
DEPRIMIDO: Salmo 34, Salmo 91, Salmo 118.5-6, Lucas 8.22-25.
DESENCORAJADO: Salmo 23, Salmo 42.6-11, Salmo 55.22, Mateus 5.11-12, 2 Coríntios 4.8-18, Filipenses 4.4-7,Mateus 8.26, Hebreus 11.
ENFRENTANDO CRISE:Salmo 121, Mateus 6.25-34, Hebreus 4.16, Salmo 42.5, Hebreus 11.
FALTAM AMIGOS: Salmo 41.9-13, Lucas 17.3-4, Rm 12.14,17,19,21, 2Timóteo 4.16-18
AUSENTANDO-SE DO LAR: Salmo 121, Mateus 10.16-20, Salmo 23, Hebreus 13.5-6, Salmo 27.1-6, Salmo 91, Filipenses 4.19.
NECESSITANDO DE PAZ:  João 14.1-4, João 16.33, Romanos 5.1-5, Filipenses 4.6-7, Romanos 12.
VENCIDO: Salmo 6, Romanos 8.31-39, 1 João 1.4-9.
CONTRITO: Salmo 4, Salmo 42, Lucas 11.1-13, João 17, 1 João 5.14-15
AMPARADO: Salmo 18.1-3, Salmo 34.7.
ENFERMO OU NA DOR: Salmo 38, Tiago 5.14-15, Romanos 8.28, 38-39, 2 Coríntios 12.9-10, 1 Pedro 4.12,13,19.
TRISTE: Salmo 51, Mateus 5.4, João 14, 2 Coríntios 1.3, 4, 1Tessalonissenses 4.13-18.
TENTADO:Salmo 1, Salmo 139.23-24, Mateus 26.41, 1 Coríntios 10.12-14, Filipenses 4.8, Tiago 4.7, 2 Pedro 2.9, 2 Pedro 3.17.
AGRADECIDO: Salmo 100, 1 Tessalonissenses 5.18, Hebreus 13.15.
VIAJANDO: Salmo 121.
EM DIFICULDADES: Salmo 16, Salmo 31, João 14.1-4, Hebreus 7.25.
CANSADO: Salmo 90, Mateus 11.28-30, 1 Coríntios 15.58, Gálatas 6.9-10.
PREOCUPADO: Mateus 6.19-34, 1 Pedro 5.6-7.

ENSINOS SOBRE ALGUNS PROBLEMAS DA VIDA
ADVERSIDADE: Mateus 5.27-32, 1 Coríntios 6.9-11 Mateus 10.16-39.
IRA: Mateus 5.22-24
ANSIEDADE: Mateus 6.19- 34
VAIDADE: Lucas 18.9-14
AVAREZA: Marcos 7.21-23
CRIME: Mateus 15.17-20
MORTE: João 11.25-26
ENGANO: Mateus 23.27-28, João 3.19-21, Marcos 10.2-12, Mateus 14.28-31, Lucas 21.34-36.
INIMIZADE: Mateus 5.43-48
DESCULPAS: Lucas 14.15-24, 1 Timóteo 6.7-12
INSENSATEZ: Mateus 7.24-27
FALSIDADE: Apocalipse 21.8
CENSURA: Mateus 7.1-5
TEMOR: Lucas 12.5
CARNE: Romanos 13:14, Lucas 12.15-31, Mateus 5.43-48.
EXCESSO: Provérbios 20.1
JULGAMENTO: Mateus 7.1, Mateus 7.21, Marcos 4.18-19.
ORGULHO: 1 João 2.15-17, Mateus 5.43-48, Lucas 14.11, Lucas 18.11-12.
PECADO: João 8.34-36, 1 Pedro 2.13-17.
JURAMENTO: Colossenses 3.8, 1 Coríntios 10.13, João 16.33.
MUNDANISMO:1 João 2.15-17

O CAMINHO DA SALVAÇÃO ETERNA
João 14.6 - “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.”
Atos 16.31 - “E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.”
 Rm 10.-  “...Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.”

CONFORTO EM TEMPO DE SOLIDÃO
Hebreus 13.5-6 – “Sejam os vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei. E assim com confiança ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem.”
Efésios 6.10-18 – “... fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos.” Amém.


Pesquisa realizada pelo Dr. Josué Campos Macedo